Coloquei um filme e tento assistir, tento me distrair, com uma comédia.

Nyssa me encontra assim. Ela franze a testa brevemente, então percebe o filme passando na TV.

— Oh, legal. Eu amo este filme.

Nós assistimos o resto do filme em silêncio.

— Você deveria falar com ele Felicity.

— Eu sei Nyssa.

— Então por que você ainda está sentada ai?

— Ok, você venceu eu vou falar com ele.

— Vamos, eu te dou uma carona.

Entramos no seu carro e abrimos as janelas imediatamente, porque o interior do carro estava fervendo. Nyssa ligou o carro, então saíu do estacionamento. A Viagem até a casa de Oliver foi em silêncio.

Paramos em frente a casa.

— Como você sabe que esta é a casa dele? Você já esteve aqui antes? — perguntei a Nyssa quando soltei o cinto de segurança.

— Não, mas eu leio revistas de fofocas. – Eu ri enquanto sai do carro.

Mordi meu lábio inferior, fechei os olhos, em seguida, os abri enquanto apertava a campainha. Por uns 10 segundos inteiros, nada aconteceu, então eu dei de ombros e pensei parece que ele não está em casa.

— Estou indo! — uma voz feminina de dentro da casa gritou alguns segundos depois.

Alguns segundos depois a porta abriu. Revelando uma jovem bonita de cabelo loiro, vestida apenas com uma camisa que deixa suas pernas de fora.

— Olá. – Ela sorriu revelando dentes brancos em linha reta.

— Oi... Oliver ele está?

— Ele está no banho, você quer deixar algum recado?

Eu corei todos os tons de vermelho que se possa imaginar.

— Não! Obrigada. ­ – Abaixei minha cabeça e limpei a garganta subitamente seca.

— Desculpa incomodar, eu preciso ir.

Meu coração aperta, e meu estômago vira. Não é da minha conta. Mas eu me importo. Eu não deveria ter nenhum sentimento possessivo sobre Oliver, mas eu tenho.

Quando entrei no carro Nyssa me olhava em choque.

— Você está bem Felicity?

­— Vamos embora, vir até aqui não foi uma boa ideia. – Murmurei.

— Quem era aquela garota? – Ela pergunta enquanto sai com o carro.

Dei de ombros. — Deve ser mais uma para sua imensa lista.

— Talvez você não devesse tirar conclusões precipitadas Felicity.

Eu ri. — Sério? A garota estava praticamente nua na casa dele. O que você acha que estava acontecendo, eu não sou tão ingênua Nyssa.

— Desculpa, você tem razão.

[...]

Meu rosto estava pressionado contra a mesa do Big Belly Burger enquanto Nyssa tentava me entupir com batatas fritas. Ela me afagou nas costas, não havia nada maternal em Nyssa, mas ao menos ela estava tentando. Eu empurrei algumas batatas fritas na minha boca para agradá-la. Eu atravessei o resto da manhã no piloto automático, louca para ir para casa e me arrastar para minha cama.

POV Oliver

— Sara, a companhia tocou enquanto eu estava no banho? – Perguntei enquanto descia as escadas.

— Sim, era uma garota.

— Que garota?

Será que era Felicity?

— Ela não me disse o nome. Perguntei se queria deixar algum recado, ela disse que não. — Sara riu e continuo a falar. — Eu acho que ela pensou que estava rolando alguma coisa entre a gente, ela parecia envergonhada quando me viu.

— E como ela era?

­— Cabelo loiro, olhos azuis, o corpo curvilíneo. Ela é linda Oliver.

— Droga é a Felicity, ela deve ter entendido tudo errado.

— Mal sabe ela que eu jogo no mesmo time que você Oliver. Você deveria ir atrás dela e explicar tudo.

— É isso que eu pretendendo fazer.

POV Felicity

Hora de trabalhar. É sexta-feira, e o clube está super movimentado. A noite rola lentamente, e eu estou uma bagunça. Estou nervosa e confusa. Tenho saudades Oliver. Eu estou preocupada se o afastei para sempre.

