Looping escrita por Mikaah


Capítulo 24
Capítulo 24 - Confissões


Notas iniciais do capítulo

Hey galera :p
To pulando aqui na cadeira do pc outra vez!
É que Looping conseguiu sua segunda recomendação!!!
/o/ /o/ /o/ ->Isso sou eu dançando!
E eu gostaria de agradecer a JacobForever, que foi quem recomendou a fic, e tbm a tds q continuam lendo e comentando depois d tanto tempo. É por vocês e pra vocês que essa fic existe.
O cap d hoje ficou maiorzinho do q o normal. Espero que gostem.
Bjos



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Eram duas da tarde. As aulas do nosso turno já tinham acabado a muito tempo, mas ainda estávamos na coordenação. Tyler e Laurent foram liberados, pois o diretor entendeu que eles estavam apenas tentando nos separar e não tinham nada haver com a briga. Minha mãe estava sentada ao meu lado, nós dois de frente para a mesa do diretor. James Withlock estava sentado no sofá, encostado numa parede. Estávamos todos esperando o doutor Carlisle chegar.

“Desculpem o atraso. Eu estava no meio de uma cirurgia quando meu filho Jasper me ligou.” – Carlisle disse, entrando exatamente naquela hora. Ele ainda estava de jaleco branco, e com o rosto visivelmente cansado.

“Tudo bem, doutor Withlock, nós entendemos.” – Professor Carlos Eduardo, nosso diretor, disse. Ele era um homem baixinho e fisicamente engraçado: Sua cabeça era 300 vezes maior que o resto do corpo, por isso nós secretamente o chamávamos de Piu-piu. Ele não era muito severo, mas também não era burro: Os alunos geralmente ganhavam um castigo justo pelo que faziam.

“Bem,rapazes, expliquem-se.” – Ele disse.

“Ele me atacou!” – James disse, me acusando.

“Isso é verdade, senhor Cullen?” – Professor Carlos me perguntou.

“Bom, tecnicamente.” – Eu respondi. Com minha mãe ao meu lado, eu simplesmente não conseguiria mentir.

“E porque o senhor fez isso?”- o diretor me perguntou, reclinando seu micro-corpo em cima da mesa.

“Ele ofendeu minha... amiga. Eu não achei certo deixá-lo falar de uma garota do jeito que ele falou.”

“Sem exageros, Cullen.” – James revirou os olhos.

“Cala a boca Withlock, eu não estou falando com você.”

“Não me mande calar a boca!” – O imbecil revidou.

“Silêncio os dois!” – Professor Carlos disse – “Pelo que posso perceber, vocês DOIS tiveram sua parcela de culpa nesse incidente,” – ele virou-se para mim – “embora a parcela de culpa do senhor Cullen pareça ser um tanto quanto maior.” – Minha mãe olhou para mim, visivelmente enfurecida.

“Nesse tipo de incidente, o castigo mais apropriado é a explusão.” – Ele disse, e meu coração gelou, minha mãe não ia agüentar se eu fosse expluso da escola. Professor Carlos fechou os olhos, e respirou fundo – “No entanto, eu decidi reconsiderar.”

Minha mãe,ao meu lado, respirou pela primeira vez desde que entrou naquela sala.

“Senhor Withlock, não está nem a um mês nesta escola e já tivemos que nos encontrar. O que o senhor acha disso?” – Professor Carlos virou sua carteira giratória na direção de James.

“Não vai acontecer outra vez.” – James respondeu, abaixando a cabeça.

“É bom mesmo, pois atitudes violentas não são toleradas nesta escola. O senhor está suspenso, por dois dias.”

“Mas...” – James ainda tentou argumentar.

“Sem “mas”. Doutor Carlisle, está de acordo com esta punição?” – Professor Carlos perguntou, se virando para Carlisle.

“Proceda como o senhor achar melhor, Professor Carlos Eduardo.” – Carlisle respondeu, com o rosto também enfurecido.

“E quanto ao senhor, senhor Cullen, eu não entendo o que aconteceu com o senhor. Sempre foi um rapaz tão disciplinado e aplicado, o que está acontecendo?”

Não respondi nada, apenas abaixei minha cabeça.

“A punição máxima que eu costumo aplicar, nos casos de suspensão, são dois dias, pois não acredito que ficar sem receber educação seja a solução para problema nenhum. No entanto, já que o senhor resolveu ultrapassar todos os limites disciplinares deste colégio, acho que também posso ultrapassar os meus limites. Está suspenso pelo resto da semana.” – Estávamos numa terça feira, o que significava que eu seria suspenso até sexta feira. Apenas abaixei a cabeça, concordando com o castigo.

