Os Quatro Cavaleiros escrita por Mr BS


Capítulo 5
Entre os mundos




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Mesmo depois de acorda ainda sentia muita dor envolta do meu pescoço, parecia que cada célula daquela parte estivesse sendo arrancada, sendo eletrocutada e depois espeta em espetos. Tinham me examinado umas quatro vezes antes de eu ir a fonte do problema.

— Não tem alguma maneira de diminuir essa dor não, morte?

Ela estava na forma humana descansando próximo a mim.

— Só uma, mas não é viável.

— Qual seria, morrer?

— Exatamente — ela sorriu para mim, a vontade de esgana-la naquela hora —, mas não é algo que eu vou permitir.

— Eu sou humano é algo que vai acontecer naturalmente!

— Na realidade... — Ela desviou o olhar e abaixou o tom de voz

— O que você esqueceu de me contar!

Ela não disse nada, simplesmente tocou o centro da minha testa enquanto eu ouvia as simples palavras na minha mente.

— No momento em que você me segurou, você se tornou uma entidade fora da linha temporal. Você não vai envelhecer mais, só vai poder morrer em combate. — Ela se levantou enquanto sua telepatia se mantinha. — Ainda não conte para os outros, humanos tente a matar o que temem ou se afastar do desconhecido, por isso não dá para saber a reação deles.

Queria socar algo, me apoie na parede do templo e vi Mikai sentado perto da porta fazendo guarda enquanto os outros tentavam dormi, aproximei-me dele então disse:

— Preocupado?

— Você não estaria depois disso? — Ele ainda olhava para o corredor.

— Acho que não — Ele sabia que eu estava brincando — Tudo está acontecendo tão rápido, ontem me preocupava somente com a segurança da Lu e agora descubro que era destinado a empunhar a morte e que não vou envelhecer.

— Como?

Tinha dado mancada e deixado aquilo escapar, mas Mikai era quase um irmão acho que não tinha problema

— Morte me falhou que quando me tornei o usuário dela, eu virei imortal.

— Então quer dizer que eu vou ficar velhinho enquanto você ainda vai estar jovem. — Ele riu então disse. — Deve ser uma notícia terrível para alguém que queria morrer.

— Eu não quero morrer. — Na verdade só não queria que outras pessoas soubessem.

— Sabe que não me engana.

— Desde quando?

— Eu sei? Acho que desde que você me salvou e ganhou a sua cicatriz, depois foi só observar a sua maneia de agir. Quando você passa as informações numa luta nunca se preocupa com você e as vezes basicamente te coloca como isca.

— Certo, então por que ainda estou aqui.

— Muita sorte e a Lu! — Ele olhou na direção em que ela estava deitada. — A única coisa que te mantem aqui, e não pense que o conselho não percebeu. — Ele voltou a olhar para mim. — Por que pensa que ele evitam deixar você sair.

— Trago muito problema?

— Essa é minha função — ele colocou o dedo no peito enquanto dizia isso.

— Certo, mas não diga a ninguém sobre o fato de ter me tornado imortal.

— Vou tentar. — Ele volta a olhar para entrada então diz — Como nenhum outro anjo apareceu até agora?

— Não faço a menor ideia

— Acho que posso explicar — Disse a morte aparecendo bem atrás de nós. — Este é meu templo e somente quem eu permitir pode entrar, é claro que você ganhou o direito de decidir também Nae.

— Você deixou aquele arcanjo entrar?

— Precisava te testar.

— Podia ter me matado, ou pior matado minha irmã. — Já estava levantando quando ela desapareceu e reapareceu um pouco mais longe.

— Desculpe, só queria ter certeza que você não ia me abandonar tão cedo.

— Explica-te por que não entendi.

— O contra efeito não mata, mas pode destruir a mente do usuário. Como eu ia ter certeza que se você me usasse não ia virar um vegetal?

Em certo ponto estava certa, mas não era o suficiente para colocar a vida da Lu em risco.

