Once Upon a Time: We are all mad here escrita por Kremer


Capítulo 8
8




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Regina e Rumpelstiltskin haviam trabalhado arduamente. Ambos estiveram debruçados sobre os materiais do “laboratório” de Regina. Eles precisaram coletar uma amostra da poção que fora injetada no sangue de Alice, e para isso, precisaram fazer a separação do que era sangue e o que era poção. Acabaram descobrindo que a poção era mais forte do que pensavam, de forma que a mistura havia ficado praticamente homogênea. Quando finalmente acabaram, descobriram se tratar de uma poção utilizada para infligir falsas memórias no receptor.

– Pois bem, agora, preciso ir falar com Swan pra resolvermos isso logo – disse Regina, limpando as mãos com um pano.

– Deixe que eu cuido disso. Antes, talvez você deva ir dar uma olhada na patrulha de Robin.

– Eu tenho certeza de que eles podem se cuidar sozinhos.

– Regina, algo muito sério ocorreu aqui – disse Gold, com um olhar irritado -, portanto, vá investigar. Estou tentando ser um homem bom, mas até mesmo um bom homem, com a sua paz tão frequentemente atormentada, pode acabar querendo decapitar alguém – sorriu.

...

Emma encontrou Hook e Henry na praia. Não pôde conter um sorriso ao vê-los tão próximos.

– Ei, garoto – chamou Emma. Henry sorriu ao vê-la, e foi ao seu encontro. Hook iluminou-se.

– Mãe, o que faz aqui? – perguntou Henry.

– Odeio interromper, mas preciso da ajuda de Killian pra algo. Será que você pode ir ficar com Belle? – Henry sorriu, imaginando que talvez aquilo tenha sido uma desculpa para os dois ficarem a sós.

– Tudo bem... Eu vou na frente – Henry piscou e saiu andando. Emma revirou os olhos.

– Então... Ajuda, é? – Killian sorriu, de forma maliciosa.

– Não é o que você está pensando – disse Emma, encarando-o. – Preciso que vá comigo até a floresta.

– Se isso não for um fetiche, me sentirei decepcionado – disse Hook.

Pouco depois, Emma deixou Henry com Belle, na livraria, e avistou Rumpelstiltskin pela rua, que a sinalizou para ela estacionar.

– Se importa se eu ficar no carro? – perguntou Hook, ao acaso.

– Não vou demorar.

Rumple se apoiava em sua bengala, recentemente recuperada. Lançou um breve olhar a Killian no carro. O mesmo retribuiu o olhar.

– Então? – perguntou Emma, querendo ir direto ao ponto.

– A poção cria falsas memórias em quem a beber.

– Hm, ok. Isso vai ter que esperar um pouco. – Disse Emma, com ar cansado. – E Regina?

– Pedi pra ela ir verificar a patrulha de Robin.

– Obrigada, Rumple.

– Às ordens – disse Gold, sorrindo de forma irônica. Emma ignorou e voltou pro carro.

...

Regina foi onde havia encontrado a patrulha de Robin adormecida, e não os encontrou mais lá. Se distanciou um pouco para dentro da floresta, e então, ouviu um ruído de corda sendo retesada. Ao se virar, viu que Marian apontava uma flecha para ela.

– Vejo que acordaram – disse Regina, calmamente.

– Seu feitiço não durou muito – respondeu Marian. A mulher parecia inflexível.

– Não lancei aquele feitiço, por que o faria? – Regina mantinha o semblante calmo.

– Porque você é capaz de tudo. Talvez estivesse tentando se livrar de nós, afinal, é o que você faz... Se livra de pessoas que ficam no seu caminho.

– Por que eu me livraria da guarda que protege a minha cidade? – disse Regina, sorrindo. – Bem, não deveria estar tendo essa conversa com você. Já descobri o que precisava.

Regina deu meia volta, e, no segundo seguinte, Marian soltou a corda do arco. A flecha voou em direção às costas de Regina, que não precisou se virar para fazê-la parar no ar e cair no chão, indefesa.

Regina havia desaparecido na floresta quando Robin se aproximou de Marian.

– Marian... – Ele parecia horrorizado.

– Eu tenho direito a ter minhas suspeitas – disse Marian.

– Você poderia ter matado uma pessoa inocente – disse, indignando-se.

