Babá de Cachorro?! escrita por Yoko Dailandyn


Capítulo 10
Quero ser Forte nas Mágoas


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpe por não postar ontem! Fiquei sem NET o dia todo ç.ç
Agora imaginem eu sem NET, eu sem NET é igual a dormir ate tarde u-U

Kkk. Bom, sem delongas e vamos logo pro cap.

Boa leitura!



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Pov - Mayra

Com o chamado da diretora, Castiel, Nathaniel e, obviamente, eu seguimos em silencio a sala da diretora. Não ousei trocar olhar com Nathaniel e muito menos a Castiel. Como ele pôde? Ta, eu sei que ele não se lembrava direito de mim e nem de seu passado comigo, mas isso não quer dizer que ele não se lembre de uma promessa.

Digamos que, quando fazemos uma promessa a uma pessoa é como se uma fita vermelha fosse amarrada no dedo mindinho em nó borboleta expressando a promessa. Com isso, quando alguem estiver prestes a quebrar a promessa a pessoa olha para a fita amarrada no dedo mindinho e se lembra que prometeu nunca fazer tal ato. É que nem a lenda do Akaí Ito do Japão, sobre o fio vermelho do amor, do destino, sei la do que é esse fio. Do mesmo modo que esse fio liga a outra pessoa, a fita da promessa liga a promessa feita. E mesmo assim ele quebrou a promessa, arrebentou a fita, pra que? Para satisfazer os seus desejos? Eu realmente estou decepcionada com Castiel, mas não o culpo, porem isso não quer dizer que eu não esteja com raiva dele.

A porta da diretoria se abriu assim como a diretora nos convidou delicadamente, como uma pedra, para entrarmos. Nathaniel entrou primeiro, logo atras eu também entrei sentando na cadeira do meio ao lado de Nathaniel. Castiel entrou com os pés pesados se jogando contra a cadeira ao meu lado. Ignorei essa criancisse dele e permaneci quieta sem olhar para nenhum dos dois.

— Diretora, eu posso explicar... — Nathaniel, farto do silêncio, ousou em falar com uma tremula voz levantando-se da cadeira o mais rápido possível, não entendi pra que tanto nervosismo. Ele é o queridinho da diretora, não vai levar advertência ou suspensão, eu acho.

— Pois bem, Nathaniel, explique-se. — de uma forma calma, a diretora finalmente sentou-se sobre sua mesa se acomodando antes do loiro começar a dizer algo.

— Eu estava sentado no banco do pátio assinando as papeladas que a Senhora havia me dado. Castiel... — rapidamente o loiro aponta para o avermelhado que o encarava ferozmente, eu nao acredito estou do lado de duas feras prontas para se atacar, eu mereço. — chegou dizendo que o banco a qual eu sentava era dele. Nós obviamente começamos a discutir, mas para não levar a discussão para algo pior eu resolvi sair dali pacificamente, mas parece que esse monstro não aceita o fato de eu ser melhor que ele em todas as coisas.

— Retira o que disse, cabeça de mostarda! — Castiel se levantou encarando ferozmente a Nathaniel a qual o mesmo não deixava de fazer o mesmo com o avermelhado.

— Me obriga. — do mesmo modo, Nathaniel o desafia com o seu olhar assassino lançando sobre Castiel.

— SILENCIO! — a voz autoritária da diretora abalou a Castiel e Nathaniel fazendo com que os dois sentasse em seus devidos lugares. Permaneci quieta de cabeça baixa. — Tem algo a dizer, Castiel? — bipolariamente, a diretora perguntou de uma forma calma como se nunca tivesse se extressado a cinco segundos atras.

— Eu tenho meus motivos para ter feito aquilo! — fazendo voz de inocente, Castiel se levantou da cadeira batendo de leve na mesa da diretora apontando para si mesmo.

— Os motivos tem que ser enormes a ponto de te fazer quebrar uma promessa. — sem pensar duas vezes olhei ameaçadoramente a Castiel a qual depois dessa não ousou dizer nada, apenas se sentando de novo. Pude ver que seu olhar expressava culpa e ao mesmo tempo remorço. Voltei a ficar de cabeça baixa não tendo coragem de olhar na cara de mais ninguém.

— E você, Sr. Yandra, onde entra nessa história. — percebendo que estava quieta até demais, finalmente a diretora virou-se para mim fazendo tal pergunta.

— Ela é inocente dessa história, diretora! — no instante em que ia responder a diretora, surpreendentemente e em uma só voz, Castiel e Nathaniel disseram juntos como um coral. Os dois estavam me defendendo, tipo, eu sei que eu sou inocente e que posso defender-me por mim mesma, mas os dois juntos que nem se batem como fogo e gelo me defenderam. Está certo isso, produção?

