Capitulo 22

POV Karina

Meu coração se acelerou de uma forma que não sei explicar, minha barriga se encheu de borboletas e minha boca criou vontade própria e se curvou em um sorriso enorme. ELE ME PEDIU EM NAMORO eu repetia em minha mente.
– K? Você não vai falar nada? - Me perguntou Pedro com os olhos brilhando, esperando uma resposta. - É não, né? Sabia, é cedo, eu sei, mas você disse que estava apaixonada por mim ai achei que...
– Shhhhh. - Coloquei meu dedo indicador em seu lábio o interrompendo. - Sim. - Tive vontade de dizer "ate que enfim" ou "achei que não iria pedir mais" mas achei que ele me acharia louca ou desesperada. Sorrio do meu pensamento.
– Sim?
– Sim, eu quero namorar com você. - O sorriso de Pedro se alargou de um tanto que achei que sua boca iria partir.
– Acho que hoje é o dia mais feliz da minha vida. - Disse Pedro com os olhos brilhando. O castanho e o azul se misturaram em um olhar penetrante, e nos agarramos. Nos beijamos ate nossos pulmões queimarem implorando ar.
– Você... É... A... Menina... Mais... Linda... Do... Mundo... - Disse Pedro entre selinhos. Sorri para ele. Voltamos a nos abraçar, sinto meu celular vibrar e o pego no meu bolso. Tem uma mensagem de Fabi. Putz, já são 14:12. Ela me perguntara se eu queria ir ao cinema. Respondi que não podia, que tinha visita em casa.
– Tenho que "preparar" o almoço Pedro. Vamos pra cozinha?
– Opa! Minha namorada sabe cozinhar?
– Claro! Sou perita em cozinhar. - Brinco.
– Vamos então, perita.
Fomos para a cozinha, Pedro se sentou e eu fui "cozinhar".
15min o Macarrão instantâneo ala Karina esta pronto. Coloco a panela na mesa e arrumo os lugares.
– Macarrão instantâneo? - Pergunta Pedro.
– Alá Karina. - Completa João entrando na sala de jantar.
– Qual o problema? - Pergunto. João se senta ao lado de Pedro.
– Nenhum, so achei... Nada esquece. - Responde Pedro. Sorrio da sua confusão.
– Relaxa mané, o macarrão é bom. - Comenta João.
– Se vocês dizem e ainda estão vivos né. - Ambos sorrimos.
– Sua falta de fé no meu talento culinário magoa, sabia? - Falei fazendo biquinho.
– Não é isso amor, é que...
– AMOR? - Perguntou João. Corei forte e me sentei.
– Sim, amor. - Disse Pedro.
– Vocês? Estão?
– Namorando? Sim. - Confirmei.
– Até que enfim. - Todos rimos.

Quando terminamos de comer fiz Pedro e João arrumarem a cozinha. Sou muito persuasiva as vezes, ou sempre.
O resto da tarde foi divertida, eu, João e Pedro jogamos video game e comemos "gordices".
Quando já eram 19:17 Pedro dissera que iria embora, eu não deixei obvio, disse a ele para esperar meu pai pra darmos a noticia do namoro juntos. Pedro fez uma cara tipo "queria viver mais uns dias", eu ri dele. Meu NAMORADO é bobo demais.
– Calma Pedro, meu pai não vai te matar... Eu não vou deixar! - O tranquilizei.
– Se fossemos um casal normal eu diria "Eu que tenho que proteger-te" mas como não somos vou deixar você me proteger. - Disse Pedro.
– Cagão!
– Cagão não, so vou deixar por que sei que você é a única pessoa no mundo que enfrenta o seu Gael.
– Não sou a única.
– É mas...
Antes de Pedro terminar a frase, meu pai e Dandara entram na sala.
– Oi crianças! - Diz Danda
– Oi Danda - Eu me levanto e dou-lhe um beijo no rosto, em seguida repito o gesto com meu Pai.
– Oi pai!
– Oi K, oi Pedro.
– Seu Gael, Tia. - Os cumprimenta Pedro.
– Pai, eu e o Pedro temos uma coisa pra contar... - Murmuro
– Desembuchem...
– Falo eu ou você? - Pergunto a Pedro indo em sua direção.
– Estou ficando irritado, falem de uma vez! - Diz meu Pai, impaciente. Gael sendo Gael.
– Calma amor. - Se manifesta Dandara. - Falem crianças, também estou curiosa.
– Juntos no 3... - Diz Pedro.
– Ta... 1...
– 2...
– 3...
– ESTAMOS NAMORANDO!
– Estão o que? - Pergunta meu pai.
– Ai que bom gente. - Fala Danda vindo nos abraçar. - Vocês combinam.
– Obrigado(a) - Eu e Pedro agradecemos juntos.
– Pai? - O chamo. - Não falar nada?
*Silêncio*
– So quero que seja feliz minha filha! - Finalmente ele se manifesta. Sorrio pra ele. Que bom que ele não surtou. - Mas Ô moleque... - Pensei cedo demais. - Se fizer minha filha derramar uma lagrima sequer que não seja de felicidade... Eu mato você! Decorou?
Olho para Pedro e ele esta branco papel de tão assustado. Meu namorado é um pamonha.
– D-decorei seu Gael! - Gagueja Pedro.
– Ai que lindo! - Ironizo. - Agora vou levar o Pedro em casa. Vamos Pedro?
Ele so concorda com a cabeça e eu o puxo pra fora.
– Achei que ia me borrar todo. - Diz Pedro quando chegamos a praça. Eu gargalho.
– Depois diz que não é Cagão. - Continuo rindo.
– Quer rir, né?! Vou te dar motivo pra rir. - Pedro me olha com um olhar perverso e eu paro de rir. Sei o que ele vai fazer!
– Não, por favor! - Peço sentando no banco.
– Devia ter pensado nisso antes de rir de mim. - Ele se aproxima
– Pedro, eu imploro.
– Não adianta! - E ele começa a distribuir cócegas por todo meu tronco. Meu me contorço e gargalho. Grito pedindo pinico mas ele não para. Pedro só para quando fico sem ar.
– Isso é pra você aprender a nunca mais rir do seu namorado!
– Aprendi a lição - Falo depois de recuperar o fôlego.
– Agora vamos lá em casa. - Diz ele pegando na minha mão e puxando.
– Pra que?
– Contar pra minha família.
– Oh.