“Os dois rapazes receberão anotações em suas fichas disciplinares. E eu espero que este incidente não se repita, para o bem de vocês mesmos.” – Professor Carlos Eduardo finalizou. Minha mãe e Doutor Carlisle nos encararam enfurecidos, e eu sabia que ia ouvir muito quando chegasse em casa.

 

Pov Jasper

 

“Como assim o Edward bateu no James?” – Alice parecia meio chocada. Estávamos sentados no chão do corredor, em frente à minha casa.

“Exatamente,Li. Foi por isso que eu fui chamado na coordenação naquela hora. James achou melhor eu ligar pro papai, sabe como é, pra explicar com mais calma.”

“E por que você não nos disse isso quando voltou?” – Ela perguntou.

“Sei lá, eu fiquei meio “assim” de contar pra Bella que o ex-namorado dela bateu no atual.” – Eu respondi.

Bella chegou exatamente naquele momento.

“Hey guys, tão fazendo o que aqui?” – Ela perguntou, sentando ao lado de Alice.

“Seu ex-namorado bateu no seu atual.” – Alice disse. Nossa, muito obrigado. ¬¬

“O que?” – Bella perguntou, sobressaltada – “Alice, explica essa história!” – Ela exigiu. Alice, como uma boa companheira, apontou na minha direção. Bella me olhou imediatamente, exigindo explicações.

“Ok, não sei muito bem,” – Eu respondi, erguendo as mãos – “só o que eu sei é que o Edward bateu no James, e ponto final.”

Bella se levantou em um salto, e saiu enfurecida. Alice me olhou com cara de inocente.

“O que? Ela ia ter que descobrir algum dia!” – Ela simplificou. Pior que ela estava certa.

Ouvi passos enfurecidos vindos da escada, e os reconheci imediatamente: Doutor Carlisle Withlock.

Não deu outra: Meu pai estava subindo a escada com a cara totalmente fechada, e James vinha atrás, com a cara...totalmente arrebentada. O nariz dele estava meio roxo, e haviam vários cortes superficiais perto do seu olho,  além de alguns cortes na boca. Além disso, James devia estar se sentindo péssimo por ter apanhado.

“Jasper, entra.” – Meu pai disse, secamente.

“O senhor não prefere que eu fique aqui?” – Perguntei. O que eu queria mesmo era ficar bem longe daquela conversa.

“Nada disso, isso é um assunto de família e vai ser resolvido em família.” – Ele disse e depois entrou, James logo atrás. Dei um selinho em Alice, e entrei em casa também.

Meu pai estava sentado em um dos sofás quando eu entrei, e James estava sentado em outro. Preferi ficar do lado que tinha mais poder, então sentei ao lado de meu pai.

“Explique-se.” – meu pai disse.

“Foi ele quem me bateu, Tio!” – James disse.

“E o que você fez pra ele te bater?”

“Nada! Aquele cara é maluco!” – James disse, tirando o corpo fora e jogando toda a culpa em Edward.

“Ora James, faça-me o favor. Não me diga que Edward simplesmente te atacou do nada. Eu conheço aquele menino desde pequeno, se ele te bateu foi porque você deu motivo!” – Meu pai saiu em defesa do meu amigo. Eu não sabia pra que lado torcia: O do meu melhor amigo ex-galinha, ou o do meu primo sempre-galinha.

James abaixou a cabeça, se recusando a responder. Eu ainda não tinha entendido porque Edward tinha batido em James, mas com toda certeza, tinha haver com duas pequenas palavrinhas: Bella Swan!

Meu pai fechou os olhos, respirando fundo. James, sentado com os pés no sofá, continuou olhando para baixo.

“Vai me castigar, tio?” – James perguntou, segurando os dedos dos pés. Do jeito que ele falou, e fazendo carinha de cachorro abandonado, saiu meio piegas. Quase comecei a rir.

“James, eu não sou seu pai. Eu te considero como um filho, mas acho que é seu pai quem tem que resolver isso.” – Meu pai disse. James só faltou chorar.

“Não tio, por favor, não conta pro meu pai. Ele vai querer me levar de volta pra Paris no primeiro vôo disponível!” – James só faltou chorar. Meu pai olhou para ele com compaixão e paciência.

“Acalme-se, eu não vou ligar para ele. Conheço muito bem o jeito estourado de George, afinal, ele é meu irmão. Mas quando ele me ligar, eu terei que contar para ele.”

