Winchesters e Cullens escrita por Ana Black713


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Tá aí o cap!



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Demos uma carona para Renesmee, que nos indicava onde ficava a oficina mecânica de seu primo. Durante o trajeto, eu me perguntava o que acontecera com Carlisle Cullen. Me lembro do que aquela velhinha, ex-vizinha dele disse, que a casa fora alugada há uns meses atrás. Será que o sumiço dele obrigou Renesmee a alugar a casa e morar sozinha em outro lugar?

- Você sabe o que aconteceu com seu pai? – Dean perguntou para Renesmee.

Ela ficou alguns segundos em silêncio. O assunto parecia delicado.

- Não, eu não sei. – disse por fim. – Carlisle não costumava me dar detalhes sobre suas “caçadas”. – disse abrindo aspas com os dedos.

- Mas seu primo deve saber de alguma coisa? – ele perguntou novamente.

- Possivelmente.

Ao chegarmos à oficina mecânica, descemos do carro e esperamos Renesmee dar o próximo passo. Ela fez sinal para avançarmos. Passamos por um carro que era guindado por um macaco, e embaixo dele havia alguém. Somente as pernas eram visíveis.

- Oi, Rose! – Renesmee cumprimentou a pessoa ao passar, dando um tapinha em sua perna. – Cadê o Emmett?

- Oi, amor! Lá nos fundos, eu já converso com você. – ouvimos uma voz feminina.

- Sem problema. – Renesmee disse sorrindo.- Pode vir. – ela acrescentou para nós, tentando nos mostrar confiança.

Passamos espremidos por uns dois carros e chegamos ao fundo da oficina.

- Emm! – Renesmee chamou um cara grandalhão de cabelos pretos e curtos que conversava com outro cara de cabelos loiros e ondulados. Emmett voltou a atenção para nós e se aproximou.

- Oi, Nessie! – ele disse puxando a prima para um abraço e dando um beijo no cabelo dela.

O cara agora se voltava com um olhar indagador para mim e Dean.

- Ah, esses são Sam e Dean. – Renesmee apresentou-nos.

Emmett apertou nossas mãos firmemente.

- Oficina maneira. – Dean elogiou, olhando o movimento e os equipamentos.

- Valeu! Mas vocês não parecem ter vindo aqui por causa das peças de carro. – Emmett disse meio sério. Chegava a ser assustador.

Renesmee segurou o seu braço, lhe dizendo com um olhar significativo:

- É sobre o outro trabalho, Emm. O que você tinha com o meu pai.

Emmett olhou para Renesmee com uma expressão estranha. Parecia saber perfeitamente do que ela estava falando, mas ele olhou preocupado para ela. Depois nos lançou um olhar firme de compreensão, em seguida assentiu, indicando uma sala aos fundos da oficina.
 
Emmett abriu a porta da sala e nós entramos. Acabamos nos deparando com um casal se amassando em cima da mesa do escritório. Um cara de cabelos loiros e ondulados (que eu tinha visto falando com Emmett há uns minutos atrás) e uma garota miudinha de cabelos escuros e espetadinhos para todas as direções.

Emmett pigarreou, constrangido. O casal se separou na hora.

- Bom, essa e a minha irmã Alice e o meu querido cunhado Jarper. – Emmett disse lançando um olhar severo para os dois.

Os dois ficaram vermelhos, e a garota pequenininha que eu sabia que se chamava Alice sorriu para nós, meio constrangida.

- Acho que já está na hora dos dois voltarem ao trabalho, não é mesmo? – Emmett disse.

- Okay, desculpe, Emm... – Alice disse puxando o namorado para fora da sala. Então parou e foi saltitando na direção de Renesmee, toda sorridente. – Oi, Nessie! – disse, a abraçando.

- Oi, Lice. – Renesmee disse, retribuindo o abraço da prima.

Jasper passou por ela e bagunçou seus cabelos acobreados carinhosamente, dando uma piscadela para ela. Renesmee parecia ser o tipo querida e protegida de todos ali.
A porta se fechou novamente, e agora Emmett se virou para ela.

- Não acho que seja saudável você ficar aqui agora, Nessie.

- Eu vou ficar, Emm. – Ela disse com um olhar determinado para o primo. – Por favor, me deixa ficar dessa vez. Não importa se é ou não é bom para mim.

Os dois trocaram olhares durante uns segundos, então Emmett assentiu ao pedido dela. Ela sorriu e foi na direção da mesa, se sentando em cima dela com as pernas cruzadas, esperando.

- Então...? – Emmett disse fazendo sinal para começarmos.
- Precisamos de ajuda. - Dean disse, objetivo. - Achamos uma raça nova de vampiros, e conseguimos informações de que Carlisle Cullen sabe como destruí-los.
- Informações de quem? - Emmett perguntou.
Dean hesitou por um segundo.
- Do nosso pai, John Winchester. - ele disse depois.
Emmett pareceu surpreso.

- Yeah, eu o conheço. – ele disse. – Como ele está?

- Não sabemos exatamente. – eu disse. – Estamos procurando-o, mas está complicado.

Ele pareceu considerar.

- Não é muito simples matar um desses caras. – Disse por fim. – Você precisa cortá-lo em pedaços e queimar as partes.

