Sacrifices escrita por Rany B


Capítulo 8
Preso Injustamente


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma semana agitada, estou de volta!



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Richard Dawson era um homem com o qual você não gostaria de topar em uma rua deserta à noite. Podia ser confundido com um mendigo sádico ou um louco.

– Eu não matei essas mulheres. – Ele repetiu pela milésima vez.

– Então nos explique como pelos do seu corpo foram parar no corpo da vítima. – Hotch falou, batendo fortemente na mesa.

– Eu já falei que não tenho ideia – Richard respondeu, calmamente – Já falei para vocês que não posso ajudar. Caramba, eu moro em um galpão no meu local de trabalho, vai ver alguém levou meus pelos até a vítima.

– Para incriminar você? – Hotch perguntou sarcasticamente.

– Não sei, talvez. E acho que agora eu vou querer um advogado. – Ele respondeu, se recostando na cadeira.

Hotch saiu exasperado da sala em direção à sua equipe, que assistia a tudo pelo vidro.

– Ele não vai confessar – Emily falou – resistiu à pressão psicológica, ao acordo com a promotoria. Se esse homem for o assassino, vai ser difícil fazê-lo falar.

– E agora ele pediu um advogado – falou Morgan, indignado

– Emily, acho que você deve entrar lá e deixar ele saber quem é seu pai. Se esse cara for mesmo o assassino, ele vai se interessar bastante pela filha do homem que matou. – Rossi falou.

– Dave tem razão, vamos tentar uma última vez antes do advogado chegar – disse Hotch.

Com um aceno, Emily entrou na sala.

– Você não é uma advogada, é? – perguntou Richard quando a viu entrando.

– Não, me chamo Emily Prentiss e estou aqui para que não fique sozinho até seu advogado chegar.

– Uau, eu não sabia que eles disponibilizavam belas companhias para os suspeitos – ele falou com um sorrisinho.

Na outra sala, observando a cena, a equipe ficou surpresa.

– Ele não demonstrou nada quando ouviu o sobrenome de Emily – falou JJ, indignada.

– Esse caso não poderia ficar mais complicado. Esse cara não parece ter matado ninguém e mesmo assim tem indícios dele na cena do crime, os quais ele não consegue explicar – disse Morgan – eu realmente não consigo ver esse cara como o serial killer que estamos procurando.

– Já se passou quase um mês, daqui a pouco Strauss nos mandará de volta. – Rossi acrescentou.

– É horrível ir embora sem fazer justiça por todas essas mulheres e pelo pai da Emily – Reid falou, baixinho – Esses policiais, na falta de outro suspeito, vão dar um jeito de condenar esse Richard e nós não poderemos fazer nada. Eu realmente não acho que ele seja o assassino.

– Nenhum de nós acha, mas estamos aqui para ajudar apenas, e até agora tudo leva a ele – disse Hotch.

O advogado de Richard conseguiu com que ele ficasse solto durante a apuração dos fatos e das provas. Mas no dia seguinte de sua soltura, outro corpo foi encontrado e com ele, além de seu DNA, estavam também suas digitais. Richard foi preso por um crime que não cometerá.

Não, ele não era o assassino. O assassino o vira por acaso na rua e o seguira todos os dias a partir daí, até conseguir o que queria. Richard apenas estava no lugar errado, na hora errada.

A equipe se preparava para voltar pra casa, todos inconsoláveis com o desfecho do caso. Eles tentaram argumentar, claro, mas de nada adiantou. As provas diziam tudo, e nem mesmo a reputação deles em relação a perfis ajudou naquele momento. Era horrível, mas fazia parte do trabalho.


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