Estúpido escrita por henclown


Capítulo 1
Drabble


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Passando pra deixar essa suposta fic que foi escrita em uma aula de matemática (cof cof) com nobre!oikawa e plebeu!iwaizumi porque i'm all about that life. Peço desculpas pelo tamanho ridículo e possíveis erros de gramática~ Boa leitura.



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Oikawa Tooru não era um estúpido.

Não importava o que seus pais, seu sobrinho ou sua irmã lhe dissessem, ele não se considerava um estúpido. Claro, poderia ser ridiculamente orgulhoso ás vezes ou até ingênuo demais para um aristocrata, mas estúpido? Claro que não.

Embora até ele admitisse que, ás vezes – apenas ás vezes! – podia agir de forma bem tola.

Como quando, por exemplo, estava perto de Iwaizumi Hajime.

“Iwa-chan!”

Tooru acenara freneticamente para um rapaz a poucos metros de distância. O rapaz, Iwaizumi, apenas suspirara irritadamente e fingira não ter escutado o nobre, mais preocupado em continuar seu manejo na madeira na qual estava trabalhando no momento.

Tooru, já acostumado com o tratamento frio do amigo, apenas sorriu e entrou na oficina de marcenaria, sem se importar com o calor e farpas no chão. Iwaizumi, mais uma vez, estava trabalhando em um móvel para a família real. Levando em consideração que aquele era um pedido especial, o rapaz sempre colocava o máximo de esforço possível em suas obras.

“O que está fazendo dessa vez? Uma cadeira? Ou uma mesa?” O aristocrata perguntara animadamente, sentando-se na primeira coisa que vira em sua frente: um banco que, por sinal, parecia novinho em folha.

“Uma escrivaninha para a princesa.” Iwaizumi respondera distraidamente, passando a cerrar uma parte de seu projeto.

Oikawa apenas resmungara em resposta, analisando seus arredores. Iwaizumi estava, como sempre, vestindo roupas surradas e com o cabelo coberto de lascas de madeira. Tooru passara a mão nos fios negros, limpando-os um pouco, e Iwaizumi nem ao menos percebera; o que era bom, pois se tivesse notado com certeza teria reclamado.

Em sua legítima defesa, Tooru nem sempre agia de forma tão infantil. Com pessoas desconhecidas, o rapaz era extremamente educado e gentil, cheio de sorrisos falsos e palavras vazias para distribuir. No entanto, quando se tratava de Iwaizumi, sua personalidade mudava completamente: se tornava um cão, desesperado por atenção de seu mestre.

O que era engraçado, sendo que ele era um nobre, filho do conselheiro do Rei, enquanto Iwaizumi não passava de um simples marceneiro.

“Ah sim, Oikawa.” A voz de Iwaizumi lhe tirou de devaneios. “Avise pro seu pai que eu vou ter que atrasar a mesa que ele pediu.”

Confuso, Tooru fitou o menor. “Por quê?”

Iwaizumi parecera hesitar por um momento, desviando o olhar para o chão. Normalmente o nobre acharia aquela ação fofa, mas Iwaizumi quase nunca hesitava para nada – principalmente na hora de lhe bater –, então ficara automaticamente preocupado.

“Eu tenho que cuidar do meu avô...” A voz de Iwaizumi estava estranhamente baixa, e logo Tooru entendera o que aconteceu.

O avô de Iwaizumi havia criado o rapaz desde que era apenas uma criança. Havia lhe ensinado basicamente tudo e lhe dado todo o amor que seus verdadeiros pais – que morreram em uma epidemia – nunca puderam lhe dar. Além de marcenaria e bater em Oikawa, o que Iwaizumi definitivamente mais amava no mundo era seu avô.

Por isso Oikawa conseguia entender o quão abalado Iwaizumi ficara ao descobrir que seu avô estava doente. Ao contrário de si, que possuía uma cama confortável e remédios á sua disposição, o avô de seu amigo vivia em uma condição social que impossibilitava seu tratamento, podendo apenas se alimentar e descansar em uma cama não tão confortável.

“Iwa-chan...”

Hajime se assustara ao notar as lágrimas nos cantos dos olhos do amigo. Preocupado, abandonou o que estava fazendo anteriormente e foi em direção ao aristocrata, que tentava inutilmente esconder suas lágrimas.

“E-ei, idiota, por que diabos você está chorando?!” Perguntara preocupado, tentando secar as lágrimas do maior á força.

