Losing my Humanity escrita por Jae Renald


Capítulo 31
Cap. 30 ─ Feminine touch


Notas iniciais do capítulo

GENTE CES NÃO TEM NOÇÃO DA MINHA ALEGRIA ( CAPS LOCK É VIDA)
A DIVOSA, ARRAADORA, SAMBISTA DA SAPUCAÍ DA AMBER LW RECOMENDOU ESSA HISTÓRIA !!!!!!!!(MINHA PRIMEIRA RECOMENAÇÃO, SUA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO, FECHOU CERTINHO KKKKKKK) , E Ñ FOI SÓ ISSO Ñ, ELA FAVORITOU E COMENTA SEMPRE!!! Muito amor por vc !!! SIGAM O EXEMPLO DELA!
Brincadeirinha... Ou não né, vai que ... kkkkkkkk
OK, piração à parte, muito obriga mesmo! Isso significa que eu estou fazendo alguma coisa certa kkkkk
Eu já estava planejando fazer uma homenagem pras minhas lindas escritoras, e essa recomendação foi a gota d’agua, então eu realmente queria agradecer a vocês : A Amber, claro, por sua recomendação e por ser tão fofa com seus comentários, a Bea Salvatore ( outra diva sambista da Sapucaí) que comenta praticamente todos os caps e sempre me faz rir demais e me faz ter ótimas ideias , a Cherry que também é um amorzinho , e a Rippah, que foi minha primeira leitora



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Na segunda-feira, eu estava me sentindo um caco. Era como se eu tivesse tomado dez mil litros de vodca, quando na verdade eu só tinha ingerido um chá estranho e suspeito. Logicamente, eu não pretendia tomar aquela mistura nunca mais, independente da dosagem, ou de quanto os ingredientes eram raros e ilegais. Ninguém merecia passar pela mesma situação, nem enfrentar a ressaca que vinha depois.

O pior de tudo foi ver o quanto os meninos se sentiam culpados por tentarem ajudar. Eles ficaram o dia todo mandando mensagens, indo me checar a cada pequeno intervalo de aula. O jeito de eles me olharem, como se eu fosse frágil demais e fosse quebrar sem supervisão começava a me irritar. Não pude deixar de pensar que eles temiam que eu atacasse alguém.

Mesmo assim, tentei não me concentrar nos meus problemas, e tentei ser receptiva com Malia, já que era seu primeiro dia no ensino médio. Apesar de ela tentar passar uma imagem de força, eu podia ouvir seu sangue pulsando rapidamente, e podia escutar seu coração batendo rápido entre os corredores cheios de pessoas.

E claro, eu já havia percebido que algo acontecia a entre ela e Stiles. Eles hesitaram ao se cumprimentar, e ele me pedira pessoalmente que ficasse de olho nela quando ele não pudesse. Então na aula de química, pedi que ela fosse minha parceira de laboratório, ocupando o antigo posto de Isaac.

Tenho de admitir, Isaac era um parceiro mais adequado.

***

— Precisamos de você. — Stiles senta-se junto a mim na mesa do refeitório, acompanhado por Scott e Kira.

— E claro que sim!—brinco — Mas seja um pouco mais especifico.

— Andou tomando o chá de novo foi? — ele rebate — Quer saber, tanto faz, deixe pra lá.

— Viu, talvez não precise tanto de mim quanto pensa, já nem se esforçou...

— Tá bem, já chega vocês dois. — Scott intervém — Vamos treinar Malia hoje, pensamos que um toque feminino seria bem vindo.

— Defina “toque feminino”. — peço — Porque, se só precisam de alguém que use saia, a Kira supre bem a necessidade. Ah, sem ofensas, claro.

− Sem problemas. − a garota se encolhe ao lado de Scott ao perceber que foi posta em foco. Meu amigo sorri discretamente com a aproximação tímida dela.

—Nossa, você está impossível hoje! — Scott franze as sobrancelhas pra mim.

— Certo, eu vou, não precisam implorar. ─ respondo, percebendo que os irritei. Eles só querem uma desculpa pra me vigiar, mas o que de mal pode ter em seus cuidados?

***

─ Precisa se concentrar mais Malia ─ Scott incentivava.

─ Se me eu me concentrar mais minha cabeça vai explodir!─ ela vocifera em resposta.