– Como se com um aceno ela não pudesse esmagar os meus pulmões – protestou Marian. – Robin, essa mulher é diabólica!

– E você poderia tê-la matado se ela não tivesse... Magia. Como você pode condenar alguém por suas ações, e ao mesmo tempo, igualá-las? – Robin não se aproximou.

– Você ouviu o que eu disse. Ela é do tipo de pessoa que remove todos aqueles que estão atrapalhando seu caminho.

– E não era isso o que você parecia estar fazendo? - disse ele, e se distanciou.

...

Emma e Hook seguiram pela floresta, procurando pistas de onde Ruby poderia estar. Havia algumas poucas pegadas, por o tempo ter se mantido seco naquela semana.

– Pra onde você acredita que ela possa ter ido? – perguntou Hook.

– Perto daqui há um lago. Se ontem a noite ela caçou, deve ter se mantido próxima dele. Alguns animais se escondem perto de água doce, onde podem reabastecer. – disse, cortando algumas plantas no caminho com uma espada.

– Adoro quando você usa seus poderes dedutivos – disse Hook. Emma riu.

Poucos metros à frente, Emma avistou um lobo bebendo água, diretamente de um lago.

– Viu só? – disse Emma, satisfeita.

– Mas só tem um problema. Ruby não deveria estar na forma humana? – disse Hook. O sorriso de Emma desapareceu.

– Talvez seja ela – disse, dando um passo à frente.

– Ei, ei - Hook a segurou pelo braço – você sabe que é com um lobo que estamos lidando, não sabe?

– Você não acha que já enfrentou coisas piores do que um lobo? – Emma o encarou.

– A expressão “lobo do mar” é apenas figurativa, você deveria saber disso. Não, não gosto dessa situação. Você ao menos tem um plano?

– Tenho, vou chamá-la. Se for Ruby, saberemos. Se não... A gente corre.

– Acho que não vai ser preciso – disse Hook, apontando para onde o lobo estava. Ele agora – ou melhor, ela – estava próxima deles, e os encarava com grandes olhos azuis.

– Olá, Ruby – disse Emma, tentando parecer confiante. – O que aconteceu com você?

O lobo foi em direção a eles. Emma recuou, Killian pôs-se à sua frente, de forma defensiva. O lobo, porém, passou reto por eles e continuou caminhando, por onde eles tinham chegado. Ao alcançar alguma distância, ele olhou pra trás, e esperou.

Eles seguiram Ruby até a estrada, onde a placa “Saindo de Storybrooke” estava. Ruby foi até ela e esperou. Emma a seguiu, olhou para a placa, procurou em cada canto, até que encontrou, no chão, uma seringa.

– Acho que Ruby nos deu uma pista de quem fez isso com ela, e com Alice – disse Emma, por fim.

Ruby cutucou sua perna com o focinho e a olhou, de forma triste. Depois, foi em direção à floresta, sem olhar para trás, e sumiu entre as árvores.

– Não! Ruby! – Emma estava prestes a correr atrás dela, mas Killian a impediu.

– Deixe-a, amor. Ela sabe que a cidade não é lugar para um lobo.

– Mas precisamos trazê-la de volta... – protestou Emma.

– Quando tivermos uma solução, saberemos onde ela está. Agora, coloque um sorriso nesse rosto. Já está ficando escuro, precisamos voltar – disse, apertando de leve a bochecha de Emma.

...

Emma e Hook dividiam uma mesa no Granny’s, lado a lado. Logo, Belle, Henry e Rumpelstiltskin chegaram. Alice conversava com Granny no balcão. Regina estava em outro extremo do balcão, aguardando. Logo, Snow e Charming foram os últimos a chegar, com Neal em um carrinho de bebê.

– Desculpem o atraso, Neal precisou mamar – disse Mary Margaret. Henry fez uma careta.

– Então, o que estamos fazendo aqui? – disse Regina, se aproximando da mesa de Emma.

– Não foi você que nos chamou? – perguntou Emma.

– Pensei que fosse você a responsável por isso – disse Regina. Todos se entreolharam por um momento, confusos.

– Se ninguém aqui foi o responsável por isso, então quem... – Hook ia dizendo, quando alguém entrou na lanchonete e se dirigiu a eles.

– Talvez eu possa explicar.

Todos ficaram levemente sem fôlego quando perceberam que aquele era Jefferson.


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