Deitada na minha cama, com meus cabelos todos espalhados jogados sem direção, enquanto estou em meu mar de pensamentos, começo a pensa do nada no Armin, isso me deixa muito vermelha, mais ao mesmo tempo me deixa aliviada, me pergunto se isso é estar apaixonada, se isso é sentir que você tem uma pessoa que deseja proteger, mesmo suas forças tão inúteis, mesmo que suas palavras só machuquem, você ainda sente vontade de protege-la e ama-la, e tentar fazer essas suas palavras que só machucam se tornarem palavras lindas e ao mesmo tempo confortáveis, e quando isso acontece você se sente, confortável e aliviada, é lamentável não é?Estar apaixonada é tão estranho é tão, desconhecido, é tão bom.Quando acabo de pensar ouso a maçaneta abrir, era Castiel.

–Annie vá no mercado por favor, não temos todos os ingredientes para preparar o almoço.- Eu rapidamente me levanto da cama e vou em direção ao guarda-roupa .

–Certo- Tento disfarçar minha cara vermelha, se Castiel ver oque ele vai pensar de mim.

–E leve um cachecol, como estamos no outono, esta ventando muito.-Castiel vai embora e fecha a porta, visto um casaco bege, suas mangas vão até o final dos meus dedos, deixando só um pouco aparecendo, e logico pego o cachecol que Castiel havia mandado colocar, tenho vários cachecóis mais amo principalmente o meu vermelho, pego ele e vou correndo comprar os ingredientes.

Votando do mercado, vejo uma árvore linda e enorme, logo abaixo uma parede pequena e branca, uma pessoa do meu tamanho poderia escala-la com um pouco de esforço, como fui correndo resolvi que poderia parar um pouco e encostar na parede, chegando perto da grande árvore , várias folhas começaram a cair sobre minha cabeça, elas eram lindas, todas de cores diferentes mesmo se algumas, podem se parecer iguais, elas realmente eram diferentes, porque até mesmo as folhas mais parecidas não são iguais.Eu não queria tirar elas do meu cabelo eram puras demais para serem tocadas por mãos humanas.Logo sinto alguém tirando-as do meu cabelo, a mão era grande e macia, então com certeza era de um homem, virei minha cabeça rapidamente era Thomas, fiquei muito vermelha mais vermelha do que um ketchup num pão velho.

–T-T-T-T-T-T-T-Thomas.-Ele da um sorriso e rapidamente se põem em meu lado, numa distancia não muito segura.

–Yo Anniezinha- Ele fala com um sorriso no rosto radiante.

–B-Bom dia- Falo com minha boca dentro do cachecol, só com um pouco do meu nariz fora.Começo a pensar se cara tem casa, porque todo lugar que eu vou ele esta lá, tomara que não seja um mendigo.O silêncio, toma conta do momento, espero que Thoma quebre logo ele como Armin faz, porque nessas condições que estou acho que eu não sou capaz de dizer alguma coisa.

–Annie.-Diz Thomas com a cabeça para cima, olhando os pássaros passarem.

–O-Oi – Digo ainda com a boca dentro do cachecol.

–Qual teu animal favorito?- Acho que ele disse aquilo somente para termos uma conversa, e sair daquele silêncio horrível.

–P-P-Porque quer saber?- Ainda com minha boca dentro do cachecol, olho pro lado discretamente, honestamente quero evitar contato visual.

–Por nada, diga logo.-Parece que ficou um pouco envergonhado ao dizer aquilo, mais acho que foi só minha imaginação.

–F-Formiga, uma formiga.- Ele da uma risada alta.

–Formiga? É um pouco diferente, porque tipo elas não servem pra nada ao não ser ficar subindo em nossos pés.-Ele pode falar aquilo, mais ainda eu admiro muito elas, confesso que fiquei um pouco irritada com oque ele disse, acabei não ficando calada.

–Eu as admiro, são tão pequenas e mesmo assim conseguem sobreviver, mesmo sabendo que se saírem atrás de alimento, podem ser pisoteadas, esmagadas, ter suas patas fora, mesmo assim elas não desistem e não tem medo, elas são sensacionais, mesmo pisoteadas, sempre ajudam umas as outras, sempre tentam fazer o meu melhor de si, elas nunca desistem, e confesso que eu mesmo sendo muito maior, não consigo ter o terço de coragem que elas tem, a determinação que elas tem, tudo que elas, tem eu não consigo ter.- Thomas parece impressionado, ele fez uma expressão que nunca havia visto antes, mais logo volta a cara normal dele, como se nada tivesse acontecido.

–Bom vou indo- Ele da um sorriso, mesmo assim eu ainda não consigo entender, do porque ele fez aquela pergunta.Antes que pudesse perguntar ele já tinha sumido.

Me levantei e fui correndo para casa mais no meio do caminho, esbarro em alguém, como bati de cara pude sentir o cheiro, e me parecia familiar, levanto minha cabeça devagar e era Armin, parecia que estava jogando no seu PSP, e deixou cair no chão.Deve ser por isso que eu não o vi.

–D-D-D-D-D-D-D-Desculpa, eu não tinha te visto- Droga fiquei muito envergonhada, meu coração esta batendo muito forte, bateu igual a vez da aula de educação física quando ele me defendeu daqueles meninos.Vejo uma de suas mãos estendidas bem na minha frente, segurei nela e me levanto.

–Ta tudo bem?Eu que deveria pedir desculpas, estava jogando e não te vi.-Ele da um sorriso, com uma de suas mãos na cabeça.Acho que ele esta sendo muito gentil, claramente a culpa é minha por estar correndo, no meio da calçada.Logo percebo que minhas compras estão todas caídas no chão.Eu agacho para pega-las, e Armin me ajuda, logo terminamos de junta-las.

