I Hate You But I Love You escrita por MaylaLima


Capítulo 1
E o ano começa


Notas iniciais do capítulo

Olá amores *-*
Eu já havia concluído a história, mas devido a uns problemas, acabei excluindo minha conta, então estou respostando ok? Como a fic já está terminada, vou deixar programado para postar um capítulo por dia :)
Quem ainda não havia lido, espero que gostem e quem já leu, leia mais uma vez pra recordar hahaha sz'



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Bem ali parado na minha frente. Tão perto de mim. Tão lindo e charmoso que traduzindo chega a ser perfeito. Esta ali, bem ali na minha direção. Meus olhos chegam a brilhar e meu estômago a se revirar todo, enquanto meu coração bate tão rápido parecendo que vai sair. É eu estou completamente apaixonada. Apaixonada pelo sorvete mais saboroso, mais calórico e mais incrível. Está em uma taça enorme. Vários sabores, uma calda de chocolate escorrendo pelas bordas e, no topo, duas grandes e chamativas cerejas, tão vermelhinhas e molhadinhas que me da água na boca.

Logo pego uma colher tamanho G e vou em direção a essa obra prima. No momento de juntarmos nossas alianças...

“Pi,Pi,Pi,Pi... "

Esse barulho, "insuportavelmente" irritante, que entra pelos meus ouvidos e percorre meu sistema nervoso afetando todo meu cérebro, provocando um curto circuito. Meu despertador. Alertando que é era hora de levantar. E o que significa a hora de levantar? Hora de ir para o assombroso e temido colégio, onde tudo acontece. E o pior é que o ano letivo acaba de começar. Ir a escola devia ser crime né?

Levanto-me com uma preguiça das boas e vou em direção ao banheiro batendo em tudo que tem pela frente. Faço minhas higienes matinais e vou direto pro meu guarda-roupa. Abro e pego a primeira roupa que vejo pela frente, afinal, não vou a escola para desfilar, como muitas patricinhas, por ai.

Pessoas normais diriam que vão à escola para estudar. Mas quem disse que sou normal? Eu vou é para aprontar com meus supostos colegas, assaltar as comidas da cantina, fazer uma visitinha ao diretor e passar longas horas na detenção. É meus dias na escola não são fáceis. Mas infelizmente nem tudo nesse mundo, ou melhor, quase nada neste mundo me agrada.

Assim que passo pela porta do quarto sou atraída por um cheiro delicioso de panquecas, vou até a cozinha e vejo uma cena que nunca havia visto antes: Minha mãe preparando meu café da manhã! É pelo visto as visitas ao psiquiatra estão surgindo efeito. Talvez ela esteja tentando ser uma mãe de verdade, o que seria bom, mas ao mesmo tempo terrível. Cozinhar não é bem a praia dela e eu não estou a fim de passar fome!

– Bom dia minha princesa! - ela me olhou com um sorriso arregalado - Dormiu bem?

Parecia que tinha ganhado na loteria, porém não, afinal, ela nunca joga.

Olhei pra ela assustada e com olhar de debocha.

–Está ensaiando para uma peça na qual vai ser uma mãe descente?

–Puxa querida, só estou tentando ser agradável. - Ela disse num tom triste.

–Bons milagres acontecem. - disse - Quem sabe um dia você consegue?!

–Nossa filha, não pensei que eu era uma mãe tão péssima assim.

–Ah qual é mãe? Vamos combinar você não faz nada para me agradar, nunca me deu um conselho, nunca me apoiou nunca me tratou como filha e o pior, nunca escuta o que eu falo!

– É eu sei, e quero que me perdoe por isso. Mesmo não sabendo demostrar, saiba que eu te amo muito.

Como é que é? Ela disse que me ama? Imagino o que seria da minha vida se ela me odiasse.

–Eu também amo você mãe. – disse a ela meio confusa e sai, comendo as panquecas, é claro.

Vou para o colégio, imaginando como vai o primeiro dia de aula. Ok, eu já sei como vai ser. CHATO, como sempre!

