Winchesters e Cullens escrita por Ana Black713


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oii, pessoal! Desculpe a demora para postar, esse fim de semana foi meio cheio. Mas tá aí, mais um capítulo! =) Veem o q acham e comentem!



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- Como pode?! – Renesmee perguntou os olhos chocados.

- Não é uma criatura, deve ser outra coisa. – Dean disse.

- É, mas o quê? – eu perguntei.

- Não sei... – Dean disse. – Pode ser um demônio. Talvez um espectro aquático, alguma coisa que controla a água... – Dean parou de falar, parecendo ter um tipo de insight. Eu pensei o que poderia ser no mesmo momento.

Opa! Ah, mas que merda...

- A água da mesma fonte! – Renesmee concluiu, parecendo ainda mais horrorizada. – O lago.

- Isso explica o número cada vez maior de mortes. – eu disse. – O lago está se esvaziando, vai secar daqui a poucos meses. Então essa coisa, seja lá o que for... está ficando sem tempo.

- Haverá mais mortes. – Renesmee disse. – Se isso pode chegar pelo encanamento, não vai parar.

- Vai sim, vamos dar um jeito. – eu disse, tentando tranqüilizá-la.

- Acho que devemos visitar o Bill Carlton. – Dean disse. – As mortes, de alguma forma, estão relacionadas a ele.

- Yeah, ele perdeu os dois filhos. – eu disse.

- E eu perguntei por aí... – Dean disse. – O marido de Andrea? Era afilhado do Sr. Carlton.

Isso também pode estar relacionado.

- Então vamos.

...

Chegamos à casa de Bill Carlton e ele estava naquele lugar em que o vimos pela primeira vez. Sentado em um banco de madeira no cais do lago. Renesmee suspirou tristemente quando o viu de longe.

- Pobre homem. – ela disse. – Perder as pessoas que ama desse jeito...

Chegamos mais perto dele e Dean tomou à frente:

- Sr. Carlton. – ele disse. – Viemos fazer umas perguntas. Somos do Departamento de...

- Não me interessam quem vocês são. – O Sr. Carlton interrompeu sem olhar para nós. Os seus olhos permaneciam o tempo todo no lago, a expressão, assim como sua voz, estava cansada. – Já respondi perguntas demais hoje.

Fizemos uma pausa, mas eu segui adiante:

- O seu filho, Sr. Carlton. Ele disse que viu algo no lago. E o senhor? O senhor viu algo?

Ele não disse nada, mas estava à beira de lágrimas.

- Sr. Carlton? – eu prossegui. – A morte de Sophie e o afogamento de Will... achamos que tem relação com o senhor ou com sua família...

- Meus filhos morreram. – ele novamente interrompeu, parecendo ainda mais cansado. Então pela primeira vez, ele olhou para nós, os olhos marejados. – É pior que a morte.

Ele voltou os olhos para o lago. Senti a mão de Renesmee na minha, me chamando. Então olhei para ela, que acenava com a cabeça em direção ao carro, um olhar significativo. O homem queria ficar sozinho, afinal.

Segui Nessie e Dean nos seguiu.
- O que você acha? – eu perguntei a Dean assim que chegamos perto do carro.

- Eu acho que o cara está passando um inferno. – ele disse. – E também acho que não está contando tudo que sabe.

- E agora? – eu perguntei.

Dean hesitou, sem saber o que responder.

- Dean! – Renesmee disse de repente, do meu lado.

Sua voz parecia surpresa. Eu e Dean olhamos para ela e ela apontou para a casa dos Carlton.

- Não lhe parece familiar? – ela perguntou, os olhos dourados arregalados.

Demorou alguns segundos para entender o que ela dizia. Então Dean tirou o desenho de Lucas de dentro do casaco, olhando para a casa que o garoto tinha desenhado.

- Oh, man... – Dean disse, também surpreso. – Acho que o Sr. Carlton não é o único que sabe de algo.

Fomos direto para a casa de Andrea. Parecia estranho tentar falar com Lucas, mas de certa forma, Dean conseguiu algo, da última vez.

- Não. – Andrea disse categoricamente quando Dean disse que queríamos falar com ele. – Não fará bem para ele. E em que isso pode ajudar, afinal? Ele não vai dizer nada!