–Eu ajudo a levar as compras até sua casa- Ele fala com um sorriso no rosto, fico vermelha mais eu queria ficar um pouco ao lado dele, novamente me vi sendo egoísta, mais pelo menos um momento eu quero ser só um pouco egoísta, por um momento, só por um momento.

–Mas minha casa é um pouco longe.-Falo tentando não manter contato visual.

–Tudo bem, preciso perder alguns quilos mesmo-Novamente da outro sorriso.

–C-Certo, obrigada- Caminhamos um do lado do outro, a uma distancia não muito segura, o caminho para chegar na minha casa parecia uma eternidade, queria quebrar aquele silêncio que nos cerca, o único assunto que achei foi falar sobre o jogo dele.

–A-Armin.-Falo com uma voz baixa e escondendo minha boca novamente no cachecol.

–Fale- Ele fala sem olha para mim.

–O-Oque estava jogando?- Ele fica empolgado, parecia que ele estava esperando por essa pergunta.

–Wazanps–Nunca ouvi falar do jogo, será um novo lançamento ou sei lá oque.

–Do que ele se trata?- Pela primeira vez sou eu que esta puxando, assunto não a outra pessoa.

–Ele fala a historia de uma garota chamada Amy, Amy perdeu seus pais quando tinha 5 anos de idade, foi colocada no orfanato, mais ninguém a adotava porque coisas sobrenaturais aconteciam ao redor dela, por exemplo quando ela dormia, começava a flutuar do nada, toda vez que ela falava a palavra “Wazanp” ou seja a mesma palavra que esta escrito no colar que seus pais deram a ela quando tinha apenas 1 mês de vida, alguma pessoa que ela esta pensando morre, por isso todos tem medo dela, e nem chegam perto, mais um dia aparece um casal que deseja adota-la, o orfanato a entrega imediatamente, mais quando chega na casa, ela é espancada e a estrupam, mais ai ela pensa neles e fala a palavra, e eles morrem.Ela acaba ficando sozinha, isso foi tudo que eu fiz até agora no jogo to na parte na qual ela tem que fugir da casa-Armin realmente fica muito empolgado quando se trata de falar de jogos.Mais a historia da Amy é realmente triste, apesar dela me lembrar uma historia parecida.

–A-Armin eu posso jogar depois?-Fiquei com vontade de jogar e conhecer a historia da Amy mais aprofundada, e não sei o porque fiquei com essa vontade.

–Claro, se quiser pode jogar assim que chegamos na sua casa.-Ele fala com um sorriso no rosto e olhando diretamente para mim.Fiquei vermelha, mais acabei aceitando.

Finalmente chegamos em casa, abri a porta e Castiel estava bem na frente dela, ele viu Armin do meu lado, parecia que estava até saindo faísca dos olhos dos dois, Castiel fez uma expressão como “Oque esse cara esta, fazendo do lado da Annie e ainda carregando algumas das compras que EU mandei ela comprar sozinha.”

–E-E-Eu acabei batendo nele no caminho, então ele me ajudou a trazer as compras.-Disse desesperada, para que Castiel não surtasse.

–Certo, certo entre- Castiel levou Armin para dentro com um tapa nas costas.Olhei para Castiel com um tipo de expressão “Vamos conversar mais tarde” e ele me respondeu com um olhar “Bom você ter uma explicação muito boa para isso”.

–Se quiserem subir enquanto faço o almoço, qualquer coisa Annie você pode gritar, que eu subo com um taco.-Fiquei muito vermelha quando Castiel disse aquilo, mas não quis nem discutir, subi com Armin para meu quarto e deixei a porta bem aperta.

–Annie quer jogar o jogo agora?Eu ensino os controles, para que você não tenha que ver o tutorial.-Disse estendendo o PSP em minha direção.

–C-Certo-Pequei o PSP e sentei na cama, na qual Armin também estava sentando, ele chegou bem perto, seu ombro encostava no meu, uma de suas mãos estava no PSP, e do outro lado estava minha mão, realmente minha mão era muito pequena perto da dele.

–Annie, para você poder se mover, você aperta as setas, do meu lado tem esses 4 botões, triangulo, quadrado, bolinha e “X”, o “X” serve para você correr, o triangulo se você segurar vai dar para dar voltas na câmera, o quadrado server para fazer interações, a bolinha server para você abrir portas, janelas e etc.-Armin parecia empenhado em me ensinar a jogar.

–Certo, setas, bolinha, triangulo, quadrado e “X”, acho que entendi-Armin pegou o controle da minha mão, e colocou o jogo, ele devolveu para mim, mais quando comecei a jogar, parecia mais difícil do que eu imaginei, Armin parecia irritado ele deve estar pensando “Meu Deus ela é muito noob”.

–Annie vamos fazer assim eu fico de um lado e você fica do outro ai fica mais fácil para você jogar que tal?- Ele fala com um sorriso enorme no rosto.

–C-Certo- Armin chega ainda mais perto, encostando seu ombro ainda mais perto do meu, meu coração acelera novamente, e pude sentir novamente o seu cheiro, sempre que posso sentir o seu cheiro é o mesmo, nunca muda isso que o torna tão especial.Armin e eu jogamos e passamos da parte que ele ainda não tinha passado, mais quando formos começar a jogar, Castiel chamou para o almoço, eu dei um pulo da cama, Armin também se levantou, descemos correndo, quando chegamos Castiel estava sentado na mesa comendo e havia um taco, bem ao lado dele encostado na parede, fiquei muito vermelha, Armin se despediu e não ficou para almoçar, tive que explicar toda a situação, demorou um tempo, até que Castiel entendesse que não havia “acontecido” nada de mais no quarto, mais acabei convencendo ele.