A nova Geração Brasil escrita por Cíntia


Capítulo 27
Emoções a flor da pele


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada pelos comentários. Eles me animaram muito... Mais uma vez, meu tempo tá curto e vocês me animam a escrever. Esse capítulo é especial e espero que gostem e comentem bastante para me animar.



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Por Verônica

– Jonas, o que você tá fazendo aqui? Como entrou?

– Não há lugar que eu não consiga invadir... Eu precisava te ver, Verônica...- ele disse intenso e se aproximou de mim

– Vai embora – tentei me afastar, mas ele segurou o meu braço e me olhou firme.

– Não me manda embora... – Jonas pediu com seu olhar suplicante, mexendo mais ainda comigo, como eu queria ceder e pular em seus braços, até parecia que o álcool em minhas veias me deixava mais propensa a ele, ou eu só estava arrumando uma desculpa por me sentir tão balançada- É isso que você quer mesmo? Verônica, eu não consigo parar de pensar em você! – era como se ele tirasse essas palavras da minha boca, já que eu também não conseguia parar de pensar nele.

– Jonas, por fa-vor... – eu gaguejava, já não tinha mais forças para falar muito menos para resistir.

– Não resista... – Jonas sussurrou perto do meu rosto, era como se adivinhasse os meus pensamentos, e começou a me beijar de maneira calma- Não resista...Eu preciso ... sentir a sua pele, o seu cheiro– ele falava rouco e intenso enquanto passou a beijar o meu rosto e depois o meu pescoço.

As sensações me tomavam... Eu que já estava zonza por causa da bebida, comecei a me sentir mais zonza. A sorte, ou o azar, é que as mãos firmes de Jonas percorriam o meu corpo, e era como se me sustentassem. O álcool trazia um sentimento de torpor e alegria. Uma adrenalina me contagiava. Eu gemia, e até gritava.

Enquanto Jonas beijava o meu colo, suas mãos apertavam a minha coxa. Ele foi subindo com uma das mãos, me causando arrepios extremos, arrancando mais gemidos e suspiros dos meus lábios. Até que sem se segurar mais, ele tirou o meu vestido vagarosamente. Via um desejo voraz em seu olhar, nos amaríamos ali mesmo, mas preferi guiá-lo até o meu quarto, onde terminamos de tirar as nossas roupas e nos amamos com fervor.

Por Jonas

Acordei e não vi Verônica na cama. Aparentemente eu tinha dormido demais, mas também depois da noite tórrida, intensa e incrível que tivera com ela, havia me cansado. Normalmente dormia pouco, mas ela havia me cansado. Ahhh, Verônica me excitava como ninguém e juntos tínhamos um fogo difícil de apagar. Quanto mais achava que aquela vontade ia se acalmar, e que conseguiria me afastar dela... Mais meu desejo de vê-la e tocá-la se intensificava.

Fui para a sala, a vi nervosa e mais uma vez comendo, ela sempre estava comendo... E já foi falando um tanto agitada:

– Isso não devia ter acontecido. Vá embora e não me procure mais, Jonas Marra!

– Calma, Verônica. Eu ... – mas ela não me deixou continuar.

– Jonas, isso já passou dos limites. Se você tem o mínimo de respeito por mim, não me procure. Lembra que é casado e já tá amanhecendo. Vai logo!

– Não tenho pressa! A Pam viajou para fazer filmagens em Petrópolis para a Parker TV.

– E é claro que aproveitando a ausência da sua mulher, você resolveu pular a cerca comigo – ela estava irritada.

– Você não entendeu!

– Você que não entendeu, Jonas. Eu não sou esse tipo de mulher. Não quero acabar com seu casamento. Vamos fingir que nada aconteceu e continuar as nossas vidas separadas!

– Verônica, eu e a Pamela temos um casamento um pouco diferente daqueles com que você está acostumada. Eu e ela temos outras pessoas, desde que sejamos discretos, que não saibamos quem é, não causa problemas.