James voltou a encarar os dedos dos pés.

“Vai tirar minha festa?” – James sussurrou.

“Não. Eu deveria, mas não vou. James, você já vai fazer 18 anos, não acha que já está na hora de demonstrar um pouco de responsabilidade?” – Meu pai exigiu, sério. James não respondeu.

“Eu não vou tirar sua festa. Não seria justo com você, nem com seus amigos. E já que seu pai não está aqui para escolher o castigo, eu decido: Você não sai de casa, a não ser para a escola e para esta festa, por duas semanas.”

James nada disse. Meu pai se levantou, e foi em minha direção, bagunçando meu cabelo. Depois ele saiu da sala, e James fez o mesmo logo em seguida, indo para o quarto que agora dividia comigo.

Fiquei mudando de canal, sem ter o que fazer. Eu simplesmente odiava quando o clima aqui em casa ficava assim tão ruim.

 

Pov Edward

 

Tranquei-me em meu quarto, assimilando tudo que tinha acontecido. Eu tinha mesmo batido em James Withlock.

Eu nunca fui um cara violento, nunca pratiquei nenhum tipo de luta, e nunca me envolvi em nenhuma briga. Mas ouvir as insinuações de James sobre Bella despertaram em mim uma força que eu não conhecia, e a raiva foi tanta que não consegui me segurar.

Minha mãe foi severa comigo, como eu já esperava, mas também parou para me ouvir. Ela parece ter entendido meu lado, mas me alertou que violência não leva a lugar nenhum, e que eu jamais devo agir desse jeito de novo. Como castigo, ela me proibiu de sair de casa nas próximas duas semanas, nem receber visitas, e ainda me encarregou de pequenas tarefas domésticas, como limpar o meu quarto, levar o lixo para fora, e todas essas tarefinhas pequenas que eu antigamente chiava tanto para fazer. Agora, não parecia assim tão ruim.

Mas tarde, por volta das 4, minha mãe foi ao mercado. Jasper ligou para Alice chamando-a para ir á sua casa, então eu fiquei sozinho. Aproveitei meu tempo livre para começar a varrer meu quarto.

Passei em frente ao meu espelho de parede. Eu não estava tão ruim: a região próxima ao meu olho onde James havia socado estava meio inchada, provavelmente ficaria roxo no dia seguinte. Em comparação ao jeito como deixei a cara dele, eu estava lindo.

Peguei uma das vassouras de minha mãe e desarrastei a cama, para varrer atrás dela. Estava entretido limpando meu quarto quando ouvi a campainha tocar, e fui atender a porta.

Era Bella, totalmente enfurecida. Ela mal esperou eu abrir a porta para me encher de acusações.

“Qual o seu problema? Por que bateu no MEU namorado?” – Ela perguntou gritando, totalmente autoritária.

“Tenho meus motivos.” – respondi secamente, encarando o chão.

“Dor de cotovelo dói tanto assim, Cullen? Eu não sabia que você era covarde desse jeito.” – Ela disse, e então socou meu peito. Segurei seus braços rapidamente, detendo-a , e trouxe seu rosto para bem perto do meu.

“Se eu fiz o que fiz, foi para defender você. E eu faria de novo se isso deixasse aquele canalha bem longe de você.” – Eu disse, olhando em seus olhos, e então a soltei. Ela encarou o chão por alguns segundos, e então se virou para mim outra vez, seu rosto contorcido em raiva.

“Não acredito em você. Me defender do que?” – Ela me perguntou.

“Dele.” – Eu disse – “Bella, como pode namorar um canalha como ele? Depois de tudo o que ele disse...” – Parei. Bella não precisava saber, embora eu desejasse com todas as minhas forças contar-lhe, ela não precisava sofrer.

“O que ele disse?”- Me perguntou.

“Nada, não importa.” – Disse, tentando mudar de assunto. Desviei meu olhar do dela, me afastando, mas ela me pressionou, literalmente, contra a parede.

Por alguns segundos, encarei outra vez seus belos olhos castanhos. Logo me vi perdido em seus olhos, seu olhar perfeito que me fazia flutuar. Como eu queria poder beijá-la, puxá-la para meus braços e protegê-la de tudo e todos.

“Estou esperando.” – ela disse, me acordando de meus devaneios.

“Ele...se comportou como um canalha. Insinuou  coisas que prefiro nem comentar.”

“Defina melhor.”

