Guerreiros do destino escrita por AlsoAlves


Capítulo 7
O Fetter




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Para a sorte da dupla, um comerciante de bom coração, lhes deu carona até a divisa de Laoo com Anna, os dois pulam da carruagem, agradecem, o homem alerta:

–Eu não entrava aí por nada nesse mundo, dito isso bate as rédeas fazendo os cavalos correrem.

Enzo olha de longe para os muros que dividem Laoo e Anna, há muitos guardas, estes protegem a entrada em Laoo, e do lado de Anna não há qualquer tipo de prevenção.

–Como vamos passar por eles sem sermos notados? Pergunta Enzo.

–Magia. Responde Krom.

Os dois vão em direção aos guardas. Os guardas não se importam com quem está indo para o lado de Anna, mas os dois são procurados, e se notados seriam capturados, então quando estão poucos metros de distância, percebendo a inquietação dos guardas, que estranham duas pessoas suspeitas se aproximando dali, Krom usa sua magia:

–"iti tamaiti e moe i roto i toku ngakau ♫".

Dito isso, todos os guardas que ali estavam caem em um sono profundo, dando assim a oportunidade dos dois passarem para Anna, ao entrarem em Anna eles pegam um estrada deserta, andam, andam e andam por muito tempo, e não encontram qualquer tipo de vida, chegam em uma cidade abandonada, no maior estilo velho oeste americano, Enzo olha tudo em sua volta enquanto Krom mantém o passo firme, eles passam pela pequena cidade sem problemas.

Andam por outra estrada também sem vida, eles andam por muito tempo, o sol ainda está alto, mas precisam se apressar, Krom puxa um mapa de sua bolsa e começa a analisar.

–Bem... Pelo que está dizendo aqui fica na próxima cidade.

–Certo. Diz Enzo.

Depois de caminharem por alguns minutos, logo chegam na província, Enzo lê o nome "moarte sigura" dando boas vindas. Eles entram, a cidade também parece ser pacífica. Andam um pouco, Enzo começa a reparar no local, há um lobo gigante amarrado por uma corrente em uma árvore protegendo um casebre de madeira, sentado na escada do barraco está um homem, com um grande machado, ao seu lado um druida com um belo cajado dourado na mão esquerda e uma águia no ombro direito, este druida tem uma das orelhas cortadas, e a outra pontuda, como é de se esperar, sem camiseta ostentando seus grandes músculos. Junto dos dois está um Berserker, munido de um grande martelo de ferro. O lobo rosna para Enzo e Krom, que passam sem olhar para os donos da casa. Todas as casas em moarte sigura seguem este padrão, humildes, os donos estão em frente tomando conta, a maioria possui alguma criatura preso no quintal, por medida de segurança. A maioria olha com estranheza para Enzo, havia muito tempo que não viam uma criança. Os dois chegam até uma espécie de boteco chamado Taverna lui Moe, e lá dentro naturalmente há alguns bebendo, outros brigando e alguns com algumas prostitutas.

–O que estamos fazendo aqui? Pergunta Enzo.

–É nesses lugares, que estão as informações que precisamos.

Dois bancos estão disponíveis no balcão, a dupla se senta ali mesmo, o homem ao lado de Enzo é um viking, o garoto é do tamanho do braço dele. Logo o balconista, um selvagem, com aspecto de um tigre branco vem atendê-los.

–O que vai ser?

–Procuro Ruther Fetter. Diz Krom.

O Tigre Branco, fecha a cara, faz sinal com a sobrancelha para um Orc que está sentado ao fundo da taberna, cercado de mulheres da vida, e com alguns companheiros trogloditas bebendo.

–Entendi. Diz Krom.

O clérigo vai até o Orc, pára na frente do mostrengo, todos do bar olham pra Krom, apavorados com a audácia do homem mistérioso.

–Que foi? Pergunta o Orc. Este orc era um pouco diferente, era belo, não possuía um aspecto de monstro, mas ainda assim seu tamanho assusta.

–Onde está Fetter?

–Fetter? Ruther Fetter?

O orc surpreso com a questão do homem ali, apoia sua bebida na mesa. Todos olham para o orc esperando uma resposta. O orc volta seu copo à boca, olha para Krom e diz:

–Pegue o menino e saía daqui, não estou afim de me levantar daqui.

–Hackit -interrompe o balconista falando pro orc - qualquer coisa resolvam lá fora.

–Cala essa boca. Responde o orc.

–Tudo bem nós vamos. Diz krom, que pega Enzo e saí do lugar.

–Grande idéia, diz Enzo de forma irônica.

–Você é ingênuo, responde Krom, apontando para um homem que sai da taberna e vai em direção à eles.

–Me encontrem atrás da taberna, diz o homem passando por eles.

Enzo olha para Krom, que devolve um olhar que significa "eu sei o que tô fazendo". Eles vão até a taberna, o homem está ali esperando por eles.

–Então? Pergunta Krom.

–Não é assim que as coisas funcionam por aqui amigo. Sugere o homem.