Eu conto o dinheiro desta noite, eu ganhei mais de 1.000 dólares, esta noite, o que significa que eu vou ter o suficiente para pagar a universidade e ainda vai sobrar. E me visto e caminho para fora do clube, o estacionamento está praticamente vazio. Uma lâmpada de rua lança luz laranja fraca na beira do estacionamento, lançando longas sombras profundas. Já fiz isso dezenas de vezes, mas por algum motivo, minha pele arrepia. Então, uma mão fecha no meu pulso e isso me fez saltar um pouco.

— Está tudo bem. Sou eu. – Era Oliver.

— Droga! Você me assustou.

— Desculpe, não quis assustá-la. – Oliver sorriu um pouco. — Vamos, eu te levo pra casa.

Ele pega a minha mão na sua e me leva até seu carro.

O silêncio no carro estava apenas um pouco tenso. Bem, talvez “tenso” fosse à palavra errada. Para mim, seria... Carregado. Sexualmente carregado. Eu me pergunto se Oliver se sentia da mesma forma.

Talvez ele não sinta. Talvez ele flerte com todas as garotas assim.

Pensei um segundo. Mas eu honestamente não acho que esse fosse o caso. Poderia ser apenas meu ego, mas eu não acho que ele era assim com qualquer uma. Pelo menos eu espero que não.

— No que você está pensando?

A voz profunda de Oliver interrompe meus pensamentos.

Eu inclino a cabeça para trás contra o encosto de cabeça no couro acolchoado e encaro o belo perfil dele.

— Por que você estava lá no clube? — Eu pergunto.

— Eu queria falar com você. Eu percebi que eu poderia pegá-la depois do seu turno.

— O que você queria falar?

— Sobre o que você viu na minha casa. – Ele pensa antes de responder, reúne seus pensamentos e como ele vai dizer. — Sara é uma amiga minha.

— Uma amiga. — Não é realmente uma pergunta.

— Droga, Felicity. Não é o que você pensa.

— Você não me deve nenhuma explicação Oliver.

— Realmente eu não devo. Mas e se eu quiser...

Sua mão pega a minha e leva até sua boca, e a beija. Mais uma vez, com um simples toque, eu sinto como se eu pertencesse a ele. Por que eu estou lutando contra isso? Ele me quer claramente em algum sentido.

As curvas de sua boca formaram um sorriso sexy. Eu só olho para ele, muito embaraçosamente por vários segundos antes de o meu juízo retornar e começar a me castigar.

O que há de errado comigo? Eu quero subir em seu colo, e beija-lo como se não houvesse amanhã.

Esse é o tipo errado de coisa para se pensar, em um esforço para resolver pensamentos quentes incomodando. Esse visual me envia para outro breve estado catatônico quando eu fantasio sobre o que eu poderia fazer com Oliver dentro de seu carro.

Depois de alguns segundos, eu me lembro de que ele disse alguma coisa.

— Hum, o quê? — Eu pergunto literalmente, balançando a cabeça para voltar ao foco.

Oliver franziu as sobrancelhas.

— Felicity, você está bem?

Eu suspiro e viro o rosto para frente e percebo que não estamos a caminho do campus.

— Pra onde estamos indo? Achei que você fosse me levar pra casa.

— Vou levá-la para casa. Minha casa. Precisamos conversar. – Eu olho para ele. Ele estava sorrindo. Eu olho para longe e concentro-me em respirar. O restante do caminho passa como um borrão, e quando percebo o carro está parando.

Então, Oliver pressiona um beijo suave em minha têmpora. É terno. É um beijo para acalmar, para confortar. Isso me faz sentir... Amada. Cuidada.

Ele não disse nenhuma outra palavra enquanto ele me ajudava a sair do carro. Estou feliz por estar com ele. Qualquer outra coisa simplesmente não importa. Eu não posso deixar de sorrir para ele.

Eu o segui pela porta da frente, ele pega a minha mão e caminha, levando-me para seu quarto.