Nasci em meio à uma ninhada confusa. Sei lá, éramos muitos. Os zumbidos intensos me atormentavam dia e noite, até que eu finalmente pude ter minha liberdade. Bem, não exatamente. Saíamos em grupos, e por algum motivo, a luminosidade de postes, lâmpadas e sei lá mais o quê criado por estes humanos fúteis estranhamente me agradava.

Não sei quem são meus pais. Creio que quando foram em alguma expedição, eles se perderam ou foram mortos por insetos e outros animais cruéis. Quer dizer, também somos insetos, além de fêmeas como eu que precisam de sangue, mas aí já é outra história.

Apesar de estar ansiosa pela minha primeira expedição, eu estava com medo. Muitos dos que iam, nunca mais retornavam. Porém... Eu precisava dar continuidade a vida do meu povo.

Eu detestava ter de fazer isso, mas era algo realmente necessário. Eu iria tirar sangue de alguém para conseguir reproduzir... Meus futuros filhos e minha colônia precisavam disso.

Então, a hora chegou. Entramos em uma casa muito bonita, e fomos até a sala, onde uma garota loira descansava sobre um sofá confortável. Ela estava assistindo à um programa esquisito na Tv, parecia que tinham umas mulheres dançando sobre um cara. Todos estavam nus. Credo.

Quando fiquei ainda mais próxima dela, já estava preparando meu ataque. De repente, ela me viu e virou-se para mim. Então, fez um movimento com a mão e deu-me um tapa forte.

Tudo ficou escuro.