Krom abre sua bolsa e pega dez moedas de ouro e entrega ao homem.

–Ruther é meu primo de segundo grau, eu sou Stewart.

Stewart Fetter é um pilantra que ganha a vida com pequenas trapaças, jogando poquer e pequenos furtos.

–Sei, e onde eu encontro ele? Pergunta Krom.

–Ele quem? Disfarça Stewart.

–Já te dei algumas moedas, Stewart.

–Eu não lembro. Um sorriso sarcástico fica estanpado na face do homem.

Enzo resolve intervir, pega o ladrão pelo colarinho, joga na parede, apesar do tamanho, o menino é muito forte fisicamente. O homem se assusta com a ação do menino, o capuz de Enzo cai, o homem reconhece o garoto.

–Você... Sete milhões de moedas de ouro.

Enzo puxa sua pequena adaga e coloca no pescoço do ladrão.

–Fala logo, onde tá esse cara. Diz o garoto.

Até mesmo Krom estranha o ato do menino, mas comenta:

–É... Não é à toa que você era sargento.

Stewart está apavorado ali, então Enzo pressiona mais a adaga contra o pescoço do homem.

–Fala. Ordena Enzo.

–Certo, certo. Bom, ele foi pego roubando no palácio do rei de Anna, então foi levado para a prisão na dungeon ao leste de Anna, mas não recomendo a ida até lá.

–Muito bem, continue, como chegamos até ele?

–Eu levo vocês até o calabouço, mas eu não entro lá, vocês terão de procurar ele por lá. Decide Stewart.

–Assim é melhor, diz Enzo soltando o homem.

–Se pensar em nos trair, arranco sua cabeça, ameaça o clérigo.

Os três pegam cavalos que pertencem à Stewart para chegar mais rápido até a dungeon de Anna.

Eles levam pouco tempo até chegar lá com seus cavalos galopantes. De longe percebem que há muitos guardas na entrada da dungeon.

–Tem uma passagem secreta, subindo o morro há um buraco, que dá acesso à dungeon, é uma altura de cinco metros, mas mais fácil do que enfrentar todos esses guardas. Levo vocês até lá. Diz Stewart.

Enquanto caminham, Enzo que não havia conversado nenhuma vez com o ladrão comenta:

–Você conhece muito bem este lugar.

–É... na verdade, já fui preso aqui, fugi. Não sei se o inferno é real, se for, imagino que é algo semelhante à este lugar.

O trio sobe o pequeno morro, Stewart aponta para uma árvore, eles vão até ela. Então fica visível a "entrada alternativa".

–Certo -vai dizendo Stewart - Vocês entram aqui, procurem meu primo, e digam... antes que conclua Krom dá um grande chute em suas costas fazendo o ladrão cair bruscamente no buraco. Ao cair, Stewart quebra um braço, dá um grito de dor que ecoa pelos sombrios corredores da dungeon. Logo Krom e Enzo chegam. O clérigo toma o braço do ladrão e usa sua magia para curar a fratura. Stewart fica impressionado com a habilidade de Krom, mas reclama:

–Clérigo estúpido, por que?

–Você conhece esse lugar muito bem, precisamos de você. Diz Krom.

–Tem vários seguranças nos corredores, o pior é que estamos na ala 94, onde estão soltas as piores criaturas existentes.

–Você não disse isso, reclama Enzo.

–É melhor ficarmos quietos, meu berro alertou alguns guardas. E provavelmente alguns monstros.

Enzo olha para Krom, e pergunta pra onde devem ir, o clérigo passa a pergunta para o ladrão que aponta para a esquerda. Os três seguem para o lado dito, alguns poucos minutos depois ouvem vozes e passos de alguém correndo, os guardas estão indo. Os três se escondem atrás de um grande armário que tinha ali. Os guardas passam, Stewart sai de trás do móvel, diz para Krom e Enzo sair, mas os dois não saem, Enzo aponta para trás de Stewart que sente uma respiração ofegante atrás de seu pescoço, virá para trás e vê um troll de uns dois metros e meio, ele está armado com um bastão, na verdade é tipo de tronco, antes que o ladrão possa fazer algo o troll desfere um golpe mortal com sua arma, o golpe quebra várias costelas, o ladrão é arremessado na parede com muita força, caí todo torto, está morto.

Krom puxa sua espada e ataca o monstro no peito, causando uma grande ferida. O troll parece não sentir o golpe, a grande ferida em seu peito se regenera, ele começa a gritar, seu grito é extremamente alto, alertando que há invasores na dungeon. Enzo usa sua magia de fogo para queimar o monstro que não possui poderes contra o elemento. Logo o troll cai morto, estas criaturas não são grandes inimigos mesmo.

Krom vai até Stewart, percebe que não há o que pode fazer, então abençoa a alma do ladrão para que este possa ir em paz, joga uma moeda no corpo sem vida e diz que é para o barqueiro, vira para Enzo e diz:

–Vamos continuar pelo caminho que Stewart sugeriu, ordenou Krom. Enzo concorda, os dois continuam pelo corredor, rumo ao desconhecido.


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