Winchesters e Cullens escrita por Ana Black713


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oii, pessoal! Desculpe o meu sumiço ultimamente, q tava meio difícil postar! "/ Mas tá aí, cap novinho!



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No dia seguinte, eu não sabia o que pensar. Assim que acordei e fiz minha higiene matinal, andei para fora do quarto, desnorteado, tentando colocar meus pensamentos em ordem. Primeiro: eu tinha 99,9% de certeza de que aquilo tinha sido uma visão. Segundo: Renesmee estava envolvida em algo sério, algo que ela não nos contou.

- Bom dia. – ouvi a voz doce de Renesmee atrás de mim.

Me virei para ela, dando um sorriso meio forçado.

- Oi. – eu disse, sem conseguir olhá-la nos olhos.

E terceiro e mais idiota conclusão que eu cheguei: eu estava com vontade de quebrar a cara daquele Edward, seja lá quem for. Qual é, quem ele pensava que era para ficar se engraçando para cima da minha... minha... Renesmee?!

- Você está bem? – Renesmee perguntou, preocupada. Será que estava tão na cara assim?

- Yeah, eu não consegui dormir muito bem ontem. – inventei a primeira desculpa que pensei.

Renesmee não pareceu acreditar numa palavra do que eu dissera, mas não contestou, apenas assentindo e se afastando, murmurando algo como “ver como Dean está”.

Mas havia outras coisas me intrigavam naquele tal de Edward. Que merda de olhos eram aqueles?! E o que ele quis dizer comparando Renesmee com Madison, insinuar que ela não tinha controle de suas ações? E o que ele quis dizer sobre Renesmee ter matado Jacob e mais dois caras? E ele quer que ela se afaste de nós, o que me deixou com ainda mais vontade de rachar o nariz do infeliz. Inimigos, foi o que ele disse. Monstros.

Quer saber, por que diabos eu estou me perguntando isso?! A resposta está lá dentro, pergunte para ela, idiota!, ralhei comigo mesmo. Voltei para dentro do quarto, onde Dean e Renesmee conversavam calmamente, cada um sentado em uma cama, Dean segurando um sanduíche de café da manhã que Renesmee comprara.

- Hey, Sam. Por que tá com essa cara? – Dean perguntou, mas eu o ignorei, me voltando direto para Renesmee.

- Tá bem, eu não aguento mais! – exclamei, explodindo com ela. Dean me olhava com os olhos esbugalhados e a boca parcialmente cheia, se perguntando o que perdera. – Venho tentando fingir que você merece a nossa confiança e que não há nada de anormal com você, mas eu não aguento mais isso! Qual é a sua?!

- Eu é que pergunto, Sammy... – Dean murmurou se levantando, ainda com os olhos esbugalhados. – O que te levou a isso?

- Nada de mais! – eu disse, irônico. – Só uma visão que eu tive dela com um cara...!

- Ahhhh, isso explica! – Dean disse, rindo. – Tem um cara na história...!

- Cale a boca, Dean. – Renesmee e eu dissemos ao mesmo tempo. Dean fechou a cara. Renesmee continuou, olhando para mim. – Você tem toda a razão de contestar isso, Sam. Era o que eu estava querendo te dizer aquela vez, mas você sabe que não tivemos oportunidade. É um assunto delicado demais, e eu espero que vocês me entendam...

- Então podemos começar agora! – exclamei, puxando uma cadeira bruscamente e me sentando. Renesmee estremeceu com a minha raiva, mas eu não a controlei. - Quem é Edward?!

- Ele é o meu tio. – Renesmee respondeu.

Por essa eu não esperava. Tio? O cara parecia ser, no máximo, irmão dela...! Dean começou a rir pelo nariz do meu lado, percebendo o quanto minha raiva tinha murchado parcialmente.

- Você não entende, Dean. – reclamei. – Não viu o que eu vi.

- Então pode me dizer o que viu, “Sr. Mistério”? – Dean perguntou, ficando sério.

Então eu lhe contei tudo. Não me importava que Renesmee estivesse lá conosco. Eu só queria tirar essa história a limpo. A cada palavra minha, Dean ficava com os olhos cada vez mais arregalados, e Renesmee tinha o rosto entre as mãos, sem nos olhar em nenhum momento.

- Pode nos explicar isso? – Dean a perguntou, sério.

Renesmee levantou o rosto, nos olhando. Tinha aquela expressão que geralmente se vê em condenados que aceitam seu destino na forca.