“O I-Iwa-chan, ele...” Tooru tentava dizer entre soluços, mas tudo o que saia eram novas lágrimas, que preocupavam ainda mais o marceneiro.

“O que foi, desgraça?!”

“O I-Iwa-chan é tão esforçado!”

Iwaizumi fitara o mais alto, confuso. “O quê?”

Oikawa, ainda sentado, passara os braços ao redor da cintura do amigo, escondendo o rosto em sua barriga. Iwaizumi até tentara lhe afastar, mas sabia que Tooru era teimoso como uma mula, então o deixara fazer o que quisesse.

“V-você trabalha o dia inteiro, cuida de seu avô e ainda tem tempo pra lidar comigo! Mesmo que eu lhe perturbe todos os dias e faça pouco da sua cara! Você é incrível, Hajime!”

Iwaizumi, chocado demais para responder, apenas processara o discurso repentino do aristocrata, pensando no que poderia responder para tamanha besteira.

Tooru... Você tem 5 segundos para me soltar.”

Sem hesitar, Oikawa abaixou seus braços, mas continuou fitando o menor com olhos cheios de lágrimas. Iwaizumi suspirou, irritado, e fez algo que nunca pensou que faria algum dia: acariciara o cabelo de Tooru.

“Okay, já entendi que sou um cara esforçado, mas não precisa chorar por isso, seu lixoso.” Respondera, sem parar o cafuné desajeitado nas madeixas castanhas do amigo. “E se você realmente se importa mesmo comigo, poderia me ajudar simplesmente não me perturbando.”

O nobre não respondera, ocupado demais tentando lidar com as sensações dentro de si. Seu coração batia descontroladamente e podia jurar que seu rosto estava praticamente queimando de vergonha. Aquela era a primeira vez que Hajime demonstrava alguma forma de carinho, por mais fútil que fosse.

Tooru queria aquilo mais vezes. Queria sentir mais de todo carinho e afeto que Hajime pudesse oferecer, não importando o quão mínimo este pudesse ser. Queria ser acariciado e amado por Hajime.

Decidido, levantara-se de seu banco, encarando o marceneiro fixamente e, depois de 12 anos conhecendo o rapaz a sua frente, realizara seu maior desejo: unira seus lábios com os lábios de Iwaizumi Hajime.

Não sabia se aquilo poderia ser considerado um beijo, pois Hajime nem ao menos mexia seus lábios em resposta, mas apenas a maciez e o calor da pele do plebeu era o suficiente para lhe encher de felicidade.

Separando-se do menor, se deparou com um rosto corado e um olhar surpreso, petrificado. Sendo honesto, aquilo não lhe surpreendia nem um pouco. Porém, antes que Iwaizumi pudesse se pronunciar, Oikawa se adiantara.

“Eu vou cuidar de seu avô! Não sou bom cozinhando, mas vou fazer a melhor sopa que puder para ele. E depois vou ajuda-lo a tomar banho, e arrumar a casa depois que ele for dormir.” Oikawa falava rapidamente, tanto que Hajime não conseguia lhe entender direito. “Eu vou fazer tudo isso, então se concentre apenas no seu trabalho, Iwa-chan!”

Antes que Hajime pudesse responder, Tooru já havia saído correndo da oficina, deixando um marceneiro perplexo para trás. Tentou pensar em algo, sem sucesso. Só conseguia lembrar da sensação estranha que aquele aristocrata idiota havia deixado em seus lábios.

Voltando a seus sentidos pouco a pouco, voltou ao seu local de trabalho, lembrando da escrivaninha que tinha para terminar. Seu estado de confusão passara depois de um tempo e, finalmente, compreendera o que havia acontecido.

Oikawa Tooru, o filhinho de papai com o qual conviveu por 12 anos de sua vida, havia roubado seu primeiro beijo. O mais surpreendente disso tudo é que isso não lhe surpreendeu como deveria, como se em sua mente aquilo estivesse predestinado.

Passou os dedos pelo lábio, tentando reviver a sensação passada, sorrindo bobamente.

Tooru poderia ser um estúpido, mas Hajime conseguia ser mais.


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Notas finais do capítulo

ISSO FOI TÃO GAY DESCULPA sim, eu tava meio bosta quando escrevi isso, mas espero que tenham gostado mesmo assim, sei lá lçfkvlçkdjsfkljdf*sai de fininho*



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