Rose escrita por MahriRin


Capítulo 5
Human Brain Capacity


Notas iniciais do capítulo

OIE PEOPLE! Queria agradecer pelos reviews KATNISS WEASLEY DI ANGELO e APENAS UMA LEITORA pelos seus reviews! Espero que gostem deste cap, particurlamente eu amei este!



Boa Leitura e Enjoy!



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Rose congelou ante a pergunta.

Na realidade, nem ela sabia como responder a pergunta de Thomas. Sobressaltada com as palavras supramencionadas do garoto recuou, negando com a cabeça e correu o mais rápido que pode para longe dali, ignorando os berros raivosos do Clareano curioso. Passou pela Caixa e correu o mais rápido que pode em direção ao Labirinto. Tinha o estranho sentimento que queria ficar lá, mesmo agora sabendo o que habita além dos muros da Clareira. Atravessou os grandes portões, cirando à esquerda e depois à direita. Tampava-lhe os ouvidos com as mãos, recusando-se ouvir os gritos desesperados de Newt atrás da branca, correndo entre as gigantescas seções inacabáveis de corredores cobertos por heras dispersas.

Atreveu-se a espiar por cima do ombro. Newt ainda lhe perseguia a cada esquina que dobrava, o coração saltitando-lhe o peito. Não fazia ideia de quanto tempo havia se passado, mas a sensação de correr bastante via-lhe à mente como algo bom.

Então Roselena parou de súbito, quase fazendo o garoto loiro trombar-se nela. A respiração falhou e um bolo formou-se em sua garganta. Um barulho metálico de lâminas arrastando-se em pedras chamou-lhe a atenção. Algo desumano moveu-se silencioso e velozmente pelo corredor a diante. Newt parou ao seu lado, as mãos apoiadas nos joelhos e respirando fundo.

–O que você pensa …que está fazendo? –ele balbuciou, arfando e recuperando o fôlego.

Então seus olhos se arregalaram ao ouvir o mesmo barulho que havia chamado a atenção de Rose, seguindo seu olhar para o animal-máquina que se movia ao longo dos corredores estreitos cobertos de heras.

–Isaac, você já recuperou a sua perna? –Rose falou, com olhar fixo na criatura. Havia pouco percebido que falara Isaac em vez de Newt, mas, para o garoto, de algum jeito o nome lhe soara familiar e ele identificara-se com o mesmo.

O loiro pareceu surpreso ante a pergunta. A perna não doía e não dificultava sua locomoção nem um pouco, quase como se estivesse totalmente curada. Percorreu as mãos pelo pé, tocando-o, o rosto contorcido em expressões assustadas.

–Já … –a branca nem deu a chance do loiro terminar a resposta, puxou-lhe a camisa e o arrastou pelo corredor, correndo o mais rápido que pode.

Ao chegar no fim do corredor, uma criatura feita de metal bloqueou-lhe a passagem, fazendo-os parar de imediato. Estavam cercado por ambos os lados dos Verdugos. Não havia saída. Rose percorreu a mão pelo braço do loiro, até alcançar a mão e segurá-la com força. Um arrepiou percorreu seu corpo, fazendo-o ficar mortalmente sem graça, mas devolvendo o gesto. Ambos se encararam e depois ao redor, procurando por qualquer saída. Nem mesmo a mais estúpida. Desta vez não havia nenhuma saída.

–Newt … –Rose falou quase em um murmúrio –Diga que vai ficar tudo bem, pelo amor de Deus.

–Não vai ficar tudo bem. –em outras circunstâncias a garota teria sorrido, mas esta não é a ocasião mais adequada em que se fazer isto –Vou te tirar desta, Elena. Eu prometo.

–Gosto de quando me chamam de Elena. É apenas para pessoas próximas.

Newt estremeceu com a afirmação, o rosto avermelhado.

