O Mundo De Taylor escrita por Bellla


Capítulo 18
As Escolhas


Notas iniciais do capítulo

E aí? Então pessoas, hoje vamos ter uma cena em que a Taylor me irrita profundamente (hehehehe). Teremos também um P.O.V do Mar. Espero que gostem e comentem. Beijos.
Boa Leitura.



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" Acordo assustada e completamente encharcada de suor. Preciso de um banho. Olho no relógio e são cinco da manhã. Entro no bnheiro, e fico satisfeita ao relembrar que essa (ter um banheiro só pra mim) é mais uma das vantagens de ser a excluida.

Enquanto lavo meu cabelo de olhos fechados, as imagens do meu pesadelo voltam com força total. Me vejo novamente naquele penhasco, parada e sem fala, enquanto mamãe fica sussurando para que um homem, identico ao senhor Hollisnewton, se jogue penhasco abaixo. Quando o homem liberta o corpo para a imensidão eu tento gritar, mas não consigo. É nessa hora que eu acordo assustada, como se fosse eu a cair do penhasco.

Abro os olhos, e por mais que arda o shampoo que escorre neles, não os fecho novamente, não quero que as imagens voltem.

Desligo o chuveiro e saio do banheiro. Já no meu quarto coloco o uniforme. Ao ver aquela coisa brega, que me deixa ridícula, fico um pouco chateada, não quero que o Mar me veja assim, toda fubanga. Decido então fazer alguma maquiagem. Pego uma maleta preta que Tia Clarie me deu de natal e da qual eu nunca nem abri. As coisa dentro estão todas lacradas e nas sua embalagens. Pego um daqueles negócios com um pincelzinho na ponta, leio na embalagem: Deliniador. Dou de ombros. Não custa tentar.

Uma hora depois, estou com meus olhos vermelhos e inchados de tanto lavar e passar um tal de demaquilante. Fora que metade do produto entrou no meu olho. Ótimo, hoje meus pobres olhinhos sofreram. Foram submetidos a shampoo, demaquilante, deliniador e esfregadas. Estou pior do que antes.

Meu celular apita, e quando vejo é uma mensagem do Mar. Meu coração salta, como se estivesse respondento ao bipe do celular. Quando leio, o maior sorriso que eu já fui capaz de produzir se abre em meu rosto. Marcus está me esperando no refeitório para que tomemos café junto. Ele é tão bobo que colocou assim: "Te espero na nossa mesa fedidinha.".

Desço no refeitório e como em todas as segundas ele está o maior escarcéu. Todos falando do seu final de semana, e da maior festa de todos os tempos. A do Will, que o próprio Will não foi. Abano a cabeça, não é hora de pensar em Will. Vejo Marcus sentando na " nossa mesa" mexendo no celular. Quando percebe que estou me aproximando ele levanta."

– Olá!

" Digo animada. E não estou fingindo animação, realmente estou animada. Ver o Mar é como usar drogas (não que eu já tenha feito isso, só sei pela teoria), acelera meus batimentos cardiacos e me leva para outra dimenssão."

– Olá.

" Ele responde com o sorriso derretedor de geleiras. Se aproxima de mim, e antes que eu possa raciocinar, ele está me beijando. Arregalo os olhos, e seguro a barra da minha saia para não colocar minhas mãos ao seu redor. Hoje seu beijo é mais carinhoso, não é um beijo de descoberta, mas sim de cumprmento. Ele se afasta com um sorriso travesso."

– Marcus!

" O repreendo com um sussuro enquanto olho ao redor, ele ri e revira os olhos."

– Qual é Tay? Todo mundo faz isso.

" Seu sorriso é tão contagiante que nem penso em deixar de sorrir."

– Sim, mas não somos todo mundo.

– Você está certa.

" Ele pega na minha mão e começa a andar até o balcão de escolha. Pego um potinho de qualquer coisa, não estou nem prestando atenção. Estou tentando não ficar vermelha e de pernas moles.

Voltamos para a mesa e começamos a comer. Quanto um vulto laranja passa correndo do meu lado."

