Rose escrita por MahriRin


Capítulo 8
The Darkest Secret


Notas iniciais do capítulo

OIE PEOPLE! Como vão, tranquilos? I'm back! Sério, vocês vão amar esta cap, ele está muito emocionante mesmo! Ah, só um aviso, QUEM NÃO LEU A CURA MORTAL ACHO BOM NÃO LER ESTE CAPÍTULO, SENÃO VAI SER UM SPOILER!!!!


Boa Leitura e Enjoy!



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O barulho estava ficando mais alto.

Rose puxava Thomas e Minho e corria pelos corredores. Os dois garotos não reclamavam, apenas a seguiam sem questionar, pois sabiam que ela reconhecia o Labirinto tao bem quanto eles. Dobraram à direita e depois à esquerda. Corriam o mais rápido que podiam, Rose não largava suas mãos de jeito nenhum, quase os arrastando para frente. De vez em quando, a garota atrevia-se a espiar por cima do ombro e observar a coisa que lhes seguiam. Grandes braços longos de metais que se balançavam rapidamente de um lado para o outro, quase como se estivesse em estado de alerta e uma carne cintilante. Apêndices repulsivos e aparentemente perigosos como instrumento projetavam-se do seu corpo, parecendo braços: uma lâmina de serra, uma tesoura de poda, longos espigões cujo uso só podia se imaginar. Ela estava correndo. Correndo por sua vida. Isto é bem pior do que lembrava-se, quando estava junto a Newt e foi picada. Talvez seu medo havia se esvaído no momento, pois estava junto a ele. O loiro sempre lhe deixa tranquila e bem.

“Elena!”, a voz de Newt veio-lhe na mente alta e clara, que quase a fez tropeçar e se estatelar no chão. “O que está fazendo? Volte para a Clareira!”

“Não!”, Rose gritou, virando em uma curva e indo onde seu corpo lhe levava. “Eu sei me virar!”

Houve uma longa pausa.

“Por favor, não me faça ir aí.”, sua voz soou trêmula e chorosa. Rose sentiu o coração dela se partir. “Volte. Por favor. Eu não posso perder você.”

A branca pensou por um minuto. Já havia percebido o olhar assustado do garoto para o Labirinto. Não sabia ao certo, mas, pelo que notara, Newt morre de medo de lá. Porém, do mesmo jeito, ele havia entrado lá da última vez apenas por ela, apenas para salvá-la.

“Isaac …”, a garota sentiu um tremor na voz também. “Você tem medo do Labirinto, não é?”

Novamente, houve outra longa pausa.

“Sim. Eu morro de medo de lá. Eu odeio aquele lugar mais que tudo. Já fiz coisas absurdas apenas para não entrar aí. Agora pode voltar?”

“Como machucar sua perna?”, Rose perguntou, ignorando a última pergunta de Newt.

“Por favor, apenas volte …”. Ela podia jurar que o loiro estava chorando. Um sentimento de culpa invadiu-lhe o coração e manifestou-se.

“Eu não posso. Não posso abandonar Thomas e Minho. Vou levá-los para algum lugar seguro.”

“Está bem, se é isso que você quer.”. A branca ainda podia sentir sua presença. Ele estava pensando. Newt continuou, a voz mais trêmula que nunca: “É, eu machuquei minha perna apenas para não poder voltar mais aí. Não sei, deu alguma coisa em meu cérebro que me fez ter vontade de morrer. Eu sou uma causa perdida, Elena, eu sou um covarde. O Fulgor já se contraiu em mim o bastante para danificar meu cérebro. Eu sou um Crank.”

Aquelas palavras causaram um grande solavanco em Rose. Seus olhos se arregalaram e ficaram marejados. Deve ter sido a coisa mais difícil que Newt já disse a alguém, pensou. Não é fácil admitir seu medo e, principalmente, falar que tentou se matar apenas para não entrar no Labirinto outra vez. Aquilo fez o coração de Rose se partir. Não queria lhe obrigar a voltar para o lugar que ele morre de medo.

“Eu …”, ele falou bem baixo, quase em um sussurro.

“Eu sei.”. Rose fechou os olhos, acalmando o coração enquanto corria entre as grandes paredes acinzentadas. Mudou de percurso em direção as Portas.“Eu sei. Não precisa falar mais nada, Isaac. Eu sinto muito. Fui longe demais. Estou voltando para você.”

“Obrigado. Sério mesmo, obrigado. Eu nunca contei isto para alguém, mas estava precisando. Obrigado, Elena.”

Ela correu, olhando para trás. Respirou fundo e concentrou-se o máximo que podia, sentindo tudo ao seu redor ao seu controle. Juntou forças e sentiu logo raios criando-se e acertando a criatura horrenda atrás dos três, lançando-o para longe por um tempo, mas, mesmo com o golpe, ele levantou-se e tornou a segui-los. Dobraram em uma esquina, aumentando a velocidade para despistar o Verdugo.

Rose parou em frente as portas do Labirinto, acalmando-se. Haviam despistado os Verdugos por pouco. Seus olhos fixaram-se nos de Newt, os mesmos estavam avermelhados, assim como seu nariz. Ela soltou as mãos de Thomas e Minho e correu para seus braços, abraçando-o o mais forte possível e afundando seu queixo no ombro do loiro e ele segurando sua cintura e colando seus corpos. Uma sensação morna percorreu no corpo de ambos. Era tão bom estar juntos um do outro outra vez. Sentir seus corações acelerados, a sensação de bem-estar, a sensação de querer ficar naquele abraço pelo resto de suas vidas.

–Elena …? –ele sussurrou no pé de seu ouvido, fazendo-a estremecer.

–Oi? –ela fez o mesmo gesto nele, os lábios colados em seu ouvido.

