A manhã nascia lentamente e a grande cidade já se encontrava em seu constante movimento de metrópole.

Pessoas andavam e um vai e vem quase programado, tumultuando ruas e avenidas.

Tóquio, a maior cidade do planeta, não parava nunca e seus habitantes apenas acompanhavam aquele seu ritmo alucinante, mas toda aquela agitação não parecia alcançar a mais alta suite presidencial do Hotel Central de Tóquio, onde nada se ouvia.

O quarto parecia vazio, exceto pelo pequeno volume que se movia pelos macios lençóis de seda branca.

Finalmente a pequena mulher despertava com a luz da manhã a banhar sua face.

Olhando em volta, ela constatou estar sozinha e isso a desanimou, mesmo que quisesse negar.

Estava acostumada a acordar sozinha depois de um trabalho, mas ver que Byakuya não estava ali a incomodava.

Suspirou desanimada tampando os olhos com suas pequenas mãos.

Ainda sentia o cheiro dele em seu corpo, podia sentir cada toque quente dele ainda em sua pele.

Sem duvida, aquela fora uma das melhores noites de sua vida.

— Bom dia — uma voz grave e sedutora cortou o ambiente, fazendo com que Rukia pulasse assustada sobre a cama.

— Byakuya-sama?! — indagou quase caindo da grande cama. — É... Bom dia — completou envergonhada por sua nudez aparente.

— Já pedi o nosso desejum — avisou ele secando os cabelos negros, que caiam molhados por sua face máscula.

Byakuya acabara de sair do banho e dessa vez não estava atrasado para o trabalho.

— Ah sim — disse ela incerta, levantando da cama com um lençol enrolado em seu pequeno corpo.

— Se apresse — mandou caminhando até onde suas roupas estavam e Rukia logo correu para o banheiro.

A baixinha sorria inconscientemente, aliviada por vê-lo ali.

Não queria se iludir, mas estava radiante e isso era visível a Byakuya, que a observava sair sorridente do banheiro, enrolada apenas em um toalha branca felpuda.

Quando o serviço de quarto bateu a porta, Rukia já se encontrava bem vestida em seu outro vestido social, escolhido por Yoruichi.

Ambos comiam em frente a frente em silencio.

Não tinha como negar o quanto Rukia se sentia atraída por aquele homem, a noite anterior era só mais uma prova disso.

Podia ver claramente todas as marcas avermelhadas que ela mesma havia deixado no pescoço pálido dele e isso a excitava.

— Esteja pronta as oito — declarou ele assustando-a uma segunda vez aquela noite.

— Outro jantar de negócios? — questionou envergonhada por ser pega admirando-o tão descaradamente.

— Não — respondeu simplesmente deixando-a confusa.

— Certo. Irei levar o vestido para lavar agora mesmo — falou levantando-se para pegar o elegante vestido preto da noite passada.

— Use outro — mandou ele levantando-se da mesa também.

— Eu.. É... — começou envergonha apertando forte o vestido contra seu corpo. — Não comprei muita coisa... Tudo era tão caro e eu não queria abusar de sua generosidade, por isso resolvi comprar só o necessário — disparou sem encarra-lo.

— Tola — resmungou ele pegando a gravata vermelha que havia deixado sobre a cama.

Sem rebate-lo, Rukia caminhou timidamente até o homem sentando sobre a cama, ajudando-o com o nó da gravata que ele nunca conseguia fazer.

Podia ver o quanto ele era fascinado por aquele acessório, afinal sua maleta estava repleta delas, uma mais elegante do que a outra.

— Você sabe fazer isso com maestria — elogiou ele observando-a finalizar o nó.

— Anos de pratica. Ichigo nunca conseguia fazer sozinho — declarou amaldiçoando-se por ter pronunciado tais palavras, jurara a si mesma não cita-lo quando realizava aquele trabalho sujo.

— Hm... — balbuciou ele notando o desconforto da moça. — Vamos — chamou ele após pegar suas pastas de trabalho.

— Para onde? — indagou ela confusa.

— Vou te deixar em uma loja para que compre mais roupas adequadas para essa semana — falou simplesmente, olhando-a.

