Calla Lily Potter e a Dimensão Errada escrita por RoryHunter


Capítulo 1
Capítulo 1 - Erros de Calculo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Depois de um tempo maldito tentando escrever alguma coisa eu desisti e comecei essa fanfic!
É uma mistura enorme das coisas que eu mais gosto em Fanfics de HP, por isso eu espero que vocês gostem!



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Capitulo 1 – Erros de Calculo

Suspirei levemente aborrecida com o livro a minha frente. “Como criar sua magia para leigos” [Sim, eu sou “leiga”, coloque como um bônus por 10 anos de abuso sem poder aprender mais que um garoto que só aprendeu a tabuada aos 16 anos], o livro era muito irritante.

Na teoria mágica, a magia que eu queria criar era inteiramente possível. Eu precisava apenas de dois minutos de concentração, um pouco do meu sangue e de ajuda da Hermione.

Gelei, quando esse pensamento passou pela minha mente, estremecendo. Eu não podia pensar assim... Era doloroso...

Afinal...

Hermione estava morta.

Todos estavam mortos.

Ron, Mione, os Weasley, Neville, Luna... Até mesmo Draco Malfoy!

Suspirei novamente. Era doloroso.

Balancei a cabeça, tentando limpar esses pensamentos. Isso não era certo... Eu iria concertar isso, com certeza.

Era por isso que eu estava estudando a teoria mágica. Se eu pudesse voltar no tempo e amarrar minha alma adulta com meu corpo infantil...

Minha atenção se voltou, focando-se totalmente no livro a minha frente.

A magia é um componente volátil, ela é composta por aspectos básicos.

A magia Elemental, na qual nós controlados a energia dos elementos, em sua forma mais básica.

A Transfiguração, que se baseia na mudança das moléculas desde o estado mais básico de certo objeto.

Por isso é impossível transfigurar algo em um tamanho maior que o primeiro objeto. As moléculas não são suficientes para suprir a massa do outro objeto.

A magia energética, que se baseia no desejo de que algo aconteça. É imprevisível, e normalmente acontece com a magia acidental de pequenos bruxos. Embora seja raro, é o único tipo de magia que pode burlar as leis da transfiguração Elemental. (mais informações veja a página 502)

Avancei algumas páginas, passando da introdução para a página 679, onde se iniciava o capitulo sobre magia energética.

A magia energética, diferente dos outros dois tipos não comanda moléculas já existentes no mundo. Ela cria as moléculas.

Por exemplo, se uma criança fica irritada, ela pode explodir coisas. Normalmente isso seria possível com a magia “Reducto” (mais informações pagina 54), um aspecto da magia Elemental, na qual é controlada a energia/moléculas do ar, aumentando a velocidade de vibração, causando a explosão da matéria em questão.

No tentando, crianças não são capazes de controlar a matéria do mundo normal. Por isso seus corpos usam a magia energética. Elas criam moléculas com vibrações maiores que as normais, mas ainda não chegando a serem tão fortes ou precisas como em magias elementares.

Isso é normalmente uma expressão da raiva da criança, que inconsciente de suas ações, deseja a destruição de alguma coisa. Como uma birra silenciosa.

Continuei a ler por alguns minutos, antes de suspirar, resumindo os pontos que compunham a magia energética em três.

Ela era feita a partir de “desejos”

Ela dificilmente era previsível

Dificilmente era fácil controla-la.

Apertei o livro em minhas mãos. Eu podia ver as formas de usar isso. Mesmo já tendo vinte e dois anos, eu ainda tinha a tendência de usar magia acidental quando meu coração doía demais.

Eu só tinha que provocar isso... Usar um ritual de amarrar alma a um corpo (era magia negra, tecnicamente, mas vale tudo no amor e na guerra. E isso era um pouco dos dois).

Eu podia fazer isso... Eu só precisava conseguir provocar sofrimento o suficiente para que meu desejo se realizasse.

Meu peito doeu um pouco, mas eu estava decidida.

Afinal... Calla Lily¹ Potter nunca desiste quando é pra ajudar seus amigos.

Levou alguns meses para eu levar tudo pronto, no entanto. Demorei um pouco para ser capaz de desenhar as runas corretamente, para criar o circulo mágico... E também demorei um pouco para arrumar minha mais nova invenção. Os vidros mágicos.

Tecnicamente, era apenas uma bola de gude com magia de aprisionamento. Dessa forma eu podia lançar uma magia para ela e mantê-la presa lá. Depois, era só quebrar a bolinha e BUM, efeito mágico instantâneo.

Demorou um pouco para que eu pudesse fazer isso sem explodir metade da minha casa, no entanto...

No fim eu tinha três bolinhas pequenas sobrando do saco que eu havia comprado numa loja trouxa. Uma possuía um feitiço de memória muito poderoso. Invenção minha própria. Normalmente ele só afetaria uma pessoa, mas como a bolinha seria quebrada no chão e a magia seria espalhada pelo ar, todos que respirassem teriam sua memória alterada. Exceto o usuário, é claro.

Meu objetivo com isso era tentar deixar os Dursley um pouco mais agradáveis.

Eu também tinha uma bolinha com um feitiço de glamour (N/A: Feitiço de mudança de aparência), era forte o suficiente para durar três usos de eu não quebrasse ela. E por ultimo eu tinha uma bolinha de transfiguração. Ela duraria em torno de três usos também. Era apenas um plano backup para o caso do feitiço de memória não funcionar... Eu poderia transfigurar o armário para algo um pouco maior para não morrer sufocada.