— Ainda não justifica o que você fez!

— Certo, mesmo assim eu tinha que fazer e tudo saiu numa boa.

Queria esganar ela, mas acho que ela sabia disso, pois ela tinha se afastado de mim.

— Nunca mais se atreva fazer isso!

Mikai colocou a mão no meu ombro então falou

— Calma por hora Nae. — Ele encarou a Morte — O direito de entrar e sair pode ser passado para outra pessoa?

— É possível!

Ele colocou a mão sobre o queixo e simplesmente murmurou

— Isso pode ser útil.

— No que você está pensando?

— Em usar isso como esconderijo

Morte e eu respondemos simultaneamente

— Péssima ideia!

— Ela eu esperava mas você, Nae! — ele apontava para Morte.

Olhei para Morte, sabia que ela não confiava em outras pessoas para ficar naquele local e sabia o que ia acontecer se deixasse meu clã ficar lá por muito tempo.

— Esse local é um templo, além de guardar parte da história do mundo naquelas paredes, mas você sabe que se o clã ficar aqui a primeira coisa que eles vão querer fazer é destruir ou arruinar o que está escrito por lembra muito os anjos.

— Se nós conversamos eles n...

— Pode me garantir isso?

Ele para então responde mais baixo

— Não. — Ele se levantou então disse — Porem um local com essa proteção pode ser bem melhor do que passar todos os dias com medo que os anjos nos ataquem ou ter que mudar constantemente.

Ele estava certo neste ponto, porem sabia que a história contida naquele templo não podia ser destruída por causa de uma simples discórdia.

— Não quero que destruam a história deste lugar mesmo sendo humano. Se você conseguir me garantir que tudo se mantenha intacto posso até pensar no caso, mas se não eu deixo a Morte tomar conta da situação!

Mikai olhou para Morte então ela simplesmente diz

— Posso até permitir, mas qualquer um que danifique os escritos morre na mesma hora!

— Acho que isso basta! — Ele se senta novamente então diz — O que te preocupa?

— É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e meus fones foram destruídos.

— A Joan não consegue consertar?

— Sem material para isso e o único local que teria está lotado de anjos.

— Ai fica difícil. — Ele olhou para Morte que a essa altura já estava sentada ao meu lado — Você não teria um jeito de torna-lo invisível, teria?

Ela ri então diz

— Não, mas se quiser eu posso me transforma num par de asas capaz de levantar voo durante um curto tempo.

— Sem saber falar trevon direito não daria certo.

— O tradutor não ia funcionar neste caso? — disse Mikai.

— Só um pouco, ele não traduz cem por cento e eles podem ter algo que desativem ele como aconteceu lá em cima.

— Acho melhor pensar amanhã depois de tirar um cochilo — Ele se espreguiçou e disse mais descontraído — Você pode ter dormido o bastante, mas ainda não preguei os olhos.

Mikai se levantou então foi para onde os outros estavam dormindo, esperei um tempo então disse:

— Estão todos lá?

Morte abriu os olhos então disse

— Sim. Tem certeza disso?

— De não confiar no conselho do clã toda, mas se for a de tentar se passar de anjo para conseguir os materiais para consertar meu head fone, não muita.

— Pelo menos você é sensato.

— Errada, infelizmente sou inteligente de mais para perceber por que os anjos atacaram os humanos.

Ela desviou o olha e disse

— Desculpe.

— Não há o que se desculpar, todas as espécies sentem medo e acho que se fosso o inverso os humanos teriam feito o mesmo.

— Isso é verdade. Mas mesmo assim fui eu o principal motivo para o extermínio humano.

— O que está feito não pode ser alterado, resta apenas viver com o resultado.

— Certo, mas acho que é muito arriscado sua ideia!

— Eu sei, mas acho melhor do que não fazer nada.