Ao chegar, vejo que todos já estão de trelele pra cá e pra lá, nem parece que já se conhecem há anos. Todos dizem “ai que saudades”, “quanto tempo”, “estava ansioso para voltar às aulas”. Fala sério! As férias são os dias do ano que eu mais espero para chegar e me livrar desse povo que ainda chamam de gente e eles ficam com saudades? Com vontade de voltar para a escola? Não é possível, eles não devem ser desse planeta. Andando pelo corredor até o meu famoso armário ao lado da Carly, que de fato era a única pessoa que eu tenho o prazer de rever várias vezes nos dias. Peguei meus livros enquanto Carly vem em minha direção:

–Sam! Você veio. - não estou lá em casa (bem que eu queria) - E ai, está animada para seu último ano?

–To na mesma. - Digo sem fazer a menor questão de estar ali.

–Você não muda mesmo hein?! - Ela diz rindo.

–Achei que já tinha costumado.

–E já!- ela disse olhando para o corredor, aonde vinha a pessoa com quem eu menos gosto de olhar, falar ,pensar ou se quer ficar perto: Freddie – Olha ai quem esta chegando.

–Prefiro nem olhar, mas como um ser desses é impercebível, não dá pra evitar. – Falei com um tom de maldade no ar.

Freddie se aproximou.

– Oi meninas! – disse com aquela cara de nerd, que mais me irrita.

– Oi Freddie! – Carly estava feliz em vê-lo.

– Oi Benson! – Falei com uma cara de quem não gostou do que viu, e na verdade não gostei, a presença dele me da sono.

– Nossa estou tão feliz que tenham voltado às aulas, estou muito ansioso. Eu fiquei sabendo que esse ano, vamos ver como a ciência...

– Aiiiiiiiiiii... - Eu o interrompi, antes que ficasse com dor de cabeça por ter de ouvir aquelas “nerdisses” bem no primeiro dia de aula.

– O que foi Sam? - Carly perguntou assustada.

– A voz dele me estressa! Deixa pra falar essas coisas de nerd, pra quem quer ou tem paciência em ouvir.

– Quando você vai parar de me tratar como um ninguém Sam? - falou irritado.

– Quando você for um “alguém”! – O sacaneei.

– Hahahaha... Muito engraçado.

– Não era pra ser!

– Gente? Vamos parar, por favor? Se já no primeiro dia de aula vocês já se tratam assim, imagina ao decorrer do ano?

– Se ele sobreviver até lá, vamos ver o que vai acontecer - Disse olhando para Freddie como se fosse uma vilã de novela.

– Chata! – disse ele tentando se defender.

– Idiota! - Eu disse.

O sinal tocou e fomos para sala. Era aula da nossa "querida" professora de inglês.

As aulas da Sra.Briggs eram tão chatas que era raro eu não dormir. E nesse dia, não foi diferente. Peguei num sono tão profundo que cheguei até sonhar, sonhei que eu estava na lanchonete do Rafa’s, comendo uma torta, que com certeza entra no range das mais gostosas do mundo - e olha que eu já havia experimentado diversos tipos de tortas – definitivamente eu até me casaria com essa torta, faria de tudo para me tornar a Sra.Puckett Essa Torta.

Mas infelizmente esse delicioso sonho foi interrompido por uma voz, que penetrava nos meus ouvidos e não saia pelo outro, ficava martelando na minha cabeça bagunçando todos os meus neurônios.

– Senhorita Puckett, Senhorita Puckett... – Era a voz da Sra.Briggs me chamando.

– Sim? – Respondi com uma cara de sono.

– Pode explicar a matéria, por favor?

– Eu, não! Você que é a professora, não eu. – Disse desafiando-a.

– Como ousa dormir na minha aula e ainda me responder Samantha Puckett? - falou num tom que me dava medo - Vá agora mesmo para diretoria! - Apontou o dedo para fora da sala e me deu um papel anotado o que eu havia feito.

Acho que ela tinha acabado de sair de uma prisão e estava com tanta vontade de retornar aos crimes, que eu seria a primeira a sentir o motivo pela qual ela havia sido presa.

Fui em direção a sala do Sr.Frankilin e no caminho encontrei sentado nas poltronas, que tinha bem em frente a sala ,um garoto tão lindo que parecia aqueles modelos de capa de revistas, que normalmente as garotas normais costumam ler e ficar fofocando e comentando quem é o mais lindo e o mais ou menos, que é literalmente tosco. Sortuda é sua namorada, que inclusive é minha melhor amiga, ou seja, a Carly. Eu sei que pode parecer que eu estou paquerando o namorado dela, mas nadinha haver, eu apenas estou d ‘escrevendo-lhe para que você tenha uma noção de como ele é. E para isso eu preciso olhar e reparar sua beleza não concorda? Mas enfim, eu só queria saber o porquê ele estava ali no banco de espera para a sala, mas temida da escola: a diretoria.

