Winchesters e Cullens escrita por Ana Black713
Notas iniciais do capítulo
Ok, antes que vcs me matem por demorar tanto, eu tenho uma explicação que se resume em três tristes palavras: semana-de-prova. Já deu pra entender, né? rs. Mesmo assim, me desculpe a demora. Vou tentar recompensar vcs pela paciência! Tá aí mais um capítulo, espero que gostem! =D
Estávamos no hospital de Maple Springs. Pensamos em começar pelo sobrevivente do último ataque. Ele acontecera numa madeireira, à noite. Seus dois irmãos (que estavam junto com ele) foram mortos por seja lá o que estiver matando as pessoas.
Passamos pela segurança do hospital facilmente, achando o quarto.
Quando entramos, vimos um cara de aparentemente uns 30 anos na maca. Ele era bem rechonchudo, com o cabelo e barba ruiva.
- Kyle Smith? – Dean perguntou, sem aproximando da maca, assim como eu.
- Sim? – o homem respondeu, com as sobrancelhas franzidas.
- Eu sou o detetive Plant, esse é o detetive Paige, somos do gabinete do xerife do município. – Dean disse, apresentando o distintivo e o guardando no bolso interno do paletó em seguida. Eu fiz o mesmo.
- É, estava esperando vocês. – Smith disse, assentindo.
- Estava? – Dean perguntou.
- A manhã toda. – Kyle disse, estranhando. – São os desenhistas, não é?
- Ah... – eu disse, fingindo entendimento. – Er...
- Com certeza. – Dean disse depressa.
- Yup.
- Yeah. – Dean disse, sorrindo de modo confiante. – Meu parceiro aqui é. – ele disse apontando para mim. Olhei de esguelha para ele, me perguntando o que diabos Dean estava fazendo. – Você tem que ver as coisas que ele faz com a caneta. – Dean finalizou com uma curta risada. – Mas antes de começar, eu quero perguntar uma coisa: como escapou?
Kyle baixou os olhos, parecendo deprimido. Não é para menos. Pelo visto, o cara viu seus dois irmãos serem mortos na frente dele.
- Eu não faço ideia. – ele disse lentamente, olhando para nós de novo. – Eu me escondi... e ele me encontrou. Ele vinha me pegar, então de repente... parou. Ficou me encarando com um olhar vazio... – os olhos do Sr. Smith estavam desfocados enquanto ele dizia. – Depois ele... fugiu correndo.
Depois de terminado o seu relato, Smith olhou para mim, como se esperasse alguma coisa.
- Ahh. – me lembrei da enrascada que Dean me metera. – Tá bem. – tirei um bloco de anotações do bolso e uma caneta. – Er... eu vou precisar de todos os detalhes físicos que você conseguir lembrar.
Abri o bloco e cliquei a caneta, esperando o Smith falar.
- Ok... ele tinha 1,80m.
- 1, 80m... – repeti em um murmúrio, fingindo me concentrar no desenho.
- Cabelo escuro...
- Ahh... e os olhos? – interrompi. – Qual era a cor dos olhos ele?
- Acho que... azuis, estava escuro. – Smith disse.
Desenhei qualquer coisa no papel, apenas atuando.
- Ele parecia... hmmm... animalesco? – Dean perguntou.
Smith franziu a testa.
- Como é que é? – ele perguntou, sem entender.
- E os dentes dele? Ele tinha os dentes... meio estranhos? – perguntei.
- Não, eram... só dentes. – Kyle respondeu, ainda com a testa franzida.
- Só dentes. – repeti, escrevendo desenhando mais alguma coisa qualquer. – Tudo bem então.
- E as unhas, como eram? – Dean perguntou.
- Tá bom. – o homem parecia sem paciência. - Olha, era um cara normal. Com olhos normais, e dentes e unhas!
- Ok. – Dean disse. – Se tiver mais algum detalhe que possa se lembrar...?
- Tem. – Smith disse. – Ele tinha uma tatuagem no braço, um desenho... – ele pendeu a cabeça para trás, tentando se lembrar. – Aquele cara que caça o “Papa-Léguas”!
- O coiote, né? – Dean assistia muitos desenhos, às vezes.
- É, esse mesmo! – Kyle confirmou.
- Kyle? – ouvimos uma voz atrás de nós e nos viramos.
- Dr. Garryson. – Smith disse para o médico que o chamara.
O homem parecia ter quase 50 anos, os cabelos grisalhos.
- Como se sente? – O Dr. Garryson perguntou para seu paciente.
- Bem. Considerando... – Smith olhou de esguelha para mim e Dean, não completando sua linha de pensamento.
- O senhor é o médico do Kyle? – Dean perguntou.
- Sou.
- Posso fazer umas perguntas? – Dean perguntou, mostrando novamente o distintivo.
- Claro. – o médico disse, saindo do quarto junto com Dean.
Eu já estava indo junto, quando Kyle me perguntou, apontando para o bloco de anotações na minha mão:
- Eu... não tinha que ver?
- Ver? – havia uma inconfundível nota de pânico na minha voz. O cara acenou com a cabeça – Ah... er... ok... Claro! – eu tentei sorrir, mas acho que não deu muito certo. Nervoso, entreguei o desenho para Kyle. – Olha, não repara, esse é só um esboço.
Kyle observou o meu desenho (bonequinho estilo “palito” com o cabelo espetado e um desenho esquisito no ombro) com uma careta.
- Hmmm. – Kyle tentou transformar a careta dele em um sorriso, parecendo não querer me deixar triste por achar o meu desenho péssimo. – Está... é...
***
- Caraca, isso aqui é uma obra de arte! – Dean disse rindo minutos depois, enquanto andávamos na rua em direção ao Impala.
Puxei o caderno da mão dele bruscamente.
- Yeah, mas é o melhor que eu posso fazer. – Eu disse, sem rir junto. – E o que o médico falou sobre os irmãos do Kyle?
- Não muito, eles morreram no local. Ele me deu um resumo do relatório do legista.
- Me deixa adivinhar: os corações deles sumiram?
- Não. – Dean disse, para a minha surpresa. – Só pedaços do fígado, pulmão e intestino.
- Repugnante.
- É. – Dean concordou. – E também não é coisa de lobisomem.
O que eu agradecia internamente. Não sabia se Dean estava pronto para outro.
- Então o que é? Um demônio? – palpitei. – O agressor poderia estar possuído.
- Por que um demônio pararia no meio de um ataque? – Dean retrucou, pensativo.
- Bom, eu pensei em... – vasculhei minha mente atrás de alternativa. – Talvez em... não faço ideia.
- Nem eu. – Dean disse.
Talvez Renesmee soubesse, não deixei de pensar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, o que acharam? =D Brigada pelos reviews!