“Olha,” – Suspirei fundo – “Ele disse que ia... “te mostrar do que ele era capaz”, disse que vocês iam “passar dos limites”, que já tinham passado...” – Balancei a cabeça, afastando os pensamentos – “Prefiro nem pensar sobre isso.”

Bella me olhou por uns segundos.

“E daí?” – Ela soltou, seu rosto ainda enfurecido.

“Como “e daí?”.” – Me surpreendi com sua resposta – “Bella, eu não vou deixar aquele sujeito se aproximar de você!”

“Pra sua informação, Edward Cullen, você não tem nada haver com minha vida. O que eu faço ou deixo de fazer com o meu namorado não é problema seu!” – Ela esbravejou, e se virou para ir embora. Detive-a pelo braço, obrigando-a a me encarar.

“Bella...” – Eu não sabia como perguntar – “Ele disse...” – minha garganta secou quando a compreensão chegou até mim – “disse que vocês tinham...passado de certos limites. Isso é verdade?”

Bella encarou o chão.

“Não é da sua conta.”

Segurei-a mais forte, desesperado. Eu não queria acreditar.

“Bella, por favor, me diga que é mentira. Diga que não deixou ele fazer... isso com você.”

Bella ergueu a cabeça, a expressão em seu rosto estava indecifrável.

“E por que você se importa? Porque não conseguiu ser o primeiro?”

Eu me recusava a acreditar. Não podia ser, não a minha Bella. Soltei-a devagar, respirando. O choque tomou conta de mim, e eu me apoiei na parede, mexendo em meu cabelo.

“Não é verdade.” – Bella sussurrou. Abri os olhos e vi que ela estava com a cabeça abaixada, também de olhos fechados – “James e eu não fizemos nada.”

O ar voltou aos meus pulmões, e eu deixei escapar um suspiro alto, de alívio.

“Ainda.” – Ela sussurrou, e eu senti que perdi o ar mais uma vez.

 

Pov Bella

 

Eu era impossivelmente idiota. Eu tinha ido até ele para tirar satisfações, e ali estava eu, envolvida por seus braços, perdida em seus olhos. A atração que Edward exercia sobre mim era inegavelmente maior do que qualquer coisa que James fizesse ou tentasse fazer. Apenas de estar ali, envolta por seus braços, eu me sentia completamente entregue, derretida.

“Não é da sua conta.” – Eu tentei me desvencilhar. Edward me segurou mais forte, exigindo que olhasse para ele. Resisti, encarando o chão.

“Bella, por favor, me diga que é mentira. Diga que não deixou ele fazer... isso com você.” – O desespero em sua voz era notável. Eu não conseguia entender porque ele se importava com isso.

Não sabia o que responder. Não queria que ele soubesse de mais nada da minha vida, mas não sabia se conseguiria mentir. Por alguns segundos, deixei que a raiva me dominasse e soltei a frase que eu sabia que o machucaria.

“E por que você se importa? Porque não conseguiu ser o primeiro?”

Deu certo. Edward me soltou, seu rosto em choque. Ele se encostou na parede, passando a mão no cabelo.

Me odiei ainda mais. Odiei-me por ser idiota, por fazê-lo sofrer, e principalmente, por se importar com seu sofrimento quando ele tinha sido o responsável pelo meu.

Incapaz de raciocinar, incapaz de mentir, fechei meus olhos e deixei que a verdade fluísse por meus lábios.

“Não é verdade.” – Respirei um pouco antes de prosseguir - “James e eu não fizemos nada.”

Edward suspirou, e eu me arrependi. Eu não tinha porque contar-lhe aquilo, não tinha porque ceder. Ele devia estar achando que eu era uma idiota apaixonada por ele. Eu precisava provar que o havia superado, que eu não era mais idiota.

“Ainda.” – Eu disse.

Edward parou de respirar mais uma vez. E mais rápido do que eu achei ser possível, ele segurou meus braços, levando-me para perto de seu rosto outra vez.

“Bella, por favor, não faça isso.” – Ele me pediu. Seus olhos castanho-acobreados estavam puros e verdadeiros – “Bella, por favor, não se deixe levar. Não deixe que ele leve essa parte tão importante de você.”

“É só sexo, Cullen.” – Respondi rapidamente. Ele segurou meu rosto para encará-lo, e eu tive certeza que ele estava desesperado.

