Obsessão escrita por Giii_Poynter


Capítulo 13
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/55331/chapter/13

Quando acordei às 9:30 da manhã, recebi uma mensagem no celular:
“E aí, amor. Está pronta para curtir o nosso dia de folga juntos? Vou aí te buscar.”
Pulei da cama, tomei café da manhã correndo e quando a buzina tocou, fui correndo para o carro que me esperava.
- E aí, o que quer fazer hoje? – Ele me perguntou, com um sorriso no rosto.
- Vamos à praia! – Eu disse, feliz.
- Ok, então. Está com biquíni aí?
- Eu já tinha planejado tudo.
Quando chegamos na praia, tinha pouquíssimas pessoas, pois o tempo não estava muito bom. Mas, eu queria aproveitá-la mesmo assim.
Coloquei uma canga na areia e me deitei de costas.
- Você vai ficar aí deitada? Que coisa mais sem graça! Vem comigo! – Ele disse, me botando no ombro e me mergulhando com ele no mar. Quando subimos à superfície eu comecei a gritar porque a água estava muito gelada e porque eu não queria molhar meu cabelo:
- Ahh! Meu cabelo! Ele fica horrível quando fica molhado!
- Ai, deixa de ser pirua, Claire! Aproveite!
- Está bem... – Eu concordei. Então ele me puxou para mais perto dele e sussurrou no meu ouvido:
- Você fica linda nesse biquíni, sabia? – Ele disse e me puxou para mergulhar com ele. Enquanto mergulhávamos, ele me pegou em seus braços e me beijou, subindo à superfície. Parecia que só havia nós dois na praia.
- Você tem que conhecer um lugar aqui perto. Vem comigo! – Ele disse, me puxando para fora d’água e me levando.
Chegamos a um lugar cheio de pedras, mas muito lindo. A água brilhava ali.
- Ai que lindo! Vamos mergulhar! – Eu disse.
- Hum... Claire. Aqui é meio perigoso por causa das pedras. E também dizem que tem uns bichos...
- Ah! Deixa isso pra lá! Vamos! – Eu disse, o puxando e mergulhando.
Quando eu mergulhei, fui em direção a uma pedra e bati a cabeça. Fiquei zonza, procurando o ar e a superfície. Não via mais Oliver. Eu estava muito no fundo. Vi um liquído vermelho e percebi que estava sangrando. A última coisa que ouvi, foi a voz dele:
- Claire! Cadê você?

Pensei que tivesse morrido, mas então ouvi Oliver gritando:
- Por favor, Claire! Fica comigo! Eu te amo! – Eu queria gritar “eu também te amo” para ele, mas não tinha forças. Minha cabeça doía muito e eu ouvia 2 pessoas atrás de mim, pedindo socorro.
Então, senti uma lágrima no meu rosto. E decidi que deveria fazer o máximo de força para mostrar ao meu amor que eu ficaria ali por ele.
- O-Oliver, e-eu também te a-amo. – Eu sussurrei, gaguejando.
- Claire? Graças a Deus! Obrigado meu amor! – Ele disse, me abraçando bem forte. – Você ta sentindo alguma coisa? Já chamamos a ambulância, mas ela está demorando.
- Eu estou b-bem. Por favor, não se preocupe. Eu também odeio ver você triste. – Eu disse, lembrando do que ele me falou.
- Eu sei, amor. Olha, a ambulância chegou. Vamos. – Ele disse. Então senti alguém me colocar em cima de uma maca e aquilo doeu bastante. Ouvi alguém perguntar para Oliver:
- Você é o que dela?
- Namorado. – Ele respondeu.
- O senhor pode vir conosco?
- Claro.
- Oliver, fica comigo. – Eu disse, procurando sua mão.
- Eu estou aqui, amor. Agora vai ficar tudo bem. – Ele me tranqüilizou, pegando minha mão.

Eu acordei num quarto claro, que parecia um quarto de hospital, olhei para os lados e não vi ele, então resolvi chamar:
- Oliver? – Eu disse com uma voz grogue.
- Filha! Filha, você está bem? – Perguntaram meu pai e minha mãe ao mesmo tempo.
- Eu estou bem sim, gente. Mas cadê o Oliver?
-Ele foi ao banheiro. Aquele irresponsável! – Disse meu pai.
- Pai, por favor. Não briga com ele. Por mim. – Eu pedi. Ele demorou para responder.
- Está bem.
- O que aconteceu? – Eu perguntei.
- Você bateu com a cabeça numa pedra enquanto mergulhava e fez um corte profundo na testa. – Disse minha mãe.
- Nossa.
- Claire? Você acordou? – Perguntou Oliver, da porta.
- Oliver! – Ao ouvir minha voz, ele veio correndo para o lado da minha cama.
- Você está bem? Sente alguma dor? – Ele perguntou, preocupado.
- Estou melhor agora que você está aqui. – Eu disse e ele sorriu.
- Gente. Eu preciso explicar uma coisa. – Eu comecei. – A culpa não é do Oliver. É minha. Ele só me mostrou aquele lugar lindo e eu queria mergulhar. Ele até me avisou o quanto era perigoso, mas eu o puxei e mergulhei. Por favor não fiquem magoados com ele.
- Ok, filha. A gente entendeu. Vou pegar alguma coisa para você comer. – Disse minha mãe, saindo do quarto.
Oliver pôs as mãos em meu rosto e disse:
- Ai, Claire eu te amo tanto. Por um minuto pensei que poderia te perder e me deu um desespero imenso.
- Eu vou estar sempre do seu lado. E eu também te amo muito. – Eu disse. E então ele me deu um beijo rápido. E depois ficou me acariciando.

