Unidentified escrita por nerd pirada


Capítulo 5
Shirt, o gato da dona Tamires.


Notas iniciais do capítulo

Gente, preciso que me digam o que acham da forma que falo dos sonhos. Ela deve conta-los a alguém como um dialogo, deve contar em um POVS, devem ser narrados pela narradora...? Preciso das criticas e opiniões de vocês =]



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POVS CHAR

Tentei bolar uma desculpa de que algum parente tinha morrido, mas todo mundo me conhece como “A Menina Sem Memória E Sem Família” e eu acabei perdendo o emprego.

Depois de horas procurando um novo trabalho, achei o emprego dos meus sonhos: em uma livraria. Amo livros e o salário até que é bonzinho. Eu vou trabalhar junto com um garoto chamado Fernando, mas ainda não o conheci.

Vim aqui lanchar em uma lanchonete perto do hospital onde o Jonathan trabalha. Eu gosto muito do lanche daqui, mas pra falar a verdade, eu só vim lanchar aqui porque já ta quase na hora do turno do Jona acabar e aí eu ganho uma carona.

[...]

Logo ele chegou e me perguntou o que eu estava fazendo ali, respondi que tinha ido lá somente para lanchar e que gostava muito do atendimento daquele lugar.

– Sei... Então eu acho que eu já vou indo, pois você não vai querer carona, não é? – perguntou sarcástico

– Eu já acabei de comer

Riu – Vamos logo. – disse me puxando – Eu te conheço. –funcionou o carro – E então, como foi no emprego?

– Despedida.

– Você encontra outro rapidinho, Char.

– Já encontrei, Jon.

Ele perguntou surpreso onde era dessa vez e após eu lhe responder que era em uma livraria, ele me lançou um sorriso.

– Você deve estar amando isso, não é?

Respondi que sim, com os olhos brilhando.

Me parabenizou e em seguida me deu um beijo na bochecha, mas imediatamente voltou a atenção para o transito.

– E você, como foi seu dia? – perguntei tentando disfarçar meu rosto vermelho por causa do seu beijo.

– Foi como sempre. – suspirou

– Por que o suspiro?

– Só estou cansado dessa rotina.

– Que tal a gente sair para comemorar o meu emprego novo? – percebi que tínhamos chegado em casa.

– Ótima ideia – respondeu com um sorriso.

Fui tomar banho e o Jon ficou assistindo futebol. Quando sai do banheiro já vestida pra sair, ele foi tomar o banho dele, e então fui terminar de me arrumar ¹.

Primeiro fomos para uma pizzaria, pois não tínhamos muita opção, mas lá estava muito chato, então depois que comermos, lhe chamei para caminharmos pela rua que provavelmente teríamos uma ideia de algum lugar interessante para ir.

[...]

– NÃÃÃÃÃO.

– Calma Char, foi só um pesadelo.

– Minha cabeça dói.

– Você estava gritando há alguns minutos. E também está com febre.

– Foi péssimo

– Não chora, pequena. – passou a mão em minha testa tirando os fios de cabelo que estavam grudados nela pelo suor – Foi só um pesadelo... Você quer falar sobre ele?

– Eu sonhei que estava dentro de um carro, estava muito nervosa, perdi o controle e ele bateu em pedras gigantes, eu acho, e capotou.

– Calma! – encostou minha cabeça no seu peito – Você quer voltar a dormir?

– Não tenho mais sono.

– O que você quer fazer agora então?

– Acho que vou ler um pouco. Não se preocupe, pode ir dormir. – tentei tranquiliza-lo.

– Ok, qualquer coisa me chama.

Assenti, ele me soltou e saiu.

Calcei uma sandália que estava no chão perto da cama e fui até a cozinha fazer um chocolate quente.

Necessitava tanto daquilo no momento que parecia que se não tomasse morreria.

Terminei de preparar e fui tomar no quarto. O liquido estava muito quente e descia queimando minha garganta, mas era disso que eu precisava. Eu estava gelada, e tinha acabado de acordar suando frio, e tive a certeza que o problema era eu quando olhei o termômetro e indicava que o clima estava muito quente. Quanto mais quente aquele chocolate estivesse, mais seria melhor pra mim.

Terminei de tomar minha bebida, me embrulhei com a coberta amarela com que dormia e que já estava em cima da cama e peguei a bíblia que ficava na mesa ao lado da minha cama e comecei a ler alguns capítulos.