–Sou um covarde. Um covarde por não ter entrado lá e lhe ajudado quando mais precisava. Por não ter estado ao seu lado.

–Não importa. Você está comigo agora e eu estou viva. É isto que importa agora. –Rose sorriu no pé da orelha de Newt –E não, você não é uma causa perdida. Naquele dia que fomos picados pelos Verdugos …você entrou no Labirinto, mesmo morrendo de medo de lá. Entrou por mim, para me salvar. Isto não é ser um covarde. Isto é ser um herói.

Aquelas simples palavras emocionaram Newt mais que o normal. É engraçado como ela consegue sempre lhe animar nos piores momentos. Saber que ele, para Rose, é um herói definitivamente o deixara feliz.

–Que casal mais bonito! –a voz de Minho fizeram-nos se separar em um salto e voltar-se para ele –Agora, namoradinha do Newt, temos de falar com você.

Rose assentiu, a expressão séria abrindo-se em um sorriso. Virou-se para Newt e puxou-o para baixo, dando-lhe um beijo estalado na bochecha, correu junto a Minho e entrou na sala de mapas, enquanto o garoto loiro ficava sem reação, o coração palpitando e o rosto avermelhado. Ele balançou a cabeça e caminhou um pouco ainda sem reação. Sentou-se na mesma junto a Chuck, que riu algumas vezes de sua expressão assustada. Chuck pode ser irritante de vez em quanto, mas, mesmo assim, também pode ser um grande amigo.

Vagas lembranças passaram na cabeça de Newt. Rose chorando em seus braços em um tipo de casa. Havia sangue estirado em respingos por todo lado, inclusive nas vestes que a garota usava –seu típico vestido florido –, e homens vestidos de máscaras de gás correndo rapidamente de um lado para o outro, alguns com armas ameaçadoras nas mãos, outros com macas e chapéus estranhos. Rose e Newt deviam ter uns dez ou onze anos na lembrança. Um dos homens arrancou Rose de seus braços e puxou-a para longe, ignorando os gritos de choro desesperados da garota. Ela tentava livrar-se de seus braços e tentava correr em direção aos corpos decapitados e ensanguentados em frente a Newt, mas seu esforço era em vão.

Era uma visão do passado em que os pais de Rose foram assassinados. Havia sido bastante traumático a ela. Fora obrigada a trabalhar para CRUEL desde então. A culpa da morte de seus pais era dela. Em uma noite turbulenta e trovosa, seus poderes saíram fora de si e ela acabou que perdendo o controle, matando-os eletrocutados e decapitando-os. Apesar de expressar tanta felicidade, há muita tristeza e culpa em seu coração. Ela sempre tenta esconder as emoções de todos, sempre fechada. E Newt não é tão diferente. Ele escondera de todos sua covardia por tentar se matar no Labirinto apenas para que não possa entrar lá outra vez. Mesmo com o que Rose havia dito, ele ainda era uma causa perdida. Não era um herói. Se fosse, ainda estava correndo pelo Labirinto e achando um jeito de sair dali. E agora que sua perna se curara, não tinha muita liberdade por optar suas decisões. Porém, se Rose estivesse por perto, ele sente menos medo. O sentimento que possui de proteção pela garota é mais forte do quê qualquer medo que já sentira por toda a sua vida. Não pode perdê-la.

–Ei, cara! –Chuck lhe chamara –Ouviu o que eu disse?

Newt balançou a cabeça, interrompendo seus devaneios.

–O que foi? –o loiro perguntou, voltando-se para o garoto rechonchudo, bebendo um gole grande de água.

–O que você sente por ela? Quero dizer, pela Rose?

A pergunta causou tanto impacto que o loiro cuspiu tudo para fora de sua boca, arregalando os olhos. Parou para pensar um pouco. Rose é sua melhor amiga, definitivamente. Mas há uma sensação boa em seu âmago quando está perto dela. Tal sensação que lhe causa um sentido protetor. O coração fica acelerado perto dela, o jeito como ela o faz sorrir, mesmo em momentos em que se sentia um lixo, como ela sempre está ao seu lado o tempo todo, a sua teimosia, seu senso de humor, seu sorriso, sua presença, tudo nela lhe faz bem.

Então a fixa caiu.

–Ai Meu Deus … –ele sussurrou, colocando os pés para dentro da mesa e esfregando as palmas das mãos nos cabelos, bagunçando-os –Não acredito …

–O quê?

Newt levantou-se, olhando em volta por algum motivo, mas depois sentou-se novamente, os olhos arregalados encarando o prato que jazia limpo sobre a mesa de madeira, o coração saltando do peito e o rosto vermelho.

–Não é nada. –ele continuou com os olhos fixos no prato enquanto engolia outro gole de água e se acalmava, as mãos trêmulas.

–Ah, saquei … –Chuck deu uma risada e bateu na mesa, como se estivesse adivinhando uma charada impossível –Você está apaixonado por ela!

Outra vez, Newt cuspiu toda a água da boca. Chuck havia gritado, atraindo a atenção de vários Clareanos, que cravaram os olhos tão fundo nos de Newt, que ele estremeceu. Encarou Chuck, raivoso por chamar tanta atenção e deu-lhe um soco no ombro, quase arrancando-o da cadeira em que estava.

–Eu … –ele conseguiu formular esta palavra com muito esforço.

Ele está apaixonado por Rose.


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Notas finais do capítulo

E AÍ?! Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?
GENTE! Foi tão triste quando eu vi a parte do Newt falar que tentou se matar no Labirinto na Cura Mortal. Eu chorei rios, rios, riachos, prantos, o oceâno inteiro! BUAAAAAA ESTOU CHORANDO ATÉ AGORA!


Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos *ainda chorando*!