– O que você tem com a sua esposa não é da minha conta! Percebi que ela te ama, e se ela aceita esse tipo de coisa, não vem ao caso. Eu não vou me prestar a esse papel! Eu não aceito. Entenda não sou esse tipo de mulher! Se você tem consideração ou carinho por mim, vá embora e não volte!

Percebi que não tinha como continuar aquela conversa. A verdade é que se fosse com outra mulher, eu ficaria aliviado em me afastar. Quando eu começava algo com outras, elas que se recusavam a partir. Já tivera vários problemas em terminar casos. Cheguei ao ponto de ter que gastar uma quantia considerável. Com Verônica era diferente, ela que me queria longe, e justamente com ela, eu desejava, ansiava ficar o mais perto possível.

Por Davi

Megan olhava com a expressão intrigada para o MMBot (era como eu havia chamado o nosso robô por causa das iniciais dos nossos sobrenomes):

– Não. Falta something. Não sei o que. E deveríamos mudar o nome dele. Que tal number five?

– Number five? – perguntei confuso.

– Yeah, tipo aquele robô do filme “Short Circuit”*. Esse é bem menor, mas tá me lembrando ele ou o Wall-e*. Mais o number five que o Wall-e.

–Sei... Até que parece mesmo... Nossa, você tirou isso do fundo do baú, hein? - passei a mão na cabeça- Ou melhor de um filme dos anos 80.- ri.

– Você viu o filme?

– Sim, minha irmã adora filmes dessa época e assisti com ela. Fico impressionado de você ter visto, se sou novo para ter assistido, você mais ainda.

–Você esqueceu que sou filha de uma atriz? E claro que sou very impressionante mesmo- ela aproximou seu corpo do meu e deu uma risada, ficando ainda mais bonita, me segurei, respirei fundo, como me senti atraído por ela. Megan com certeza era impressionante, após uma pausa, ela voltou a falar- Gostou do nome?

– Gostei. Mas acho que deveríamos colocar um nome nosso, não?

– Ahhh, deixa de ser sem graça! – ela bateu de leve no meu ombro, o que me deixou um pouco acanhado-Que tal então MMBot number five?

– Mas ele é o primeiro robô que fazemos, não o quinto.

– E daí? Number five não precisa representar nada.

– Está bem! -concordei rindo.

– Já que é um nome grande, e como sou like a mãe dele, vou chamá-lo de number five, MMBot number five só quando ele fizer coisa errada– ela riu vitoriosa, havia conseguido o que queria.

Aquela parceria estava sendo mais proveitosa e divertida do que eu imaginava, ao lado dela, me sentia mais solto e ria bastante, mesmo quando se tratava de trabalho.

– Se você é a mãe, eu sou o pai?- perguntei sugestivo, olhei bem em seus olhos, ela se ruborizou e ficou em silêncio -Pode chamar o MMBot do jeito que quiser. – sorri, ela desviou o olhar de mim e o voltou para o “nosso filho”, parecia que queria falar algo mais– Tem mais algum problema?

– Ele tá ... Como um vou dizer? Um pouco grande e pesado. Devíamos tirar algo.

– Todas as peças que colocamos são necessárias, senão ele não vai conseguir passar pelos obstáculos.

– Podemos colocar uma bateria menor.

– Aí, talvez ele não funcione o que tempo que precisamos.

– Tem uma bateria menor que funcionaria o mesmo tempo que essa, ela é de ...

– Sei de qual bateria você tá falando. Mas ela é mais cara.

– Imagino que vocês defensores do software livre, que acham normal digitar comandos em terminais, às vezes, pensam que o layout e a praticidade não são importantes. Mas isso vai ser avaliado nessa prova, além de que um tamanho menor pode ajudá-lo a passar por obstáculos, Davi.

– O preço também será avaliado, Megan!

– Acho que vale a pena trocarmos a bateria.- ela continuava firme.

– Está bem!- concordei, a crazy girl estava com a razão- Mesmo assim, podemos pensar em algo para diminuir o preço!

