Legolas & Tauriel escrita por Elizabeth


Capítulo 12
12


Notas iniciais do capítulo

Mais um saindo do forno kkkkkkkk
Bom apetite :3



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Eu me lembrava de tudo, tudo ainda estava nítido na minha memória, a cena de um verdadeiro caos martirizante naquele pedaço da Terra. O barulho das espadas ainda se faziam presentes de vez em quando, sangue inocente sendo derramado no meio daquele cenário horrendo. Porém o que mais me marcou não foi a nossa vitória sobre o exército orc ou finalmente termos alcançado o fim daquele episódio amargo, mas sim um momento em particular da batalha. Quando as flechas orcs voaram ao encontro dos dois irmãos anãos, o olhar de Tauriel esbanjando dor e tristeza foi mais aterradora para mim do que qualquer outra coisa ali. Ela foi ao encontro dos dois mas ficou mais tempo ao lado de Kili enquanto ele agonizava e com muito esforço tentava se manter vivo. Durou apenas alguns segundo antes que a morte viesse buscar ele e o irmão. Foi a primeira vez que vi Tauriel chorar, apenas algumas gotas luzentes rolaram lentamente por seu rosto pesaroso antes de ela voltar ao estado “normal”, no fundo eu sabia que por dentro ela havia desmoronado.

Voltamos para o Reino da Floresta, as coisas mudaram muito desde então, Tauriel passou a se aproximar cada vez mais de mim, Thranduil não gostava nada disso e me chamou a atenção inúmeras vezes. Desta vez Tauriel me contava as conversas que meu pai tinha com ela, era o que eu esperava, ele não queria que nosso relacionamento ultrapassasse os limites da amizade. Mas não podíamos evitar, eu me sentia bem sabendo que aos poucos estava ganhando cada vez mais espaço no coração de Tauriel, ela me correspondia como nunca fez antes, evitávamos tocar no assunto da Batalha dos Cinco Exércitos – como passamos a chama-la – e quando por acaso algum de nós fazia alguma referência a isso desconversávamos imediatamente e ela sempre perdia um pouco do humor de antes, algumas vezes pedia para ficar sozinha.

Uma noite quando passei pelos seus aposentos a vi sentada na beirada da cama revirando uma pequena pedra entre os dedos, estava tão absorta em pensamentos distantes que mal percebeu minha presença. Conforme o tempo passava eu me sentia mais confiante perto dela, mais à vontade do que antes, isso melhorou muito nossa convivência. Tirei uma manhã para convida-la para passear no bosque e ela aceitou, a conversa foi bem direta, eu já estava cansado de ser o Legolas paciente e sereno.

– Tauriel, eu chamei você para esse passeio quando na verdade isso era uma desculpa para conversarmos sem sermos ouvidos – confessei enquanto caminhávamos por entre as árvores.

– Sobre que assunto?

– Nós – as passadas de Tauriel sobre as folhas secas caídas na terra pararam atrás de mim, virei-me para ela, sua expressão surpresa – Eu creio que já deve saber tudo.

– Tudo o quê? – ela uniu as sobrancelhas.

– Tauriel você é muito observadora e isto é uma das infinitas qualidades suas que eu admiro, portanto deve saber perfeitamente do que estou falando – falei seriamente, ela percebeu o meu tom grave e relaxou a face.

– Legolas, eu não acho que este seja o momento certo...

– Momento certo? – franzi a cara – E quando será o “momento certo”? Já faz um ano, Tauriel. Um ano se passou desde aquela guerra e você ainda não o esqueceu?

– Não fale assim – grunhiu ela.

– Falo, e repito – falei dando passos em sua direção – Kili não está mais aqui, mas eu sim. De carne, osso e coração diante do que eu quero.

Estávamos a centímetros um do outro, a respiração dela cada vez mais ofegante conforme eu falava.

– E o que eu quero é você – peguei em seu queixo e quando estava prestes a beijá-la ela me contornou, praticamente fugindo e se pondo atrás de mim.

– Eu estou confusa, quer dizer, não tanto mas... Só quero ter a certeza de que estou fazendo a escolha certa – ela parecia nervosa – Você também não pensa assim?

– Você nunca foi uma escolha para mim, Tauriel. Por que escolha só se faz quando se há opções e, no entanto, mesmo que eu tivesse milhares delas já está escrito que eu pertenço a você tanto quanto você a mim.

– Eu não pertenço a ninguém além de mim mesma – suas bochechas ruborizavam com a raiva e isso a deixara ainda mais bela e irresistível.

– Sua teimosia sempre em primeiro lugar, não é? – ela estava perto o bastante para que eu a segurasse em meus braços mas desta vez a calma estava se esvaindo de mim, eu a quero tanto, é difícil manter o controle perto de onde se concentra todo o sentimento que você possui. – Eu a conheço bem, e você a mim. Mas eu mudei, Tauriel.

Enlacei-a em meus braços, seus cabelos voaram com a tamanha velocidade com a qual a puxei para mim. Suas palavras de protesto foram caladas antes que pudessem ser proferidas, silenciei-a com meus lábios impetuosos se perdendo nos do dela fazendo com eu domasse sua fúria aos poucos até se dissipar por completo. Seus braços se entrelaçaram em meu pescoço, uma de minhas mãos segurava firmemente sua cintura enquanto a outra estava enterrada em seus cabelos.

A falta de ar nos afastou e até Tauriel pareceu um pouco zonza.

– Tauriel, fale de uma vez por todas, o que você sente por mim? – perguntei ainda com os braços em volta dela.

– O mesmo que você sente por mim – replicou ela.

– Prove – desafiei, a conversa estava chegando no ponto que eu queria.

– De que forma farei isso?

– ela parecia interessada em saber.

– Case comigo.


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