Bem-Vindo ao meu Diário escrita por Thaywan


Capítulo 2
O Time de futebol


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Olá pessoal, sejam bem-vindos ao meu Diário.

Eu, Beckie e George, estávamos andando para a cantina. A aula de História foi uma chatice. A única parte legal foi quando um garoto perguntou para a Professora se ela estava viva na Segunda Guerra Mundial. Foi hilário. Não consegui sentar perto da Kristinny, mas tudo bem. Isso não me impediu de ficar admirando sua beleza durante a aula toda.

Chegamos ao Refeitório. Puxa vida, a fila estava enorme. Dei de ombros, graças á Beckie, não precisamos pegar fila. Ela simplesmente entrou na frente do primeiro e pegou o lanche dela, e eu e George, pegamos o nosso. Tudo bem, se um garoto não tivesse reclamado...

–Ei, menina. Não pode cortar fila.

O que diabos têm na cabeça de uma pessoa pra dizer algo assim?!

–Quem vai me impedir?

Com certeza o garoto ficou tremendo de medo. Eu também ficaria com aqueles olhos me encarando, e sua cara de cachorro com raiva. George e eu decidimos tirá-la dali antes que ela fizesse o garoto engolir o lanche de uma vez. Junto com a bandeja.

Procurávamos alguma mesa. Todas estavam ocupadas. Mas isso não é um problema para Beckie que, com um simples olhar, conseguiu tirar um grupo inteiro, dando lugar para a gente. Legal.

–Sabe, eu estou cansado de ser o nerd da sala e a Kristinny não me dar atenção.

Eu disse para os dois. Mas, acho que eles não me escutaram. Beckie ficou destruindo a tesoura da garota que a encheu o saco hoje. Destruiu, depois de enfiá-la no pescoço dela. Ela deve estar na enfermaria uma hora dessas.

–Prontinho, agora aquela desmiolada não tem nenhuma prova contra mim. E eu já avisei a todos da sala, se alguém se quer pensar em me entregar, terá um destino pior que o dela.

Ameaçar a sala toda de morte. Inteligente. Algo me diz que George também não me escutou, já que ele estava ocupado demais roubando o lanche da garota que estava sentada á frente.

–Pessoal. Me escutem. Eu acho que... Eu vou entrar para o time de futebol...

Eu só disse aquilo, mas foi o suficiente para os dois entrarem em uma gargalhada sem fim. Isso eles escutaram. Até saí de perto deles, aquilo podia ser uma doença e muito contagiosa.

Mas eu não tinha dúvidas. Eu iria entrar para o time de futebol. E seria o Craque. O Artilheiro. O Melhor jogador do time. Ainda tinha dois minutos de intervalo, dava tempo para se inscrever. Fui até o painel. E lá estava eu, colocando meu nome, naquela lista do time de futebol. Era uma sensação ótima. Nunca havia me inscrito para nada sem ser na turma de xadrez, ou no grupo de estudos. Meu caminho para a popularidade estava trilhado.

–Eu não disse que eu iria entrar para a turma de futebol?

Disse á George, que se surpreendeu quando contei. Eu até estranhei o fato de Beckie não estar com ele, mas aí me lembrei que ela estava batendo em alguns alunos por aí.

–Você foi aceito?

–Eu me inscrevi. Eu sei, eu sei, sou demais. E quando eu brilhar, a Kristinny finalmente vai me dar atenção.

Olhei para Kristinny. Ela estava vindo em minha direção, mas não olhava para mim. Jogava seus cabelos para trás, e aquilo me fazia gostar ainda mais dela. Um dia, ela seria minha noiva e teríamos lindos filhos que teria cabelos bons como os dela, olhos brilhantes como os dela, pele linda como a dela...

Infelizmente, ela passou por mim sem olhar para o lado. Mas, felizmente, ela deixou seus cadernos caírem. Claro que fui correndo para pegá-los e devolve-los.