— Pelo contrário, diretora, quem parou a briga foi Mayra. Se não fosse por ela aquela briga teria chegado longe demais. — Nathaniel ignorou a existência de Castiel e disse olhando diretamente para mim, seus serenos olhos se encontraram com os meus, pude sentir que meu rosto deu uma leve queimada. To ficando corada? Oh my God, o que eu faço? Rapidamente me virei ficando de cabeça baixa escondendo o meu corado rosto. Pude sentir que o local estava ficando tenso, dei uma leve virada para o lado de Castiel a qual o mesmo estava mais vermelho que seu cabelo de tanta raiva que sentia por Nathaniel naquele momento. Dei um leve suspiro abaixando novamente a cabeça.

— Muito bem, Mayra, a Sr já pode se retirar, quero ter uma conversa particular com esses dois. — a diretora dizia cruzando os seus braços em seguida. Lentamente me levantei lançando um olhar nada agradável a Castiel a qual o mesmo me encarava.

Sai daquela sala o mais depressa possível, pois a tensão nela já estava me deixando louca. Em lentos passos, caminhei rumo a sala de aula onde eu deveria estar depois do recreio.

Apesar de ter me metido nessa confusao toda, fico feliz por Castiel finalmente conseguir lembrar de mim. Porem ao mesmo tempo fico preocupada, tipo, a um tempo atras o Sr. Dillena não tinha ideia de quem eu era, agora que Castiel sabe ele pode contar ao pai, ou ate mesmo me tratar como antes e ele descobrir a verdade. Quem sabe quando ele souber a verdade não chame a policia? Arrn, eu preciso me previnir, isso não deveria ter acontecido, Castiel não deveria ter me reconhecido. QUE ÓDIO! Oque farei agora? O que será da minha vida? Se acalme, Mayra, é só eu conversar com Castiel, ele vai entender, eu tenho certeza. Dai o Sr Dillena nunca suspeitara de mim, agora eu preciso saber de que jeito contar a ele.

Expulsei esse pensamento imediatamente após chegar a porta da sala de aula. Dei uma leve suspirada e bati na porta de leve com a intensão de quem o professor não possa me ouvir. Porem, não foi o que aconteceu, pude ouvir um breve "pode entrar" suar do outro lado da porta. Respirei fundo e girei a maçaneta entrando em seguida.

— Sr Mayra, sente-se por favor, vou começar a explicar matéria nova. — Faraize dizia após ver-me parada ao lado da porta. Novamente suspirei e resolvi sentar-me no lugar de sempre. Os olhares pesados da turma seguia os meus passos até chegar a minha cadeira, me sentia desconfortável com isso, uns me olhavam maliciosamente, outro com um leve sorriso de canto e já a Ambre e suas amigas me olhavam nervosa como se eu tivesse destruído os sonhos delas. Não entendi direito o motivo de me olharem tao ferozmente, dei de ombros e resolvi prestar atenção ao professor Faraize.

O sinal da saída sooa em meus ouvidos, acabo por me assustar, pois apesar de eu ter decidido prestar atenção no professor Faraize eu acabei pegando no sono. Talvez porque toda aquela confusão de me deixou sem energia. Dei uma longa suspirada deitando minha cabeça sobre os meus braços que a quais os mesmos estavam em cima da mesa da cadeira. Virei-me rosto para o lado me assustando com Rosalya que me encarava com um sorriso malicioso a ponto de fazer-me levantar a cabeça de novo.

Agora, podendo ver claramente, não estava só Rosalya ali, Kim e Iris também estavam presentes.

— Aêh, menina boa. — Kim chegou dando um leve tapa em minhas costas fazendo com que eu me engasge. Já aliviada olhei para as três com cara de quem não esta entendendo o que esta acontecendo ali. — Mal chegou no colégio e já pegou o segundo garoto mais bonito e gostoso do colégio. Que coragem!

— C-Como assim?! — minha intensão não era gaguejar, mas eu gaguejei, e pra completar corei violentamente.

— Safada, saca só, eu tirei ate uma foto! — foi a vez de Rosalya falar entregando em minhas maos a sua camera. Olhei para a câmera em minha maos dando de cara com uma foto minha abraçada com Castiel. Parecia que a gente era namorados, vendo assim por foto. — Ta, pode falar, eu sou boa em tirar fotos. — a mesma disse jogando seus longos cabelos prateados para tras como se fosse uma miss Rosalya.

— Apaga essa foto. — joguei a câmera de volta para Rosalya que me um movimento rápido a mesma pegou guardando novamente em sua bolso.

