Dark Angel escrita por Purry


Capítulo 2
Vampiros existem




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"Libby estava desacordada. Carregamos ela até o hospital mais próximo. Lá eles a examinaram, e depois de duas horas, deram a seguinte notícia: O coração de Libby não batia mais."

Os médicos disseram que ela morreu, mas parecia que já estava morta há muito tempo. Ficamos preocupados, queríamos falar com os pais dela, mas não sabíamos quem eram, não sabíamos nem se eles realmente estavam vivos. Até o professor James estava lá, ele disse que ela era uma aluna quieta e que não falava com ninguém.

Voltamos para casa às 00:00, quando recebemos uma notícia inesperada do professor James: Libby estava acordada. Ele disse que ela não tinha batimentos cardíacos e não circulava sangue em suas veias, mas mesmo assim ela estava acordada e se comportava como uma pessoa normal. Voltamos correndo para o hospital, queríamos ver isso com nossos próprios olhos.

Quando chegamos, pedimos imediatamente para ver a Libby. Entramos no quarto em que ela estava e vimos que ela realmente estava acordada, mas não tinha pulsação. Os médicos perguntaram se poderiam ficar com ela por mais alguns dias para fazerem alguns experimentos e tentarem descobrir o que estava acontecendo, e o professor James aceitou. Fomos para casa perto das 03:00, eu estava morrendo de sono e sem querer dormi no colo do Shin.

Três dias depois, os médicos chegaram a uma conclusão e logo enviaram uma resposta para o professor James.

"Nós fizemos diversos experimentos com ela, alguns um pouco dolorosos, outros não, mas temos certeza que ela está bem. Algumas das coisas que descobrimos foram: ela enxerga melhor de noite, se alimenta de sangue, não consegue comer a comida que comemos e ela já está morta há 50 anos. Concluímos que ela é um tipo de vampira."

–Vampira? Então quer dizer que existem mesmo vampiros? - Alex perguntou, parecendo chocada.

–Não pode ser! Isso tem que estar errado! - Anabelle não conseguia aceitar.
Estávamos discutindo sobre o fato de Libby ser uma vampira, quando uma menina ruiva passou batendo os pés com força no chão.

–Espere, Elizabeth! - outra menina estava a seguindo, seus cabelos eram brancos e ela usava arranjos parecidos com cartas de baralho.

–NÃO! - Elizabeth estava aborrecida - não vou voltar para aquela Valentine, ela me tratava como empregada! Onde já se viu eu como empregada? E você, Alehandra, deveria parar de andar com ela também! Abra os seus olhos, ela só finge ser sua amiga para poder te usar!

–Alguém disse meu nome? - Valentine apareceu do nada.

–Escuta aqui, Valentine! Se você acha que eu sou tonta, está muito enganada! Nunca mais ando com você e nem com suas amigas, ou melhor, suas escravas! Você vai ver, todos vão ficar sabendo como você trata suas amigas. - Elizabeth se aproximou de Valentine, batendo os pés ainda mais forte.

–Se você não quer mais andar comigo, problema seu. Mas saiba que se falar qualquer coisinha, você sofrerá as consequências! - Valentine falou calmamente, ela não parecia estar muito preocupada.

–Você só deve estar blefando! Nunca que alguém como você teria tal poder para me deter, e se tiver, eu conto tudo para o meu pai!
Valentine perdeu a paciência e atirou uma luz escura em Elizabeth, que caiu no chão. Quando estava preparando mais um jato de luz, dessa vez bem maior que o anterior, uma menina apareceu voando e parou a briga.

–Eu achei que estivesse deixado bem claro que brigas com magia são proibidas! - a menina começou a falar, ela era um anjo. Estava acompanhada de uma duende baixinha com orelhas grandes e pontudas.
Alehandra entrou na frente para defender Valentine, mas a anja logo a tirou do caminho.

–Não pense que essas suas amigas vão me deter. Lalaya, acompanhe Valentine até a diretoria e explique o que aconteceu. - ordenou para a duende.

