Garotas de classe não beijam em bares escrita por Katy Vdw


Capítulo 1
Capítulo 1




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Havia a estrada de terra batida, um Ford Maverick 74 uma garota dormindo no banco de carona, um rapaz de cabelos castanhos e olhos meio verdes no volante. O carro engasgou, ele tentou diminuir a marcha, não funcionou, ele debreou e pôs o carro nos acostamento. O sol bateu no rosto da garota, que puxou o casaco para afastar o sol, o rapaz riu e se encostou no banco tentou bater o arranque e o carro literalmente morreu, não tinha o que fazer, so ligar para o seguro e esperar ser encontrado por eles naquele fim de mundo, ela não ia gostar muito da ideia.

Ele saiu do carro com sua camisa preta, calça jeans e coturno pegou o celular e olhou para a garota que parecia pálida contra o banco preto do carro, os cabelos castanhos desgrenhados escapando do coque que os prendia, lábios fechados, o vestido azul, o casaco branco com flores vermelhas fazendo sombra e os olhos verdes escuros sonhando com doces coloridos fechados, ela era perfeita para ele, ele pensou em acorda-la e vê-la sorrir, mas lembrou que ela tinha dirigido a noite toda fugindo de seus pesadelos enquanto ouvia sua banda favorita no radio cantando junto com a música que dizia que garotas de classe não beijavam em bares, nisso ele viu claro em sua mente o dia ou melhor noite que se conheceram:

Ele tinha acabado de terminar com a mulher que julgava amar para o resto da vida, já tinha tomado mais de 5 doses de whisky sem gelo, quando uma garota vestindo jeans, all star, uma camisa preta caída no ombro, um laço vermelho prendendo os cabelos castanhos em um rabo de cavalo sentou-se ao seu lado, pediu um café preto e sem açúcar ao ouvir isso ele deu uma risada e a encarrou esperando ver sua cara quando o bar man negasse seu pedido, mas ao contrário ele assentiu se virou em direção a cozinha e voltou com uma xicara em suas mãos, ela agradeceu ao bar man e se virou a encarrar o rapaz e abriu um sorriso como se dissesse: “sim aqui ele servem café”. Ela se apresentou estendendo a mão: Mary, por educação ele apertou a sua mão e se apresentou: Levi. Ela começou a tagarelar sobre o clima, a crise econômica, como os pomares de laranja são lindos na primavera, ele estava se cansando, queria ficar ali e chorar suas magoas em paz, quando de forma rude ele mando-a calar a boca e beber a droga do café, ela sorriu de modo delicado e disse:

_O café não é para mim, é para você: Ele não entendeu nada, ela se virou na cadeira em direção a ele e disse: _Você deve ter brigado com sua namora, você jurava que a amava, já chorou no carro, já pensou em ligar para ela e dizer que foi estupido em jogar tudo o que vocês tinham por causa de uma noite em que ela se entregou a outro, só que pensando bem, e você percebeu isso no terceiro copo, ela devia te ligar pedir desculpas afinal ela errou e não foi a primeira vez. Beba o café vá para casa, não vale a pena gastar 8 reais a dose, se você sempre soube que ela não era só sua. E não precisa pagar pelo café se ajudar é de graça.

Ela piscou se levantou em direção a porta, deixando para traz uma versão surrada de Romeu e Julieta, ele escutou uma risada e viu que era o bar man e ele perguntou:

_Quem é ela?

_ Filha do dono do bar, toda noite ela senta no fundo do bar, manda um ou dois cafés para um bêbado perdido, e em troca pede historias, ela já deve ter colecionado milhares, mas nunca se sentou com ninguém e fez o que fez com você, é estranho...

Ele olhou para o livro, bebeu o café e essa foi a decisão mais fácil que ele já tomou, o café realmente ajudou, ele saiu pela porta virando a esquina ele viu uma fita vermelha no chão, um grito abafado veio do beco ao lado, ele não pensou duas vezes entrou pelo beco e via a pequena garota meio suspensa por uma mão em sua garganta, outra em sua cintura, e uma cara loiro beijando-a de forma rude, ela parecia estar sufocando, os olhos abertos e quase sem brilho e assustados. Ele correu e acertou um belo soco no rapaz loiro. Mary caiu no chão desacordada.

O cara loiro se levando, bêbado ou tonto por causa do soco:

_ Quem é você?

_ Um amigo de Mary.

_ Então foi por você que ela me trocou? Essa vadiazinha não sabe o que fez quando me disse não.

_ Fez a melhor escolha da sua vida talvez?

_ Quem você pensa que é?

_ Uma pessoa melhor que você?

O rapaz loiro veio em sua direção, acertou um soco no estomago de Levi, que cambaleou um pouco mas logo se recuperou fazendo o outro cuspir sangue com um soco em baixo do queixo, Mary acordou, o cara loiro se jogou para cima de Levi os dois caíram no chão, Mary levantou e saiu correndo, socos rolavam, chutes, cotoveladas até que um dos seguranças do bar apareceu separando a briga.

