Life is Unexpected escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 8
Capítulo 7




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Então estava explicado o porquê de todos estarem estranhos nos últimos dias. Achou que era coisa da sua cabeça, que estava vendo coisas por ficar tanto tempo trancada. Mas não, estavam armando um casamento.

“Pai... Você está pronto para me levar ao altar?” Sorriu, abraçando o homem mais velho.

“Pronto, nunca. Mas em paz por saber que você está feliz, isso sim.” Ele beijou as mãos dela. “E você? Pronta?”

“Mais do que nunca.”

Entrou com seu pai logo que Franz começou a entrar no corredor com sua mãe, encontrando os amigos, a mãe e o sogro ainda ali. A mãe apenas lhe acenou com a cabeça, linda em seu vestido azul, antes de atravessar a porta de braços dados com Henrique.

Jade lhe deu uma piscadela, antes de começar a caminhar de braços dados com Lírio. Karina sussurrou um “não ouse chorar, senão eu choro junto” e ela teve que rir, enquanto via a amiga entrar com João.

Ela ouvia Iris tocando e sorria, lembrando que Cidade dos Anjos havia sido o primeiro filme que assistira com Franz, num dia em que ela estava doente e ele havia ido visitá-la com uma barra de chocolate e uma caixa de lenços. Estava passando na HBO e eles ficaram assistindo, quando ainda nem eram namorados. O fato havia marcado ambos e ela gostava de dizer que a música, por ser tema do filme, era a música deles.

Seu pai passou seu braço pelo dele, arrumando o buquê de rosas nos braços da noiva logo depois. A porta se abriu e eles caminharam pelo corredor lentamente.

Apenas metade da capela estava preenchida, mas isso não a entristecia. Enquanto olhava os presentes, reconhecia ali cada uma das pessoas que ela queria que estivessem presentes naquele dia. Via Karina e Jade, cada uma com uma de suas cores favoritas, e se sentia grata por ter amigas assim.

E via Franz com um grande sorriso, o seu sorriso, e seu coração se aquecia, batia mais forte. Ela o amava, ele a amava, eles amavam a pequena menina que crescia em seu ventre e que nesse momento começava a se movimentar lentamente. Aquilo era certo, eles eram certos.

Quando chegou ao altar, seu pai beijou sua mão e testa, antes de dar a mão a Franz e entregar sua filha a ele. Depois caminhou em direção à Gilda, lhe dando o braço e recebendo um beijo carinhoso no rosto, ambos sorrindo emocionados.

Franz beijou a testa da noiva e depois se abaixou, beijando a saliência da barriga dela, que sorriu. Eles entrelaçaram os dedos e subiram para o altar, onde Mari estendeu seu pequeno buque para a mãe, que o apanhou sorrindo.

O padre era um homem de meia idade, com os cabelos castanhos e curtos começando a ficar grisalhos. Havia pequenas rugas ao redor de seus olhos, que ficaram evidentes quando ele sorriu para os noivos.

Ele saudou os convidados, seguindo os ritos de casamento já conhecidos por todos. Mari percebeu que ele ia um pouco depressa e suspeitou que Franz e as amigas deviam ter pedido por isso, para que ela não tivesse que ficar muito tempo de pé.

“Francisco Henrique Albuquerque, você aceita Mariana Noronha como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la na saúde e na doença, pelo resto de seus dias, até que a morte os separe?” Perguntou o homem, após pedir que os noivos ficassem frente a frente, de mãos dadas.

“Aceito.” Respondeu o rapaz, sorrindo para a noiva.

“E você, Mariana Noronha, aceita Francisco Henrique Albuquerque como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo na saúde e na doença, pelo resto de seus dias, até que a morte os separe?”

“Aceito.” Garantiu ela, sorrindo.

Antes que o padre prosseguisse, Franz fez sinal que ele esperasse. Todos estranharam a atitude do rapaz, que se abaixou sobre um dos joelhos, ficando de frente com a pequena barriga da futura esposa.

“Oi bebê... Bom, desculpa não poder te chamar pelo seu nome, afinal eu e sua mãe ainda não chegamos a um consenso sobre ele.” Disse ele, colocando uma das mãos na barriga, rindo nervosamente. “Eu quero saber se você aceita que eu me una à sua mãe, aqui, diante de Deus e de toda a nossa família. Se você aceitar, eu prometo que eu vou amar e cuidar de vocês duas para sempre, e não só até que a morte nos separe. Eu vou fazer o que estiver ao meu alcance, para fazer vocês felizes, porque eu amo vocês, mais do que qualquer coisa na vida.”

O silêncio no local só era quebrado por uma ou outra fungada, vinda de alguma das convidadas emocionadas. Mari não sabia o que dizer, e sequer conseguia, sendo impedida pelas lágrimas grossas que escorriam por seus olhos, enquanto encarava Franz, ainda ajoelhado e tocando sua barriga.

“Acho que isso foi um chute de aprovação.” Ele comentou, aparentemente nervoso. A noiva apenas riu, o puxando para cima e selando seus lábios. Ele riu a abraçando, e quando se separaram, uniram suas testas.

“Bom... Acho que podemos ir para as alianças?” Perguntou o padre, tentando chamar a atenção de ambos para si. O casal o olhou, rindo com algumas lágrimas nos olhos de ambos. “Quem está com as alianças?”

