Rose escrita por MahriRin


Capítulo 6
Telepathy


Notas iniciais do capítulo

OIE PEOPLE! Como vão, tranquilos? Espero que gostem deste cap!



Boa Leitura e Enjoy!



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Newt acordou em um salto, sobressaltado na cama e coberto de suor.

Sentia uma dor alucinante em suas costas e um cansaço não sentindo há um bom tempo. As memórias pareciam fluir-lhe na mente. Ele se lembrava. Lembrava de quem era, de Rose, do Labirinto, do que fizeram com ele. Desde pequeno foi usado como cobaia junto a Rose, onde faziam-lhes experimentos para compreender o dom deles dois. Possuem uma parte do cérebro mais desenvolvida. Quando estavam sendo contaminados pelo Fulgor, a doença que praticamente erradicara o mundo, fizeram uma operação em seus cérebros, e isto resultou em consequências mortais aos médicos que observaram o que havia dentro de suas cabeças.

Newt levantou-se da cama, procurando por Rose, percorrendo seus olhos pela sala vazia. Nenhum sinal da branca. Caminhou até a porta, cambaleando fracamente e abrindo-a, pondo seu corpo para frente e apoiando-se na parede do outro lado.

–Newt? –Alby projetou-se em seu lado –O que está fazendo acordado? Vá se deitar! Ainda está fraco.

O garoto teve um acesso de raiva, mas respirou fundo, contendo-se.

–Onde está Rose?

O garoto de pele escura desviou o olhar, possuindo um semblante pior que o normal. Newt não se conteve mais, segurou-o pela gola da camisa e o bateu contra a parede violentamente, sentindo os pés de Alby saírem do chão. Seus olhos transmitiam puro terror pela tamanha força do loiro, que estava com o rosto vermelho e irritado.

–Vou precisar repetir a pergunta mais uma vez? –falou em um tom provocador.

–Cara, me desculpe –Alby protestou, levantando as mãos em sinal de rendição –, mas era ela ou você. Salvamos sua vida, e ela concordou com isso. Ela está no Amassador, onde está segura.

–Você é estúpido?! –ele gritou –Você acha que eu queria ser salvo no lugar dela?! Então preste atenção nisto: EU NÃO QUERO!

O grito chamou a atenção de vários Clareanos, que se aproximaram com expressões assustadas estampadas no rosto. Newt soltou o garoto de suas mãos, deixando-o cair no chão e se estatelar. Ninguém chegava perto, todos mantinham distância o suficiente para ficarem seguros. O loiro sentiu a raiva preencher cada poro de seu corpo, mas respirou fundo, deixando-a esvaziar-se e ir embora. Correu para as escadas, indo em direção ao Amassador. Ao chegar lá, encarou as grades de metais gélidos que prendiam-na em uma cadeia. Segurou-as e, botando o seu máximo de força, abriu-as, assustado com a tamanha força de que era capaz. Balançou a cabeça, deixando esta preocupação para depois e correu em direção a garota mantida no chão com os cabelos espalhados e grudados no rosto suado. Checou sua respiração e batimentos cardíacos. Nada. O desespero atingiu-lhe em cheio, fazendo lágrimas brotarem em seus olhos.

O garoto percorreu as pontas de seus dedos pelo rosto de Rose, sentindo o toque de sua pele macia. Franziu o cenho, com seus pensamentos estranhos. Quando recuperara sua memória, lembrou-se de seus dons paranormais. A capacidade de manipular os elementos a sua volta. Fechou os olhos, procurando o máximo de concentração possível dentro de seu âmago. Uma leve sensação boa passou fugazmente em seu corpo e se foi. Quando tornou a abri-los, algumas faíscas saltaram de seus dedos, arrastando-se e prolongando-se pelo corpo de Rose até atingir o coração e sumir lá.

Newt nunca pesou que o silêncio teria som. O corpo inerte da garota permanecia imóvel em seus braços musculosos, até que houve uma fisgada de ar e Rose saltou de seu colo, respirando fundo e com dificuldade. Seus olhos fixaram-se nos do garoto, azuis brilhantes, que contrastavam-se em sua pele clara, o rosto fino, lábio carnudos e nariz arrebitado.

Newt sabia que os outros estavam olhando, mas, mesmo assim, não se preocupou com o que pensariam. Abraçou-a o mais forte possível, afundando sua cabeça em seu ombro. Ela não pareceu recuar com o ato, levantou suas mãos trêmulas e apertou as costas do garoto contra seu corpo, deixando as memórias fluir-lhe na mente.

“Você está bem?”, Newt comunicou-se mentalmente.

“Sim.”, ela respondeu com um tom sombrio. “Fizeram coisas horríveis com a gente, Isaac. Éramos para estar mortos. Mas não estamos. Nós fizemos coisas ruins também”

“Eu sei”, ele respondeu, sentindo uma tristeza crescer no peito “Mas estamos bem agora. Temos pessoas em quem confiar, apesar de serem uns trolhos cabeças de mértila”

Newt sentiu a garota sorriu, enquanto estava afundada em seu ombro. Ambos se separaram e levantaram-se.

–Ah, –continuou Newt, chamando a atenção da branca –nunca mais faça isso outra vez.