Não tinha muito o que falar a Morte apoiou a cabeça no meu colo e começou a dormi. Como estava sem sono por ter dormido muito fiquei lá mesmo olhando a estrada e pensando no que fazer.

Assim que acordaram Mikai e Vi vieram me procurar, ele apoiou na parede enquanto ela se sentou na minha frente e disse brincando:

— Vamos voltar para o clã ou usar seu poder para matar uns anjos?

— Prefiro não usar morte, meu pescoço ainda dói um pouco.

— É tão ruim assim a sensação

A Morte nos interrompeu dizendo:

— Se quiser eu posso fazer você passar pelo que ele sentiu!

— Não se atreva, Mor!

— Não se preocupe é uma versão reduzida daquilo, não chega nem perto do que você sentiu Nae. — Ela tocou em Vi que gritou e se encolheu logo depois, levou alguns segundos para ela se recuperar e dizer:

— Isso é reduzido! Pareceu que alguém estava quebrando cada osso do meu corpo e queimando minha pele e esmagando meus órgãos lentamente tudo ao mesmo tempo!

— Entendeu por que não quero usar esse poder mesmo que por brincadeira.

Mikai olhou para nós dois e disse:

— Certo, vamos evitar usar isso. — Ele se aproximou da Vi e ajudou-a levantar — Conversei com os outros e eles não vão falar nada para o resto do clã, mas Joan que falar com você sobre o seu plano maluco.

— Que plano!

— Não se faça de dissentido, quando voltamos para o clã nós vamos discutir isso.

— Se for pra fazer isso prefiro que seja aqui, lá tem muitos ouvintes para nos escutar.

— Certo vou chamar ela e a Lu também.

— Ela não tem nada a ver com isso Mi, acho melhor deixar ela de fora.

Vitoria olhou pra mim e disse num tom mais serio

— Ela é sua irmã sua decisão vai afetar mais ela do que qualquer outro, então não a exclua desse assunto.

Odiava como ela sempre usava os argumentos certos para me convencer

— Certo. — Olhei para a Morte — Pode chamar as duas por favor, Mor.

— Só dessa vez e não abusa! — Ela sumiu em pleno ar e voltou minutos depois. — Estão vindo!

Olhei para escada e vi as duas subindo. Lu mal chegou no topo da escada quando disse:

— O que vocês estão tramando?

Mikai esperou ela aparecer para dizer:

— Seu irmão quer se passar por anjo!

Ela olhou para mim e disse:

— Não é mais fácil pular de um precipício?

— Sem sarcasmo Lu. — Me apoie na parede. — Sem meu fone não sou muito útil!

Joan se aproximou e disse:

— Neste ponto ele está certo, o único local onde ele pode achar os materiais que eu preciso para consertar o fone dele é na cidade dos alados. Mas...

— Seria suicídio um humano pisar lá — completou Vi, ela se virou para morte. — Você não consegue consertar o fone dele como fez quando estavam lutando com aquele arcanjo?

Morte abriu a mão e materializou a imagem do fone

— Quando mantenho minha forma humanoide só posso gerar imagens e quando estava lutando eu era o fone, simplesmente posso mudar minha forma para um item que vai auxiliar ele em combate mais isso gasta a energia dele.

Olho para Vi e completo a linha de pensamento da Mor.

— Em resumo ela usa minha energia vital para manter a forma de fone tornando isso inviável. — Olhei para o rosto de todos presentes ali e digo em alto e bom tom. — Podem tentar propor qualquer coisa já revi todas as opções possíveis e essa é a melhor e a menos perigosa.

Mikai simplesmente olhou para mim e disse:

— Ainda assim você pode morrer se for descoberto.

— Sim ainda posso, mas se isso acontecer vai ser somente eu, ninguém mais vai ser envolvido por causa de um erro meu. E se eu morrer possivelmente... — olhei para morte mais foi Joan que completou a minha frase

— Os anjos vão deixar essa realidade? — Ela também tinha se ligado. — Não acho mesmo que o principal motivo deles terem para exterminar a humanidade morra eles não vão embora até ter certeza de terem concluído o trabalho todo.

