Despedaçada escrita por GiGihh


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

E esse é o último cap rapidinho...



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Capítulo seis –

Ficaram algumas horas descutindo em um dos quartos de um hotel sobre como encontrariam as cinco partes delas, mas para a grande maioria cada direção significava um novo estado emocional, uma nova parte dela. Mas a principal pergunta era o Espírito; se são quatro pontos cardeais, onde encontrariam o último?

–Esqueçam o Espírito. – disse Luke muito rápido e todos se calaram – Por qual ponto cardeal começaríamos a busca?

–O leste é sagrado e bom... – todos falavam ao mesmo tempo dando suas respectivas explicações.

–Oeste. – Nico disse tão convencido que o silencio voltou.

–Por quê?

–Saímos do leste e acho que devemos dar a “volta” no pentagrama – ele pegou um desenho grande que Annabeth fizera do pentagrama e as explicações em grego lhes facilitavam compreender – Devemos continuar para Oeste e encontrar a Água, pensei que talvez tivesse algo relacionado ao Percy, mas não. É apenas um título para a inocencia, eu acho.

–Nós vamos procurar uma Thalia inocente? – Grover resmungou – só eu não consigo imaginar uma Thalia assim?

–Inocencia, pessoal – Amber falava jogando a franja para o lado – Qual é a imagem de inocencia para o mundo? Estamos procurando uma criança.

–Thalia tem mais de 20 anos se formos observar corretamente.

–Deuses! – Dália praguejou algo em grego e continuou – As almas são bem volúveis, não? – sua pergunta se dirigiu tanto a Nico quanto a Luke e ambos confirmaram – Essa parte da alma dela deve estar sob o aspecto de criança – ela caminhou até a mesa, e colocou o dedo sobre a cartolina e indicou a todos – Vejam: nós vamos seguir para oeste como a estrela manda. A cigana nos deu três adjetivos, por assim dizer, a inocencia deve ser o espectro em forma de criança e felicidade é a parte que se perdeu da Thalia.

–Isso é brilhante! – Rachel exclamou entusiasmanda em meio a um riso.

–Mas ainda falta o sábio, não? – a última caçadora perguntou a sua irmã de caçada. – Ou não será necessário?

–Quem é a pessoa sábia que veio conosco? Ela está muito bem relacionada com a água, se querem saber – Luke sorriu maliciosamente e Annabeth ficou vermelha.

–Está tarde pessoal. – Nico bocejou – Podemos ouvir a profecia amanhã, Rachel? Durante o caminho – a frase foi bem prolongada pelo becejos – Assim não perdemos tempo...

Todos foram dormir e Luke ficou sozinho outra vez. Gostava desses momentos tanto quanto os odiava. Era nesses momento que conseguia visualizar Thalia com mais clareza do que nunca. Era maravilhoso vê-la, mas tão doloroso que quase não valia a pena. Deitou no colchão de casal, não como alguém que fosse dormir sozinho faria (deitar bem no meio), mas como alguém que fosse dividir a cama com alguém. Olhando para o lado ele conseguia vê-la como deveria ter sido desde sempre. O corpo coberto apenas por uma camiseta grande que era obviamente dele, os cabelos soltos e bagunçados e suas mãos bem próximas da dele, quase se tocando.

–Eu quase posso jurar que você é real – sussurrou para a moça a sua frente, hipnotizado pelas curvas suaves de seu corpo tão exposto.

–E por que eu não seria? – ela sussurrou de volta no instante em que ele ficava entregue ao sono.

A ferroviaria estava abandonada havia tempo, mas nela tinha um teto. Os dois estavam ali juntos, se abrigando contra a chuva que continuava a cair. Ninguém dissera nada desde que mataram o monstro juntos. Depois de minutos longos de aparência interminável, os dois deixaram de observar os olhos um do outro e procuraram por abrigo.

A falta de luz era quebrada por uma pequena fogueira que conseguiram montar. Apenas atravez daquela luz ele a enxergava com clareza: a pele branca, os lábios rosa claros devido a falta de alimento e os olhos tão divinamente azuis. Ela não tinha mais graça de menina, embora ainda não tiveze a beleza de moça; de forma mais clara, o corpo ainda começava a ganhar curvas significativas.Os cabelos escuros escorriam úmidos grudando ao rosto, os jeans e a camiseta tão justos e pesados devido a água que ele percebia que a incomodavam. Tirou da mochila uma camiseta de manga comprida e sem dizer nenhuma palavra entregou a ela. Virou-se de costas e lhe deu tempo para despir a blusa molhada.

–Pode virar – sua voz soou baixa, mas firme. Um timbre incomum para ele, mas muito encantador – Obrigada.

–Pelo que?

–Pela blusa e por me ajudar hoje mais cedo.

Sorriu para ela sem encontrar palavras para lhe dizer. Sentaram no chão, ela com o rosto inexpresível e ele um tanto sonhador. Ele abriu um dos pacotes de salgadinho que havia roubado de loja de conveniências a quilômetros atrás e dividiram, comendo em silencio apenas com o som da chuva ao fundo.

