Lira Rebelde Surge um novo mundo escrita por Thais Fernandes


Capítulo 2
A fuga




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A cidade esta quieta não se ouvia nem se quer um gato miando ou um cachorro latindo, mas o silêncio fora cortado pelo som do galopar de um cavalo nas ruas mas logo o silêncio voltava
Lágrimas corriam pela face da garota que pensava para onde era melhor ir, tinha uma floresta próxima, mas muitos aldeões iam lá de vez em quando porque lá não tinha animais perigosos e lá seria provavelmente o primeiro lugar onde procurariam por ela, então decidiu que iria para uma outra onde não pensariam em procura-la, pois era mais distantes e perigosa por causa dos animais selvagens que moravam lá,ela não ficou com medo, sabia se virar numa floresta

–Vai ficar tudo bem – Disse a garota secando as lágrimas e dando leves tapinhas no pescoço da Lira (a égua)

Já fazia tempo que a garota avia saído e o sol já ameaçava sair, a cidade já havia ficado para trás e Letty decidiu parar um pouco para deixar o animal descansar, mesmo que este não precisasse
Ela encontrou uma pequena lagoa e desceu do animal, certificando-se de que a água era limpa para beber, ela bebeu bastante água e logo afundou a cabeça com tudo dentro da água

–Vem Lira, vem beber água – Falava com o animal que pareceu entender – Você é um animal especial não é? Bom, assim não me sinto sozinha

Letty se afastou para que o animal pudesse beber água em paz. O sol já havia nascido e Letty decidiu que era melhor partir, mas antes ela pegou duas garrafinhas na sua mochila e encheu de água, afinal ela não sabia quando encontraria água novamente, apesar dela ter se preocupado com outra coisa...como ela ia montar o animal sendo que era um animal alto Letty era baixinha para uma garota de 13 anos
Letty olhava para o animal pensando como faria isso foi quando a égua andou um pouco para a direção da garota e se abaixou como fizera no castelo permitindo assim que Letty subisse facilmente e logo estavam partindo novamente
Já devia ser por volta do meio dia quando chegaram na floresta desejada, Letty estava cansada e com fome mas continuou andando por um tempo até achar uma clareira com um rio ela decidiu parar, tirou a cela da égua e amarrou ela numa arvore para que não fugisse, o animal estava pastando quando Letty decidiu ir comer, ela sentou no chão perto do animal e abriu a mochila que continha alimentos, tinha bastante comida mas era obvio que não duraria muito tempo mas a garota não se preocupou viu que ali tinha muitas arvores frutíferas

“vai ficar tudo bem” – Pensou a garota

A garota estava comendo, mas seus pensamentos estavam presos em sua mãe, ela não sabia se estava bem e se sentia culpada por ter deixado ela sozinha, a garota não pode evitar soltar um sorriso quando pensou na cara do pai e de seus irmãos quando descobrirem que ela havia sumido, pela hora eles já deviam ter descoberto. Logo a linha de pensamento da garota foi interrompida por causa de um bocejo ela havia passado a noite inteira acordada achou melhor dormir,ela se ajeitou numa arvore e logo adormeceu
(...)
–COMO VOCÊS DEIXARAM ISSO ACONTECER – Gritava furioso o rei derrubando todos os jarros das mesas e quebrando tudo o que encontrava

–Calma pai – Falou a garota de cabelos castanhos curtos e olhos verdes – Ela deve ter ouvido enquanto nos conversávamos na cozinha

–CONVERSAVAM? VOCÊS GRITAVAM! AGORA ELA ESTA POR AI SABE ONDE E PODE ESTRAGAR TODOS OS MEUS PLANOS

–CALMA HOMEM...quer dizer papai – Falou um dos gêmeos um garoto que tinha um sorriso que parecia de deboche ele era alto e tinha cabelos pretos e os olhos profundos e castanhos

–É pai calma – Falou o outro gêmeo

–CALEM A BOCA!

–Henrique, Gabriel, Carla saiam e deixem que eu falo com o papai – Falou calmo Miguel que até em tão avia ficado calado

Letty da família era a mais nova com 13 anos logo depois vinham Henrique e Gabriel os gêmeos com 15, depois Carla com 19 e Miguel que era o mais velho de todos com 21 anos

–Acalme-se pai – Falou o garoto com uma voz doce mais um tanto malvada – Sera fácil encontra-la se bem conheço ela provavelmente deve estar numa floresta, é só manda guardas atrás dela e mata-la se preferi você mesmo mata o pede para os guardas fazerem isso

–Você tem razão estou fazendo tempestade em copo d’água – Se pronunciou o rei dessa vês mais sereno e com um sorriso vitorioso nos lábios
(...)
Letty acabara de acordar o sol estava mais forte o que não deixou ela dormir muito, mais tudo bem as poucas horas que dormiu já foi o bastante, ela achou que seria melhor se encontrasse um abrigo ela olhou para a cela no chão e logo para a égua

–Você não precisa disso deve te incomodar bastante não é?