Os Verdugos já estavam em cima deles. Tentaram correr, mas eles não permitiam. Levantaram um braço comprido de metal com um objeto afiado nas pontas. Rose fechou os olhos, sentindo uma dor agonizante e emergente atingir-lhe a barriga, contaminando cada centímetro de seu corpo e fazendo-a perder as forças e cair no chão, a boca sangrando e perdendo a cor. Newt havia também sido atingindo, ambos esparramados no chão, com as roupas com várias nódoas de sangue. Os Verdugos pareceram não acabar com seu trabalho árduo de picar pessoas, levantaram uma serra, que girou, estremecendo o chão, aproximando-a de Newt. Rose juntou o resto das forças que sobravam-lhe no corpo e se levantou, o rosto escuro, com semblantes de dois olhos azuis brilhantes e cintilantes. Não entendia o que estava fazendo, mas seus olhos fecharam-se com força, deixando as memórias fluírem em seu mar obscuro das mesmas escassas. Quando tornou a abrir os olhos, suas pupilas estavam de um tom dourado e brilhante, que ficava se movendo como poeira ao ar. Uma série de números e possibilidades escapatórias passaram-lhe avoando em sua cabeça nublada. Imaginou vários jeitos de sair daquela emboscada, alguns que nem acreditara que poderia fazer, como pegar o ferro de sua bota e acertar nas entranhas do Verdugo –que por alguma razão saberia de exato o seu ponto fraco –, fazendo-o explodir, mas, recalculando as suas probabilidades, não daria certo por conta de seu curto prazo.

Então seus pensamentos clarearam, como se o Sol surgisse entre eles, afastando as nuvens nubladas. Com a visão turva, encarou as heras, onde uma luz prateada projetou-se. Newt e Rose encararam-se, compreendendo os pensamentos um do outro. O garoto assentiu para a branca. Ele transcorreu seus dedos por um facão que levava preso às costas. Sabia que não havia ponto de lutar contra essas criaturas horrendas, apenas ganharia tempo para que Rose pudesse botar seus planos em ordem.

Newt girou o facão entre seus dedos da mão e partiu para ataque, dando um grito de guerra belicoso. Rose correu e afastou os ramos de heras que cobriam o grande objeto de metal, afastando-os com mais pressa o possível. Em grandes letras havia escrito:

CATÁSTROFE E RUÍNA UNIVERSAL:

EXPERIMENTO LETAL

A branca ignorou as palavras macabras e, com a faca que Newt lhe dera por trás das costas a pouco tempo atrás, retirou os parafusos, arrancando-a da parede. Um pequeno painel com vários botões e um monitor estendiam-se ao longo do espaço marcado por dobras. Aleatoriamente, a branca apertou uma sequência de botões que vinham-lhe a cabeça por impulsos. Rose ouviu um baque e atreveu-se dar uma espiada rápida por cima do ombro. Newt estava arfando e um dos Verdugos soltava fumaça. Ela pode identificar um objeto metálico reluzente em seu corpo animalesco. Um grande botão vermelho chamou-lhe a atenção. A branca apertou-o de uma vez, fazendo os Verdugos pararem bem antes que lhe acertassem e acertassem a Newt. Eles suspiraram aliviados, soltando um grande e prolongado suspiro de vitória.

Ambos sorriram um para o outro, apesar das circunstâncias graves de machucados e hematomas em seus corpos. Sentiam uma sensação que já se conheciam e que eram realmente próximo, só não conseguia explicá-la.

Eles pareciam ler o pensamento um do outro.

“Roselena Marilyn Vos Savant”, uma voz suave veio na cabeça do loiro, fazendo-o sobressaltar-se. Newt recuou, assustado. Sentiu uma sensação agonizante preencher-lhe o corpo e caiu no chão cinzento, ao lado dos Verdugos, um deles caído no chão e espirrando óleo amarelo.

A garota branca perdeu as forças, rolando os olhos para cima e caindo no chão ao lado de Newt, que rastejou até ela, segurando-a pela cintura e aproximando-a dele, conferindo se estava bem. Um grupo de Corredores os encaravam ao longe, de uma distância segura, os olhos arregalados e assustados.

–O que estão …fazendo parado aí …seus trolhos! Aju …dem …nos.

Newt rolou os olhos para cima e desmaiou, batendo a cabeça no chão.

***

Rose sentia como se o mundo estivesse girando ao seu redor.

