Acordei nos ares cantando e dançando, Lizzie estranhou mas mesmo assim cantou comigo. A.D me lambeu e subiu em mim ,tomei café e fui até o castelo da Melissa. Chegando no castelo Melissa estava escovando seus cabelos.

– Melissa?

– Querida precisamos conversar.

– Pode falar.

– O Vulto está causando muitos problemas, é melhor você resolver isto logo ,ou meu reino vai entrar em apuros.

– Melissa eu tentei mas, acabei cortando meu braço.

– Carina se machucou? Isso é impossível ninguém te vencia.

– É mas, aconteceu.

– Carina ou você derrota esse “vulto” ou as pessoas vão sofrer.

– O problema é como vou fazer isso.

– Simples, mandei você para um lugar onde você poderá treinar “ Lutar para Viver.”

– Que raio é esse lugar?

– Treinamento de primeira querida, e não se fala mais nisso.

– Se você quer tanto isso eu vou.

– Ótimo.

Assim que eu cheguei em casa ela mandou um telegrama dizendo que eu iria hoje a tarde, e passaria um ano lá. O que me deu um aperto no coração, mas mesmo assim arrumei as malas vesti uma blusa de manga preta, com calça jeans cinza, e tênis preto. e convidei Diana, Sophie, Emma, John, Jake e Lizzie.

Chegando no castelo, Melissa já estava me esperando na porta ,o pessoal não estava entendo nada mas, mesmo assim me acompanharam respirei fundo e contei para eles.

– Gente eu sei que vocês estão meio confusos mas, é que eu preciso ficar fora por um ano num centro de treinamento. Eu vou sentir saudades porém eu tenho que ir.

– Não vai Ca ,por favor- Lizzie me deu um abraço chorando.

– Oww Lizzie, eu tenho que ir, mas eu volto logo tá?!- Peguei ela no braço.

– Promete?- Disse John.

– Com certeza- Dei um beijo nele de despedida.

– E a gente Ca?- Falou Sophie.

– Vocês são minhas melhores amigas!

Nós nos abraçamos um tempo, e depois peguei de novo a Lizzie ,no braço dando um beijo nas suas bochechas rosadas. O Jake não estava lá, procurei ele mas a Melissa me chamou.

– Vou sentir a falta de vocês- Disse entrando no carro.

Lizzie chorava no braço da Sophie e John olhava para o chão, as meninas estavam todas abraçadas, uma lágrima escorreu no meu rosto eu me apeguei a eles e muito.

Depois de duas horas chegamos no centro de treinamento “Lute para viver.” Eu sei, nome é tosco ou até clichê. Entrei e tinha várias pessoas me olhando como se fossem me devorar , me encolhi e fui andando atrás da Melissa ,chegamos em uma sala de vidro onde tinha várias garotas e garotos com um professor.

– Boa tarde. – Disse ele.

– B-Boa tarde- Falei tremendo.

–Adeus Florzinha se divirta.

– Melissa espera!- Dei um forte abraço nela.

– Bonitinha, mas eu tenho que ir

Ela foi embora me deixando com um bando de psicopatas e um professor grandão.

– Carina seja bem-vinda.

– Obrigada.

– Pode ficar do lado da Yasmin.

– OK

Sentei do lado de uma loira que parecia ser bem simpática ela revirou os olhos e fez uma cara de enjoada.

– Prazer sou Carina.

– Olha é o seguinte novata, aqui ninguém é amiguinho de ninguém, é cada um por si. E agora se me der licença eu quero prestar atenção.

– Nossa....

– Carina por que não me mostra suas habilidades com a espada.- Disse o professor.

– Seria um prazer.

Lutei com ele até derruba-lo no chão e apontar a espada na sua frente fazendo com que eu me saísse muito bem.

– Very Well Carina!

– Obrigada.

– Onde aprendeu a lutar tão bem de espada?

– Sozinha eu acho.

Me sentei de volta e Yasmim deu um sorriso, eu simplesmente ignorei o sorriso dela ,e me concentrei na aula que acabou depois de dez minutos. Fomos lanchar frutas porém preferi ler o livro da Carina, foi a única coisa de objeto que eu trouxe comigo.

Yasmim se sentou ao meu lado com um cacho de uvas .E começou a comer ,eu continuei lendo até ela ainda com a boca cheia perguntar.

– Que livro é esse?

– Uma página em branco.

–Criativo.

– Faz tempo que você está aqui?- Perguntei

– Dezesseis anos.

– O QUE?!- Falei assustada

–Ninguém nunca sai daqui só os melhores lutadores.

– E porque você veio parar aqui?

– Eu fui abandonada quando tinha três meses, e mesmo sendo a melhor lutadora eu nunca vou sair daqui.

– Eu sinto muito

– Não sinta.

– Quem é sua mãe?

– A adotiva morreu ,era dona deste lugar.

– E a biológica?

– Eu nunca a conheci.

Ela olhou para baixo e uma lágrima escorreu, me levantei e fomos para a piscina. Fiquei com vergonha de ficar de biquíni ,então usei um short por baixo, foi bem cansativo e no final da tarde fomos para cama. Dormimos cedo lá, eu não consegui pensando na minha família verdadeira. Eu só queria voltar para casa.