– E ai Griffin - Eu o cumprimentei.

– Ah... Oi Sam! E ai? O que você aprontou desta vez?

– Rã! Por que sempre que alguém me vê aqui pensa que eu aprontei alguma coisa? - Perguntei, como se eu já não soubesse a resposta.

–Talvez porque não tenha um dia do ano que você não apronta nada e venha pra cá!

–Ah! Qual é? Eu já fiquei um dia sem aprontar nada!

–Sim é verdade. Teve um dia. O dia em que você se trancou na cozinha e passou o dia inteiro tomando todo sorvete que tinha lá.

–Isso não é verdade! Eu entrei lá pra ver se tinha um pano, mas a chave se revirou na minha mão e ela estava ocupada pra desvirar. - Disse com cara de inocente.

– E estava ocupada de que? Sorvetes?

– Bom... É que... Estava calor e... Eu estava com fome.

–Sam! Nós tínhamos acabado de tomar café da manhã.

– Tá, mas eu comi só uma panqueca!

–É, depois de comer quatro rosquinhas e 3 pedaços de bolo, sem contar dos 2 copos de vitaminas que você tomou.

–Ah... - fiquei sem graça - qual é? Eu estou em frase de crescimento! - Tentei disfarçar.

– Hum, sei. Mas afinal, por que você esta aqui?

– Ah... É por que eu só estava com sono.

– Você esta aqui por que estava com sono? - Ele fez cara de confuso.

– Pra falar a verdade eu ainda estou. A Sra.Briggs me acordou.

–Ah, entendi! Você estava dormindo na aula.

– É a única coisa que consigo fazer. Prestar atenção me dá sono.

–Você não tem jeito mesmo hein Sam?! - Falou rindo.

–Bom mais e você, Griffin, o que faz aqui?

–Ah, eu vim falar com o diretor sobre o time de futebol! Sabe por que?

– Não!

–Por que... - Tentou falar.

–Eu não perguntei por que, então não quero saber - O interrompi.

– Mas eu achei que você queria saber. - Ele ficou inconformado.

–Pois se enganou bonitinho. Agora me deixe ir por que quanto mais rápido eu entrar mais rápido eu saio. E olha estou de olho em você. Fica esperto. Sua namorada é praticamente minha irmã! - Disse apontando meus dois dedos para meus olhos e em seguida para ele.

– Ok! Senhorita Puckett!

Então entro na sala do diretor Frankilin.

– Bom dia Samantha Paucktt! - ele disse virando a cadeira e ficando de frente para mim - Seja bem vinda.

–Nhá! - Fiz careta.

– Vejo que a senhorita gosta muito da minha sala não é?

–Não é diferente das outras! - Respondi.

–Percebo que você não mudou nada desde última vez que nos vimos. Já no primeiro dia de aula dorme na sala e ainda responde a professora! O que tem a dizer a respeito?

– Eu não teria respondido ela se tivesse me deixado dormir!

–Sala de aula não é lugar de dormir, tem que prestar atenção na aula.

– Dá na mesma. - Disse tediada.

– Olha Sam, desta vez eu vou te liberar da detenção, mas se eu tiver mais uma reclamação sua já sabe né?

–Ok! Vou tentar ficar de boa!

–Assim espero. Pode se retirar, por favor. - Apontou para porta.

Sai da sala e me encontrei com Carly e o Fredmané.

– E ai amiga como foi com o diretor Frankilim? - Carly perguntou.

–No mínimo ela já vai fazer uma visita na sala da detenção - Disse Freddie me provocando.

–O nerd, fica na sua, se não é você quem vai fazer uma visitinha, mas não para detenção, mas para um hospital! - O ameacei.

– Gente! Parem de brigar! - Carly disse com cara de ordem.

–Ah... Carly? Será que eu podia passar a noite na sua casa? É que eu estou meio insegura de dormir no mesmo teto que minha mãe!

–Por quê? - Ela perguntou assustada.