Finalmente, no dia do meu aniversário de vinte e três anos tudo estava pronto. Eu tinha o circulo mágico desenhado na sala do diretor de Hogwarts (Hogwarts não recebia mais alunos, há um tempo. O castelo era inabitável.). Além do mais, o lugar tinha uma magia incrível que eu poderia usar, se fosse necessário.

Minhas mãos tremiam um pouco, como eu segurava o gatilho do feitiço. O álbum de fotografias que Hagrid havia me dado no meu primeiro ano. Meus amigos e eu tínhamos preenchido as páginas restantes dele com meus anos em Hogwarts. Doía olhar para aquelas imagens.

Cortei minha mão com o canivete de meu bolso e coloquei uma gota de sangue no cálice do ritual antes de me ajoelhar no meio do circulo mágico.

Respirei fundo, minha mão tremendo antes de abrir a capa do álbum, vagarosamente.

Meus olhos correram para as pessoas nas fotos, e meu coração acelerou até se tornar insuportável. Meus pais sorriam e acenavam para mim. Lagrimas encheram meus olhos e eu tremi.

.. Mamãe...

Minha mão tremia e minha visão estava embaçada pelas lágrimas. Meu coração doía e eu me perguntei brevemente se era assim que um ataque cardíaco se sentia.

Novamente, virei à página. Corri os olhos pelas fotos, sentindo o aperto se tornar cada vez mais doloroso.

--N-não... –murmurei para mim mesma.

A ultima foto da página fez meu peito apertar tanto que eu senti que iria desmaiar.

Ron e Hermione estavam sentados ao meu lado, nos degraus de Hogwarts. Colin Creveey estava segurando a câmera com uma mão como seu rosto aparecia na foto, usando-a como desculpa para tirar uma foto com a menina-que-sobreviveu. Atrás de nós estavam Fred e George Weasley. Ambos riam de algo que Ron tinha dito, e o menino estava com as orelhas vermelhas parecendo com raiva. Na foto, Hedwig (Edwiges) estava em minha cabeça, abrindo as asas brancas, parecendo a ponto de atacar George.

Minhas mãos tremulas deixaram cair o álbum no chão, que se abriu em uma página especifica... O natal do quinto ano. Sirius estava sentado comigo, e parecia estar fazendo esforços cada vez maiores para desarrumar meu cabelo. Meu rosto estava vermelho, e eu olhava para ele raivosamente. Sentado na outra poltrona da sala estava Remus Lupin, rindo.

Ao ver os dois homens que eu tinha chegado a considerar como pais, tudo simplesmente era demais.

Meu peito explodia com a dor, e as lágrimas rolavam por meus olhos. Solucei baixo, meus ombros tremendo como nunca.

Eu os levei para a morte...

Fechei os olhos, com raiva das lágrimas que não paravam de rolar por minhas bochechas.

D-desculpe... Pessoal...

Minhas mãos se enrolaram em punhos bem fechados, e minhas unhas cavaram a parte de dentro de minhas palmas, fazendo o sangue escorrer pelos arranhões.

Eu queria poder fazer tudo de novo...

Assim que a frase passou por minha cabeça, um frio intenso me envolveu, quase como se eu tivesse pulado no Lago Negro no meio do inverno.

Por alguns segundos tudo estava girando... Achei que fosse vomitar. Mas tão rápido como veio, a sensação parou.

Abri meus olhos, piscando como um filhote de coruja.

O circulo mágico tinha ido embora, minhas roupas eram enormes e pareciam que iam cair. E tudo parecia tão alto... Levantei-me. Não me lembrava dos quadros estarem tão altos assim antes...

--Quem é você? –a voz calma perguntou, e eu me virei para ver Dumbledore me observando com curiosidade. –Você parece com a criança dos Potter... Mas da ultima vez que eu chequei, Harry Potter estava na casa de seus tios... E era um menino.

Não registrei imediatamente o que ele tinha dito. Ele era ALTO!

Levou alguns segundos para assimilar que não era ele que tinha ficado mais alto.

Era eu que tinha encolhido. Para o tamanho de quando eu tinha quatro anos (mais ou menos o tamanho de uma criança de dois anos).

Espere... HARRY POTTER? Finalmente minha mente registrou o nome masculino.

Isso só podia querer dizer uma coisa. Se eu não existia aqui (o que é obvio, já que eu estava na sala de Dumbledore), e ‘eu’ era um menino...

Então... Eu não tinha conseguido viajar no tempo...

Eu tinha atravessado para outra dimensão.

Oh merda.

¹ ‘Calla Lily’ é o nome inglês para ‘Lírio do Nilo’(Flor-copo-de-leite, no Brasil), É uma flor que simboliza pureza, calma e inocência... Mas também é venenosa. Se entrar em contato com a “Língua” da planta por haver irritação e etc. E é claro que eu dei esse nome por uma razão especifica. Haha.


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Notas finais do capítulo

¹ Calla Lily é o nome inglês para Lírio do Nilo(Flor-copo-de-leite, no Brasil), É uma flor que simboliza pureza, calma e inocência... Mas também é venenosa. Se entrar em contato com a Língua da planta por haver irritação e etc. E é claro que eu dei esse nome por uma razão especifica. Haha.



Matta AOWZE!



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