“Bella, não sabe como isso pode mudar a sua vida. Essa não é você, você não é assim. Por favor Bella, não mude. Não se deixe levar.” – Por alguns segundos, me deixei levar. Entreguei-me ao som de sua voz, e isso quase custou todas as decisões que eu demorei tanto para tomar. Eu não podia aceitar aquilo, que ele se metesse em minha vida. Me soltei rapidamente de seus braços, um grito de raiva escapando pela minha garganta.

“Sinto muito Cullen, escolheu jogar no time dos bonzinhos tarde demais.” – Eu disse, e então sai rapidamente dali. Entrei em casa o mais rápido que pude, e fui direto para meu quarto.

Me encostei na parede, e deixei que as lágrimas rolassem. Eu me sentia assustada, confusa, e um pouco sozinha. Edward tinha esse poder sobre mim, de parecer tão sincero a ponto de me fazer acreditar em suas mentiras. Mas eu sabia que ele era igual a todos os outros, que esperava que eu permanecesse virgem e pura e então me arrastasse aos seus pés para que ele pudesse fazer o serviço. Mas eu não era como as garotas com as quais ele estava acostumado a lidar.

Ele pode ter me enganado uma vez, mas isso não aconteceria de novo. James faria dezoito anos na sexta feira, e eu sabia exatamente qual seria o seu presente.

 

Pov Alice

 

Edward estava estranho. Se recusou a comer, nem sequer quis brigar comigo pela posse do controle da TV da sala. Ele ficou trancado em seu quarto o resto do dia inteiro.

Meu irmão não estava mal , quer dizer, não fisicamente. A não ser pela marca vermelha e meio inchada em seu rosto, perto de seu olho, que provavelmente ficaria roxa no dia seguinte, ele não tinha tido mias problemas com aquela briga. Era estranho o jeito como estava se comportando, já que devia estar se sentindo feliz em finalmente ter dado uma lição em James.

Na manhã seguinte, mamãe me acordou como sempre, e acordou Edward também.

“Não pense que por estar suspenso, mocinho, o senhor vai ficar dormindo até tarde. Nem pensar, não vai mesmo!” – Minha mãe disse. Edward, que nem sequer havia chiado, se levantou e foi trocar de roupa. Eu e minha mãe apenas nos entreolhamos, sem entender nada.

Jasper me pegou em casa. Ele me deu um selinho,e nós fomos andando de mãos dadas para a escola.

“Jazz, não acha que tá um pouco cedo?” – perguntei assim que chegamos. De fato, estava cedo mesmo. Mas Jasper não quis esperar o resto do pessoal, e insistiu que queria chegar cedo à escola.

Quase não tinha ninguém quando chegamos. Só faltavam 20 minutos pro inicio da aula, mas eu bem sabia como eram os alunos da escola Lincoln: Todo mundo só chegava em cima da hora.

“Vem.” – Jasper me tomou pela mão, me guiando até um dos corredores. Assim que chegamos, ele simplesmente me segurou pela cintura, e me beijou.

Jasper sugou minha língua de leve, me fazendo ter arrepios. Nossas línguas se tocaram , nossos lábios se encontrando com maestria. Eu estava totalmente perdida nos braços dele, adorando aquilo, me entregando completamente à aquele beijo.

Aos poucos, fomos nos soltando.

“Uma coisa eu tenho que admitir: Meu irmão fez um ótimo trabalho com você.” – Eu disse, rindo. Jasper sorriu também, e passou a mão pelos cabelos, no estilo “Edward Cullen”.

“Aguentar as “dicas” do Ed não foi fácil.” – Ele riu – “Mas valeu a pena porque elas me trouxeram até você.” – Ele disse, seus lábios próximos aos meus. Nos beijamos devagar dessa vez, suave, curtindo um ao outro. Jasper sempre foi meu melhor amigo, eu sempre me senti segura perto dele. Mas agora, eu me sentia radiantemente feliz por poder expressar meus sentimentos.

“Li, posso te perguntar uma coisa?” – Jasper disse rapidamente. Depois, pareceu ter se arrependido.

“Pode. O que foi?”

“Deixa pra lá.” – Tentou desconversar.

“Nem vem, Jazz. Fala.”

“Tô com vergonha.” – admitiu. Ri baixinho. Aquele era o meu Jazz.

“Fala, não vou rir.” – Assegurei. Ele olhou em meus olhos, confiando.

“Eu...”

“Você...” – O incentivei a continuar.

“Eu beijo bem?” – Ele perguntou.

“Não tenho como saber.” – disse, erguendo as mãos.

“Qual é Li, eu vou entender se você disser não.” – Fez biquinho.