–Sim, mestra Aruna! - a duende respondeu e acompanhou Valentine até a diretoria.
Aruna se desculpou com a gente pelo ocorrido e saiu voando rapidamente.

Daquele dia em diante, o único assunto que nós falávamos era vampiros. John desafiou Anabelle a perguntar para a Libby se ela realmente era uma vampira, mas ela logo recusou e disse que não era tão louca a ponto de fazer isso. Algumas horas depois, ele mesmo foi fazer a pergunta. Na verdade, ele só queria usar Anabelle para matar sua curiosidade.

Libby estava sentada na escada que levava ao porão, bebendo um líquido vermelho em uma garrafinha de vidro. John se aproximou, sentou do lado dela e começou a falar.

–Então, Libby, querida... é verdade que você é vampira? Eu ouvi os boatos, mas sei lá, né... - a cada palavra ele se aproximava mais.

Libby o observou por alguns segundos e disse:

–Você não tem nada melhor pra fazer, não?
John ficou sem graça e voltou para falar com a gente.

–Francamente, aquela garota é difícil! Quero só ver quando um cara quiser pegar ela, tenho pena dele!

–Você também vacilou! Onde já se viu perguntar isso a ela? Imagine se o seu maior segredo fosse revelado para a escola inteira e chegasse alguém perguntando sobre ele, como você se sentiria? - Anabelle começou a tagarelar.

–Francamente, vocês só falam de coisas chatas. Eu e a Lyn estamos nos retirando. - depois de séculos com a boca fechada, Tommy finalmente falou. Mas o que mais me surpreendeu foi que ele me chamou também. Acho que é porque eu também quase não falo.

Quando nos afastamos um pouco, ele parou de andar e me disse:

–Agora você já pode sair e fazer o que quiser. Eu sei que você também estava achando aquilo tudo uma chatice, dava pra perceber no seu rosto.

–Quê? Mas... Espera, por que você fica observando minha cara?

–Não só a sua, mas a de todo mundo. É por isso que quase não falo, só de olhar o rosto das pessoas já tenho todas as respostas.

–Tá... Então eu vou pra casa, até amanhã.
Arrumei meus materiais junto com minha arma (um arco) e fui pra casa.

Quando cheguei em casa, notei que meus pais estavam fora e só sobrou o meu irmão.

–Percy, cadê a mãe e o pai? - Perguntei, olhando dentro do banheiro e da cozinha para ver se estavam lá.

–Foram para uma daquelas festas chatas. - Ele respondeu enquanto digitava rapidamente em seu computador.
Guardei meu material, me sentei no sofá e liguei a TV.

–Você deveria ficar menos nesse computador, sabia?

–Você está falando igual a mamãe. - Ele respondeu, ainda digitando.

–Por que você não vai brincar lá fora? Você ainda tem 12 anos!

–Ainda tenho algumas coisas pra fazer aqui, e não gosto de sair de casa, você sabe muito bem disso.

Alguns minutos entediantes se passaram, e eu comecei a ficar com fome.

–Não tem nada pra comer?

–Eu tenho cereais, você quer? - Ele parou de digitar e, ainda olhando para o computador, mostrou um pote de cereais.

–Quero comida de verdade.

–Você é complicada, viu. - Ele comeu um pouco dos cereais e voltou a digitar.

Algumas horas se passaram, já eram 23:00. Comecei a ficar preocupada, meus pais não são de ficar até tarde em uma festa. Tentei ligar para o celular da minha mãe, mas dava caixa postal, e quando tentei ligar para o do meu pai deu a mesma coisa. Alguns minutos depois, minha tia arrombou a porta e entrou rapidamente, seus olhos estavam arregalados e ela estava tremendo e suando frio. Ela queria dizer algo, mas estava sem fôlego. Depois de tomar um copo d'água, ela se apoiou na mes e começou a falar:

–Eles... estão vindo... milhares deles... e-em toda parte... estão chegando, se p-protejam... Lyn, v-você ainda... ainda não sabe s-se defender... nem eu pude dar conta...

–Espera, tia, o que está acontecendo? - perguntei preocupada.

–E-eles pegaram... eles pegaram seus pais!


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