O cara loiro era segurado pelo segurança enquanto Mary ajudava Levi a se levantar. O cara loiro conseguiu se soltar e numa última tentativa, foi para cima da garota, ele tropeçou nos próprios pés caindo na direção da Mary ambos foram ao chão, ela cortou o braço ele bateu a cabeça.

_ Nunca mais encoste em mim Felipe, nunca mais quero ter que olhar para essa sua cara, canalha, cansei de ter que ficar me escondendo de você da próxima vez não hesitarei, nem que eu tenha que ir parar na cadeia eu vejo você morto, está me entendendo?

Levi não conseguia acreditar como uma criatura delicada como ela tinha mudando assim tão rápido, ele sorriu, ela deu ordens para o segurança que saio levando o cara loiro em direção ao bar.

_ Levi, você está bem?

_ Estou bem sim, um pouco machucado nada que um analgésico não resolva. Ele riu e ela também.

_Muito obrigada eu não sabia que ele seria capaz de matar, ele já tentou várias vezes mas nunca chegou tão perto. Venha eu cuido desses machucados.

_ Quem era ele?

_ Ninguém importante, agora onde está meu livro?

Levi voltou até a lata de lixo onde deixou o livro em cima e entregou a ela.

_ Obrigada de novo Levi, acho que vou querer seu telefone assim quando eu precisar te chamo. Ela riu e que riso lindo ela tinha, delicado, delicioso. Agora venha eu arranjo uns curativos para você.

Levi seguiu ela até uma porta na lateral do bar entrando ele viu um pequeno escritório, com sofás de couro verde musgo, uma mesa e vários livros espalhados.

_ É do meu pai eu fico aqui até o bar fechar e irmos para casa.

Ela foi até uma gaveta onde havia curativos e álcool, doeu, doeu muito mas ela acabou limpando todos os ferimentos e enfaixando ou colocando band-aid, ninguém falou uma palavra, ela parecia a ponto de chorar a qualquer minuto.

_ Você quer que eu a leve para casa Mary?

A garota pensou um pouco, e acabou concordando.

Depois daquela noite Levi ia ao bar toda a noite em busca de sua pequena colecionadora de história, ele a leva passear, até que um dia a convidou para conhecer uma pequena cabana que seus pais tinha perto do lago fora de cidade, ela aceitou, era dois dias de viajem e eles estavam revessando no volante até que o carro morreu, antes dos últimos 10km que os separavam do seu destino final até aquele ponto.

Um pequeno movimento dentro do carro feito pela, pequena adormecida dentro do carro e ele desistiu de ligar para o seguro afinal estava um clima agradável e ele adoraria ficar ali perdido com ela e seus sonhos. Ele entrou dentro do carro e a acordou com um beijo em seus lábios fechados. Ela abriu os olhos e sorriu, ele ficou tonto:

_ Onde estamos?

_ Com o carro quebrado, perdidos no meio do nada. Ele riu

Ela saiu do carro, de pés descalços, ajeitou o cabelo:

_ O clima é agradável aqui, bom muito bom.

_ É realmente ótimo. Ele a abraçou pela cintura enquanto ela se espreguiçava no meio da estrada, ela se viro e o beijou, ele puxou os dois para o capô do carro, a deitou ali e ficou desfrutando de seus beijos em seus lábios, faces, pescoço, orelha.

Ele subiu a mão pela sua perna esquerda até sua barriga e ali a fez se contorcer de cócegas, até ela ficar sem folego, e se transformar de criatura delicada a vingativa, ela lhe deu uma mordida no ombro deixando marca, os dois acabaram no chão da estrada rindo feito loucos.

Ah aqueles olhos verdes, ele poderia ficar olhando para eles até o mundo acabar, e no caso para eles estava acabando.

Numa Mercedes preta, um loiro, usando óculos escuros e olhando para seu revolver Taurus no banco de carona seguia de longe o Maverick 74, até uma estrada secundaria onde viu o Ford parado no acostamento e os dois apaixonados do chão na frente do carro, eles estavam tão envolvidos, verdes olhos em verdes olhos que não perceberam a chegada do Classe C sedan. O loiro desceu do carro, Mary sentiu aquele frio quando ele se aproxima, ela fica rápido de pé meio tonta pelo que estava vendo, Levi rápido se colocou na frente de sua amada mas nada podia parar o loiro naquele momento.

Um tiro, dois tiros e o casal que tinha se conhecido naquela noite entre cafés e Romeu e Julieta, manchava o vestido azul de vermelho e num último suspiro, ela derramou uma lagrima enquanto Levi nas suas últimas forças confessou que nunca amou outra mulher como amou Mary, sua pequena colecionadora de história.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem deixem um comentário sobre o que acharam beijinhos ;*



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