Eu deveria parar por ai, mas já estava na hora de acabar com a mentira. Jasper era meu namorado, e eu queria mais do que tudo lhe contar, embora estivesse com muita vergonha.

“Antes me responde: E eu, beijo bem?” – perguntei.

“Não tenho como saber. Nunca beijei ninguém além de você.” – ele disse, sorrindo.

“Mesma coisa.” – admiti.

Jasper abriu a boca, chocado.

“Peraí, você está tentando me dizer que...que nunca beijou ninguém antes de mim?” – ele perguntou, admirado.

Balancei a cabeça, afirmando.

“Não pode ser. Mas e todos aqueles garotos com quem você saiu?” – Certo, eu lembrava disso.

“Eu nunca beijei nenhum deles.” – admiti – “Quer dizer, não que eu não tenha tentado. Mas eu nunca consegui. Porque toda vez que eu fechava os olhos, eu só pensava em você.” – admiti. Jasper não esperou, e me beijou mais uma vez, um beijo rápido que me deixou querendo mais.

“Mas e o David? Eu me lembro muito bem de você me contando como foi beijar pela primeira vez e...” – ele parou, compreendendo – “estava tentando me fazer ciúmes?” – perguntou.

“Mas você nunca demonstrou se importar.” – joguei a culpa nele.

“Eu era o nerd-melhor amigo, minha função era ouvir e apoiar você.” – Ele disse, e eu ri.

“Mas Li, nós só tínhamos 12 anos.” – Ele disse.

“Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi.” – admiti. Jazz estava ficando vermelho, demonstrando a inocência que eu sempre admirei e amei nele.

“Mesmo eu sendo um nerd-bobalhão?” – Ele perguntou, timidamente.

“Jazz, você é lindo, não só por dentro como por fora. Você sempre foi diferente dos outros garotos, sempre me respeitou, e eu me apaixonava por você a cada dia mais. Pena que demorou tanto pra eu admitir isso!”- sorri, abraçando-o. Pus minha cabeça em seu peito, acariciando-o como sempre desejei fazer. Jasper era meu, e eu tinha certeza disso.

“Eu..., o simples e idiota “eu”, fui o primeiro a beijar você. Eu sou muito sortudo mesmo.” – Ele disse, e ergueu meu rosto. Nossos lábios se encontraram rapidamente, lábios que nunca haviam sido tocados por mais ninguém.

 Estávamos nos entregando àquele beijo, quando uma voz esganiçada nos interrompeu.

“Jasper...” – Jennifer, a sonsa, tentou dar uma de desentendida – “Ah, desculpe. Eu não sabia que estava interrompendo.” – ela disse, dando um sorrisinho falso.

“Ah, jura? O que pensou que estivéssemos fazendo?” – perguntei, ironicamente. Jennifer me ignorou.

“Jazz, eu imprimi mais algumas coisas sobre o nosso trabalho. Não quer aproveitar que chegamos cedo e dar uma olhada?” – ela perguntou, girando o cabelo, e mastigando um chiclete.

Jasper foi rápido ao responder.

“Foi mal Jennifer, mas não dá. Eu to meio ocupado agora.” – Ele disse, e então me beijou outra vez. Jennifer provavelmente saiu dali batendo os pés, mas eu não me importei. Eu estava no melhor lugar do mundo agora, nos braços do meu Jasper.

 

Pov Jennifer

 

Isso não ia ficar assim.Definitivamente, não ia ficar assim.

Eu sempre tive tudo o que eu quis.Todos os garotos sempre se jogaram aos meus pés, e dessa vez não seria diferente.

Desde que Jasper me salvou naquela praia, me encantei por seu jeitinho doce e tímido de ser. Mesmo com o passar do tempo, não consegui tirá-lo da cabeça. E quando vi que estamos estudando na mesma escola, decidi que ele seria meu, não importa o que custe.

Alice: Aquela baixinha desclassificada seria uma pedra no meu caminho. Nada que eu não pudesse resolver, é claro.

E sabia exatamente quem iria me ajudar.


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Notas finais do capítulo

hey povo.
ò eu aqui denovo, hehe
Enfim ,estou aqui pra pedir q vcs divulguem a fic. se vcs realmente gostam e acham q vale a pena, contem pros amigos, enfim, chamem a galera pra continuar lendo. Faz um tempinho q po contador de leitores anda meio parado...
enfim,
bjões as tds! ps: hehe, foi mal gente, só agora notei q não tinha posto o titulo do cap. já tá lah. bjinhos