Legolas & Tauriel escrita por Elizabeth


Capítulo 7
7


Notas iniciais do capítulo

Bom, como o A Batalha dos Cinco Exércitos só sai em dezembro, daqui em diante é criação minha mesmo, tá certo? ;)
Espero que gostem!!!



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O anão se mexia na mesa e Tauriel ficou ao seu lado. Eu não podia ficar ali, não só por ela mas sim por ter que seguir meu caminho.

– Tauriel. Posso falar com você um instante?

– ela assentiu e eu a levei para o canto da sala – Eu tenho que ir.

– Para onde vai? – seus olhos castanhos ficaram fixos em mim.

– Vou seguir o rastro daqueles orcs até o... covil deles.

– É perigoso demais, mellon.

– Eu assumo o risco, já enfrentei coisas piores – “ou ‘algo’ bem pior do que inimigos sanguinários” pensei – Mas agora eu lhe dou um ultimato Tauriel, você vem comigo ou fica?

Ela olhou de relance para o lugar onde o anão repousava e se voltou de cabeça baixa para mim, ou seja, eu já tinha minha resposta.

– Então, até mais – despedi-me.

Pulei da varanda e corri ouvindo o chamado de Tauriel ao longe, porém não me virei. Tomei um cavalo que encontrei perdido, montei nele e segui por uma ponte que levava à Floresta.

Chegando lá, foi difícil passar por entre as árvores a cavalo, os galhos baixos ricocheteavam no meu rosto e impediam minha orientação. Tive de ir a maior parte do caminho a pé e em nenhum momento encontrei algum sinal dos orcs. Não parei até chegar a uma civilização desconhecida. Eu jamais vim para este lado do mapa, era miserável e sujo, parecia ter sido saqueada e destruída... Atacada, por orcs é claro. E eles não estariam tão longe a essa hora, perguntei a uma camponesa sobre o que havia acontecido e ela confirmou ter sido o que eu deduzi. Meu cavalo estava cansado, afinal, mesmo que eu não o tenha montado boa parte do tempo, caminhamos sem parar durante todo o resto da noite e parte do dia.

Descansamos cerca de meia hora antes de continuar a peregrinação. Desta vez o caminho era de campos abertos e verdes, sem árvores ou algo do tipo, então foi bem mais rápido e fácil cavalgar. Paramos diante de um lugar escuro e sombrio, havia várias rochas que formavam uma espécie de muralha. Desci do cavalo e este trotou para longe, empunhei meu arco me preparando para adentrar na fortaleza rochosa. Respirei fundo e não pude evitar uma pontada de nervosismo, como Tauriel faz falta nessas horas, logo ela que não dispensava uma boa dose de adrenalina, no entanto agora a luta era unicamente minha. O vento trouxe sons de dentro do lugar, urros de orcs, e parecia ter dezenas deles lá dentro.

Dei dois passos à frente e parei ao ouvir uma voz familiar atrás de mim.

– Achou que eu o deixaria sozinho nisto? – Tauriel falou num tom presunçoso.

– Você sempre me surpreende – virei-me para ela – Pensei que estivesse com...

– Ele pode se cuidar sozinho – ela sabia de quem eu falava.

Metade de mim estava feliz por ela estar do meu lado agora e a outra metade desejando que aqui ela permanecesse pelo resto dos tempos.

– Como soube onde me encontrar?

– Eu o segui, e mais uma vez meu instinto de seguir rastros não falhou – ela sorriu maliciosamente.

Soltei um riso, Tauriel e suas infinitas qualidades, uma pena não ter uma que leia os pensamentos das pessoas, quem sabe assim ela saberia o que se passa dentro de mim.

– Está preparada? – indaguei.

– Eu sempre estou – ela empunhou seu arco.

Entramos no lugar através de uma enorme fenda de pedra, uma névoa encobria tudo, mas depois se dissipou revelando – não para nossa surpresa – mais pedras que pareciam ter sido tiradas da boca de um vulcão por serem tão negras, o silêncio tomava conta de tudo mas sentíamos que estávamos acompanhados.

De repente uma flecha voou de encontro a mim, consegui desviar por pouco, procurei a origem do ataque mas não vi nada. Olhei para Tauriel e ela estava lutando com dois, três, quatro orcs de uma vez, não consegui entender, quando voltei meu olhar para frente várias daquelas criaturas saíram de seus esconderijos e vieram a mim. Soltei várias flechas e acertei-os em cheio, como eu previra mais e mais começaram a aparecer, continuei a mata-los e sempre que dava desviava a atenção para Tauriel, foi quando a vi em desvantagem que corri até seu lado e ajudei a equilibrar a luta, ou melhor, estava completamente desequilibrada mas juntos éramos mais eficientes.

– Eu tinha tudo sobre controle – falou ela entre uma flechada e outra.

– Você nunca soube mentir bem – assinalei acertando em cheio a cabeça de um orc com uma flecha.

Nos encostamos um no outro ficando com as costas coladas. As flechas estavam quase no fim então aproveitei as últimas.

– O que mais sabe sobre mim, mellon? Admito estar curiosa – ela gritou no meu ouvido.

– Que adora mirar no meio dos olhos dos orcs – notei.

Desembainhei minha espada e Tauriel a dela, o ritmo daquele pequeno combate seguia a mesma linha: perfurando, decapitando, esfaqueando, perfurando, decapitando, esfaqueando. Tauriel e eu praticamente dançávamos em meio aos orcs enquanto conversávamos.

– Logo percebo que é muito observador – Tauriel sorriu.

– Há coisas sobre mim que você não sabe, Tauriel.

– Mal posso esperar que me diga.

Paramos em frente um ao outro, e de repente, não havia mais orcs nem qualquer barulho ao redor, apenas nós dois, durou apenas alguns segundos, porém foi o suficiente para que eu pudesse pronunciar o que tanto eu desejava que ela soubesse, mas ao ver aquele olhar percebi que ela esperava algo completamente diferente do que eu pretendia dizer, eu estava confuso, diria ou não?


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