My Immortal escrita por Satine


Capítulo 33
Cemetery Drive


Notas iniciais do capítulo

Enjoy *-*



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Os olhares dos comensais presentes na mansão ao estilo château villette foram de assombro e surpresa ao vê-lo, mas ele não lhes deu a mínima atenção passando direto por eles e ignorando suas reverências e olhares assustados. O grande salão estava deserto, exceto por um homem em pé frente à enorme escadaria que levava ao andar de cima.

— Milorde. – disse Avery rígido e sem fazer nenhuma reverência, sem esconder o desgosto que tinha ao ver seu antigo Lorde. – Irei avisar à Lady das Trevas que tem visitas, espere aqui por gentileza.

— Corajoso Avery, mas estúpido também, sabe que ela apenas te usa e ainda a serve com tamanha lealdade.

— Não muito diferente de Bellatrix.

— Lord Voldemort não espera. Crucio. – estava tão furioso que seria capaz de matar o homem, mas Avery já havia o servido bem e ele teria o destino que merecia em Azkaban em breve.

Enquanto o homem se contorcia no chão subiu aquelas escadas como já tinha feito muitas vezes no passado e seguiu para o quarto que dividia com Olívia. Abriu-o e a encontrou deitada no sofá dourado com estofado vermelho, à sua espera. Olívia tinha uma aparência horrível, os longos fios loiros opacos, os olhos verdes fundos, pálida, magra, o que a falta do elixir não fazia.

— Onde ela está?

— Ah eu sabia que você viria correndo assim que eu pegasse Hylla Riddle. – ela riu. – Você é tão contraditório Tom, ensinou-me a não amar, mas você mesmo não o conseguiu fazer.

— Está cometendo um grande erro Hornby.

— Você não me deixou escolhas. Ela está no porão, bem, eu diria... Estaria melhor se não tivesse uma língua tão afiada.

— Se você a machucou... – cerrou o punho furioso.

— Você me traiu. – ela o acusou se levantando e indo até ele.

— Eu sinto muito. – disse quase com sinceridade. – Mas Hylla não pode ser punida por isso.

— Ela vai ficar bem, desde que Elizabeth Tyler esteja morta e Londres conheça o terror de Lord Voldemort e sua Lady das Trevas, quero ter o controle de tudo ao seu lado, ser uma rainha, invejada por todas as outras grandes damas de puro sangue.

Suspirou. O que tinha feito com Olívia Hornby? Ela era só uma garotinha fútil e egoísta e ele a transformara em uma mulher cruel e vazia, ele a transformara no que ele próprio não era mais capaz de ser, acabara criando uma serpente que estava prestes a engoli-lo. Infelizmente teria de usar suas fraquezas para destruí-la.

— Ela está morta. – mentiu. – Matei-a antes de vir para cá, a tolinha acreditou que eu tinha me rendido ao seu amor, não acredito que você também caiu nessa.

— Não tente me enganar Riddle. – disse a loira perspicaz.

— Posso te dar uma prova disto. – disse tirando um frasco do elixir do bolso. Os olhos de Olívia cintilaram ao ver o elixir, precisava dele, há muito tempo não tomava um gole sequer e por isto estava tão fraca, tão horrível. – Tome, você está precisando.

Riddle levou o frasco até os lábios da loira e a permitiu que tomasse alguns goles. Olívia passou a língua nos lábios após beber tanto quanto Riddle a permitiu que tomasse. Sentiu-se na mesma hora mais revigorada e forte, os longos fios loiros não estavam mais quebradiços, mas sim sedosos e com brilho, os lábios voltaram a ser macios a carnudos diferente dos pálidos e rachados de antes e os olhos voltaram a ter vida.

— Voltou para mim Tom? – perguntou indo até o bruxo e segurando-lhe o pescoço, colando suas testas, mas Riddle se distanciou.

— E quanto a Grindelwald?

— Ele está em Londres, está cuidando de tudo por lá. Aliás precisamos entregar a ele Hogwarts, Dumbledore morto e o elixir da vida eterna, foi o que ele pediu em troca de me dar Elizabeth Tyler morta e você de volta.

— Sua estúpida. – trovejou sentando-se largado na poltrona negra ao lado da cama e afrouxando a gravata. – Vamos acabar com Grindelwald primeiro.

— O que?! Mas ele cumpriu com sua palavra, tenho você e Tyler morta, tenho de cumprir com a minha.

