Química Perfeita escrita por Matheus Cardoso


Capítulo 7
Capítulo 4-ALICE




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Depois do almoço, recebo uma mensagem de Daniel e Juliana no Whatsapp. "E então, Alice? Como foi com sua irmã? Conta tudo! Te esperamos lá na lanchonete 1001 coisas!"

Assim que termino de ler a mensagem, ainda na mesa, falo para meu pai:

– Pai, vou me encontrar com meus amigos, tá?

– Agora, filha? Você mal conversou com sua irmã...

– Deixa, pai! Alice, porque você não leva o Diego para conhecer seus amigos?

O quê? O quê você tem na cabeça, Barbara?

– Não seria má ideia. Estou querendo fazer amizades mesmo.

Cala a boca, menino! Arg!

– Está bom. Vamos!- eu digo, concluindo a conversa e pegando minha bolsa que deixei no sofá da sala.

– Eu só vou trocar de camisa rapidinho.- Diego diz, antes de pegar uma camisa dentro de sua mala e entrar no banheiro.

Ele sai do banheiro, agora, vestindo uma camiseta vermelha.

– Tchau, pai! Tchau, Barbara!

– Tchau, filha!

– Tchau!- ele grita.

– Tchau!- Barbara e papai gritam juntos.

– Eu acho que eles ainda vão se dar bem.- ouvimos Barbara falar, antes de irmos.

Decido avisar aos meus amigos que estou com Diego. "ALERTA! Estou com o Diego, o enteado de Barbara."

– E então, Alice? Você tem quantos anos?

– Dezesseis. E você?

– Dezessete... Qual é a sua cor favorita?

– Lilás.

– Eu gosto de verde... Seus pais são separados há quanto tempo?

– Dez anos. Barbara foi morar com ela em Curitiba e eu e pai ficamos aqui. E sua família? Pai e mãe?

– Bem, meu pai trabalha na Marinha e ele precisa viajar muito. Ele viaja por dois meses e ficava comigo por uma semana, viaja dois meses e ficava por uma semana e por aí vai. Já, minha mãe...

– O quê?- eu sussurro.

– Ela faleceu de pneumonia quando eu tinha sete anos. No dia 4 de abril de 2004.

– Dia 04/04/2004? Nossa!

– É... Esse era um dos dias mais esperados por mim, por ser essa sequência de quatro. Eu gosto do número quatro, tanto que nasci no dia 4 de junho de 1996.

– Nasci dia 16 de maio de 1997.

– Hum... Onde vamos mesmo?- ele pergunta, meio confuso e mudando de assunto.

– Na lanchonete 1001 coisas. Lá, é ótimo! Term um cheeseburguer maravilhoso e só tem gente da nossa idade por lá!

– Falta muito?

– Não, em dois minutos, nós chegamos.

Extamente dois minutos depois, chegamos à lanchonete. Juliana e Daniel sorriem para a gente e acenam de longe para que possamos nos sentar com eles.

– Oi, Ju! Oi, Dani! Tudo bom?

– Tudo, Alice!- respondo Ju.

– E aí, A?- Sim, Daniel me chama de "A", ás vezes.

– Ju, Dani, esse é Diego, o enteado da minha irmã. Diego, esses são Juliana e Daniel, meus melhores amigos.

– Fala aê, pessoal.

– E aí, Diego?- pergunta Dani.

– Senta aí.- pede Ju.

– E então? Você era de Curitiba?-pergunta Ju.

Depois de uma conversa de uma hora, descobrimos que ele é carioca mas se mudou para Curitiba quando tinha dois anos, tinha uma banda com dois amigos, adora torta de limão, pizza de chocolate, foi expulso do colégio devido a uma briga por causa de uma garota, adora basquete, fala inglês fluentemente e seu maior sonho é ser engenheiro civil.

Recebo uma mensagem do meu pai dizendo que devemos voltar agora (meu pai era chatinho, ás vezes), aviso a Diego e nos despedimos de Juliana e Daniel.

– Tchau! Foi ótimo conhecer vocês!- Diego diz.

– Igualmente! Tchau!- exclama Ju.

– Tchau! Até logo!- diz Dani.

No caminho de volta, ele diz:

– Seus amigos são muito legais. Gostei muito deles.

– Que bom! Espero que amanhã na escola, você se dê também.

– A propósito, que turma você vai ficar?- ele pergunta.

– Terceiro ano é turma... 3001.

– Eu também vou ficar na 3001!

– Claro! Só tem uma turma de terceiro ano!- digo, antes de ir da empolgação dele.

Diego estava se tornando um menino interessante.


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