- Francamente, eu não sei como vocês ainda não chegaram à conclusão certa. - ela disse. – Ainda mais sendo caçadores.

Dean ficou andando de um lado para o outro, pensativo. Depois de 10 segundos, parou, o rosto expressando choque.

- Não pode ser. – ele disse, negando com a cabeça enquanto olhava para Renesmee. – Seria hipocrisia sem tamanho do seu pai...

Mas parou de falar quando Renesmee assentiu, uma única lágrima escorrendo pelo seu rosto. E então, finalmente, eu entendi. Todo o tempo que eu passei com ela se passando pela minha cabeça em um rápido flashback...

“Acordei, percebi que a cama ao lado da minha – a de Nessie - estava vazia e arrumada.”

“Renesmee entrou no banheiro antes que eu e enfiou os braços na banheira de porcelana que havia nele, a fonte de onde a água escura, a água do lago, transbordava. [...] Ela fez força considerável, mas então, no meio de toda aquela água que saia da banheira, emergiu Andrea. [...] Olhei para os braços dela e percebi que haviam arroxeados em algumas regiões. Como se alguém a tivesse segurado com uma força violenta.”

“O Metamorfo deu um forte tapa no lado do rosto de Renesmee, fazendo-a cambalear para o lado e bater o ombro e a cabeça em um cano. O som me assustou imensamente. [...] Toquei em seu rosto novamente, me certificando. Não haviam marcas. Não liguei muito para o quanto isso era estranho – o barulho quando a mão do metamorfo acertou seu rosto foi muito forte - , estava tomado demais pelo alívio dela estar bem para ligar para isso.”

“- Nessie é minha amiga! – Seth disse, uma raiva enorme presa em sua voz. – Isso nunca mudou!
- E eu não entendo como! – Leah exclamou, se voltando para Renesmee, novamente com aquela expressão assassina. - Aposto que você fez alguma bruxaria para cima de você, assim como fez com Jake!!!”

“- Não, Sam. – Nessie levantou a cabeça, e com espanto eu vi lágrimas escorrendo do rosto dela. – Por favor, por favor... não me siga. Eu gosto demais de você para que isso aconteça de novo.”

“Nessie já tinha saído do carro em disparada, não estava mais a vista.”

“- Caramba, foi certeiro. – Dean comentou. - Nem parece que é a primeira vez que ela faz isso.”

“- Eu tinha um namorado, Jake...
- E o que ouve?
- Ele morreu.”

“- Te amo, pequeno. – Nessie disse afagando o cabelo de Seth, que revirou os olhos.
- Não pode mais dizer nada, está menor que eu! – ele disse rindo.”

“- Você nunca come?! – eu perguntei, confuso.
- Você nunca está perto quando eu como. – ela respondeu, dando de ombros.”

“... Ficou em posição de ataque, um som estranho, semelhante a um rosnado, passando pela sua garganta.”

“- ... Como foi que Nessie soube que alguma coisa estava errada?! – Dean perguntou - Fala sério, nós só passamos pelo lugar e puf! “Dean, pára o carro!” O que foi aquilo?! E aquela desculpa de que tem um “probleminha com sangue”?”

“– Nem todos os fantasmas e outras criaturas são maus, sabe...”


Como eu pude ser tão burro?! Todas as pistas estavam na minha frente, e eu estive sempre decidido a ignorá-los!

- Não pode ser! – foi a minha vez de contestar, negando freneticamente com a cabeça. – Não! Você não pode ser uma vampira!

- Sim, Sam. – ela disse, baixinho. – Eu sou.

...

- Vocês tem ideia do quanto isso é inútil? – Renesmee perguntou, acenando com a cabeça para as cordas que a prendiam fortemente em uma cadeira.

Estávamos em um dilema enorme: Renesmee era nossa amiga. Mais do que amiga, no meu caso. Mas agora descobrimos que ela também era a nossa caça. Dean e eu não fazíamos ideia do que fazer. A primeira ideia foi de Dean, que a amarrou na cadeira. Eu fiquei sem reação alguma. Dean se baseou em transformar tudo em raiva.

- Então por que não se solta?! – Dean perguntou.

Renesmee suspirou, antes de responder.

- Por que eu sei que vocês estão certos. – ela disse. - Sei que estão com raiva e...