- Andrea. – eu tentei. – Tem alguma coisa acontecendo lá.

- Meu marido e os outros só se afogaram. Só isso. – ela disse.

- Se pensa assim mesmo, vamos embora. – Dean disse objetivamente. – Mas se você acha que existe uma possibilidade a mais, me deixe falar com o seu filho.
E foi assim que um minuto depois estávamos, Andrea, Renesmee e eu na porta do quarto de Lucas, enquanto Dean entrava. O garoto estava sentado no chão junto com alguns desenhos, folhas em branco e giz de cera. E os soldadinhos.

- Oi, Lucas. – Dean disse, se agachando em frente a ele. – Lembra de mim?

Lucas não demonstrou saber que Dean sequer entrara no quarto. Continuou ocupado com os desenhos. Eu e Renesmee nos entreolhamos rapidamente, apreensão em seus olhos dourados.

Dean deu uma olhada nos desenhos de Lucas e franziu a testa.

- Olha, eu... – Dean retomou. – Queria agradecer pelo último desenho, foi muito útil. Mas eu vou precisar da sua ajuda.

Dean tirou o desenho do casaco e o desdobrou, colocando no chão a frente ao garoto. Ele, novamente, não pareceu notar.

- Por que você desenhou isso? – Dean perguntou de uma maneira gentil que eu nunca o tinha visto dizer antes. – Sabia que algo ia acontecer. Alguma coisa ruim?

Lucas continuou desenhando.

- Olha você pode... balançar a cabeça. Para dizer. – Dean disse.

Mas Lucas não parecia prestar atenção ao que ele dizia.
- Está com medo. – Dean disse de repente, ainda daquele modo gentil. – Tudo bem, eu entendo. Quando tinha a sua idade vi uma coisa terrível acontecer com minha mãe. Eu também tive medo. Eu não queria falar, assim como você. Só que a minha mãe... ela queria que eu fosse corajoso. Eu penso nisso sempre. E tento ser corajoso. E eu acho que seu pai... também quer que você seja.

Eu fiquei surpreso com isso. Dean nunca tinha mencionado abertamente a morte da nossa mãe, nem o que tinha acontecido para ela morrer. Nunca tinha me parecido tão vulnerável antes. Olhei de esguelha para Renesmee. Ela nem sabia ao certo do que Dean dizia, mas seus olhos estavam marejados. 

Lucas hesitou, parando de desenhar. Por fim, olhou para cima, avaliando Dean. Então, no meio dos vários desenhos dele, apanhou um e passou para Dean.

- Obrigado, Lucas. – ele disse.
 Saímos da casa de Andrea e Renesmee e eu pegamos o desenho de Dean. Nele havia outra casa, um sobrado amarelo. Havia um portão marrom na frente, e na frente do portão havia um menino ao lado de uma bicicleta vermelha. Essa imagem ficava em segundo plano, pois em primeiro havia uma igreja, no canto da folha.

- Como ele sabe esse tipo de coisa? – Renesmee perguntou fitando o desenho com a testa franzida.

- Há casos de pessoas que desenvolveram dons psíquicos depois de um grande trauma. Premonições... – eu disse. – Pode ter acontecido algo parecido com ele.

- Não importa, temos que fazer algo. – Dean disse.

- Certo, temos que achar mais uma casa. – conclui.

- Hmmm, se vocês quiserem, eu posso procurar de um lado da cidade e vocês do outro. – Renesmee disse, mordendo o lábio inferior. – Poupar tempo, vocês sabem...

Me virei para ela, indagador. Então percebi seu objetivo: Ela acreditava que eu e Dean tínhamos que conversar sobre o que ele disse para Lucas.

- Acho uma boa idéia. – eu disse.

- Mas eu não acho, você vem conosco. – Dean disse para Renesmee, quase de um jeito agressivo.

Yeah, definitivamente ele estava evitando aquela conversa.

- Hmmm, okay. – Renesmee disse, parecendo sem graça.

Pude ver que ela estava curiosa sobre o que ele disse, mas ela não queria se meter nesse tipo de assunto particular. Ela era nobre demais para isso.

Mas Dean não queria falar sobre isso.

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