Mikai e Vitoria olharam para Joan e depois para mim, sentir o olhar interrogativo dos dois porem ignorei e disse:

— Pode ser verdade mas nada me impede de tentar.

Lu olhou para mim e disse num tom baixo e calmo

— E eu?

— Certo você pode!

— Já perdi nossos pais Nae, não quero perder você.

Eu abaixei olhar por alguns instantes e depois disse:

— Eu sei disso, mas não posso ficar parado, sem meus fones não consigo controlar as variações da minha audição e isso vai me causar um estresse mental inimaginável podendo afetar minha sanidade.

— E como você sabe.

— Porque foi por causa disso que o papai criou os fones, naquela época minha audição pegava uma área menor mais mesmo assim me afetava bastante. Eu tenho que conserta-los se não vou ser simplesmente um peso para o clã e para você Lu.

— Você não vai se um peso — disse Vi tentando me animar.

— Errada Vi, eu vou ser um peso a falta dos fones não afeta somente a minha mente mais também os outros sentidos principalmente minha visão!

Joan abaixou o olhar e disse:

— Foi por que eles foram destruídos durante a eco não é, o choque deve ter afetou outras partes do seu cérebro. — Ela se virou e socou a parede. — Eu devia ter previsto isso para tentar evitar.

— Não se culpe Joan. E não adiante tentar mudar minha ideia, ainda vou seguir com o plano de tentar se passar por anjos.

— E como você vai se comunicar com eles, pelo que me lembro seu trevon é bem básico. — disse Mikai tentando arrumar uma desculpa para eu não ir.

— Mor. — Uma cicatriz aparece entorno do meu pescoço — Mesmo sendo imortais eles ainda possuem cicatrizes, se eu tiver uma assim posso ter uma desculpa para evitar falar, se a Joan conseguir conectar o tradutor com um pingente posso deixa-lo escondido da vista deles.

— E se o tradutor for desativado como aconteceu ontem.

— Não vejo motivo para eles desativarem dentro do território deles, lembre-se anjos criaram os tradutores então eles devem ter algum motivo para ter que usa-los.

— Não sei não, mano.

Olhei para Lu e disse.

— Meu professor disse uma vez me disse que quando grandes grupos de pessoas se situam em locais diferente adquirem costumes e palavras diferentes isso acaba dificultando a comunicação, os tradutores de babel foram criados para evitar a parte das palavras.

— Quer dizer que existem Anjos com dialetos diferentes — disse Joan colocando uma mão no queixo.

— Exato, por isso eu acho que o tradutor vai funcionar na cidade.

Joan se levanta então diz:

— Certo eu vou ver se consigo fazer seu tradutor ficar de maneira discreta.

Mikai olhou para mim e disse:

— Acho que é uma boa ideia buscar o clã.

Joan olhou desconfiada para ele e disse:

— Acha que é uma boa ideia trazer eles para cá, já viu as paredes?

— É bem mais seguro do que aquela caverna e parece que a dona do lugar tem um sistema bem simples para impedir que tenha vandalismo. — Respondeu Mikai não escondendo nem um pouco o sarcasmo.

Ela jogou um rádio angélico para mim e disse voltando a desce as escadas

— Boa sorte, ainda acho que é uma péssima ideia, mas vocês que sabem.

— Ela tem um pouco de razão, Mikai — Disse Vitoria enquanto se aproximava dele.

Liguei o rádio para verificar se ainda estava funcionando e reparei a constantes conversas envolvendo o tema arcanjo e sumido.

— Se nós fomos sair temos, primeiro saber que horas são e depois ir rápido, nunca vi o rádio tão agitado assim devem ter pelo menos um anjo na área vasculhando.

Mikai olhou para morte e disse:

— Você não conseguiria fazer um túnel até onde nosso clã se encontra escondido?

