Química Perfeita escrita por Matheus Cardoso


Capítulo 16
Capítulo 8-DIEGO




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Passei o resto dia, depois do Seu Osvaldo falar sobre a gravidez da Barbara, no quarto e não aguentava mais ficar ali. Eu tinha que falar com alguém, se comunicar com algum ser vivo do exterior daquele quarto. Resolvi ligar para o Daniel, mas desisti, decidi pelo Murilo, o menino que conheci no futebol do prédio do Daniel, que por coincidência, era da mesma turma que a minha.

– E aí, cara? Tenho novidades.

– Fala aê!- ele diz.

– Beijei a Alice.

– Alice? A Alice bonitinha da nossa sala?

– Essa mesmo.

– Ela dá pro gasto, mas prefiro a Nicole! Ah, que sorte eu teria se pudesse beijá-la!

Terminei a conversa, marcando outro futebol quando meu tornozelo melhorasse, o quê aconteceria só semana que vem.

Uma semana depois...

Eu, finalmente, voltaria para a escola. Acordei animado naquela segunda-feira mas quem estava de mal humor era Alice, ela nem me cumprimentou. Nem sequer disse uma única palavra na nossa ida à escola. Chegando lá, eu disse:

– Eu vou ao banheiro, tá?

Ela concordou com a cabeça e subiu as escadas. Fiquei cinco minutos no banheiro e então, subi. Chegando na sala, me deparo com a cena mais vergonhosa da minha vida inteira. No quadro, estava escrito as frases: "Diego e Alice estão namorando! Diego e Alice se beijaram!" e um coral de meninos gritando:

– Estão namorando! Estão namorando!

Fuzilei Murilo com os olhos enquanto ele estava lá no fundo da sala, cantando no coro. Com certeza, foi ele que espalhou para a sala toda. Tento encontrar a Alice que está em um canto, junto com Juliana e outras meninas.

– Podem parar com isso! Nós não estamos namorando!- gritei para a turma.

– E nem nos beijamos! Aquilo não foi nada! Não houve nada entre a gente!- gritava Alice também, mas não adiantava.

– Verdade!- concordei.

– NÓS NÃO ESTAMOS NAMORANDO! E NEM NOS BEIJAMOS! PAREM COM ISSO!- eu e Alice gritamos juntos. Ainda bem que o professor não tinha chegado.

Os meninos do coro pararam.

– Ninguém beijou ninguém! Não teve beijo nenhum!- Alice ainda dizia, se sentando em uma carteira.

Apaguei as frases do quadro e disse, olhando para a Alice.

– Você tem razão, Alice. Não teve beijo nenhum, mas agora vai ter.

Me aproximei dela e tasquei um beijo nela, um beijo de verdade. Ali na frente de todo mundo. No começo, eu corei, eu não sabia direito o quê fazer, mas em uma fração de segundos, eu esqueci daquilo tudo. A minha vontade beijar a Alice era muito maior do que a minha vergonha de beijar em público. O meu coração batia forte como nunca tinha batido antes.

O sinal da escola bateu. Paramos de nos beijar e nos olhamos enquanto todos aplaudiam.

– Cláudio está vindo!- gritou um menino, se referindo ao professor de matemática.

Me sentei em uma carteira na fileira do meio e percebi que esqueci o livro de matemática. Olhei para a Alice que estava na fileira do canto, ela olhou para mim também e me levantei. Me aproximei dela e sussurrei:

– Posso sentar do seu lado? Esqueci meu livro.

– Claro que pode.- ela respondeu, envergonhada.

Arrastei uma carteira e me sentei perto dela, antes do professor chegar.


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Notas finais do capítulo

Obrigado, Lolly Blue, pela recomendação! Uma recomendação muito fofa!
Eu tenho uma novidade para vocês... O quê vocês acham de "Química Perfeita" deixar de virar fic para virar livro? Isso mesmo, "Química Perfeita" tem 80% de chances de virar livro.
Vocês comprariam, mesmo, já tendo lido?