– Bom dia pessoas!

" É a Samantha, acho incrível como o uniforme não fica abominável nela. Ela dá um beijo na bochecha do Mar e na minha e se senta ao meu lado."

– Quem te convidou fedelha?

" O Mar pergunta rindo."

– Não preciso de convite. E além do mais, a Taylor gosta da minha presença, não é Tay?

" Os dois me olham. Aí caramaba briga de irmão é pior do que de namorados. Encarro meu musse de limão (agora sei o que é) como se fosse a coisa mais fascinante do mundo."

– Não me mete nessa...

" Marcus gargalha e Sam protesta com um: "Taylor!". Meu nome soa engraçado na sua vozinha aguda de criança. Sam é tão inteligente e madura, que as vezes eu me esqueço que ela ainda é uma menina.

O assunto muda de direção, e quando vejo Sam está falando de festas."

– Eu acho que deve ter sido um horror. Ele é muito mimado e se acha. Com certeza essa festa não seria nadinha do meu agrado. Fico até feliz de não ter ido. Papai me fez um favor.

" Acabo me perdendo no assunto e tenho que perguntar:"

– Quem?

" Sam me olha como se eu fosse um Extra Terrestre."

– Will Clark.

– O que tem eu?

" Ouço uma voz grave atrás de mim, nem preciso me virar pra saber quem é o dono. Me lembro que fiz a mesma pergunta ontem, e a resposta (apesar de ser verdadeira) não foi muito boa. Ou melhor, não foi o que eu esperava."

– Ah, Will... Eu estava falando da sua festa. Alias, fiquei sabendo que você não foi. É verdade?

" Samantha fala com a maior naturalidade, enquanto eu ouço meus tímpanos zumbirem."

– Ah bem, sabe como é né ruivinha... Minha vó me ensinou que é feio deixar as visitas em casa e ficar farreando por aí.

" Droga. Droga. Droga."

– Visitas? Sem querer sem intrometida é claro.

" Falou a Sam, quando Marcus a repreendeu pela falta de educação. Não me virei ainda pro Will, porém sinto minhas costas queimarem. Será que é ireverssivel o fato de ter sido com ele o meu primeiro beijo? Bom, o beijo foi roubado, e eu não gostei.

Quer dizer... eu gostei, mas não foi como com o Mar, acho que eu na verdade só me deslumbrei por ter sido o primeiro."

– Ah Marcus, qual é? Deixa a menina. Eu também sou curioso.

– Então você vai responder minha pergunta?

" Acho que Sam está mudando de opinião, acho que ela não vê mais o Will como um esnobe. Ah, as primeiras impressões..."

– Claro. A minha visita era a Taylor.

P.O.V - Marcus

" Minha vida é normal, comum. Sou um bom aluno, respeito e amo meus pais, brigo com a minha irmã, mas não permitiria que ninguém fizesse o mesmo. Sou bem desencanado, as poucas namoradas que eu tive, foram coisa de criança, e totalmente por caso, nunca tinha me apaixonado. Até conhecer a Taylor. Bem, eu não conheci a Taylor do modo convencional, eu não esbarrei nela, não fiz um trabalho em dupla, muito menos salvei a vida dela (cara isso é muito brega). Eu levei um fora. Um fora muito bem dado.

Quando meus pais decidiram colocar a Sam e eu no Mentter Swolle (aparentemente sem nenhum motivo especial), eu até que gostei da ideia. Morar na escola me pareceu bem bacana. Eu amo meus pais de verdade, minha mãe é uma veradadeira deusa pra mim, e o meu pai é uma cara legal do qual eu nunca tive problemas (até recentemente). Só que ir pra um outro lugar, ter uma nova "casa", sei lá, me deu uma independência instantânea fascinante.