— Só há lugar para um Lorde das Trevas, Olívia. – ele diz arqueando uma sobrancelha e a loira dá de ombro, já tinha conseguido o que queria mesmo. Foi até ele sentando-se em seu colo.

— Fazemos isto então, atacamos Hogwarts, matamos Dumbledore e eu verifico se Tyler está mesmo morta, mato a mamãezinha de sangue ruim dela, depois acabamos com Grindelwald. Assim que Hogwarts estiver em nossas mãos, eu solto Hylla. – Tom a odiou por ser tão esperta, entortou os lábios aborrecido.

— Tudo bem, nós podemos fazer isto. – tinha de dar um jeito de escondê-la, com sorte Lily Potter a teria levado para casa e Elizabeth estaria longe na batalha que ocorreria em breve em Hogwarts.

— Faremos isto. – a loira sorriu com malícia. – Mas não agora, agora quero você milorde... Quero você dentro de mim. – sussurrou em seu ouvido.

— Avery não vai gostar disto, querida.

— Avery não significa nada para mim.

— Deveria, você pode confiar nele. – talvez fosse a única verdade dita até ali.

— E em você posso confiar Tom?

Tom não respondeu, mas a beijou com fúria, Olívia era bela e sabia lhe provocar, mas ele só conseguia pensar em sua princesa, a morena que o deixava louco de raiva, de prazer, de preocupação, mas que também conseguia acalmá-lo com um sorriso e um beijo, mas ele tinha de ser convincente e enganar Olívia o quanto podia para Hylla permanecer a salvo.

[...]

Elizabeth fitava o teto de seu quarto sentindo-se incomodada, sentindo um aperto no coração, sabia que ele estava lá, que ele estava com ela e não queria que ele estivesse com ela, aquilo a estava deixando louca e ficar ali trancada naquele quarto sozinha a fazia pensar besteiras, coisas como... Você pode estar enganada Elizabeth, talvez ele estivesse falando a verdade, talvez ele a tenha usado novamente, isso provaria o quanto você é estúpida e agora ele está lá com a Lady Gostosa das Trevas.

Uma lágrima escapou seu olho e molhou o lençol da cama, Elizabeth a secou rapidamente.

— Que droga. – pensou em voz alta.

— Por que não me contou? – ouviu a voz de sua mãe, não tinha notado ela ali parada na porta.

— Não achei que você entenderia. – disse e a ruiva sentou-se na beirada da cama.

— Você o ama, não é? Por isso guardou o segredo dele. Ah Liz, vai ficar tudo bem. – disse a ruiva a abraçando e Elizabeth correspondeu o abraço com força, sentindo seu coração ficar mais leve e sossegado.

— Obrigada. – sussurrou.

Apesar disto Elizabeth continuou trancada em seu quarto, mais por que queria do que porque era obrigada, podia andar pela casa o quanto quisesse, embora não pudesse sair por questão de segurança, mas ela preferia ficar no quarto. Não descia nem para as refeições, James acabava sempre levando para ela no quarto e passavam horas conversando. Recebera cartas de Harry, Pansy e até uma de seu pai onde se reconciliaram.

[...]

Na manhã seguinte ele estava sentado na cadeira de espaldar alto localizada na parte mais alta do salão principal da mansão, Olívia estava sentada à sua direita vestida em elegantes peles da cor creme. Os seus servos estavam ali e depois de seu discurso de retorno ao Império na França, não foi um grande coro de “Ao Lorde das Trevas” que os comensais gritaram, mas sim “Pelo Bem Maior”. Depois, assim como faziam antes de sua partida, seguiram-se uma série de torturas aos sangues ruins e trouxas capturados naquela semana, ele não tinha mais paciência para isto, nem sentia um pingo de prazer ao ouvir os gritos desesperados dos reféns.

As grandes portas pesadas de carvalho foram abertas, escancaradas quando ele chegou trazendo uma garota de cabelos cor de mel que se debatia, mas devido a um feitiço não podia gritar. Quando Grindelwald a jogou no chão, Tom reconheceu Dorcas Meadowes. O velho bruxo tinha olhos dourados por debaixo do capuz marrom escuro e riu ao vê-lo.

— Vejo que você voltou, Tom.

— Este é o meu lugar.

— Ótimo! Então Hogwarts irá cair esta noite.

E com um lampejo verde vindo da varinha de Gellert Grindelwald, a luz abandonou os olhos da garota loira que antes se debatia furiosa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Até o próximo ;D