Estávamos naquela mesma situação já por trinta minutos. Scott tentava ensinar algo pra Malia, algo que parecia muito fácil pra ele, e passávamos os outros minutos a observando falhar miseravelmente enquanto ele pedia por mais concentração. Já estava prestes a sair correndo de lá eu mesma.

─ Ai, já chega! ─ me levanto da cama de Stiles, onde estávamos deitados sendo expectadores ─ Tem de existir outro jeito de ensina-la!

─ Foi o jeito que eu aprendi. ─ Scott justifica, massageando as têmporas.

─ Cada caso é um caso, não? ─ me aproximo da garota, que respira pesadamente ─ Podemos tentar uma coisa?

Malia dá de ombros e me deixa toca-la. Pego suas mãos e a peço para sentar no chão comigo. Massageio suas mãos levemente e peço que feche os olhos.

─ Lembra-se do que Scott disse sobre âncoras? ─ ela acena relutantemente com a cabeça ─ É algo muito, muito pessoal. Ninguém pode escolher uma por você, e talvez nem você mesma possa. Mas é essa força que mantem sua parte humana durante a transformação. Entende o que quero dizer?

Ela acena novamente, e pergunta:

─ Posso abrir os olhos agora?

─ Fique assim só mais um pouco. ─ peço ─ Nossa âncora é nosso desejo mais forte. Nossa maior culpa, nosso maior amor, nossa maior motivação. Consegue pensar em algo que gostaria muito de fazer ou ter, mesmo que seja impossível?

─ Sim. ─ ela responde rápido ─ É...

─ Não precisa contar. ─ a tranquilizo ─ Mas tente ter esse desejo em mente quando sentir que vai perder o controle, e não precisará ter medo como agora.

─ Não estou com medo de nada! ─ ela puxa as mãos de volta e se afasta de mim.

─ Ah Malia, ─ rio fraco ─ TODOS temos nossos medos. Isso nos separa das rochas e nos impede de morrer muitas vezes. O medo é a minha âncora.

Minha garganta gela rapidamente quando percebo que disse aquilo em voz alta. Os garotos me encaram com aquela condescendência que está começando a me irritar, e Malia tem uma expressão desconfiada no rosto.

─ Tudo bem ─ tento me concentrar ─ Vamos tentar algo simples. Que tal crescer as garras?! Tenha seu desejo em mente, e não se preocupe, não vai nos machucar.

Ela começa a franzir as sobrancelhas, e fecha os olhos por um momento. Dentro de alguns segundos seus dedos se contorcem e suas garras crescem.

Malia abre os olhos surpresa, e exibe a mão para nós, que parabenizamos seu sucesso.

─ Ok, agora vamos fazer o processo inverso ─ proponho ─ Você está indo incrivelmente bem.

Novamente, ela se concentra e as garras somem. Malia bate palmas e grita algo como “Uhu!” e se levanta, seu sorriso iluminando o vão.

Deixo Scott assumir o comando das próximas lições e Malia começa a se sair melhor na maioria delas, enquanto nós sempre garantimos que confiamos nela e que ela está indo bem.

Quando a hora de ir pra casa chega, os garotos nos acompanham até a saída. Scott tem um olhar admirado para mim, mas tento ignora-lo. Stiles está entretido conversando com Malia, e posso dizer pelo jeito que se olham e por seus batimentos cardíacos que eles realmente se gostam.

─ Você foi incrível. ─ ele começa ─ Muito bom!

─ Toque feminino, lembra? ─ começo a caminhar em direção a porta, mas Scott me para.

─ Temos algo pra você comer. ─ ele diz num sussurro─ No hospital, um membro amputado foi destinado pra incineração, mas podemos interceptar antes. Minha mãe pode arranjar tudo, ela quer ajudar...

─ Espera, espera aí!─ minha cabeça lateja, e não contenho a raiva. ─ Como assim ela quer ajudar? Ela sabe sobre mim?!

─ Podemos confiar nela, ─ ele tenta argumentar ─ por que está zangada?

─Porque o segredo não é seu para sair contando! ─ me seguro muito pra não gritar ─ Sabe que odeio o que me tornei! Acha que quero mais pessoas envolvidas?!

─ Pode ao menos ficar feliz pelo que acabei de dizer? ─ ele me segura pelos ombros e me obriga a olha-lo ─ Você pode comer!

─ Não sei ─ me desvencilho de suas mãos ─ Preciso pensar sobre isso.

