Winchesters e Cullens escrita por Ana Black713


Capítulo 33
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Ok, antes que vcs me matem por demorar tanto, eu tenho uma explicação que se resume em três tristes palavras: semana-de-prova. Já deu pra entender, né? rs. Mesmo assim, me desculpe a demora. Vou tentar recompensar vcs pela paciência! Tá aí mais um capítulo, espero que gostem! =D



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Estávamos no hospital de Maple Springs. Pensamos em começar pelo sobrevivente do último ataque.  Ele acontecera numa madeireira, à noite. Seus dois irmãos (que estavam junto com ele) foram mortos por seja lá o que estiver matando as pessoas.

 

Passamos pela segurança do hospital facilmente, achando o quarto.

 

Quando entramos, vimos um cara de aparentemente uns 30 anos na maca. Ele era bem rechonchudo, com o cabelo e barba ruiva.

 

- Kyle Smith? – Dean perguntou, sem aproximando da maca, assim como eu.

- Sim? – o homem respondeu, com as sobrancelhas franzidas.

- Eu sou o detetive Plant, esse é o detetive Paige, somos do gabinete do xerife do município. – Dean disse, apresentando o distintivo e o guardando no bolso interno do paletó em seguida. Eu fiz o mesmo.  

- É, estava esperando vocês. – Smith disse, assentindo.

- Estava? – Dean perguntou.

- A manhã toda. – Kyle disse, estranhando. – São os desenhistas, não é?

- Ah... – eu disse, fingindo entendimento. – Er...

- Com certeza. – Dean disse depressa.

- Yup.

- Yeah. – Dean disse, sorrindo de modo confiante. – Meu parceiro aqui é. – ele disse apontando para mim. Olhei de esguelha para ele, me perguntando o que diabos Dean estava fazendo. – Você tem que ver as coisas que ele faz com a caneta. – Dean finalizou com uma curta risada. – Mas antes de começar, eu quero perguntar uma coisa: como escapou?

 

Kyle baixou os olhos, parecendo deprimido.  Não é para menos. Pelo visto, o cara viu seus dois irmãos serem mortos na frente dele.

 

- Eu não faço ideia. – ele disse lentamente, olhando para nós de novo. – Eu me escondi... e ele me encontrou. Ele vinha me pegar, então de repente... parou. Ficou me encarando com um olhar vazio... – os olhos do Sr. Smith estavam desfocados enquanto ele dizia. – Depois ele... fugiu correndo.

 

Depois de terminado o seu relato, Smith olhou para mim, como se esperasse alguma coisa.

 

- Ahh. – me lembrei da enrascada que Dean me metera. – Tá bem. – tirei um bloco de anotações do bolso e uma caneta. – Er... eu vou precisar de todos os detalhes físicos que você conseguir lembrar.

 

  Abri o bloco e cliquei a caneta, esperando o Smith falar.

 

- Ok... ele tinha 1,80m.

- 1, 80m... – repeti em um murmúrio, fingindo me concentrar no desenho.

- Cabelo escuro...

- Ahh... e os olhos? – interrompi. – Qual era a cor dos olhos ele?

- Acho que... azuis, estava escuro. – Smith disse.

 

 Desenhei qualquer coisa no papel, apenas atuando.

 

- Ele parecia... hmmm... animalesco? – Dean perguntou.

 

Smith franziu a testa.

 

- Como é que é? – ele perguntou, sem entender.

- E os dentes dele? Ele tinha os dentes... meio estranhos? – perguntei.

- Não, eram... só dentes. – Kyle respondeu, ainda com a testa franzida.

- Só dentes. – repeti, escrevendo desenhando mais alguma coisa qualquer. – Tudo bem então.

- E as unhas, como eram? – Dean perguntou.

- Tá bom. – o homem parecia sem paciência. - Olha, era um cara normal. Com olhos normais, e dentes e unhas!

- Ok. – Dean disse. – Se tiver mais algum detalhe que possa se lembrar...?

- Tem. – Smith disse. – Ele tinha uma tatuagem no braço, um desenho... – ele pendeu a cabeça para trás, tentando se lembrar. – Aquele cara que caça o “Papa-Léguas”!

- O coiote, né? – Dean assistia muitos desenhos, às vezes.

- É, esse mesmo! – Kyle confirmou.

 - Kyle? – ouvimos uma voz atrás de nós e nos viramos.

- Dr. Garryson. – Smith disse para o médico que o chamara.

 

O homem parecia ter quase 50 anos, os cabelos grisalhos.

 

- Como se sente? – O Dr. Garryson perguntou para seu paciente.

- Bem. Considerando... – Smith olhou de esguelha para mim e Dean, não completando sua linha de pensamento.

- O senhor é o médico do Kyle? – Dean perguntou.

- Sou.

- Posso fazer umas perguntas? – Dean perguntou, mostrando novamente o distintivo.

- Claro. – o médico disse, saindo do quarto junto com Dean.

 

 Eu já estava indo junto, quando Kyle me perguntou, apontando para o bloco de anotações na minha mão:

 

- Eu... não tinha que ver?

- Ver? – havia uma inconfundível nota de pânico na minha voz. O cara acenou com a cabeça – Ah... er... ok... Claro! – eu tentei sorrir, mas acho que não deu muito certo.  Nervoso, entreguei o desenho para Kyle. – Olha, não repara, esse é só um esboço.

 

Kyle observou o meu desenho (bonequinho estilo “palito” com o cabelo espetado e um desenho esquisito no ombro) com uma careta.

 

- Hmmm. – Kyle tentou transformar a careta dele em um sorriso, parecendo não querer me deixar triste por achar o meu desenho péssimo. – Está... é...

 

  ***

 

 

- Caraca, isso aqui é uma obra de arte! – Dean disse rindo minutos depois, enquanto andávamos na rua em direção ao Impala.

 

Puxei o caderno da mão dele bruscamente.

 

- Yeah, mas é o melhor que eu posso fazer. – Eu disse, sem rir junto. – E o que o médico falou sobre os irmãos do Kyle?

- Não muito, eles morreram no local. Ele me deu um resumo do relatório do legista.

- Me deixa adivinhar: os corações deles sumiram?

- Não. – Dean disse, para a minha surpresa. – Só pedaços do fígado, pulmão e intestino.

- Repugnante.

- É. – Dean concordou. – E também não é coisa de lobisomem.

 

O que eu agradecia internamente. Não sabia se Dean estava pronto para outro.

 

- Então o que é? Um demônio? – palpitei. – O agressor poderia estar possuído.

- Por que um demônio pararia no meio de um ataque? – Dean retrucou, pensativo.

- Bom, eu pensei em... – vasculhei minha mente atrás de alternativa. – Talvez em... não faço ideia.

- Nem eu. – Dean disse.

 

Talvez Renesmee soubesse, não deixei de pensar.

 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? =D Brigada pelos reviews!