Logo eu mal cheguei a Tay roubou minha atenção. Ela é linda. De uma forma natural, despreocupada e estranha ela se tornou dona do meu coração. Contudo eu fui medroso, vi a forma distante em que ela vivia, vi como não se importava com quem estivesse ao seu redor, percebi que ela morava na lua. E demorei pra tomar uma iniciativa. Com o tempo, sem perceber, eu fiz amizade com a Diana, com o Will e mais uma monte de gente (eu sou bem sociável) E todas essas pessoas que eu conhecia falavam o mesmo: A Taylor é louca, ela é estranha, ela é muito esnobe, etc.

Entretanto, eu não via isso quando olhava pra ela, eu não via nada. Ela era lindamente inalcançável,e o que mais um cara pode querer? Pouco tempo passou e eu já percebi o enteresse do Will nela, a inveja da Diana, a magoa de todos os outros. Eles não aceitavam que a Taylor os dipensasse e pudesse viver a vida dela sem correr atrás da sua atenção, admiração, e todas essas coisas que as garotas da nossa idade querem. A Taylor não estava nem aí. A verdade é que ela estava se cagando pro mundo, e a sociedade não suportava. Daí veio todo o desprezo, mal trato e inveja. Porque ela não fazia questão de viver como nós, em busca da boa impressão alheia.

Eu fui tentando aos poucos me aproximar, e aos poucos eu fui vendo que ela é mais do que perfeita, ela é a Taylor. Enfim consegui conquista-la, e as coisas pareciam já estar terminas, o jogo (não me leve a mal, não considero a Taylor um prêmio, ela é muito melhor do que isso) havia acabado. Quando meu pai estragou tudo tocando nessa história de séculos atrás. Eu tinha medo que, ao ter tocado na ferida dela, meu pai a tenha afastado de mim. Mas parece que isso não aconteceu, parece que a Taylor já está afastada de mim antes mesmo que eu pudesse pensar nisso. Como assim ela foi na casa do Will? Foi sua visita?"

– A TAYLOR?!

" A Samantha grita de olhos arregalado. Ótimo, ela chamou a atenção até do Papa. A Taylor olha pro chão, os seus cabelos loiros caiem na frente do rosto. Ela começa a murmurar alguma coisa inteligível. Will parece não perceber, pois o babaca continua."

– É. Ela passou uma noite lá em casa.

" Ele me encara e abre um sorriso sínico. Já chega! Levanto no intuito de acabar com esse mané. Mas Taylor levanta também, e sai falando sozinha. Todo mundo (inclusive eu) a encara surpreso. Ela sai pelas enormes portas que dão para o campo. Will começa a andar na sua direção, e eu faço o mesmo.

Estamos no meio do campo quando ela se vira para nós dois. Os seus olhos escuros estão da mesma forma de quando eu a conheci, opacos e tristes. Perderam o brilho da tarde de ontem, quando nós estávamos juntos."

– Por que merda tudo dá errado? Eu devo ser a mais vaca de todas as vacas, porque minha vida é uma merda! O que já era uma merda, tá uma merda maior ainda!

" Ela fala isso pra ninguém em especial, mas a frase atinge em cheio eu e o idiota que está do meu lado.

Ele, o idiota, começa a gargalhar. Taylor o encara perplexa."

–Você está rindo?

" Ele não responde, fica se contorcendo de tanto rir."

– Will Clark, pare de rir agora!

" Ela grita."

– Ah fedo, corre que você ganha mais estressadinha. Eu pensei que você tivesse vindo pra cá falando sozinha pra fazer alguma bruxaria, não dar um piti.

" Ele começa a correr e surpreendentemente a Taylor vai atrás. Fico olhando minha namorada correr atrás de um babaca que acabou de zoar com ela. Vai entender essas mulheres. Eu é que não vou ficar aqui, com cara de pateta olhando ela correr com o cara que passou uma noite. Me viro de costas e volto pro refeitório.

Encontro a pirralha da minha irmã no corredor, com a maior cara de preocupação que eu já vi ela fazer. Sorrio, não vou ficar espalhando pros sete ventos que gosto de uma maluca indecisa. Ela me pergunta da Taylor e eu falo que não sei, começo a comer quando Matt, um drogado gente boa se senta na minha frente e puxa conversar comigo.


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