─ Pode pensar o quanto quiser depois ─ ele sorri, o que me deixa tremendamente irritada ─ Pode até parar de falar comigo por uns dias, mas você vai comer hoje!

***

Melissa nos põe pra dentro do hospital por uma passagem de serviço. Nos leva até um lugar escuro que não reconheço, e me indica uma mesa onde consta uma caixa térmica hospitalar.

─ É o tipo de coisa que só dá pra fazer uma vez. ─ ela diz ─ Espero que ajude...

Aproximo-me hesitante da mesa, e vejo a inscrição na tampa:

“Amber L. Walder, sexo feminino, 15 anos.”

─ O que... ─ gaguejo ─ O que aconteceu com ela?

─ Oh querida, ela está bem! ─ Sra. McCall tira o adesivo e guarda no bolso ─ Foi um acidente de trânsito, mas ela vai ficar bem.

Continuo encarando a tampa, percebendo as marcas deixadas pelo adesivo arrancado.

─Podem sair, por favor? ─ peço, desconfortável.

─ Não precisa ter vergonha. ─ Scott diz

─ Na verdade, eu não quero ver isso. ─ Stiles sussurra de volta.

─ Por favor, apenas saiam. ─ repito fracamente.

Todos concordam em me esperar do lado de fora de onde quer que estejamos, e finalmente fico só. Julie Consciência entra em ação, e por um momento não quero abrir a caixa, nem comer nada.

Por algum motivo não consigo parar de pensar nessa tal de Amber, nem em como ela deve estar se virando com um membro a menos. Parece a maior idiotice, mas vejo claramente uma garota ruivinha e sardenta sem um braço, chorando baixinho durante a noite pelo acidente.

Tento espantar os pensamentos empáticos e finalmente retiro a tampa que protege meu jantar. Depois de por os olhos na carne, e sentir seu cheiro fresco, apesar de gelado, é fácil deixar os extintos assumirem.

Quando termino, chamo Melissa pra me ajudar com o pouco que sobrou, e ela garante que vai se livrar das provas. Quando os meninos entram, Scott não me olha nos olhos, e Stiles faz uma cara de nojo ao olhar pro meu rosto, e, quase vomitando diz:

─ Tem... Tem um pouco de sangue em você.

─ Oh! ─me encolho, envergonhada. Esfrego a manga da jaqueta violentamente no rosto ─ Desculpe.

─ Sem problemas ─ ele diz seu rosto assumindo uma coloração esverdeada.

No caminho pra casa, Stiles parece prestes a desmaiar a qualquer minuto, e Scott dirige em silencio numa velocidade baixa.

─ E então... ─ ele pergunta meio sem jeito ─ Satisfeita?

Me limito a responder com um breve “Humrum” .

─ E... ─ ele insiste ─ Estava gostoso?

Antes que eu tenha a chance de pensar numa resposta, Stiles se agarra à porta e praticamente grita:

─ Pare o carro! Pare a droga do carro agora! ─ele mal consegue pular do veiculo quando põe tudo pra fora.

Sou preenchida por vergonha e por vontade de chorar. Abro a porta oposta a que Stiles usou e saio do carro. Falo rapidamente para Scott cuidar de nosso amigo e me ponho a correr da cena, sem saber pra onde ir.


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Notas finais do capítulo

Então , gostaram? Demorei quatro dias escrevendo , e ainda não ficou como eu queria.
Amber, se encontrou no cap? ( meio tosco admito, mas foi o que saiu da minha mente doentia O.o )
O aviso que gostaria de dar , é que recebi uma mensagem da Anne L (da liga dos betas *___*) e ela me avisou que o título da história (em alemão e em português) tava escrito toooodo errado ( que vergonha) , tanto que se vcs notarem, troquei o título e a capa na correria aqui.
Então gostaria de propor uma votação ─ Como aprecio muito a opinião de vcs, gostaria que me ajudassem a escolher um novo título, de preferencia rápido , pra que eu possa fazer uma capa né? Deixem suas escolhas nos reviews quantas vezes quiserem, e se tiverem ideias podem mandar uma mp que vou amar!
As opções até agora são:
• Perda de humanidade ( no caso, permanece o mesmo)
• Predadora ( tchantcahantchan)
• Losing my humanity ( já que os caps são em inglês)

Novas ideias são muito bem vindas, e mais uma vez, obrigada por me acompanhar