Letty deixou a cela de lado e tirou as rédeas dela também pois uma parte ficava na boca do animal e devia ser o que mas incomodava, Letty tirou todo o equipamento de montaria deixando o animal sem nada

–Argh, que calor – Gritou a garota de agonia ao perceber que ainda estava com o sobretudo, ela desabotoou até a cintura e como ele tinha um cinto ela apenas tirou as mangas deixando ele ainda preso ao corpo dela – Bem melhor...e prático

Letty pegou a corrente na sua mochila (se bem que era uma arma) e colocou em volta do pescoço da Lira para poder guia-la

“Se mamãe me ensinou bem o melhor lugar para mim me abrigar é em uma caverna...isso se não houver animais” - Pensava a garota lembrando das aulas de sobrevivência básica que sua mãe avia lhe dado

A garota se assustou quando num movimento rápido a égua se livrou da corrente no seu pescoço e comoçou a correr derrubando Letty que estava em pé ao seu lado, a menina saiu correndo atrás dela sem entender o motivo da fuga. A garota não sabia como ela própria conseguia correr tanto mas do nada o animal parou

–Ei garota...porque fugiu – Perguntou Letty ofegante e como se o animal fosse responder

Foi ai que a garota percebeu que elas haviam parado na frente de uma caverna

–Será que tem quartos vagos – A garota fez uma piada que pareceu ter efeito sobre o animal

Ela entrou vagarosamente com receio de ter algum animal vivendo lá, mas para sua sorte não. A caverna era grande, mas dava para ver o fundo dela, a garota constatou que era o melhor lugar para se abrigar

–ESSA NÃO – A garota deu um pulo ao lembrar que havia deixado as mochilas para trás, ela lançou um olhar feio para o animal que recuou um pouco com a ação da garota (o peso da culpa) ela amarrou o animal em uma arvore e foi atrás dos seus pertences

(...)
–Majestade – Uma mulher se aparentemente vinte anos, magra e morena de estatura mediana e olhos castanhos adentrou o quarto principal do castelo, ela havia aproveitado que o rei e os filhotes do mal tinham saído para por a rainha a par de tudo que estava acontecendo

–Lucy...

–Não se esforce majestade

–Onde esta Letty, não a vejo a tempos – A mulher perguntou com um certo medo na voz – Ela não veio me ver,cof cof,estou preocupada

–Não se preocupe, Letty me explicou tudo que a senhora tinha dito a ela e também que tinha descoberto os planos do rei para ela por isso – A empregada fez uma pausa com receio da reação da rainha – Na mesma noite ela fugiu

A rainha ficou calada apenas olhando a mulher a sua frente

–Para onde ela foi? – Perguntou a rainha segurando uma tosse

–Não sabemos, ela não disse– Foi interrompida pela loira que com esforço se sentou na cama

–Como ela fugiu? – Perguntou a rainha o mais fria que conseguia estando naquele estado

–Com Lira sua égua de montaria majestade

A rainha apenas esboçou um sorriso e se deitou com a ajuda da empregada

–Obrigada por ajudar ela – Falou a rainha logo adormecendo
(...)
A noite já havia chegado e na floresta alguns animais saiam de suas tocas enquanto outros voltavam para as suas para dormir. Letty estava na caverna acendendo uma fogueira com duas pedras (eu sei é primitivo ainda mais porque tinha fósforos dentro da mochila) a garota ficou um tempo observando a lua, mas logo se deitou apoiando a cabeça em Lira que pareceu não se importar com isso. A menina estava cansada e mesmo não estando no conforto da sua casa (e coloca conforto nisso) e não estando ao lado da sua mãe ela não demorou muito para dormir por causa da sensação de ter alguém vigiando e protegendo ela
(...)

–Quando iremos falar com ela? – Uma voz feminina, cordial e desconhecida perguntava não muito longe da caverna onde Letty ainda dormia

–Que saco não aguento mais esperar – Outra voz também feminina e dessa vez menos educada esbravejou

–Se acalmem, precisamos do sinal dela logo poderemos nos revelar – Uma outra voz dessa vez masculina com um tom autoritário, mas ao mesmo tempo gentil


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