Na manhã seguinte...

– Você não acha que o seu pesadelo pode ter sido sobre o seu acidente? – o Jona perguntou entrando na cozinha, logo antes de se sentar a mesa.

– Pode ser. – respondi me servindo de café – Mas não quero saber sobre o que aconteceu naquele dia, graças a Deus já passou.

Hoje é meu primeiro dia de trabalho na livraria, cheguei cedo para não vacilar já no primeiro dia.

A livraria tem a aparência calma, tem uma pintura branca com alguns detalhes azuis claros. Tem uma porta de madeira não muito larga nem muito estreita com um sino. Não possui janelas e se não tivesse o ar-condicionado seria um lugar muito quente. Por dentro a pintura é toda branca, tem um balcão de madeira e umas almofadas grandes e coloridas no chão, em uma delas havia um gato. E claro, muitas prateleiras com livros.

Eu estava atrás do balcão esperando entrar alguém quando de repente o sino da porta tocou e entrou um homem

– Desculpa o atraso. Ah, olá! Você deve ser a nova funcionaria certo? – Murmurei um “sim”. – Sou o Fernando. O outro funcionário.

– É sempre parado assim?

– Não, a partir das 10h00min aumenta o movimento. – assenti – Bem, eu vou aproveitar que está muito parado e vou comprar um sanduiche aqui do lado. Acordei atrasado e não tive tempo de tomar café da manhã.

Ele saiu e eu caminhei lentamente entre as prateleiras olhando os títulos dos livros.

90% dos títulos que eu lia me davam vontade de ler o livro.

– Pode ler quantos quiser enquanto a livraria estiver vazia. – disse uma voz e eu me toquei que já estava olhando aqueles títulos há muito tempo.

Tempo suficiente para o Fernando ter voltado e atendido um cliente sem que eu percebesse.

Me desculpei e voltei para trás do balcão.

– Tudo bem. – ele respondeu enquanto mordia o seu sanduiche.

Fiquei lá olhando a tela do meu celular por mais ou menos meia hora, quando finalmente uma mulher entrou com uma criança e então resolvi atender, não queria que o Fernando tivesse uma má impressão de mim logo no primeiro dia, queria evitar que ele pensasse que sou uma preguiçosa que espera tudo pelos outros.

– Boa tarde, como posso ajudar? – perguntei sorrindo para a mulher que estava do outro lado do balcão.

– Nós queremos um bom livro infantil.

Inclinei-me e olhei para a criança que quase não dava pra ver com uma postura correta estando atrás do móvel de madeira. Era um menino de cabelos castanhos e cheios de cachos, olhava para tudo ao seu redor com seus grandes olhos verdes.

– Oi, você quer livro de que? – perguntei olhando pra ele e tentando ser simpática

– Do Super-Mam – respondeu o pequeno garoto

Procurei no lado infantil e peguei um livro azul e vermelho com o nome que tinha alguma coisa haver – Hmm que tal esse? – mostrei o livro ao garoto

Ele deu um sorriso largo que mostrou suas covinhas, pegou o livro da minha mão e balançou a cabeça afirmando que queria aquele, voltamos para o caixa e a mulher pagou o livro e saiu.

O resto da manhã foi muito calmo, não apareceu mais ninguém. O Fernando estava o tempo todo distraído com seu celular e eu também não estava muito a fim de puxar papo.

[...]

À tarde quando cheguei à livraria, o Fernando já estava lá.

– Queria recompensar o meu atraso de mais cedo. – comentou quando entrei.

Não respondi nada, apenas sentei e esperei alguém entrar.

A tarde foi parada como a manhã. O Fernando pegou um livro de uma prateleira e ficou lendo, então achei que realmente não haveria problema e peguei um também.

Peguei um livro do Jonh Green, “Quem é Você, Alasca?” desviei o olhar do livro e vi o mesmo gato em cima daquelas almofadas na mesma posição, fiquei uns minutos observando aquele gato até que o Fernando percebeu e disse que era o Shirt, o gato da dona Tamires.

Tamires é a dona da livraria, uma mulher simpática e ao mesmo tempo estranha.

Voltei minha atenção para o livro e quando deu a hora de fechar fui para aquela lanchonete perto do hospital pra ver se conseguia uma carona e aproveitar pra matar minha fome.


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Notas finais do capítulo

¹- http://www.polyvore.com/cgi/set?id=136836138&.locale=pt-br



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