P.O.V. Ally

Eu e Austin ficamos passeando pelo parque, nos divertimos muito, ele mostrou um lado fofo, simpático e engraçado. Sei que a alguns dias atrás eu o odiava com todas as minhas forças. Mas sei também que aquele Austin babaca é apenas uma versão idiota de uma pessoa perfeita que agrada a todos. Melhor aproveitar enquanto ele é ele mesmo, não vou me fazer de difícil, sei que no final, vamos nos tornar amigos, pelo menos até o verão, porque quando voltarmos, eu sei, ele sabe, todos sabem, que tudo vai voltar ao normal. Isso ta na cara, mas porque não aproveitar o verão? Deixa eu aproveitar o agora e deixar o depois, já to cansada disso.

Eu estou louca pra acordar tarde, dormir tarde, não ter que me preocupar com trabalhos a fazer, ler livros,pilhas de livros, e ficar de bobeira com Austin.

–No que está pensando Ally?-Pergunta o loiro ao meu lado.

–Nada demais, apenas que vai ser um bom verão.-Falo e em seguida sorrio para ele.

–É, vai ser um ótimo verão.- Fala ele, dando o sorriso mais lindo que já vi, e em seguida segurando minha mão. Não recuei, não soltei meinha mão, nem nada parecido, apenas entrelacei nossos dedos. O silencio pairou pelo ar, e nos apenas curtíamos a companhia um do outro, enquanto caminhávamos calmamente.

Depois de algum tempo a anta, no caso eu, teve que quebrar o clima e falar:

–Vamos nos sentar?-E apontei para uma grande árvore.

–Vamos sim preguiçosa.-Falou rindo o loiro.

Nos sentamos, a sombra da árvore, recostamos as costas no grande tronco e relaxamos, mas em momento algum soltamos nossas mãos.

O silencio novamente chegou, percebi que Austin estava longe, mergulhado nos seus pensamentos, e nesse momento, deu uma enorme vontade de poder ler seus pensamentos. Nossas mãos continuavam entrelaçadas, e nem ele, nem eu tivemos a ousadia de tira-las dali, e nem queríamos. Elas ficavam tão bem juntas... Me vi sorrindo, e logo depois comecei a prestar atenção nas crianças que brincavam nos brinquedos da praça. Como se divertiam escorregando, se balançando, se pendurando. Como pareciam...livres!

–Então Allyada, melhor voltarmos, esta quase na hora do almoço.-Austin falou derrepente, olhando no relógio.

–Já? Como o tempo passa rápido.-Falei desanimada.

–Pois é, mas temos que ir. Falou ele se levantando e soltando minha mão, mas logo estendendo a sua novamente. Ele me ajudou a levantar e fomos rumo a casa almoçar. Tinha que admitir, estava com fome.

...

Quando chegamos minha mãe mãe já foi perguntando, como sempre:

–Graças a Deus, onde estavam?

–No parque.- Respondemos juntos.

Logo, começaram a nos olhar esquisitos, e então eu percebi que estávamos de mãos dadas. Soltei minha mão da do Austin rapidamente, e Mimi que estava colocando a mesa junto com Mike, deu uma risadinha. Tive a leve impressão de que corei, vi de canto Austin com as mãos no bolso, envergonhado.