Slowly, surely escrita por StardustWink


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Culpem a Miya por essa fic, foi ela que me entregou esse prompt do tumblr de bandeja e me fez ficar escrevendo ele até 1:30 da manhã (uvu)'''' É engraçado porque eu jurava que ia inaugurar minha participação na tag de kagepro com kanokido ou até shinaya, mas acabei escrevendo esses dois lindos primeiro ♥ Não me arrependo disso, haha~

A fic se passa alguns anos no futuro e, mesmo sendo pós-SR como eu disse na sinopse, eu deixei tudo vago de propósito porq Kagepro tem inúmeras interpretações de finais agora (owo)' Sintam-se à vontade para imaginar o que quiserem sobre esse casamento, heh.

Espero que gostem!



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Acontece quando eles estão na festa de casamento de Takane, e Momo tem a grande ideia de arrastar ele para dançar valsa junto com os outros porque é depressivo ver todos os casais dançando quando você está solteira e você faria um favor desses para mim, não é? Não esperando nem a resposta dele para puxá-lo para lá.

Não é algo que vem junto a uma mudança repentina – afinal, apesar de Hibiya estar bem mais alto e já terem passado anos desde aquele fatídico dia de verão no dia 15 de agosto, os dois realmente não mudaram muito.

Momo ainda consegue ser a garota super positiva de sempre, e a arranjar horários de sua agenda lotada de idol para arrastá-lo para lugares aleatórios. Ele ainda se vê irritado pela insistência dela, e ainda a chama de apelidos nem tão carinhosos para deixá-la com raiva.

É, então, um fato que se torna conhecido aos poucos, mas só é verdadeiramente aceito por ele naquele momento. Que ele gosta de como o cabelo dela está um pouco mais longo, que a voz dela quando ela canta baixinho é estranhamente reconfortante, que seu sorriso pode fazê-lo ter a vontade de sorrir também.

Eles estão dançando no ritmo de uma música horrível, ela está rindo sem graça do fato de ter pisado no pé dele pela terceira vez seguida e Hibiya está apaixonado por Momo.

Sua mão que segura a cintura dela paralisa por um instante, e a garota parece perceber seu desconforto pois seu sorriso se desfaz e ela o encara confusa.

- Hibiya? – Momo pergunta, olhos alaranjados o encarando de baixo – o que sempre seria uma vitória para ele, o fato de ter crescido mais que ela -, e o garoto sente seu rosto esquentar gradualmente. O que fazer agora? Não é como se só essa descoberta fosse o possibilitar de confessar seu amor para ela melodramaticamente, aquilo seria idiota.

Mas... O que fazer então? Ele tem certeza que também não seria muito interessante só ficar parado olhando para ela com o rosto corado.

Ah, nessas horas suas imaginações de mais novo realmente poderiam vir a calhar. Ele chegara a imaginar uma cena inteira de um encontro, uma vez, após comprar um chaveiro de presente.

...Aquilo tudo, porém, não tinha dado muito certo. E, mesmo que ele deixasse de lado sua angústia de lembrar-se daquele dia – ou melhor, dias, meses, anos -, Hibiya sabia que nenhuma de suas tentativas tinha funcionado com Hiyori. Então por que funcionariam agora?

Só que aquela era Momo. A garota dos gostos estranhos que tendiam a ser piores aos dele próprio, a que o arrastara pela cidade toda para fazê-lo se sentir melhor, a que cantara na frente de uma praça inteira para ele mesmo odiando toda aquela atenção.

Talvez... Talvez ele não devesse se estressar tanto. Talvez ele só deveria seguir o conselho que ela insistia sempre em dizê-lo e continuar em frente, como fazia antes.

- Ei, Hibiya! Não me ignora! – O garoto pisca e volta seus olhos a mais velha, que agora tem um bico formado em seus lábios rosados.

Ele a encara por um momento, observando-a desde seu cabelo preso em seu penteado usual até seu vestido que definitivamente não fora escolhido por ela, e sorri.

- O que foi, velhota? – Ele pergunta, o brilho em seus olhos e sorriso largo no rosto traindo completamente seu apelido ofensivo, e Hibiya pode jurar que consegue ouvir o som de uma ficha caindo quando a garota arregala os olhos novamente e cora absurdamente em seguida.

Huh?

-... Momo? – O garoto sente seu pescoço esquentar, assim como suas orelhas, não sabendo realmente o que fez a idol à sua frente corar tanto. Ela está com o rosto hilário no momento, piscando enquanto tenta falar alguma coisa e bochechas coloridas de escarlate, e Hibiya teria certeza que riria se ele não estivesse numa situação semelhante.