–Obrigada, faxineiro.

Faxineiro? Eu não sou um faxineiro. O que importa? Só o fato de ela ter falado comigo, já me deixou feliz o dia todo. Eu estava pensando em como seria quando nos casássemos e morássemos no Havaí. Mas alguém, me trouxe de volta ao mundo real.

–Você tem certeza de que quer tentar a sorte nos esportes?

–Mas é claro, George. Não deve ser tão difícil jogar futebol. O que de mal pode acontecer?

Vou confessar uma coisa: Eu nunca joguei futebol. Simplesmente não via graça em correr atrás de uma bola por 90 minutos. Sempre achei que era coisa de idiota. Mas, se eu quisesse conquistar o coração da Kristinny, teria que fazer isso.

Fui até o ginásio e abri a porta. De cara, já vi o treinador. Era um ser durão, violento, que gritava com os alunos e os mandava para vários lugares. Se é que me entendem. Quando cheguei, seus alunos estavam correndo em volta de todo o ginásio. Ele logo percebeu minha presença e me encarou.

–Ora, ora, ora. Então, você é o novo jogador, não é? Sou o novo Treinador, Harry Grewduey. Mas me chame apenas de Harry, senhor Freddentt Henry.

–Me chame apenas de Fred. É um apelido.

–Apelido é coisa de garotinhas. Depois, você vai querer que lhe chamem de fofinha, lindinha, florzinha...

Naquele momento só pensava em Dizer: ‘’Docinho’’. Mas não seria uma boa idéia. Eu não estava nem um pouco a fim de ter aula com esse... Cara. Mas, o que não faço para ser popular?!

–Então... Quando eu começo?

Perguntei e ele me olhou com um olhar desafiador. Fiquei com medo.

–Você começa neste exato momento.

O Desgraçado usou aquele apito que fez um barulho perturbador. Era tão alto que possivelmente toda a escola devia ter escutado.

–Dez voltas pelo ginásio. Vai.

–O que? Dez voltas? Este ginásio deve ter o tamanho da cantina, somando com o tamanho do laboratório, ao quadrado.

Não foi uma boa idéia. O treinador novamente me encarava. Se a Beckie estivesse ali comigo, ele já tinha engolido seus dentes. Vou trazer ela da próxima vez. Sem êxito, eu comecei a correr pelo ginásio. Seria um grande passo para a popularidade.

Dez voltas já haviam sido dadas. Eu estava jogado no chão, implorando para que minha mãe fosse me buscar naquele inferno. Eu estava com o braço cobrindo meu rosto, quando uma sombra me cobriu por inteiro. Era ele.

–Eu mandei descansar?

Okay, ele já estava me irritando. Mas o que eu podia fazer?! Eu era um simples camundongo comparado á ele.

–Quando vou começar a jogar?

–Primeiro precisa entrar em forma.

–O que isso quer dizer?

Vocês acreditam se eu disser que ele me mandou fazer trinta abdominais?! Meus braços estavam doloridos. Eu precisava ir para a enfermaria. Mas valeu a pena, finalmente, eu iria jogar.

–Muito bem, vamos treinar sua pontaria. Chute diretamente para o gol.

Fácil. Não tinha goleiro, não tinha como errar. Fui até o final do ginásio e corri em disparada para chutar a bola. Errei o primeiro chute, mas voltei com toda a força e acertei a bola no segundo. Para meu azar, a bola foi direta para a janela que ficou toda estilhaçada no chão. Como se não bastasse, um dos cactos furou a bola. Acho que entrar para o time de futebol não era pra mim. A diretora passou pelo ginásio para ver como estava saindo o treinamento. Acho que vocês sabem que ela não gostou nada do que viu. A Parte boa é que ela me tirou dali, longe daquele professor louco. A Parte ruim, é que de lá, fui direto para a diretoria. E como castigo, iria ter que limpar todas as janelas das salas de aula.


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