ADRIAN

Dá para acreditar? Meu pai está morto. Meu pai,o velho e rabugento Nathan Ivashkov está morto. E agora tudo da nossa herança da família vem para minhas mãos. E eu não estou contente com isso .

O segredo de onde está minha mãe morreu com ele,agora eu teria que esperar ela sair da prisão para vê -la.

Outra coisa quer ronda minha mente é Rose . Oh meu deus, Rose.

Tudo bem,meu pai morreu de sua doença,pode ser triste,mas é normal,é a vida,bem,como a morte de um pai pode ser normal? Eu não sei,não sei de nada. Mas se tem uma coisa que não está normal hoje,com toda certeza é Rose.

Aqui estou eu,sentado do lado de fora de um bar,que fechou a meia hora. Meu celular marca 2 em ponto da manhã e ele está cheio de mensagens e ligações de Rose.

Ela...Rose,de novo rondando minha mente.

Mesmo depois de tudo o que aconteceu entre nós,eu ainda faço tudo por ela.Mas eu tinha prometido,prometi quando ela estava machucada e coberta de sangue no chão.

Mas agora,não sei se foi uma boa ideia a trazer para um local onde somos só nós.Mas como vou viajar para a Corte ,vou ter bastante tempo para pensar se eu quero continuar com toda essa aproximação repentina.

Eu tinha ficado chateado com a morte de meu pai,mas eu não pretendia sair para uma noitada no bar,isso aconteceu por causa do quase beijo com Rose.Ela tentou me beijar...Ela tentou,certo?Será que ainda tinha sentimentos por mim?

“sentimentos por você?”zombou tia Tatiana.

Quando eu me sinto mau e para baixo,minha tia é um apoio mental,não é o certo e sei que ela é só obra do espirito,mas as vezes é tudo o que eu tenho. E eu estou feliz com a ideia de a esconder de Rose.

“ela nunca teve sentimentos por você,querido”

“mas ela falou que me amava,que me amou” respondi mentalmente. Era bobo conversar com minha tia morta,mas eu não consigo a mandar embora definitivamente,só por um tempo,mas ela faz parte de mim,minha tia querida que foi assassinada,eu a amava,eu a amo.

“sim,ela falou. Falar é fácil” falou ela “ volte para a Corte ,lá é o seu lugar,o lugar de um Moroi da realeza,e deve ser feito já,agora com a morte de seu pai.”ela suspirou.Bem,pelo menos eu tenho uma boa imaginação “e fique longe de Rose Hathaway,a deixe aqui,sem nada”

–não - gritei - você não manda em mim,não mais.Eu não vou fazer isso.

“Adrian,querido…”

–chega.Vá embora - eu a obriguei a se silenciar .Era tarde da noite e eu preciso dormir um pouco. Além do mais,Rose deve estra preocupada com meu sumiço,faz uma hora que ela parou de ligar.

Andei cambaleando pelas ruas até chegar no portão do condomínio onde fica nosso pequeno apartamento.Subi as escadas e entrei em casa.Estava escuro e tropecei nas malas que ainda estavam na sala.Olhei para as duas portas.Escolhi a esquerda,a abri sem fazer barulho,não quero acordar Rose.

A cama está arrumada,isso significa que Rose está em sono profundo no quarto ao lado.

–Ótimo,consegui - murmurei quase mentalmente.

Cai na cama sem pensar em nada,nem em meu pai,minha tia fantasma,Rose,principalmente ela.Não pensei em meus sentimentos confusos e tortuosos por ela,mas eu sei de uma coisa,eu jamais vou poder amar Rose como a amei no passado.Magoas não são apagadas da noite para o dia e ela sabe disso. E além disso,ela despedaçaria meu coração novamente.

Aluz entrando pela janela me despertou na manhã seguinte. Me sentei e me espreguicei. Eu preciso de um banho e escovar os dentes,e principalmente mudar de roupa...

–poderia me disser o que faz no meu quarto? - quando cai pesadamente na cama na noite anterior,estava tão cansado da viagem e do desanimo,que adormeci imediatamente . As palavras,que acreditei ouvir,deviam fazer parte de um maluco sonho com Rose,por que foi a voz dela que ouvi - Adrian,o que está fazendo ai na minha cama?

Meus olhos se arregalaram quando percebi que Rose estava sentada em uma poltrona no lado oposto da cama.

–Rose...Rose? - balbuciei.

– o que está fazendo no meu quarto? - perguntou novamente.

–o que VOCÊ está fazendo aqui?Foi você que invadiu o meu quarto.

–claro que não. Eu estava sentada aqui ontem a noite,ligando para você,e peguei no sono. Você não me viu quando entrou?

–me desculpe,eu realmente não a vi. Achei que estava no outro quarto,já que esta cama estava arrumada.

Ela suspirou.

–tudo bem,foi um desentendido. Alias,onde você estava,eu liguei uma monte de vezes.

–em um bar.

–até que horas?

–por que quer saber?...talvez até a 1.

–1...?

–tá,2 no máximo.

–Adrian? - repreendeu ela.

–o que? Pare de falar meu nome assim.

–você é impossível. Um irresponsável,sabe que tem que viajar hoje.

Fiz uma careta.

–Eu sei,eu ainda vou.

–então é melhor se apressar.

–eu sei...Rose?-perguntei. Fiquei chateado com ela,mas não deixei de ficar envergonhado com minha atitude de ontem. Agora eu tenho que voltar à Corte para o enterro de meu pai. É quase surreal.

–sim?

–eu realmente sinto muito.

–não foi culpa sua,nada disso foi culpa sua. Pare de se culpar. Seu pai morreu de causas naturais,você precisava...se soltar. Só não queria que você ficasse até tão tarde na rua,com Strigois. Agora vá,não se atrase.,fique apresentável e não faça comentários irônicos sobre seu pai ou dos convidados.

Sorri.,

–eu sei disso,minha outra mãe já me falava isso. Vou tomar banho,estou fedendo,não tomei ontem.

Ela fez uma careta.

–eu realmente não precisava ouvir ou saber disso.

Dando gargalhadas,sai do quarto.