— Tá me achando com cara de transporte público, moleque. Já dê por satisfeito que eu vou deixar vocês ficarem aqui.

— Desculpe, não quis ofender.

Olhei para Morte e disse:

— Não precisa se estressar, ele só está preocupado em como ele vai fazer para trazer um grupo de cinquenta pessoas para cá.

— Tudo bem, Nae. A culpa foi minha mesmo perguntando isso. Acho que vamos ter que separar em grupos para acelerar o processo.

— Vocês que sabem minha função é só dizer quando um anjo pode aparecer para nos matar. Então decidam mas lembrem que só tem quatro ouvintes contando comigo e se não me engano só tinha dois garotos interessados na função.

— Certo e se consideramos o fato que os malditos dos anjos conseguem anular o sinal do rádio se ele estiver ligado a um tradutor complica ainda mais. Vamos ter que ser rápidos na hora da troca e tomar muito cuidado.

— Que tal fazer isso a noite.

Olhei para Vitoria e disse:

— Anjos da noite e das trevas são o motivo de evitar andar a noite e você realmente quer que andamos no domínio deles?

Ela recuou um pouco e disse

— Péssima ideia.

— Com certeza! — Olho para Mikai então digo — Tem uma pequena chance de não ter nenhum anjo na área, mas é bem pequena.

— Qual, senhor sabe tudo? — Vi não gostava de ser contrariada então dava para perceber que ela estava zangada por ter descartado a ideia dela. — Lembra do rastro daquela coisa que come anjos?

— Sim

Mikai olhou para mim e disse

— Você não está pensando nisso?

— Estou, provavelmente o arcanjo estava atrás daquilo quando encontrou o primeiro grupo de humanos, ele deve ter deixado aquele cara vivo como isca para o mostro não para outro grupo.

— Faz mais sentido. —Mikai colocando a mão direita no queixo. — Sendo assim os anjos devem está procurando ele e se a criatura fez o rastro em outro lugar essa área pode estar com menos anjos que deveria.

Olhei para vi e disse

— Eu disse que as chances eram baixas então custa a vocês decidirem.

Me encostei na parede mais próxima e tirei um cochilo, por mais que pudesse opinar não ia fazer muita diferença sem meus fones, duas horas depois foi decidido a maneira de agir, embora ainda ia contar com a cooperação dos outros membros do clã. Lu, a equipe medica e os feridos iam ficar no local enquanto o resto voltava para o esconderijo do clã e os traziam até agora em grupos coordenados.

Joan conseguiu me deixar só com o rádio angélico e pelo visto meu palpite estava certo a maioria das frequências estava apontando grupos a dois quilômetros da nossa posição porem nada impedia de uma pequena patrulha aparecer enquanto nos movíamos, antes de partimos eu abracei Lu enquanto dizia:

— Eu não vou voltar com o grupo então até que eu voltar tome cuidado.

Enquanto ela me apertava forte e disse:

— Tome cuidado, não quero perder você também, Nae!

— Não se preocupe, eu vou voltar! — Me afasto um pouco então tiro um pouco de cabelo do rosto dela —É uma promessa eu vou voltar para você mesmo que tenha que destruir meio mundo.

— Vou está esperando, mano!

— Eu sei. — Olhei para Mikai que tinha se aproximado e disse — Vamos antes que eu mude de ideia.

— Até parece que um cabeça dura como você ia fazer isso. — Ele colocou a mão sobre meu ombro. — Quanto mais rápidos formos mais rápidos voltamos, não é?

— Exatamente. — Olhei para Lu e disse — Até logo Lu.

Ela sorriu um pouco e disse

— Até logo Nae e Mi cuide dele por favor.

— Entendi my lady.

Me dirigir até a entrada junto com Mikai:

— Você vai conseguir controlar eles enquanto eu estiver fora?