- E-eu, uh, H-hibiya... – Ela para, comprimindo os lábios em linha reta e olhando para o chão com o que parece ser nervosismo. – E-eu, acho que descobri uma coisa, e, uh...

- O-o que? – Toda aquela inquietação dela estava contagiando cada vez mais a si mesmo, e ele estava subitamente ciente de que eles estavam no meio de uma pista de dança e provavelmente sendo vistos por todos, mas não conseguia por algum motivo desgrudar seus pés do chão.

- Ah- Não, eu não-! – A garota olha novamente para ele, a hesitação que brilha em seus olhos se transformando em receio por alguns segundos, antes de sua voz parar de repente.

E eles se encaram, no meio daquela pista de dança do casamento de uma das antigas integrantes de seu grupo, e tudo se encaixa novamente em seu lugar.

Momo, sem ainda desviar os olhos dele, está subindo para a ponta dos pés com o rosto vermelho, e Hibiya tenta manter seu braço segurando-a pela cintura e continuar preso aos únicos pensamentos coerentes que restam em sua mente porque o que é isso, tudo está acontecendo rápido demais-... E ele não pode evitar subir sua outra mão para pará-la.

- ...Espera, isso não... – Ele murmura, baixo e ainda atordoado, e por um momento o olhar de Momo se transforma em um de aflição novamente. Hibiya engole em seco antes de continuar.

- I-isso não, aqui não. Não no meio de todo mundo e definitivamente não com essa música horrível tocando. – O garoto explica, observando quando ela parece se recuperar – para depois piscar, confusa, o vermelho vibrante ainda colorindo suas bochechas.

- Música?

- Sim, música. Se for para nos beijarmos com alguma música tocando, que não seja uma tão horrível quanto essa. V-você provavelmente vai ficar cantando ela para mim para me irritar se isso acontecer, então não. – Hibiya fala por fim, a encarando num misto de nervosismo e raiva, e Momo pisca abobalhada antes de começar a rir.

A reação dele é instantânea; seu rosto fica ainda mais vermelho, e ele gagueja para que ela pare de rir logo, droga, mas a garota está impressionada demais que ele pôde pensar tão à frente em tão pouco tempo para prestar atenção.

E que coincidência era aquela, dos dois percebendo que estavam apaixonados um pelo outro quase que ao mesmo tempo?

Hibiya está perto de chamá-la de velhota outra vez quando parece perceber que, desde que a Kisaragi mais nova tinha começado sua crise de riso, quase todos os presentes da festa estão olhando para os dois. Ele não está com paciência para ser encarado maliciosamente por Kano nenhum segundo a mais, então é rápido para puxar uma Momo ainda sorridente para longe do salão.

Eles saem para o jardim, sendo banhados pela luz da lua e o brilho das estrelas brilhantes. Hibiya permanece segurando a mão dela por mais alguns segundos, antes de perceber o que estava fazendo e se afastar.

O garoto realmente não consegue imaginar uma situação mais vergonhosa em toda sua vida – nunca tinha corado tanto em tão pouco tempo. Ele está no meio de uma análise pessoal de momentos piores que esse quando ouve a voz distinta de Momo próxima de si mesmo.

Ela está lá, sendo iluminada pelas luzes do salão, da lua e das estrelas, olhos fechados enquanto murmura os versos da música que cantou para ele a tantos anos atrás.

-Zettai dame nanka janai... - A garota continua a cantar, antes de abrir os olhos e encarar a expressão de surpresa dele com um pouco de vergonha.

-... Você disse que não queria que aquela música horrível fosse a nossa, então, eu pensei que... – Momo começa a dizer, abrindo um sorriso sem graça, - Mas acho que isso não é muito melhor, não é? Haha...

- Não, eu... Eu não acho que é ruim. – É o que ele diz, mas eu gosto de todas as músicas que você canta é o que quer dizer. Só que Hibiya já se envergonhou demais para uma noite só, então ao invés de dizer isso resolve trazê-la mais para perto e acabar logo com a distância entre os dois.

O beijo não é uma explosão de fogos como pensava seu eu de doze anos, não é o calor ou a adrenalina – é doce, gentil e crescente, como o amor entre ambos que crescera devagar mas fielmente durante todos esses anos.

E quando Momo se separa dele, bochechas coradas e um sorriso estupidamente largo no rosto, Hibiya decide deixar sua vergonha de lado e sorrir também.

Owari.


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Notas finais do capítulo

Otsukimi recital é uma música tão fofa, gente ;v; Assim como esses dois! Enfim, espero que vocês tenham gostado. Eu certamente voltarei para essa tag no futuro.. Agora só não sei em que ponto dele será. (owo)'''

Bom, até mais!