Atração Perigosa escrita por BTrancafiada


Capítulo 7
Capítulo VI - ALISON


Notas iniciais do capítulo

Tivemos um comentário da ÚNICA leitora que comenta...

Booa leitura :))



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Comecei a passar todas as manhãs após as 6:30 na casa de Bradley, ele gostava, pois às vezes nós passávamos da conta. Ele não me forçava mais a nada então quando nós acabávamos dando prazer um ao outro era de livre e espontânea vontade.

Meus pais haviam melhorado pelo que percebi, estavam falando um com o outro, tomavam café e almoçavam no mesmo local, mas mamãe começou a chegar tarde demais pra janta – nenhum dos dois parecia incomodado com isso.

Falando neles...

– Onde você pensa que vai com essa saia de quando você tinha quatorze anos de idade? – Mamãe me parou quando eu ia passar pela cozinha. Olhei para minha roupa que estava bem simples uma blusa verde-água, a saia azul clara, tênis e mochila da mesma cor que a saia.

Eu ri. – Algumas de nós com o passar dos anos mantêm o mesmo manequim. – Sorri tentando passar, mas ela continuou na minha frente e vi papai segurar uma risada.

– Qual é, Lauren! – ele exclamou apertando o pano de prato. – Ele vai ver o namorado. Só isso.

– Você lembra o que aconteceu quando você me viu assim e ficamos sozinhos? – Mamãe olhou pra ele cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha.

– Sim, ela foi feita. – Nós dois rimos e ela continuou brava, ele veio andando na direção dela e lhe deu um beijo na testa. Uma sensação de conforto encheu meu coração, vazia alguns meses que não presenciava uma cena tão carinhosa como aquela. – Mas não vamos fazer dos nossos erros os erros deles. E nossa filha é bem grandinha, ela sabe o que faz, não sabe? – Papai se virou pra mim puxando mamãe da porta. – Se não, Brad será capado.

Eu ri dando um tapa de leve em seu ombro. – Que horror! Beijo ou vou perder o ônibus... – Assim que abri a porta ouvi eles se beijarem. Dei dois passos para trás fazendo cara de coitada. – Ah, mamãe, você me dá uns 20 dólares?

– Pra quê? – Ela se afastou rapidamente de meu pai que saiu da cozinha.

– Toma, 25 pratas e cai fora! – Papai jogou o dinheiro pra mim que o peguei e coloquei na bolsa.

Bradley e eu nos beijamos a manhã toda, depois fomos à escola de Sam para entregar as autorizações para a excursão dele com a escola e voltamos a namorar.

Pedi que Brad me deixasse sair para fazer algumas compras, ele insistiu para vir comigo, mas eu implorei para que ele fosse para casa.

Passei na Play and Fun, uma loja que alugava e vendia DVD’s, acabei alugando para cinco dias a temporada inteira de Eu, a Patroa e as Crianças.

Cheguei a casa de Rachel e Tom estava no sofá roncando, dei uma risadinha fraca e coloquei minha chave em cima da mesa e ela fez um leve tilintar acordando meu patrão que logo corou de vergonha.

– Bom dia, Alison. – Ele falou meio acordado e meio dormindo, passou a mão pelos cabelos cacheados e piscou algumas vezes me dando por pouco tempo a visão daqueles incríveis olhos verdes.

– Bom dia. – Sorri. – Tenho alguma louça?

– Ah, a louça de ontem e a de hoje mais cedo, já tomei café. – ele respondeu e olhou livro em seu colo. Sorriu para mim e voltou a ler.

Olhei no Cronograma e rasguei a folha de ontem, verifiquei minhas tarefas e depois fui lavar a louça. Passando para ver se o Sr. Yan não tinha deixado seu cachorro atravessar a grade e fazer cocô no quintal, observei o cesto de roupa suja um pouco cheio. Subi e peguei as roupas do Sr. Tom de ontem, coloquei-as no cesto e levei ao carro me lembrando do quanto de roupa estava pronta para ser limpa.

Combinei a mim mesma que almoçaríamos e depois sairíamos para a lavanderia. Preparei o almoço, comemos conversando um pouco sobre nossos gostos em comum e ele acabou me desafiando.

– Se você terminar este prato mais rápido que eu. – Ele apontou para o seu prato que estava incrivelmente cheio e o meu um pouco mais leve. – Eu vejo aquela série de cantores com você, qual é mesmo o nome?

Glee. – respondi rindo um pouco com o momento. – O.K., e se eu perder?

– Se você perder... – Ele passou a mão na testa fingindo soar e estar com grande dúvida. Bebeu um pouco do refrigerante e bateu com o dedo indicador na boca. – Já sei. Se você perder você assiste todos os filmes do Chuck comigo.