***

Rose pensava que ia virar a deusa dos Clareanos.

Toda vez que se aproximava para falar com um deles, eles hesitavam e saiam. Os únicos que mostravam-lhe amizade era Thomas e Teresa –que podia comunicar-se com ela por telepatia –, Newt, Minho e Chuck. Alby lançava-lhe um olhar ameaçador vez ou outra, talvez por conta de que passara pela Transformação sem levar o Soro da Dor, mas Rose já havia se acostumado com isto.

Já era noite. Rose encaminhava-se para a Cozinha, onde se encontrava algumas partes de Caçarola que não cobertas por uma multidão de Clareanos famintos. Haviam convocado uma Conclave, no qual Newt e Rose confessaram sobre a sua vida. Claro, eles, Thomas e Teresa escondiam seus dons de todos. Sabiam que não era a hora certa para contar a eles.

A branca encarava os muros ao longe, enquanto estava sentada ao lado de Thomas.

“Ei Tommy”, a garota lhe chamou pela mente.

“Oi?”

“Você acha que nascemos assim? Quero dizer, com este dom telepata?”. Houve uma longa pausa e Rose pensou que o garoto não estivesse a fim de conversar. Apenas ouvia-se o barulho dos muros mudando e os Clareanos conversando e rindo ao longe.

“Sim. Talvez. Nunca se sabe. Toda vez que acho que sei de tudo, tem algo que não sei”, ele disse, rompendo as expectativas da branca.

Rose deu uma risada baixa, porém verdadeira e gostosa. Endireitou-se no chão coberto de gramas e respirou fundo sentindo o aroma de flores ao longe.

“Você acredita que um dia vamos sair daqui?”, perguntou Thomas, mudando de assunto enquanto mantinha seus olhos fixos nos muros a diante. “Quero dizer, achar um jeito de sair daqui? Afinal, você desligou todos aqueles Verdugos com um painel”

“Sim. Talvez. Nunca se sabe. Toga vez que acho que sei de tudo, tem algo que não sei”, ela debochou com um tom irônico. Então continuou: “Aquele era o único painel que desativa os Verdugos. Não sei como eu sei disto, mas posso ter certeza de que não é deste jeito que sairemos do Labirinto”

Depois de um longo suspiro, Rose notou que Minho aproximara-se e sentara-se ao nosso lado e estava lá há um bom tempo.

–Vocês são estranhos. –comentou, bebendo algo de cor caramelizada em suas mãos.

–Cabeça de mértila, sua opinião não importa. –Rose rolou os olhos.

–Ah, obrigado pelo comentário legal!

–Se eu quisesse fazer um comentário legal, definitivamente não seria para você. –ela sorriu sínica. Thomas encarou-a, assustado.

–Eu acho que o Minho acabou de encontrar alguém a sua altura.

Eles ficaram um bom tempo, parados, olhando para os muros acinzentados que os cercavam em uma prisão. Rose nunca pensara em como o mundo exterior lhe assustava. Não havia nenhuma lembrança do mesmo, apenas a incrível e ligeira sensação de que ele era pior do que viver no Labirinto. E, de alguma forma, sabia que tudo o que estavam fazendo ali era apenas um teste. Não sabia por exato se era por conta da placa –Catástrofe e Ruína Universal: Experimento Letal –, ou se era por conta de suas vagas e nebulosas lembranças que pairavam em sua cabeça. Não contara isto para ninguém, exceto por Newt, apesar de não terem escolhas, pois, além da telepatia, eles eram os mais diferentes dentro os diferentes. Sabiam que podiam confiar um no outro.

A garota deitou-se em sua “cama” e fechou os olhos, sentindo o sono atingir-lhe em cheio.

Rose acordou-se sem nenhuma luz para bater-lhe no rosto. Ouvia alguns murmúrios inquietantes vindo de longe e um grupo de Clareanos angustiados e com os rostos erguidos em direção ao céu, os olhos arregalados. A branca levantou-se da cama, um pouco tonta e caminhou em direção a multidão. Mas, antes que chegasse ao seu respectivo ponto, parou ao ver que não havia nenhuma luz, nem um mínimo brilho do Sol. O medo dominou-lhe o corpo, que congelou no meio do caminho. Viu Newt aproximar-se correndo, a perna não mancando mais.

–O Sol … –ele falou, parando ao lado da branca.

–Sim, eu sei. Acho que percebi.

Uma confusão de murmúrios alastrava-se por todo canto, os Clareanos falando que o Sol havia sumido e desaparecido do Universo. Newt riu com desdém, sem acreditar no que estavam pensando.

–Ei, seu inúteis! –chamou-lhe as atenções –O Sol não sumiu, não se preocupem. Isto é impossível. Se não, onde viria as luzes de agora? É apenas nuvens que o cobrem ou um eclipse solar.

Outra confusão de murmúrios apoderou-se do lugar. Por mais que soubesse que o Sol não poderia desaparecer, Rose tinha um pressentimento horrível.

Algo estava errado.

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Notas finais do capítulo

Gente, para que não sabe, a Rose é a Elle Fanning, a mesma que faz Malévola! Não sei se avisei isto antes, minha memória é a pior de todas, mas enfim...
E AÍ?! Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?



Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos do meu Heart!