Atração Perigosa escrita por BTrancafiada
Notas iniciais do capítulo
Já que tivemos um comentário...
Neste capítulos temos novos personagens
Entro no banheiro e tomo um banho. Depois abro minha bolsa e coloco minha segunda lingierie. Ela é mais um espartilho com uma calcinha preta por baixo.
Silver arranjou um jeito de que eu precisasse amarrar apenas a última parte e o faço com rapidez. Coloco meu salto alto e depois treino um andar sensual e um olhar misterioso.
Arrumo meu cabelo e depois visto a blusa – que fica realmente enorme – e passo um pouco de hidratante no rosto e brilho labial.
Antes de sair, me olho no espelho mais algumas vezes e sei que estou nervosa. Mas não quero pensar nisso ou 1) irei começar com a tremedeira na mão 2) não irei descer 3) irei vomitar.
Vou até o criado-mudo e pego os cartãozinhos pequenos com as instruções e vou lendo enquanto as executo. Entro em um elevador que eu nem sabia que existia e paro em um lugar escuro, mas sei que é enorme.
Está frio e começo a pensar que foi uma brincadeira de mal gosto de algum hóspede. Saio do elevador e começo a andar com cuidado pelo local, minhas mãos estão tremendo e lágrimas se formando em meus olhos, estou me sentindo humilhada, paro de andar quando sinto um movimento e ouço barulho de líquido caindo em algo.
Quando estou quase desistindo e indo embora, a luz que iluminava o elevador se vai e eu começo a socar a porta nervosa procurando os botões.
Ouço palmas e a luz é acesa. Paro de bater no elevador, mas não me viro só o faço quando as palmas param e ouço uma voz bem conhecida dizer calmamente meu nome naquele sotaque britânico.
– Alison.
Minhas mãos param de tremer e ficam um pouco suadas. Minhas lágrimas se secam e eu corro até Tom que está elegantemente vestido em um terno branco e pulo em seu colo e ele me gira jogando a cabeça para trás.
Quando ele para me sinto um pouco tonta e abraço sua cintura, ele beija minha testa e afasta meu rosto de seu peito.
– Está bem melhor assim, natural. – Sorri e eu fico nas pontas dos pés para beijá-lo. Ele agarra minha cintura e eu seguro seus ombros com força, mexemos nossas cabeças devagar e sua língua está rápida.
– Por que deixou tudo isso? O que é isso aqui?
– É o que diz na mensagem. – Ele pega minha mão e me conduz até uma pequena mesa redonda coberta com um pano branco e com um jarro fino e transparente com suas rosas dentro.
– Não, especificamente. – repito e me sento. Um homem negro e de incríveis olhos castanhos aparece sorrindo e segurando um champagne.
Ele é bonito. Todo mundo nesse hotel é jovem e bonito?
– É um local especial para os apaixonados. – Sua voz é grossa e madura, se ele não fosse tão alto e forte poderia jurar que estava sendo dublado. – Parabéns pela garota, Sr. Parrish.
Ele enche nossos copos e depois sai em silêncio.
– Isso é maravilhoso e romântico. – Toco sua mão sobre a mesa e brinco com seus dedos pálidos.
– Espero que tenha vindo com a lingerie. – Ele finge não me ouvir e faz cara de distraído e depois me olha rindo.
– Idiota! – Xingo rindo e vem outro garçom, ele também é negro, porém mais baixo que o outro e tem cabelos enormes em um Black Power poderoso. Ele já chega com a comida rindo.
– Eu e o idiota do Eddie, iremos servir vocês hoje. Aliás, Sr. Parrish, - Ele se inclina mais pra perto da mesa e diminui o tom dando uma olhada para trás. – ele esqueceu de dizer o nome dele, se perdeu nos olhos da garota aqui. – Ele aponta para mim e Tom ri.
O garoto coloca a comida à nossa frente e olha bem dentro dos meus olhos. Bebo um pouco do meu champagne ainda acompanhando seu olhar de meu pescoço para meus olhos novamente, nervosa.
– Belos olhos. – E sai em silêncio com a bandeja vazia nos braços. Quando penso que ele já se foi e mal dá para perceber sua presença no meio do escuro e do silêncio absoluto, ele para de andar e pigarra. – A propósito, meu nome é Lucas!
Tom e eu rimos com a brincadeira boba e voltamos a comer conversando e bebendo em intervalos, Ed trazia a bebida e Lucas a comida, percebi isso quando eles apareceram pela terceira vez.
– Desculpe pelo que ele disse. – Ed disse dando uma cotovelada de leve em Luke que geme fingindo dor. – Ele está com falta da namorada dele.
– E a dele está servindo no quartel. – Luke responde colocando um sundae com calda de chocolate na minha frente e duas rosquinhas no prato de Tom que está bem divertido e mal liga com Luke meio que flertando comigo.
– Uma mulher, no quartel? – Tom pergunta intrigado.
– É ele. – Luke responde antes de Ed e Tom engasga e bebe água, envergonhado. Logo lembro de Carlos e de como ele adoraria namorar um cara como Ed.
– Desculpe. – Meu ruivo lindo diz enquanto Ed está rindo e socando a cara de Luke de leve.
Olho para Tom e alguns pensamentos ruins me invadem, o tom da mulher dele naquele dia no Skype, aquela senhora que mal conheço falando sobre nós e depois um lindo do brilho nos olhos de Ed quando Lucas fala de su... Seu namorado.
É disso que o mundo precisa, de amor. Não importa a forma.
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