– Todos? – Eu mexi na comida morrendo de medo pensando só na possibilidade de perder. Eu tinha pavor de filmes de terror e ainda mais do Chuck. Suspirei algumas vezes e fiz minha tão ensaiada cara de coitada. – Tem certeza?

– Apenas dois. – Ele sorriu e piscou voltando a comer. Fiquei pensando naquela ação enquanto mexia sem perceber em meu copo. Ele fez aquilo de modo tão natural, mas pareceu tão... Sedutor. Pisquei algumas vezes ainda pensando no grande buraco que eu estava prestes a cair e quando percebi Tom ria enquanto movimentava os braços.

– O que aconteceu? – perguntei saindo do transe, olhei para meu prato e depois para o dele que estava vazio e então compreendi que havia perdido.

– Eu ganhei de você, medrosa. – Ele riu novamente. – Vou escovar os dentes. – Ele virou para trás pegando as duas muletas e se levantando. Depois que coloquei a louça do almoço na pia o segui para o banheiro, deixei a porta entreaberta ficando de costas para ele.

Depois que ele saiu, foi a minha vez, tranquei a porta e escovei meus dentes. Aproveitei para usar um chinelo deixado por Rachel embaixo da pia e depois entramos no carro.

Depois que colocou o cinto ele verificou as travas e forçou suas costas no acostamento da cadeira.

– Espero que você dirija bem e que não seja uma daquelas garotas que só pegou a carteira porque é bonita.

Eu ri baixinho ligando o carro. – Por favor, Tom, confie em mim, sou responsável. – Apertei o botão que abria a porta da garagem e depois fui saindo do carro, o portão se fechou atrás de mim e depois que fiz a curva pisei fundo no acelerador.

– Ser bonita tem suas vantagens. – brinquei piscando para ele.

Colocamos a roupa na lavanderia, Sr. Tom assinou os papéis e depois nós saímos para passear um pouco.

LOOK ALISON

Tom coçou o gesso um pouco incomodado. Estávamos do lado de fora da lanchonete onde Troy trabalhava e foi ele que nos atendeu.

– Sr. Tom e... Alison. – Troy diminui o entusiasmo quando falou meu nome, fingi não ligar. – O que vão querer?

– Um sundae de chocolate. – Ele sorriu e mexeu um pouco a perna.

– Apenas uma limonada. – Olhei para Troy por trás dos óculos e ele antes de sair bateu de leve nos ombros de Tom. Fiquei observando as criançinhas passando com seus picolés, os idosos andando em suas bicicletas e alguns casais parando no meio do caminho para se beijar e rir depois como crianças que sabem que fizeram algo errado, mas gostaram.

Lembrei de mim e de Brady da gente no nosso primeiro mês de namoro, passeamos pelo bairro todo rindo e elogiando nossos sorvetes.

Soltei uma risadinha pensando em meu namorado.

– Do que está rindo? – Tom perguntou arrumando o boné na cabeça.

– Ah, lembrei de Brady. – comentei voltando a observar a vida cotidiana das pessoas no verão.

– Brady? Isso é algum apelido para Tredy? – perguntou confuso.

– Tredy? Quem é? – Olhei pra ele.

– Seu namorado.

– O nome dele é Brady. – Respondi tirando os óculos quando Troy chegou e bebendo minha limonada me refrescando imediatamente. Depois que Troy saiu continuei:

– Tredy era o nome do garoto que Rachel gostava. – Joguei os cabelos para trás pegando minha tampinha e tapando o copo. Enquanto Tom engasgava perguntei:

– Vamos?

Passeamos mais alguns minutos admirando a praia e Tom disse que queria outro animal e começou a falar vários motivos para comprar mais um.

– Olha, mas eu não vou tomar conta dele! – avisei girando o volante de leve e estacionando. Entramos no local e logo alguns bichos se manifestaram me deixando arrepiada.

– Vamos comprar um cachorro, mas só vamos levá-lo para casa daqui a alguns dias. – Tom disse logo, a vendedora tentou argumentar, mas ele foi mais rápido. – Pago adiantado.

Depois de uns quinze minutos rodeando o local e fazendo latidos agudos quase machucarem meu ouvido, ele escolheu uma gata branca e de olhos castanhos grandes.

Ele apontou para a bichana e a vendedora baixou colocando a coleirinha de “vendida.”

Entramos no carro e voltamos para casa, continuamos o caminho discutindo sobre animais e depois que eu o destruí com um maravilhoso argumento de que quando eles morrerem só vão deixar dor, ele disse depois de alguns minutos:

– Escolhi aquela gata porque ela é linda. Se parece muito com você, Alison.

Suspirei tentando prestar atenção na direção e não no modo que ele pronunciou meu nome. A voz branda, o tom neutro, o maxilar amolecido e aquele sotaque britânico leve.

– Bem quem está ansioso para uma pequena maratona de filmes do Chuck?


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Notas finais do capítulo

Posto o próximo com um comentário.
Beijios!