Capitulo Único

Dor era só o que eu sentia quando pensava nele. Na sua expressão fria, nos seus olhos duros verde-esmeralda, quando passou pela porta, sem nem ou menos se importar com o que eu sentia ou em como o meu coração sangrava em pequenos pedaços que não podiam ser consertados por ninguém expeto ele.

Suas palavras frias ecoavam na minha mente magoada de forma repetitiva.

Caída de joelhos a meio da nossa sala de estar que agora era só minha, sentia as lagrimas banharem-me o rosto de forma violenta. Podia apostar que meus olhos estavam inchados e vermelhos de uma forma assustadora, mas a dor era igual ou maior que uma facada provocada por uma lâmina grande e afiada.

As suas malas estão na entrada do apartamento, ele tinha descido para levar a ultima caixa para o caminhão de mudança.

Nos amávamos a mais de cinco anos, e casados a dois, como é possível que um amor tão forte como o nosso podia ter acabado? Pelo menos para ele. E agora estava indo embora com a sua secretaria vadia e levando o meu coração junto.

Porque ele faz isso? Hum..? Por quê?

Na verdade eu sei por quê…

Ele queria filhos, e estamos a tentar á cerca de 1 ano e nada, meu corpo não aguentava uma gravidez, Fiz meses de tratamentos escondidos, não queria que ele me achasse fraca até para carregar um bebé no ventre, se eu ou menos soubesse que isso ira acontecer, teria contado logo. Mas eu burra, queria fazer-lhe uma surpresa. E agora que finalmente todo aquele sofrimento que carreguei sozinha deu resultado, ele desiste de mim, me deixa…

Deus, Como eu amava tão ou mais profundamente que no principio do relacionamento.

Ele voltou para o Ap, olhou-me com mágoa nos olhos. Eu é que me devia sentir assim não ele.

- Eu sinto muito Bella, mas você não sabe como me sinto vendo todos os meus irmão com filhos e você sendo fútil o suficiente para mentir-me e iludir-me por um ano dizendo que está tentando. Mas nunca chega né? Quanto tempo achava que me ias segurar com essa mentira? – Debuxou no final – Ela vai dar me o que eu quero, ao contrário de você.

- Você não entende mesmo não é Edward? – Perguntei com a voz rouca pelo choro – durante um ano inteiro tenho sofrido sozinha, e só para você saber, quando fui para casa do meu pai para ser operada ao útero, depois quando voltei, enquanto você se divertia com a sua secretaria eu sofri dois abortos espontâneos. Ainda assim ergui a cabeça, não desisti, voltei aos tratamentos escondidos. Então a precisos dois meses atras voltamos a ficar juntos como a muito não ficávamos, fizemos amor, lentamente, 1 mês depois comecei a passar mal, fiz um exame de sangue e pronto a confirmação de uma gravidez, fiquei tão feliz que finalmente conseguiria te dar um filho um herdeiro. – Respirei fundo – Não quis te contar logo com medo de voltar a perder o bebé, não queria te ver sofrer como eu sofri por duas vezes.

- E agora? Você conseguiu? – Murmurou com tristeza na voz – Você está…

- Sim Edward, estou de 3 meses, o que isso te importa agora, está indo embora com outra.

- Não, não, Bells, por favor eu só fiquei com ela porque ela me prometeu um filho, eu não a amo como amo você – chorou – Perdoe-me por favor.

- Qual é Edward, perdoar-te depois de todas as traições? Como é que eu irei naquela Empresa e todo o mundo a encarar-me, chamando-me de corna.

- Por Favor Amor, mudamos de pais, mudo de Empresa, mas não me deixes – agarrou-se a mim com força.

- O que me garante que isso é verdade? Você só esta querendo ficar comigo por causa do Bebé que carrego.

- Me dá uma segunda oportunidade – Ajoelhou-se diante mim – EU TE PROMETO QUE SERÁ DIFERENTE DESTA VEZ.

- Ultima Edward, só porque te amo.

Ele puxou-me para si, beijando-me sofregamente.

***

Meses Depois…

7 Meses se passaram, e aqui estava eu deitada numa cama de hospital amamentando a minha filha Renesme pela primeira vez. Edward estava do meu lado com um sorriso bobão no rosto. A felicidade emanava de cada canto daquele quarto.

Renesme era gordinha, com as bochechas rosadas, os lábios pequeninos e cheinhos, os cabelos loirinhos que apostava que ficariam da cor broze iguais ao do pai.

Ela era e é o nosso pequeno milagre… A salvação do nosso relacionamento.

Fim