–Você ainda pergunta Carly? Não duvidaria nada se ela tentasse matar a própria filha, se é família Pucktt, tem que ficar esperto pra não ser vitima de uma loucura - Freddie estava pedindo.

–Você está querendo morrer mesmo hein garoto? Eu só não te bato agora, por que não estou a fim de me sujar de sangue - Falei com um ódio mortal no rosto.

– Tudo bem, não esta mais aqui quem falou... Fui! - Ele saiu todo tremendo.

–Já foi tarde! - gritei - Mas então eu estava falando minha mãe...

– Ok - Carly me interrompe - prefiro não saber. Pode ir sim, fique lá o tempo que precisar amiga.

– Obrigada! Então até anoite. - Disse saindo.

–Até! Ah, e, por favor, deixa o Freddie vivo ok? Precisamos dele para o programa. - Carly riu.

– Mas é claro senhorita. Além disso, sou muito nova pra ir pra cadeia - Ri também.

Já a noite fui para casa da Carly, passar a noite.

– Vamos lá, Sam! – pedia Carly, enquanto me puxava pelo braço em direção a sala.

– Ah, Carly! Foi você quem se meteu nessa, agora me deixe fora disso. – Reclamei.

– Mas, Sam... – me pediu chateada. - O Griffin, disse que só pode ir se levar o primo dele.

– E o que eu tenho haver com isso? É só ele levar. – Falei.

– Pra ele ficar de vela? Ah qual é Sam? Vai. Por mim. E quem sabe vocês não dão certo?

– Hahaha - começo a rir, debochando - Que piada! Carly, eu não vou passar minha noite de sábado de babá, só pra vocês verem um filme idiota.

– Por favor, Sam - ela implorou - Hoje é o último dia que o filme vai ser exibido!

– Azar de vocês não terem ido antes. To fora! - Virei às costas e me joguei no sofá.

Neste momento a porta se abre e, por ela, entra Freddie, com seu cabelo moreno todo bagunçado e uma camisa que define totalmente seu peitoral e abdômen. É, acho que a academia está fazendo efeito. E que efeito! Quer dizer... O que você está falando Sam? Pare com isso! Você o odeia. Vocês se odeiam. Ele é um nerd babaca e sempre vai ser.

– Ai, chama o Freddie. - digo apontando pra ele - Já que ele num faz nada aos sábados, além de ser "higienizado" pela louca da mãe dele.

– Quer que eu diga algo da sua família? - Ele diz se virando pra mim com olhar ameaçador.

– Fica na sua mané. – Olhei sério pra ele.

– Mas, afinal, do que ela está falando? – Disse passando reto e me ignorando.

– É que eu e Griffin, queremos ir ao cinema, ver aquele filme que sai de cartaz hoje. – Carly conta – Mas, o primo dele está na cidade esse fim de semana e tem que sair com ele.

– E aonde eu entro nisso? – Pergunta Freddie.

– Então, eu chamei a Sam pra ir com a gente para não deixar o primo dele de vela. Mas a Sam não quer ir. Ai pensei em você ir com a gente tipo só pra conversar com ele sabe?

– Negativo Carly!

– Ah, qual é gente? Ajudem-me. Por favor.– Carly faz cara de gato sem dono.

– Está bem Carly. Eu vou. – Digo.

– E você Freddie?

– Eu? O que tem eu? A Sam já disse que vai. Não vou segurar duas velas ok?

– É justamente por isso que quero que você vá, para evitar que o primo do Griffin não dê em cima da Sam.

– Hhahaha – rio alto – Até parece que eu vou o deixar dar em cima de mim. Sei me defender sozinha tá?

– Você não o conhece Sam, ele é muito chato e grudento com qualquer menina. Olha só pra ele. – Ela mostra em seu celular uma foto.- Nhã – Eu e Freddie fazemos cara de nojo.

– Ta decidido. Freddie vai comigo.

– Não decida por mim Sam. – Freddie diz.

– Se não for, digo pra sua mãe que você está namorando a menina mais cheia de verme do colégio. Ela vai ficar tão doida que vai te mudar de colégio rapidinho. – Digo com olhar ameaçador.

– Chantagista. – ele vai em direção à porta – Vejo vocês a noite. – Ele sai.

– Pronto Carly. Tá feliz?

– Muito. – Ela diz com um sorrisinho.

– Agora vamos comprar frango frito pra mim. – A puxo pra fora.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ;D