Ele a puxou para dentro da boate e a guiou em direção ao porão. Não havia dito nada, nenhuma palavra.

Ela se deixou levar, um fio de esperança teimou em brotar no seu coração.

– Espere aqui – e saiu em direção aos fundos da cave.

Ela sentou-se na sua cadeira e esperou. Quando ele voltou tinha uma pequena caixa nas mãos e lhe entregou.

Ela abriu a caixa e ali havia um cordão com um pingente prata, era parecido com o que ele havia feito para a filha de John...mas havia uma diferença...aquele pingente lembrava um sol...

Felicity o olhou e ele parecia inseguro, tinha um meio sorriso nos lábios e nesse momento passava as mãos no rosto num gesto de nervosismo.

– È lindo...

– Eu fiz há algum tempo...me lembra você...meu sol... – com tristeza na voz ele completou - era para te dar depois do jantar...

Ela se levantou e foi em sua direção.

– Isso é passado... – ela olhou mais uma vez para o colar, era mesmo lindo e era muito mais, pois ele havia feito com suas mãos – mas...

Ele a calou com um dedo em seus lábios.

– Eu não posso te prometer nada...não posso prometer que não vou tentar te afastar de novo...que você não vai correr riscos estando ao meu lado, mas assim como você eu não consigo mais trancar tudo o que sinto em meu peito...e... – ele a puxou para si – se você estiver disposta a assumir todos estes riscos e estar do meu lado...

– Oliver, eu já os aceitei faz tempo...e tudo o que mais quero é estar do teu lado – ela sorriu para ele e acariciou seu rosto. – Entenda que de todas as coisas e pessoas que podem me ferir, você é o que com certeza mais me machucaria. –Oliver a olha sem entender. – Você disse que eu sou seu Sol, você não é diferente para mim, eu preciso do sol para viver. Oliver, eu preciso de você. Você é o único que realmente pode me machucar, por que você tem algo sem o qual eu não posso viver, você tem o meu coração.

Ele a abraçou e a pegou no colo.

– Oliver!

– Precisamos tirar essas roupas molhadas e de um banho quente....juntos...

Ela sorriu e aproveitou o colo.

Enquanto ela terminava seu banho ele procurou algo que ela pudesse vestir. Só encontrou uma camiseta sua.

– Você sabe que não posso ir pra casa assim, não é?

– Sei... - e com um sorriso maroto nos lábios, completou – mas quem disse que quero que você vá pra casa?

Oliver estava se sentindo bem, parecia que a tempestade havia levado seus medos embora, agora ele só a queria do seu lado.

Felicity estava feliz, as barreiras impostas por Oliver estavam caindo. Ela sabia que ainda ele tentaria afastá-la, era da natureza dele, mas lutaria por ele e venceria sua teimosia.

Ele a puxou para a cama e a fez deitar-se do seu lado...ele a olhava com carinho e a mantinha junto a si como se tivesse medo que ela fosse embora.

– Eu devia ter comprado uma cama de casal...

Ele riu alto e a puxou para mais perto.

– Essa é melhor, assim tenho uma desculpa para ficar colado em você...

– Como se você precisasse disso, você só não esteve colado a mim antes por que você é teimoso feito uma porta. – Ele riu com a ideia. Felicity vira nos braços de Oliver e fica de frente para ele, os braços em volta do seu pescoço vidrada em seus olhos azuis.

Os braços de Oliver têm a cintura de Felicity em um abraço possessivo. Ele tinha ficado muito tempo negando o que sentia...e depois o medo de amar e perder o sufocava, mas agora com ela ali tudo parecia distante, o perigo, o medo, a dor. Tudo se perdia por que ela estava em seus braços.

Ele procura seus lábios e eles se encaixam em uma sincronia perfeita. Parece que os lábios de Felicity tinham sido feitos para ser beijados pelos de Oliver, que os braços de Oliver tinham sido moldados para abraçar o corpo de Felicity. Um tinha nascido para o outro em cada detalhe.

Felicity desceu suas pequenas mãos no tronco nu de Oliver, ela sentia o arrepio de prazer que os seus toques lhe causavam.