“Karina...” Chamou Franz, se virando para a jovem, que fungava emocionada. “Onde estão as alianças?”

O que se seguiu foi uma sequência que mais parecia de um filme, e teria feito Mari rir se fosse outro momento. Os olhos de Karina se arregalaram, enquanto ela mordia o lábio. Franz fechou a expressão, a encarando irritado, enquanto Jade escondia o rosto em uma das mãos e sua mãe tentava esconder o riso.

“Por favor, me diga que você não perdeu as alianças.” Rosnou o noivo, e Mari podia ouvir os três padrinhos tossirem encobrindo suas risadas, assim como várias pessoas na capela.

“Não... O problema é outro.” Respondeu a loira, abrindo sua pequena bolsinha. Ela tirou de lá a caixinha com as alianças, mas havia um pequeno problema: estava cheia de chocolate. Ela deu um sorriso sem graça. “As barras derreteram.”

Naquele momento todos os presentes explodiram em risadas, incluindo a própria Mari e o padre, enquanto Franz marchava em direção à Karina, apanhando a caixinha melada. Ele voltou para o lado da noiva, abrindo a caixinha de veludo e revelando os dois aros dourados, ambos manchados de marrom.

“No próximo casamento, por favor, deixem as alianças comigo.” Pediu Jade, revirando os olhos, enquanto Karina lambia os dedos sujos de chocolate.

Mari apanhou o maior aro, lambendo-o rapidamente para tirar o chocolate. Ela pegou a mão esquerda de Franz e deslizou o anel, beijando-o logo em seguida. Agora com uma expressão mais suave e sorridente, Franz apanhou o outro anel, lambendo-o para tirar a sujeira e deslizando na mão da noiva, beijando-a em seguida.

O casamento tinha valor religioso e civil, e as testemunhas seriam os quatro padrinhos. Normalmente os padrinhos assinavam os documentos antes, mas como as madrinhas levaram a noiva, todos assinariam os documentos ali.

Assim que Karina assinou, ela e Jade se jogaram sobre Mari, a abraçando apertado.

“Obrigada, meninas... Muito obrigada.” Agradeceu a grávida, com a voz entrecortada pelos soluços. As amigas não responderam, talvez por estarem soluçando tanto quanto a noiva, talvez porque nada precisasse ser dito.

As duas abraçaram Franz, enquanto os dois rapazes abraçavam Mari, já tendo parabenizado o noivo. Os dois casais de padrinhos saíram, deixando que os pais cumprimentassem seus filhos, em um momento repleto de emoção.

“Sejam felizes.” Pediu Maria, enquanto os dois casais mais velhos tomavam seu rumo pelo corredor. Quando Franz e Mari iam segui-los, o padre os segurou pelo braço, rindo.

“Posso finalizar a cerimônia?” Pediu ele e o casal riu, dando a mão e ficando de frente para o homem. “Pelos poderes investidos a mim, eu agora os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.”

Franz sorriu, abraçando a esposa pela cintura. Ela colocou os braços ao redor do pescoço do marido, sorrindo, e o beijou, enquanto todos os presentes aplaudiam. Quando se afastaram, ele se abaixou e beijou novamente a barriga dela, antes de entrelaçar seus dedos e começar a caminhar pelo corredor.

Ao longo do caminho, cumprimentaram diversos conhecidos com maneios de cabeça e ao chegarem à metade da capela, onde a quantidade de pessoas diminuía nos bancos, puderem ver que os pais e amigos os esperavam em fila, prontos para enchê-los de arroz.

“Será que se corrermos ficamos com menos arroz na roupa?” Ela sussurrou e Franz riu.

“Conhecendo a Karina e o João, eles nos seguem até o carro e colocam um punhado dentro da nossa roupa se fugirmos.” Ele sussurrou de volta, enquanto os dois riam e viam seus pais, os primeiros da fila, atirando o primeiro punhado.

Atravessaram a chuva de grãos em meio a risos, e foram perseguidos por ela até o carro. Franz abriu a porta e ela entrou, sendo seguida por ele. Já lá dentro, ainda sentiram alguns grãos batendo, mas não se importaram.

“Para onde vamos agora?” Perguntou ela, deitando a cabeça no ombro dele.

“Para a nossa recepção.” Disse ele casualmente, e ela o encarou surpresa. “O quê? Você não achou que eu faria um serviço pela metade? Ou que Jade e Karina me deixariam fazer um serviço pela metade?”

“Eu já falei que eu te amo hoje?” Perguntou ela, sorrindo emocionada.

“Já, mas não me canso de ouvir.” Garantiu ele, lhe dando o selinho. “E só para informação, eu também te amo.”

Ela voltou a se recostar nele, enquanto o motorista os levava para a festa. Não precisava nem ver o que os amigos haviam preparado para saber que seria perfeito, e ter novamente a certeza de que tinha as melhores pessoas do mundo ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

"Nossa, Walkiria, tá viva?" SIIIIIIIIM, ESTOU. MAIS OU MENOS, MAS ESTOU HAHAHAHAAHAH
Well, juro que vou tentar responder todos os reviews desse capítulo, ok?
Espero que estejam gostando, ok?
See you, peanuts ;*



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