Nada em seu sonho parecia real. Uma imagem desfigurada de uma mulher de cabelos castanhos presos em um coque e rosto sério e duro. Então tudo se transformou em fumaça. Agora estava em um jardim verde, sentada sob um tapete quadriculado e avermelhado, usando um vestido florido. Deveria ter uns quatro à cinco anos de idade. Então a mesma mulher que vira antes apareceu, o rosto sério, como se trouxesse uma má notícia. Falou algo depois estendeu a mão para o lado, mostrando um garoto de seis anos de idade, mais ou menos, cabelos loiros e curtos, os olhos achocolatados fixos no chão, uma expressão dura no rosto, quase como se estivesse fazendo birra. Rose levantou-se em um salto e foi pega por dois homens altos vestidos de branco. Mas não sentia nada. Nem cheiro. Nem toques. Era como se estivesse em um vácuo completo.

Não entendia o que estava acontecendo, apenas ouviu vozes e imagens um pouco nítidas, mas o suficiente para formar quatro garotos e uma sala.

–O que ela fez lá … –o garoto asiático falou, com a voz abafada pelo desespero.

–Eu sei. –falou Alby, encarando-a de certo modo desconfiado –Foi impossível. Mas isto não é o que temos de nos preocupar agora. Só há um Soro, e temos de decidir em quem usar.

–Deveríamos usar em Newt logo –falou o garoto asiático –, assim eliminamos esta garota da face da Terra, e acabamos com nossas preocupações.

Newt saiu fora de si, acordando-se de seu mais profundo sono, Alby e Minho com os olhos arregalados, como se fosse algo impossível que acabara de acontecer. Mas, em vez de atacar alguém, juntou forças, a garganta dolorida e ardendo.

–Nela … –conseguiu dizer, as palavras saindo murchas e sem vida, como as de um velho que está morrendo fala – …Soro nela …

As palavras soaram na mente de Rose como um eco. Sobressaltou da cama, ainda não sentindo nada ao seu redor.

–Não se atrevam …Ele é …seu amigo.

Então, na mesma hora, ambos foram puxados de volta para cama, esperneando e gritando, o suor percorrendo-lhe o rosto da pior forma possível. Minho segurou os braços da garota, enquanto Alby pegava a siringa que contia um líquido azul. Olhou entre a garota e Newt, como se estivesse escolhendo qual produto vai comprar. Caminhou até o garoto loiro, o rosto com uma careta, e ejetou-lhe no braço a agulha, fazendo-o estremecer com a sensação dolorida. Passará pela transformação, e não seria nada agradável. Rose foi carregada até o Amassador e trancafiada lá, como medidas de precaução. A mesma ainda estava imersa em seus pensamentos, a dor invadindo-lhe o corpo.

Não sabia quanto tempo passara. Dias. Semanas. Meses. Anos. Tudo passava lentamente, a dor agonizante levando-a a loucura. A única coisa que lhe prendia a vida era as memórias. Memórias de rostos, de Newt, de todos. Rostos estes de sofrimento e dor, com a pele suja de sangue. Faziam experimentos seguidos de experimentos em Rose e Newt, alguns chamavam-nos de aberrações, outros ficavam fascinados. Suas vidas foram roubadas e usadas para fazer experimentos para testar seus …dons. Eles eram especiais, um caso a parte de todos os outros. Algo de serem telepatas, mas além disto, eles podia difundir seus pensamentos em um só, pensar igual. E, segundo as pesquisas, o ser humano pode apenas usar 10% de sua capacidade cerebral, porém Newt e Rose nasceram podendo usar 20% dela, por conta de experimentos realizados em suas mães durante a gravidez. Isso lhes deu total controle as suas habilidades e controle de alguns elementos ao seu redor, como energia e água. Eles foram ensinados a sua vida inteira a como usar seus dons, embora eles estejam escondidos e trancafiados em seus mais imersos pensamentos. Depois de muitos anos sendo utilizados como experimentos para a revolução humana, Newt fora mandado para Clareira, a fins de provar aos Criadores que era bom o suficiente. Rose fora mantida e uma quantidade boa de testes foram realizados nela, depois fora despejada na Clareira muito tempo depois. Aquelas memórias doíam-lhe a mente e elas não paravam de vir e perturbar-lhe. O assassinato de seus pais em sua frente, quando cresceu com Newt e foram melhores amigos, talvez algo bem mais próximo que isto –embora não tenham-lhe permitido ver sua relação com ele –, como fora usado como cobaia contra a sua vontade.

Ela estava morrendo.


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Notas finais do capítulo

E AÍ?! Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?



Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos do meu Heart!