Na quarta-feira, eu tive alta só que teria que ficar o tempo todo na cama. Então, recebi uma mensagem em meu celular:
“Claire, apesar de eu estar com muita raiva de você e do seu namoradinho, eu vou te dizer quem me contou aquilo. Não foi a Alicia. Foi o Sean que estava passando por ali e ouviu tudo. Se cuida, Justin.”
Fiquei boquiaberta. Então, não tinha sido a Alicia que havia contado para ele? Meu Deus! Como eu sou burra! Acusei a Alicia sem provas e agora estou brigada com ela. Ai meu Deus! Eu preciso pedir desculpas para ela, agora!
Naquele momento, ouvi o barulho da campainha. E depois, ouvi uma batida na minha porta.
- Pode entrar. – Eu disse. Então vi Alicia entrando, cabisbaixa, segurando uma caixinha embrulhada.
- Oi. – Eu disse.
- Oi. – Ela disse também.
Ficamos durante 1 minuto caladas.
- Olha, Alicia. Eu tenho que lhe pedir desculpas. Eu fui uma estúpida. Te acusei sem provas. Aí o Justin me mandou uma mensagem dizendo que foi o Sean que estava passando por ali e ouviu sem querer. – Eu disse.
- Tudo bem. Eu entendo, eu faria o mesmo. – Ela falou. – Mas, olha. Eu fiquei muito preocupada com você. Então, eu vim aqui te visitar e trouxe esse presente.
Ela me entregou a caixinha que tinha um cartãozinho escrito:
“Para a melhor amiga de todas do mundo. Te adoro.”
Eu abri a caixinha e nela tinha uma pulseira de prata com um pingente de coração, um de duas garotas abraçadas, um de um cadeado, um de uma chave e um escrito BFF. Eu achei aquilo lindo, olhei para ela sem palavras.
- É uma pulseira da amizade. Eu também tenho uma. Olha. – Ela explicou me mostrando sua pulseira igual a minha.
Eu abri os braços, pedindo um abraço e ela me abraçou. Depois ficamos conversando, ela me disse que a aula tinha sido chata, como sempre.

Às 18:00, Oliver foi lá em casa se apresentar para a minha família.
Eu fui correndo atender à porta, ele me deu um selinho e pediu licença. Entrou na sala e se sentou. Então, começou a falar:
- Boa noite. Bom, hoje eu vim aqui me apresentar oficialmente para vocês. Meu nome é Oliver Johnson e eu amo demais a filha de vocês.
- Ok, Oliver. Quais são suas intenções com a minha filha? – Perguntou meu pai.
- As melhores possíveis, senhor. – Oliver respondeu.
- O que ela é para você, sinceramente? – Minha mãe perguntou.
- Ela para mim é mais que uma namorada. Ela é o amor da minha vida. E eu não seria nada se perdesse ela. – Ele respondeu, me deixando emocionada.
- Sabe, Oliver. Ontem no hospital eu vi uma cena muito bonita, na minha opinião. Era você falando que a amava muito e que por um minuto você pensou que fosse perdê-la e que teu um desespero enorme. Então, eu acho que você a ama mesmo, muito. E eu lhe dou toda a permissão que quiser. Eu realmente gostei de você. – Meu pai disse, me aliviando. Eu fiquei tão feliz que peguei o rosto de Oliver nas minhas mãos e o beijei na boca na frente dos meus pais. Meu pai pigarreou. Então, percebi onde estava.
- Não exagera, né filha? – Disse meu pai. Eu afirmei com a cabeça e me endireitei no sofá.
- Mas espera aí! Eu ainda não disse se aceito ou não o namoro deles dois! – Disse meu irmão com dois carrinhos de corrida nas mãos.
- E quem é você para me dizer o que devo ou não fazer? – Eu perguntei para ele.
- Seu irmão! – Ele respondeu. – Eu só digo que vocês podem namorar se o Oliver vier brincar comigo e me responder algumas perguntas.
- Tudo bem, então. – Oliver disse. Eu o encarei, então ele sussurrou no meu ouvido: - Faço tudo por você.
Oliver foi brincar com David enquanto meu irmão lhe perguntava se ele gostava de corrida, de helicópteros e de caminhões. Meu namorado respondia a tudo, deixando David encantado. Depois de alguns minutos, David parou de brincar e veio falar comigo:
- Você pode namorar com ele. Ele é muito legal! – Disse David, me dando um abraço.
Depois minha mãe convidou Oliver para jantar com a gente. Depois do jantar, tive que ficar dividindo Oliver com meu pai e a televisão. Estava, eu, Oliver no meio e meu pai na sala de TV assistindo a um jogo de futebol qualquer. Toda hora meu pai comentava sobre o jogo com Oliver, me impedindo de beijá-lo. Quando acabou o jogo, meu pai foi para sua casa de hóspedes, minha mãe foi para o quarto e meu irmão foi brincar ali perto. Eu aproveitei de estarmos sozinhos na sala de TV e o beijei muito. Até que começou o jornal e anunciou uma notícia sobre 3 policiais serem mortos e 5 feridos em um tiroteio. Ele botou o dedo em minha boca, me interrompendo de beijá-lo e aumentou o volume da TV. Oliver ouvia a notícia atento e seu rosto expressava preocupação. Eu me assustei com o medo no rosto dele e perguntei:
- O que houve?
- É... A polícia em que meu pai trabalha. – Eu me sentei direito e prestei atenção. Dizia que os corpos não foram identificados. Oliver imediatamente se levantou e foi em direção à porta. Eu o puxei, lhe dei um beijo de despedida e disse:
- Boa sorte. Tomara que seu pai esteja bem.
Ele saiu correndo e fiquei triste por ele. Subi para meu quarto. Minha cabeça ainda doía, mas não tanto. Então, deitei na cama e dormi.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!