Química Perfeita escrita por Matheus Cardoso


Capítulo 24
Capítulo 12-DIEGO




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Um mês depois...

Finalmente, chega o último dia de aula e o dia de apresentar "Romeu e Julieta". Eu estava muito nervoso, suando muito e toda vez que eu olhava para Alice, ela estava assim também. Naquele dia, de manhã, colocamos todos os nossos figurinos na mochila e fomos para a escola. Fomos os últimos a chegar.

Fizemos um último ensaio e como estamos no terceiro ano, nossa turma foi a última a se apresentar.

– Agora, a turma 3001 representando a arte do teatro com a peça "Romeu e Julieta". - anuncia a diretora.

Todos se posicionam na quadra da escola e Vítor, nosso narrador pega um microfone e começa a falar:

– Bom dia, gente. Em Verona, na Itália, por volta de 1600, haviam duas famílias que mantinham aceso o ódio que carregavam uma pela outra; essas eram marcadas pelos sobrenomes Capuleto e Montéquio. Apesar de não haver contato entre as famílias, os Capuleto resolvem dar um baile de máscaras em comemoração ao aniversário de sua filha Julieta e enviam convites para os Montéquios.

– Já preparei tudo, Senhora Capuleto.- diz Juliana, interpretando a Ama.

– Tem certeza, ama?

– Sim, mas onde está a Julieta?

– Veja! Ela está chegando! Que bela máscara, filha!

– Obrigada, mãe! Foi uma ótima ideia fazer esse baile de máscaras... Mas, cadê os convidados?

– Calma, eles já vão chegar! Já mandei distribuir convites para toda Verona.

– Até para os Montéquios?- pergunta a Ama.

– Sim, vai ser assim nos aproximamos.

– Que bom, mãe!

– Mas, será que eles virão?

Alguns minutos depois...

– Após aquele surpreendente encontro misterioso durante a festa de Julieta, Romeu e Julieta se apaixonam perdidamente e como prova da veracidade do amor de ambos, depois de se encontrarem novamente, tomam uma grande decisão.

– Romeu... Romeu... Porque és um Montéquio? Ah, como eu estou apaixonada!

– Julieta, minha querida! Aqui estou eu!

– Romeu? Como conseguistes entrar?

– Saltei o muro com as leves asas do amor, que as pedras não me são empecilho.

– Mas, não íamos nos encontrar só amanhã depois do pôr de sol? Se te pegarem, poderão te matar!

– Fique tranquila, pois trago comigo o manto da noite, que me oculta dos olhos de seus parentes. Se me ama de verdade, eles até podem me encontrar aqui. Prefiro que acabem com a minha vida pelo ódio que me dedicam a ter a morte longa pela falta de amor.

– Tu me amas de verdade, Romeu?

– Ah, Julieta...

– Espere, não diga nada... Sei que dirá sim e acreditarei em sua resposta. E não precisa jurar, senão parecerá falso. Se me ama, gentil Romeu, proclame o seu amor com sinceridade. Meu querido Montéquio, estou perdida e louca de amor! Não pense que sou leviana, pois lhe serei a mais fiel das mulheres e minha confissão tem por culpada a minha própria paixão e a facilidade da escuridão desta noite. O nosso amor, Romeu, brilha mais precipitado que um relâmpago numa noite clara... Agora, preciso entrar. Adeus, meu querido!

– Ah, bendita noite, tomara que tudo isso não seja apenas um sonho encantador e doce para ser verdadeiro!

– Esta noite é verdadeira, meu amado. Se os seus pensamentos amorosos são honestos e pensa em casamento, envie amanhã, por intermédio de uma pessoa de confiança, uma palavra dizendo onde e que horas deseja que se realize a cerimônia.

– Julieta! Julieta! - grita a Ama.

– Como minha alma está feliz!- grita Romeu.

– Amanhã, enviarei alguém! Mil vezes boa noite, Romeu!

Julieta desaparece dentro do quarto. Romeu já percorria o caminho de volta, quando Julieta reaparece no balcão:

– Escute, Romeu, escute!

– Ah, Julieta, como é doce ouvir sua voz dizendo o meu nome... Soa como música a chamar a minha alma!

– Romeu...

– Meu amor.

– A que horas lhe envio o mensageiro?

– Ás nove.

– Irá sem falta! Parecerão vinte anos até lá... Esqueci por que o chamei de volta.

– Deixe-me ficar aqui até que possa se lembrar.

– Assim nunca me lembrarei para que nunca parta.

Romeu encontra Julieta "morta"...

– Julieta, meu amor! A morte roubou seu sopro de vida, mas ainda não roubou sua nobre beleza! Oh, querida Julieta, porque és ainda tão bela? Olhos meus, olhai pela última vez... Braços meus, abraçai-a pela última vez e lábios... Beijai-a pela última vez... Bebo isto ao meu amor...

Romeu bebe o veneno e enquanto morre, diz:

– E assim, com um beijo, eu morro.

Aproximadamente, um minuto depois, Julieta acorda:

– Era aqui que eu deveria estar... Esperando pelo meu Romeu...

Ela percebe que ele jaz morto em sua frente.

– Meu querido, não recebeste a carta de Frei Lourenço? Um veneno?

Ela bebe do frasco.

– Tomaste tudo, meu amor? Não deixastes nada para mim? Vou beijar teus lábios, com sorte, ainda terão veneno...

Ela bebe e sem sucesso, reclama:

– Teus lábios ainda estão quentes...

Ela ouve barulho:

– Eu tenho que ser rápida...

Ela pega um punhal que estava na cintura do Romeu:

– Essa é a vossa bainha, punhal amigo, repouse cúmplice dentro de mim e deixe-me morrer.

E assim, Julieta se suicida e cai morta em cima do corpo de Romeu.

No final da peça...

O príncipe convoca toda a população de Verona e diz:

– Onde estão estes inimigos? Capuleto! Montéquio! Podem ver o flagelo causado pelo ódio cultivado por suas famílias? Este foi o meio encontrado pelos céus para, por intermédio do amor, destruir todas as suas alegrias! E, como se já não bastasse, fez-me perder dois queridos parentes! Todos fomos punidos!

Constrangido, o velho Capuleto estende sua mão em direção ao velho Montéquio.

– Montéquio, meu irmão, dê-me sua mão, pois este é o dote de minha filha Julieta... É tudo o que posso lhe pedir!

– Capuleto, meu caro, talvez eu possa lhe oferecer mais: mandarei levantar uma estátua de ouro puro á sempre fiel Julieta, sua filha. Assim, Verona nunca mais se esquecerá de sua alma!

– Igualmente rica será a estátua de Romeu, seu filho, junto de sua dama, pobres vítimas de nossa inimizade!

– Após ouvir as palavras arrependidas de Montéquio e Capuleto, o príncipe pede que todos se recolham a fim de refletirem sobre os infelizes acontecimentos daquela noite.- diz o narrador.

– O sol não mostrará seu rosto por causa do nosso luto. Alguns serão por mim perdoados e outros, punidos, pois nunca houve história mais triste do que esta de Romeu e Julieta.

Assim, a peça acaba e todos, todos os alunos estavam aplaudindo e gritando. Todo mundo adorou! Como eu estava orgulhoso de mim mesmo! Agradecemos e a diretora diz:

– Parabéns, terceiro ano! Nota 10 para vocês! Muito bom! Excelente!

Toda a turma se abraça em um abraço coletivo e gritamos:

– Um, um, um, é 3001! Um, um, um, é 3001!


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