– Tudo que colocamos é necessário e essas são as peças mais baratas, sem afetar a qualidade e a resistência dele. Ahhh... Por mim, eu tirava o controle remoto, já ele que deve passar pelos obstáculos sozinho, mas meu Dad disse que ele precisava ser controlado pela gente também. –enquanto ela falava uma ideia tomou a minha mente

– E quem disse que precisamos de um controle remoto para controlá-lo? Podemos usar os nossos tablets , o esperto ou o marra book para isso...

– Você tá falando de ...

– Fazer um aplicativo para guiar o robô que funcione em celulares, tablets e computadores, assim não precisaríamos do controle remoto e como no mundo atual todo mundo tem celulares, tablets e computadores, isso não afetaria o preço final do robô.

– Excelente ideia, Davi – ela comentou satisfeita.

– Mãos à obra então, crazy girl. Vamos criar esse aplicativo...

Nos dias em que eu e Megan trabalhamos no Number five, ela tinha demonstrando muito mais conhecimentos e habilidades do que eu sequer supus ser possível ela ter, já que antes de entrar no concurso todos diziam que se tratava de uma patricinha superficial. Mas eu vi algo diferente disso, Megan se mostrara uma garota inteligente, competente e muito criativa. Então apesar de faltar menos de um dia para entregarmos o robô, confiava que conseguiríamos programar aquele aplicativo a tempo.

Por Megan

Já era madrugada, eu e Davi estávamos sentados na mesma cama terminando de fazer os últimos testes no aplicativo do Number five. Tudo me parecia ok, olhei para Davi e percebi que ele tinha dormido em cima do notebook, era compreensível, tínhamos trabalhado horas a fio, quase sem descanso. Tirei o computador debaixo dele e o coloquei no chão.

Ele estava so cute, dormia um sono tão gostoso, e sorrindo, me lembrei de como havia sido bom esses últimos dias. Apesar de possuirmos algumas opiniões e ideias diferentes, nós tínhamos formado uma excelente dupla, estava orgulhosa do que havíamos construído. E também tinha sido delicioso ser parte da mesma equipe que Golias, vê-lo olhando para mim de maneira atenta, escutando e dando valor as minhas ideias. A cada momento, eu sentia que meus sentimentos por ele se tornavam maiores e urgentes.

Olhei para Davi novamente, e me lembrei da sensação acolhedora que sentira quando acordei com seus braços em volta de mim na ilha. Queria sentir aquilo novamente, talvez beijá-lo, mas sabia que estávamos sendo observados e que isso quebraria uma regra do concurso. Eu conseguiria bloquear as câmeras, mas tinha muitas dúvidas se devia fazê-lo e também estava cansada.

Tive uma ideia, peguei o celular e continuei testando o aplicativo. Fingi dormir, e me aproximei dele até ficarmos com nossos corpos colados. Não demorou muito e Davi me abraçou... Aquilo não era tudo que eu desejava, mas já era something , e dormi satisfeita.

***

O momento crucial havia chegado, eu estava very ansiosa, mais ansiosa do que nos outros desafios, pois esse fora o que eu mais demonstrara a real Megan. Além disso, percebi o quanto Davi era talentoso, competente, smart and nice. Não podia ter tido um parceiro melhor. Sabia que tínhamos feito um trabalho maravilhoso, mas ainda assim, tinha dúvidas, até porque o meu dad já havia me boicotado outras vezes.

Um dos jurados falou:

–O Meteoro bot feitos por Danusa e Ernesto cumpriu o desafio.- começou a passar cenas do robô- Foi um excelente trabalho. Mas vimos alguns problemas em relação ao layout, ele parecia um pouco deselegante e o preço ficou um pouco alto, por isso foi o terceiro colocado. O flash bot feito por Vicente e Zac também passou sozinho pelos obstáculos–novamente foram mostradas imagens- É um robô eficiente e razoavelmente bonito, mas também ficou um pouco caro. Ele seria o ganhador, se não houvesse outro robozinho na disputa. O MMbot number five nos surpreendeu – a felicidade já me tomava quando vi as imagens do number five- Foi robô mais bonito, mais rápido e barato. Sem contar que achamos muito interessante a ideia de usar dispositivos móveis para controlá-lo. Considerando o pouco tempo que tiveram, todos vocês mereciam ser classificados, mas isso não é possível. Assim, apenas Davi e Megan vão para a final do “Geração Brasil”. Parabéns.