Eu e Dean fizemos uma careta idêntica de desagrado. Por que sempre tinha que envolver algum tipo de esquartejamento?

- Mas não é tão ruim assim, pelo menos esses não tem sangue para derramar. É como se estivesse cortando as partes de um manequim vivo. – Emmett disse.

Vi Renesmee estremecer de onde estava. Consegui entender o porquê de Emmett e Carlisle não a deixarem a par de seu “trabalho”. Ela parecia ser uma menina muito frágil.

- Mas o complicado. – continuou Emmett – é que os caras ainda continuam vivos quando estão esquartejados, eles continuam tentando se restaurar. Por isso tem que ser rápido, e nem tente fazer isso com outros vampiros por perto. Vocês não teriam chance.

- Então tem que desmembrá-los só para ganhar tempo? – Dean perguntou, o rosto pálido de horror, mas tentando não demonstrar muito.

- Basicamente. Os caras não vão ficar paradinhos em cima de uma fogueira. – Emmett disse como se fosse óbvio. – onde eles apareceram?

- Jackson, Mississipi. – Dean disse.

- Cara, é longe! – Emmett disse com um assovio. - Mas isso é esquisito. Eles não costumam se expor. É bem difícil achar um com a mão na massa. Devem ser recém-criados.
 
- E isso é bom? – eu perguntei.

- Depende do ponto de vista. – Emmett respondeu. – eles são mais enlouquecidos do que os mais velhos, sedentos por sangue o tempo todo. São mais fortes também. Mas a vantagem é que eles são irracionais, não conseguem pensar direito, agem seguindo seus instintos.

- Emmett... – Renesmee começou a dizer. – Você disse que é raro eles se exporem, certo?

- Sim, muito raro. – Ele respondeu com a testa franzida, tentando entender onde ela queria chegar.

- Então eu vou com vocês. – ela disse olhando para mim e Dean, sua voz e sua expressão determinada.

- O quê?! – Dean e Emmett disseram ao mesmo tempo. – Por quê?

- Carlisle deve estar lá também. – ela disse. – Se é tão raro assim eles se exporem e se isso está acontecendo agora... Carlisle deve estar sabendo disso, deve estar lá.

- Renesmee, você não vai com eles... – Emmett disse com uma leve risada de descrença.

- Eu tenho que achá-lo, Emm. – ela disse. – Eu preciso saber se está bem, se está vivo...

Uma sensação de pena e de compreensão se apossou de mim naquele momento. Eu entendia como ela se sentia. Devia ser insuportável para ela nem ao menos saber se seu pai, o cara que ela ama e que a criou, estava vivo. Olhei para Dean, que tinha uma expressão pensativa. Ele também estava medindo os prós e contras, eu sabia disso.
- Não. – Emmett disse com determinação. – É um tiro no escuro, Renesmee. E você acabou de conhecer esses caras, como sabe se são ou não de confiança?!

Dean olhou para Emmett indignado, e eu não pude deixar de rir.

- Eles são os filhos do amigo do meu pai. – ela disse levemente exaltada. - Tem que ser de confiança! Emmett, por favor.

O jeitinho que ela pediu esse por favor faria qualquer cara, até o mais durão, cair de joelhos no chão e começar a chorar. Mas Emmett já estava acostumado com aquele olhar. Bom, nem tanto. Sua expressão amoleceu um pouquinho, mas ele não chegou a chorar.

Ele soltou um suspiro derrotado.

- Ele me pediu para cuidar de você, Renesmee. – Emmett disse olhando para ela. – Eu não acho que estarei fazendo um bom trabalho se te mandar direto para o caixão dos vampiros.

- Você fez o melhor que pode, Emm. – Renesmee disse se levantando da mesa e se encaminhando para o primo e o abraçando. – mas um dia eu tenho que seguir meu caminho. E nem todo o meu caminho eu vou trilhar ao seu lado.

Dean revirou os olhos para tanto sentimentalismo, mas ainda parecia meio pensativo.

- Sam, podemos conversar? – Dean me perguntou.
- Já voltamos. – eu disse para os dois primos que estavam abraçados no meio do escritório.

Saímos do escritório e nos distanciamos alguns metros.

- O que você acha? – eu perguntei sem rodeios.

- Cara, não sei. – Dean disse com a expressão realmente indecisa. – Do que ela nos seria útil?

- Ela é filha dele, Dean. – eu disse. – Deve poder nos dar boas informações, não sei.

- E além disso?

Hesitei por um momento antes de responder.

- Não estou pensando muito no que ela nos seria útil. – eu disse. – Você viu o porquê dela querer vir conosco, Dean. Isso não lhe soou familiar?

Dessa vez foi Dean que ficou em silêncio, pensativo. Aquele fato tocara em uma ferida aberta dele. Não importava muito que aquela garota fosse desconhecida. Ela o comovera, e isso é muito raro.

A porta do escritório se abriu e Emmett e Renesmee saíram de lá. Chegaram perto da gente, e Emmett disse, meio relutante.

- Se vocês toparem, ela topa.

Olhei para Dean, esperando uma resposta.

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Notas finais do capítulo

Mais tarde eu posto mais um capítulo, ok? Comentem! =D
Beijos!