— Vou tentar, qualquer coisa eu tenho a Vi para me ajudar a lidar com aqueles velhos.

— Espero e não conte nada sobre a Mor pelo menos até eu ter ido embora.

— Já sei, embora ainda quero ver como você vai conseguir sair do campo de visão do conselho.

— Por que diz isso.

— Se não pode usar o tradutor quem você acha que eles vão força como ouvinte do grupo deles.

— Isso no momento em que eles entrarem no túnel a Mor só vai passar eles para cá enquanto eu vou me dirigir para meu objetivo.

Ele riu então disse:

— Não acho que vai dá certo, afinal você sempre diz.

— Que há probabilidade de algo ruim acontecer quando você realmente não quer que aconteça é de exatamente 99,9999999999%. Estou contando com a pequena chance de dá certo dessa vez, já que conseguimos escapar da morte da última vez.

— Não diria escapar tá mais para fazer um acordo ou até mesmo se tornar.

— Engraçadinho.

— Só disse a verdade.

Olhei feio para ele então ele ficou quieto. No momento em que o grupo pisou fora do templo nenhum pio foi dito, andamos o mais silenciosamente possível com o máximo de atenção que dava. A luz da lua estava fraca e logo o sol ia nascer, se quisemos encontrar o clã tínhamos que ser rápidos.

Conseguimos chegar onde era a entrada da caverna por volta das dez pelo que indicava a posição do sol. Ainda teríamos que esperar muito tempo então procuramos um lugar perto para nos escondemos.

Quando o sol começou a se por voltamos para a entrada da caverna e esperamos até eles abrirem a entrada. Primeiro um vigia saiu por um buraco escondido por um pouco distante da real entrada, quando ele verificou que era realmente o nosso grupo ele passou um sinal para alguém de dentro enquanto dizia.

— É um milagre vocês terem voltado, dois dias aqui fora é quase impossível! — Ele olhou para Mikai, — Mas parece que você conseguiu o impossível novamente.

— Não diria isso! — Mikai olhou de raspão para mim então entrou.

Olhei para Vi e disse:

— Consegue resolver o assunto com eles ou vou ter que pedir ajuda da Mor.

— Por que Mor?

— Morrigan uma divindade céltica muito relacionada com ela.

A morte que estava na sua forma humana ao meu lado deu uma leve tossida e disse mentalmente.

— “Gostei, embora esteja mais acostumada com o termo angélico, Miens.”

— “É angélico, se você tiver que te apresentar com esse nome acho que vão tentar te matar antes de qualquer coisa.”

Vi passou a nossa frente e disse

— Acho melhor chama-la de Morgana parece mais plausível.

— Você que sabe, vou está no meu canto enquanto isso.

— Certo! — Ela olhou serio para mim por alguns segundos e então ela andou para o lado de Mikai

— “Vai descansar?”

— “Vou, conhecendo aqueles velhos vai demorar pelo menos dois dias para tentarem entrar num acordo.”

— “E eu faço o que enquanto isso?”

— “Dorme, explora, você quem sabe Mor.”

— Sem graça.

Ela olhou ao redor dela e disse mentalmente:

— “Se você sabe eu sei, estamos mais ligados do que você pensa Nae. ”

— “Entendido. ”

Encostei ali mesmo e observei eles indo em direção dos outros não importava mais o que aqueles velhos iam decidir, não... não importava, acontecesse o que acontecesse já não pertencia totalmente aquele mundo.

A partir do momento em que segurei a lamina da Mor eu passei a pertencer a outro lugar, um lugar entre os mundos dos mortais e dos imortais, pois os anjos querem minha cabeça e os humanos me temerão ou tentarão me usar.

Meu único objetivo agora é garantir a vida da Lu e nada e nem ninguém vai me impedir de garantir isso e para isso tenho que entra no domínio dos anjos para consertar meu head fone. Só espero que o destino não queira brincar comigo de novo, por que ainda tenho as dores da última vez.


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