Yeaappp... Meu coração parecia que sairia do meu peito de tanta emoção. Nós havíamos conseguido. Dessa vez não houvera boicote, eu e Davi estávamos na final do concurso.

Mais tarde da noite, depois de me despedir de Danusa (eu sentiria falta da minha priminha), minha euforia já havia diminuído e eu comecei a pensar. Agora só restávamos eu e Davi. E a ideia de enfrentá-lo, não me parecia atraente. Depois dos últimos dias, eu não queria acabar com ele, ao contrário. Gostaria de ter qualquer outro como adversário, já que...que gostava dele e não queria ser sua inimiga.

Por Davi

Pensava em como o destino gostava de pregar peças. Eu, logo eu que nem queria ser o sucessor de Jonas Marra estava na final do “Geração Brasil”. E com quem iria disputar? Megan! Aquela garota que antes me irritava tanto e que agora eu fazia força para não agarrar. Ás vezes, ela ainda me irritava, mas eu já conseguia me conter, compreendia melhor o seu jeito, era gentil com ela, havia conhecido outro lado de Megan Lilly. Ela não me parecia mais aquela patricinha arrogante que só se importava com ela mesma... Ainda não conseguiria colocar o que Megan era em palavras, já que ela escondia tanta coisa e sempre surpreendia, mas ela era diferente do que eu imaginava, diferente de qualquer garota que eu conhecia, isso me agradava... Bem, eu já começava a sentir tantas coisas distintas, ela havia me conquistado de várias formas... E eu não queria brigar, ser o adversário dela. O que desejava de verdade passava longe disso.

Escutei um barulho e fui acordado dos meus pensamentos. Apenas de camisola, Megan estava a minha frente, era como se minha mente a tivesse construído gerado ali, pois eu desejava tanto aquilo, assim por um momento fiquei com dúvida se ela era real:

– Davi, pode ficar calmo. Ninguém está nos vendo agora! – ela disse de maneira rápida.

Não era isso que me preocupava, e suas palavras serviram para que eu constatar, o quanto ela estava linda, e que ela era real. Com coração e respiração acelerados, me aproximei dela:

– Que bom que você tá aqui! – sussurrei, olhando-a cheio de desejo. E ela me olhou firme, com a respiração entrecortada, parecia surpresa, mas atraída pela proximidade.

Nem dei tempo para que ela falasse qualquer coisa. Aquilo era mais forte que eu. Segurei o seu rosto com vontade, e o puxei para o meu, em uma fração de segundos, senti seus lábios nos meus, comecei a beijá-la com fúria e a abrir espaço em sua boca. Como eu queria sentir aqueles lábios. E agora que sentia, sabia o quanto seu gosto era delicioso, tanto que me causava um efeito afrodisíaco. Sentia minha temperatura aumentando. E uma explosão de sentimentos extraordinários começou a tomar conta de mim.


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Notas finais do capítulo

*Short Circuit é um filme de 1986, tem um robô simpático ( o número 5), que sempre queria ajudar os humanos, o filme tem uma continuação e em português, pode ser achado com o título de o incrível robô ou um robô em curto circuito.
* Wall-e é um longa metragem da Pixar de 2008, com um robô fofo que deseja amar e se apaixona por outro robô, a Eve, juntos eles re-ensinam a humanidade o valor do amor e dos sentimentos. Adoro...
Meninas o que acharam? Teve para Veronas e Megavi, não? O que vai acontecer agora? Espero que tenham gostado e que comentem muito.