Atravessamos a rua e entramos no restaurante.
– Mãe? Pai? - Chama Pedro. Os pais dele nos olham. - Quero lhes apresentar a Karina, minha namorada.
Não posso ver mas sei que meu rosto ficou vermelho sangue.
– Eu ouvi bem? Namorada? - Diz o Pai de Pedro. - Parabéns filhão! Prazer Karina.
Eu aceno com a cabeça agradecendo.
– Ai que bom meu filho! - Foi a vez da Mãe dele. - Vocês formam o lindo casal. - Diz ela nos abraçando.
– Obrigado(a) - Agradecemos juntos novamente.
– Cade a Tomtom? - Pergunta Pedro.
– Em casa - Responde sua mãe.
– Vamos K. - Pedro pega na minha mão e me guia ate sua casa.

– Tomtom? - Pedro a chama.

– AQUI NO QUARTO! - Respondeu a pequena. Fomos ate o quarto e Pedro abriu a porta e fez um gesto pra eu passar.
– Oi Tomtom. - Sorrio pra ela.
– K! - Ela vem correndo em minha direção e me abraça.
– Tudo bem?
– Ahãm.
– Tomtom, eu e a K temos algo pra contar...
– AI MEU DEUS! deixa eu senta gente. - Pedro da uma gargalhada e eu não entendo muito bem.
– So não desmaia pirralha. - pede Pedro, ainda rindo.
– Ai meu Deus. Eu já sei... Vou chorar! - Eu não aguento e também rio dela. Tomtom a rainha do drama. Mas sera que ela sabe mesmo?!
– É isso mesmo que esta pensando. - Diz Pedro.
– Mas eu quero ouvir. - Tomtom fecha os olhos.
– Eu e a K estamos namorando... - Pedro anuncia e Tomtom solta um grito e sai pulando pela casa. Eu olho para Pedro confusa.
– Ela shippa a gente. - Faço cara de ponto de interrogação. Que diabos é shippar? - Ela torce por nós.
– Ah ta. - Pedro sorri e me abraça.
– Ja estou com abstinência da sua boca. - Fala e sela nossos lábios em um beijo doce.
– AI QUE LINDO MEU DEUS! - Grita Tomtom depois de dar sua "volta olímpica". Eu interrompo o beijo e enterro a cabeça no peito de Pedro.
– Eu acho que minha irmã vai ter uma reação parecida! - Digo sorrindo.
– Boa sorte, a minha não vai dormir tão cedo, vai querer saber todos os detalhes.
– Elas são iguaisinhas. - Sorrimos. - Preciso ir, meu pai deve estar soltando fogo pelas narinas.
Pedro faz bico.
– Ta bom. Eu te acompanho ate a praça.

(...)

– VOCÊS O QUE???? - Grita Bianca.
– Ô histérica, dá pra parar de gritar? - Peço.
– Sorry! É verdade? Vocês estão namorando? - Concordo com a cabeça e sorrio. - MEU DEUUS!
Eu chio pedindo silencio.
– Não vem com 'Shhh' não. Temos que comemorar.
– O que? Agora quer beber também?
– Haha, existem muitos jeitos de comemorar maninha. - Bianca me olha com malícia.
– Ah não, não, não, não! - Me levanto negando, ja sei o que ela quer.
– Vai K, por favor? - Ela faz biquinho. - Por favorzinho?
– Ta bom chata.
– EBAAA! VAMOS AS COMPRAS AMANHA!
– Amanha não dá, vou tirar meu gesso e também tenho colégio. O pai nunca vai me deixar faltar.
– Quem se importa com o colégio quando é pra fazer compras? - Faço uma cara tipo "eu, eu me importo". - Você não conta tampinha. E deixa que com o papai eu resolvo.
– Eu tenho outra opção?
– Não!
Eu bufo e vou me deitar. Amanha o dia vai ser longo!