–Eu sou Luke. – disse depois de um tempo olhando-a em expectativa. Ela levou o dedo mindinho a boca chupou o alanranjado do dedo de um modo inocente e os hormonios do garoto se atiçaram. Maldita adolescencia!

–Eu sou Thalia.

Abriu os olhos inquieto, olhando ao redor com suspeita. Ele não conseguia deixar de pensar que via seus primeiros momentos com ela porque o fim estava próximo. No relógio marcavam 04h18min, era muito cedo para chamar os outros, mas estava inquieto. Voltou a pegar sua faca e riscou seu pulso duas vezes; os filetes de sangue que escorriam levavam um pouco de sua inquietação embora. Lavou o pulso sentindo a ardencia familiar e bem vinda. Prefiro sentir dor física do queme tornar um doente mental. Pegou da mochila um prisma e com bastante sacrifício fez um arco-íris. Jogou um drácma e murmurou.

–Oh deusa, aceite minha oferta. Me mostre Thalia.

O sol brilhava lindamente atráves da imagem. Diversas, centenas e milhares de grandes cerejeiras em flor a cercavam. O esquife tão rico no meio de todo aquele rosa... A visão parecia irreal de tão absurdamente linda. Em contraste com o rosa, a flor azul que ele escolhera ainda estava lá, segurada pelas suas mãos finas. Suspeitava que ela estivesse no Japão. As flores caiam e dançavam ao redor do esquife com o vento... Luke suspirou. Imaginou a visão se aproximando mais e enfocando aquele rosto. Ficou olhando-a até a imagem se disolver e a mensagem terminar. Voltou para a cama e fechou os olhos. Vou trazê-la de volta; vou vê-la outra vez para me explicar, para pedir-lhe perdão... Mas até lá, não te esquecerei.

[...]

Viajar para o oeste era fácil, difícil era saber que lugar do oeste encontrariam por ela. Luke não queria suportar a ideia de perderem outro dia; não tinham tempo. Andaram a cavalo, de ônibus e depois a pé. Não sabiam onde estavam, mas sabiam que era no sentido oeste. Estavam esperando por um ônibus quando Annabeth abriu um mapa dos EUA e a cartolina com a estrela. Desenhando a estrela sobre o mapa conseguiu direções um tanto melhores, quase específicas.

–Conhecemos alguma delas? – perguntou prendendo o cabelo.

–Sim. – respondeu Castellan – Essa aqui, na direção oeste, conheci Thalia nessas redondezas... – o pensamento fugindo para aquele sonho mais uma vez.

Tinham agora mais uma direção. No fim aquele sonho não havia sido inútil, Luke esperava encontrá-la na ferroviaria. Uma hora e meia depois chegaram ao lugar onde os dois dividiram a noite.

–O que devemos esperar?

Um ruído fez com que todos sacassem suas armas. De costas um para o outro, formando um circulo, todos aguardavam. Segundos depois uma visão quase etérea surpreendeu a todos: saindo de frente para Annabeth, uma criança de não mais que seis anos de idade. Usava um vestido azul escuro, os cabelos trançados, nos lábios um sorrisinho lindo, mas misterioso demais para uma criança. Os olhos muito azuis mesmo diluídos ainda eram dela.

–Quem são vocês? – ela sorria.

–Thalia?

Ela riu e balançou o vestido, seus pés descalços não pareciam tocar o chão. Luke olhou para a criança fantasma abismado. Thalia/inocencia olhou para cada rosto presente sorrindo, encarou Luke por último.

–Você é muito bonito, sabia? – ela saltitou e voltou rindo – Eu conheço você. Todos vocês. Mas não me lembro – o discuro deveria ter sido sério ou deprimente, mas não. Sua vozinha alegre amenizava tudo. Luke nunca havia pensado na garota como uma criancinha, mas a visão era tão terrível quanto assustadoramente bela.

–Você é a Thalia? – Rachel perguntou em voz baixa, assustada com a visão. A criança encarou-a ainda sorrindo e inquieta, brincando com o cabelos trançados, com o vestido.

–Eu não conheço você. Seu cabelo é muito bonito – a criança corria entre um e outro, forçando-os a se virarem para manter os olhos sobre ela – Sou parte dela; a parte pequena e feliz. A primeira a partir.

–Fique... Fique quieta! – Nico gritou angustiado com tamanha agitação.

–Eu não posso! – outro riso; ela agarrou-se aos ombros do garoto, deu impulso e se jogou para longe – Não tenho controle sobre mim, não se não estiver inteira...

–E como nós podemos ajudar...

–A profecia! Rachel, a profecia...

–Ah! Sim, claro – ela não teve tempo de recitar. A criança andava inquieta e brincando e seguindo-a de perto um demônio em forma de urubu, mas de tamanho maior e mais medonho. Nunca haviam visto nada como aquilo, mas sabiam todos que não permitiria ajudar a menininha.


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Notas finais do capítulo

E então meus amores, já pegaram o fio da meada? Rsrsrsrsrs, até mais ;)