- RAIVA É POUCO! – Dean explodiu bruscamente, colocando as duas mãos nos encostos da cadeira de Renesmee, ficando cara-a-cara com ela. – VOCÊ NOS FEZ DE IDIOTAS ESSE TEMPO TODO...!

- NÃO ERA ESSE O MEU OBJETIVO! – Renesmee gritou de volta.

- E VOCÊ TINHA ALGUM ALÉM DE NOS MATAR?! – Dean perguntou.

- EU NÃO QUERO MATAR VOCÊS! – Renesmee retrucou. – NÃO ACHA QUE EU JÁ TERIA FEITO ISSO, GÊNIO?!

Dean se afastou bruscamente de Renesmee, com cara de quem queria quebrar alguma coisa, o rosto vermelho de raiva.

- Dean, ela tem razão. – eu falei pela primeira vez, com muito esforço. – Já teria feito isso à muito tempo...

- Você não, Sam! – Dean exclamou. – Não vê que essa vadia têm te manipulado durante todo esse tempo?!

Ouvi Renesmee rindo, de onde estava. Onde ela estava com a cabeça?!

- Dean, não gaste tanto o seu cérebro, é bem mais simples que isso. – ela disse, um pequeno sorriso falso nos lábios, que foi sumindo aos poucos. – Eu estou aqui com vocês esse tempo todo porque quero encontrar Carlisle. Não é exatamente um mistério.

- Tá aí uma excelente questão – Dean começou, ainda bravo -: Qual é a dele?!

- Carlisle está atrás de uma cura! – Renesmee disse. – Ou estava, não faço ideia do paradeiro dele! Por isso eu estou aqui!

- E você acha que eu deveria acreditar em você?! – Dean perguntou, raivoso.

- Aí é com você. – Renesmee disse, dando de ombros, os lábios tremendo para não cair no choro, tentando parecer forte.

- E o que você espera que façamos agora?! – Dean trovejou, ficando cara-a-cara com ela de novo.

Renesmee suspirou, uma lágrima ou outra escapando de seus olhos dourados.

- Nada. – ela disse. – Por que eu sei que se vocês quisessem me matar, já teriam feito. Sam... o que você tem a dizer sobre isso tudo?

Nos olhamos nos olhos durante um segundo, dourados nos verdes. Eu queria dizer que não importava, que eu a amava de qualquer forma, mas não tive oportunidade.

- Não fala com ele não! – Dean murmurou, raivoso. – Não é como se ele pudesse pensar por si só!

- Dean, não exagere. – eu disse, intervindo.

- Ela mata pessoas, Sam! – Dean exclamou. – Bem debaixo do nosso nariz, tem matado o tempo todo! Quantos lanchinhos ela deve ter feito enquanto estava com a gente?!

- Dean, não é bem assim... – tentei dizer, sem argumento algum.

- Bem, acho que eu não tenho mais nada para fazer aqui.

Renesmee disse de repente às nossas costas, se soltando das cordas e da cadeira numa facilidade que nos deixou de boca aberta. Se levantando, a vampira começou a arrumar suas coisas numa mochila. Uma hora ou outra eu a via levando a mão ao rosto, parecendo limpar alguma lágrima teimosa.

- Nessie, não faça isso! – implorei, segurando seu braço.

- Esqueça, Sam. – ela disse baixinho, me olhando nos olhos. Pude perceber que a quantidade de lágrimas que caía em seu rosto aumentou. – Eu só quero te pedir desculpas, devia ter lhe dito tudo antes.

- Não foi sua culpa! – eu disse, sentindo alguma coisa molhada no meu rosto, segurando o dela entre as minhas mãos. – Não precisa ser assim. Você não vai embora!

Renesmee olhou de esguelha para Dean, que andava de um lado para o outro do quarto.

- Precisa sim. – ela sussurrou. – Eu não quero que vocês se separem por um motivo tão idiota como eu. Não se esqueça que eu te amo, tá bem? Isso pode parecer repugnante para você agora, mas é a verdade.

Dizendo isso, ela se afastou, indo em direção à porta com a mochila nas costas.

- E eu não mato pessoas. – Renesmee disse para Dean sem olhar para ele, a mão na maçaneta. Então seus olhos se voltaram para ele, intensos. – Houve um acidente ou outro, mas isso não vem ao caso. Só quero que saiba que eu tenho evitado ser um monstro.

E assim, ela se foi. Possivelmente, para nunca mais voltar.

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Notas finais do capítulo

Agora ferrou tudo de vez. rsrsrs... o q acharam? Comentem!