— Nem pensar, essa foto vai ficar para lembranças. — por fim, a garota sai junto com Kim deixando apenas eu e Iris sozinhas dentro da sala.

— Conseguiu o que queria neh, finalmente se aproximou de Castiel, esta feliz? — Iris dizia com um olhar feroz cruzando os braços em seguida. Minha vontade era dizer que estava, mas minha conciencia dizia que não seria uma boa ideia dizer isso.

— Olha, Iris...

— Não venha de papo para cima de mim, não. Eu não acredito, primeiro você vai embora e deixa todos os seus amigos para trás e depois volta com a cara lavada se aproximando de meu irmão?!

— Como é que é? — perai, eu ouvi o que ouvi? Iris disse que Castiel é o irmão dela, como assim? Affs, agora estou confusa, deve ser engano, não é possível.

— Q-Quer dizer... M-Meu irmão de consideração! — em meio aos gaguejos a ruiva disse um tanto corada. Mas não caí nessa história, se fosse irmão de consideração eu veria ela mais próxima de Castiel, mas na realidade eu nunca a vi conversando com ele. As únicas vezes que a ruiva conversou com Castiel era quando nós eramos crianças e ela sempre via para a casa de Castiel brincar com nós dois. — E-E também, eu não entendo porque voltou, ah claro, porque não pensou nisso antes, Iris, ela deve ter voltado pra se casar com Castiel e nadar no dinheiro dele, pois ele é rico!

Sem pensar duas vezes levantei-me mais que depressa da cadeira empregando um tapa na cara de Iris. Seu rosto se virou e a mesma levou sua mao a sua buchecha ardida e vermelha. Exagerei um pouco na força, confesso, mas ela não tinha direito de tirar conclusões precipitadas sobre a minha pessoa, ainda mais me chamando de vadia.

— Eu pensei que quando crianças você me considerava a sua melhor amiga, sem contar que tinha total confiança na Mayra aqui. — dizia num tom de voz pesado apontando para mim mesma. Os olhos de Iris estavam arregalados, surpresa pela minha atitude, pois desde criança nunca fui fã de bater em alguem, ainda mais quando esse "alguem" era minha amiga. — Mas parece que não somos mais "melhores amigas", neh, a ponto de você me chamar de VADIA! Você me conhece mais que todo mundo, sabe muito bem que não sou o tipo de pessoa que sai se jogando em cima do primeiro menino que aparece na rua, você sabe muito bem que não sou aquela que deixa a piriquita voar e mesmo assim... Mesmo assim... Você DUVIDA DE MIM? Poiseh, Iris, as pessoas mudam, e eu nunca imaginei que você mudaria para pior. Estou decepcionada!

Sai da sala com os pés pesados, a minha vontade naquele momento era chorar, chorar, chorar e chorar mais um pouco. Mas não podia demonstrar essa minha fraqueza, tinha que ser forte e enfrentar as lagrimas que estava prestes a sair. Eu nunca imaginei que ela chegaria a esse ponto, QUE ÓDIO! Como ela pôde? E... Porque?

Teimosamente as lagrimas começaram a cair sobre os meus olhos. Parei de andar encostando-me no primeiro armário que vi pela frente. Em silêncio comecei a chorar soltando tudo o que tinha que soltar. Ela me acusou sem saber sobre a verdadeira historia por trás da minha vida, que tipo de amiga faz isso? Nenhuma que eu conheça, cara, que ódio, eu me odeio. Porque isso acontece comigo? Porque logo comigo?

Repentinamente uma mao pousa delicadamente sobre os meus ombros, assustada, seco rapidamente as teimosas lagrimas e olho para a pessoa que me encomodou no momento choro meu.

Lysandre me encarava com seus olhos arregalados, com a cara de que não entendia o que se passava ali, mas sentia na obrigação de me consolar. Sem pensar duas vezes o heterocromico me acolheu em seus braços fortemente, não consegui mais e acabei liberando todas as lagrimas que ha anos eu havia prendido. Afundei-me em seu peito o abraçando fortemente. Ta, eu sei que ele é um completo estranho para mim, pois eu nunca havia conversado com ele antes, mas mesmo assim, eu precisava de um ombro pra chorar. Eu não aguentava mais segurar aquilo, eu tinha que botar pra fora se nao ia me enlouquecer.

— Posso saber o que esta acontecendo aqui? — uma grossa voz familiar surpreende a mim e ao heterocromico nos virando para tal voz dando de cara com Castiel a qual o mesmo estava de braços cruzados olhando ferozmente, não para mim, e sim para Lysandre

Continua...E


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Notas finais do capítulo

Então e isso pessoal, espero que tenham gostado, o próximo talvez saia segunda ou terça.

Mereço reviews? *-*



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