–Oliver? –Ela o chamou, entre os seus beijos. Ele a olha com intensidade. – Eu quero ser sua.

E com essas palavras Oliver sente todas as barreiras caindo por terra, nada mais poderia afasta-los, ela se entregaria a ele, e ele a amaria por completo. Nunca sentiu o que sentia por Felicity. Ela o completava o entendia, mesmo quando não havia razões para que ela o fizesse, mesmo quando ele era irracional e teimoso, ela estava do seu lado, lhe dando o apoio necessário, com palavras, gestos, ou só em seu silencio.

Oliver a beija com mais paixão e com todo o desejo que ele vinha guardado por ela e para ela. Ele tira a sua blusa e admira a mulher que está em seus braços, a única coisa que ele consegue pensar é quão linda, delicada e ao mesmo tempo sexy ela era.

Felicity estava nua nos braços de Oliver, ela não sabia se o barulho que ouvia era da chuva batendo no telhado do clube, ou se era o barulho de seu coração que batia alucinado em seu peito. Oliver afastou-se um pouco e ficou a observando, com um olhar de fascínio no rosto, ela estava constrangida, Felicity o amava, mas ver como ele a desejava era algo novo para ela.

–Oliver? – Ela o chama sem graça.

–Você é linda. – Oliver diz como por encanto. – Eu te amo.

Felicity puxa Oliver para si e o beija com avidez, suas mãos passeiam pelos seus braços e quando Oliver beija o seu pescoço Felicity crava suas unhas nas costas do amado, tentando dar vasão ao desejo que sente por ele.

Oliver sente a dor prazerosa das unhas delas o marcando como seu, ele já está a muito pronto para ela, seu corpo clama para estar dentro do dela. Oliver tira de vez sua calça e sua cueca em um único movimento.

Felicity olha para o seu homem, por que ela sabia que ele, de hoje em diante, seria dela...e ele é a visão do paraíso, do seu paraíso.

Oliver se deita sobre ela e com toda a entrega ele faz amor com a mulher que ele sabia seria a mulher da sua vida e para sua vida.

Oliver acordou sentindo o calor do corpo nu de Felicity sobre o seu. Lembrar-se da noite de amor era como saber que encontrou um lugar seu de agora em diante, e esse lugar era Felicity, o amor dela por ele.

La fora a chuva não tinha cedido e ele agradecia, por que sabia que enquanto a água não desse trégua, nada iria atrapalhar o momento deles.

Oliver havia decidido, ele não deixaria nada entrar no caminho dos dois. Ele não seria mais o Arqueiro, ele não seria Oliver Queen, por Felicity ele seria o equilíbrio dos dois.

Ele a sente despertando em seu peito.

– Bom dia.

– Não foi um mais sonho? – Ela estava vermelha, ela não tinha intenção de dizer aquilo, Oliver amava quando Felicity era...bem Felicity

– Você sonha muito comigo? – Oliver resolveu provoca-la.

– Você quer me ver constrangida ou tem algum ponto que você quer provar?

– Adoro ver você ficar vermelha. Mas você não me respondeu, você sonha muito comigo, assim? – Oliver aponta para o corpo nu e na face trazia um sorriso matreiro.

– Não é com você, é com um nós. – Felicity queria se chutar por dentro por admitir isso. – Eu sonho com a possibilidade de existir um nós Oliver. Você entende?

Oliver entendia, e ele a ama mais por isso. Ela sonhava em completa-lo.

– Eu entendo, e Felicity existe um nós. Não é um sonho, e se for não faço nenhuma questão de acordar.

Ele se virou sobre ela a prensando na cama, deixando o lençol cair no chão, expondo assim os corpos nus, e o desejo de Oliver por ela. Felicity morde o lábio inferior para conter um gemido de desejo.

Ela prende seus braços em seu pescoço e diz baixinho em seu ouvido.

–A previsão é chuvas fortes e relâmpagos para o dia todo. – Ela sorri.

– Meu clima favorito. – Oliver lhe sorri antes de beija-la com amor.