— Não... Não há necessidade — gaguejou.

— Apenas venha — mandou imponente, fazendo-a obedece-lo instantaneamente.

O caminho fora feito em total silencio e logo o casal adentrava uma luxuosa butique, onde a pequena nunca nem sonho em estar.

— Atendam a todas as necessidades dessa mulher — ouviu ele dizer ao atendente, que sorria animado por receber o todo poderoso Kuchiki, afinal, quando se trava de Kuchiki Byakuya a comissão seria grande.

— Claro, senhor — respondeu.

— Deixo-a em suas mãos — falou despedindo-se de Rukia com apenas um aceno de cabeça.

— O que deseja, minha querida? — perguntou o atendente sorrindo exageradamente para a moça, que sorriu tímida. — Estamos aqui para servi-la — completou.

Nunca imaginou que um dia se encontraria naquela situação.

Era como ter o mundo a seus pés e não estava acostumada com aquilo, mas era esse o mundo do Kuchiki e ela já se via rodeada por ele.

Não havia pedido nada a mais dele, mas já que estava ali, faria a sua vontade, afinal, quem entra na chuva é para se molhar.

— Então, querida? O que vai querer primeiro? — insistiu o homem pálido a sua frente.

— Gostei daquela gravata ali — declarou sorrindo ao pensar o quanto Byakuya iria adorar aquela peça em especial.

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O transito estava congestionada, mas ainda assim o moreno conseguira chegar a tempo em seu escritório, onde Aizen já o esperava com uma expressão tensa em sua face.

— Bom dia, Sousuke — saudou deixando suas pastas sobre a mesa de vidro temperado.

— Mau dia. Por que ainda não temos a empresa de Ukitake? — rebateu ele em tom irritado.

— Não estou mais interessado — respondeu simplesmente.

— Não esta mais interessado?! Byakuya, tem noção do dinheiro que estamos perdendo com isso?! — disse exaltado.

— Se acalme, Sousuke — sibilou fazendo o homem se calar. — Deixa o tempo passar, logo eles se desesperam e voltam — completou a fim de acalmar o amigo.

— Espero que esteja certo — resmungou levantando-se para deixar a sala. — Realmente espero que esteja certo — finalizou fechando a porta.

Sem se abalar, o Kuchiki apenas ligava seu notebook coma certeza de que aquela seria uma longa tarde de trabalho e a unica coisa pelo qual mais ansiara era ter a pequena mulher de olhos violáceos em seus braços mais uma vez.

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A noite chegou rápido e ele já adentrava mais uma vez o elegante hotel.

Saudando Tesai com um simples "Boa noite" ele adentrou o elevador, que o levaria até o ultimo andar.

Esperava encontrar Rukia pronta para saírem, pois estava com muita fome.

Sem demora, abriu a porta de sua suite e encontrou o ambiente a meia luz.

Estava confuso, mas toda essa confusão sumiu ao por seus olhos acinzentados sobre o pequeno corpo nu sobre sua cama.

Rukia estava extremamente sexy, vestindo nada alem de uma grava de um tom violáceo quase tão belo quanto o de seus olhos.

Sua fome sumiu instantaneamente dando lugar a uma excitação que o consumia instantaneamente.

— Bem-vindo de volta, Byakuya-sama — disse ela sensualmente sem devias ser olhos dos dele.

— Bela gravata — sussurrou ele caminhando lentamente até ala.

— Comprei para você — respondeu sentido-o cada vez mais perto.

— Então terei que pega-la... — rebateu acariciando demoradamente a pele quente da morena, que se arrepiava a cada toque dele. — E isso é uma pena, pois ela ficou magnifica em você — sussurrou segurando o pano violeta, puxando Rukia para seus braços mais uma vez.

Byakuaya já não conseguia pensar em mais nada a não ser no quão perfeita era a pequena mulher abaixo de si.

Tudo nela o excitava e a unica coisa que sabia, era que teria que pedir o jantar bem mais tarde. Pois queria saboreá-la por inteiro e sem pressa, assim como fazia com vinhos raros.