Te amo mais agora! escrita por Kate Cookie


Capítulo 9
"Talvez eu seja sua querida"


Notas iniciais do capítulo

Feliz 2015!!!

Obrigada a todos que estão acompanhando TAMA até agora! É uma honra ter vocês como leitores ❤❤❤❤❤❤❤❤

Então, como eu não sou má (talvez um pouco kkkkk) aí eu resolvi postar esse capítulo logo. Não alcancei aquela meta de comentários, mas espero que continuem comentando a opinião de vocês!!! Boa leitura ❤



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Percy

Naquele dia, na casa de Percy, não fora tão legal assim. Eles apenas assistiram a um filme e depois Sally Jackson foi deixar Annabeth em casa.

***

Dois dias depois, ambos já podiam voltar para as aulas normalmente, mas Percy não podia voltar a nadar por algum tempo. A enfermeira avisou que caso ele desobedecesse, mesmo estando melhor, o acontecimento poderia se repetir e trazer sérios problemas.

Então, numa manhã de terça, o garoto resolveu ir até o jardim e chamou Annabeth para ir junto. Eles sentaram-se à sombra de uma árvore, longe de todos que estavam lendo, ouvindo música ou fazendo qualquer outra coisa. Percy não queria que começassem a fazer piadinhas sobre eles. Seria constrangedor.

– Sabe, Annabeth... Eu queria te fazer uma pergunta, mas se você não puder, eu entendo – disse Percy com firmeza.

– Ok. Pode perguntar.

– Sabe quando eu disse que provavelmente iria passar as férias em Montauk?

Ela assentiu.

– E...?

– E eu quero te chamar pra ir comigo! – ele não podia negar que estava sentindo algo a mais por ela. Seus cabelos loiros assanhando com o vento; os olhos cinzentos que faziam inveja em quaisquer olhos de outra cor. Ela tinha o tipo atlético, mas para Percy parecia apenas uma garota delicada (mas Annabeth não era nem um pouco assim). – Se sua mãe deixar, é claro.

– Desculpa, Percy – ela franziu o cenho. – Mas eu prometi para meu pai que passaria as férias com ele.

– Ahm, tudo bem! Qualquer coisa me avisa.

– Ok – Annabeth se levantou, mas percebeu que o amigo continuava olhando para seu rosto. Ela checou a roupa. Trajava uma blusa cor de vinho, com calça jeans e sapatilhas pretas. Ela voltou ao banco que estavam sentados e deu um abraço apertado nele, enquanto passava os dedos na costa de Percy. Ele corou, retribuindo o abraço de uma maneira mais delicada.

– Por que fez isso? – ele questionou, separando-se dela e os dois ficaram em pé.

– Talvez eu... sabe, é ruim dizer isso! – Annabeth fechou os olhos por alguns segundos, depois os abriu. – Eu vou mudar de escola.

– Não tem problema. – Percy sorriu. – Você pode ir na minha casa e eu posso ir na sua.

Ela suspirou olhando para o chão.

– Eu provavelmente vou me mudar também – ela entortou a boca.

A sensação de ouvir isso foi pior que se afogar e ficar vários dias sem nadar. Foi bem pior. Ele nem teve a oportunidade de chamá-la para jogar videogame em sua casa, ou ir a passeios mais divertidos. Percy era um pouco tímido, principalmente quando o assunto era garotas. Ele não tinha coragem de falar nada. O garoto permaneceu calado, não sabia o que falar.

– Esse pode ser a única vez que conseguimos ficar assim... Sozinhos! – Annabeth sorriu de uma maneira triste. – Por isso eu te abracei.

Percy respirou fundo, batendo as mãos de leve nos bolsos da calça.

– A Inteligência é toda a capacidade que existe dentro de você. – ele disse com um sorrindo tímido no rosto. – E esse pode ser a única vez que eu elogio você. Por isso eu fiz isso. Mas tenho certeza que ainda vou te elogiar várias vezes.

– Você é um bom amigo, Cabeça de Alga.

– Idem.

– É por isso que eu odeio você, seu idiota! – a garota retrucou.

– Alerta de bipolaridade.

Eles riram juntos. Annabeth informou que poderia ficar um ano morando fora, pois sua mãe estava pensando em aceitar uma proposta de trabalho. Ela não podia morar com o pai, porque sua mãe nunca aceitaria isso.

Annabeth

Uma moça se aproximou do local no momento que os dois começaram a entrar no assunto de “as melhores comidas do mundo”.

– Oi – a menina disse. – Acho que você já me conhece – ela disse diretamente para Annabeth.

Percy e Annie já haviam sentado no banco novamente.

– Hm, eu sei quem é você! – Annabeth se lembrou de uma garota que estudava com ela, depois essa menina saiu do colégio e esse ano ela havia voltado. Mas era muito quieta. Quase ninguém a notava, e Annabeth achou isso quase impossível, porque ela usava uma roupa bem notável. – Você é a Natalia... acertei?

– Uhum.

– Sim, idaí? – ela fez uma pausa. – Quer dizer... O que você tá fazendo aqui?

Annabeth percebeu que Natalia estava mais alta e mais bonita também. Usava saia preta um pouco acima dos joelhos (mas não era tão curta) e nos lábios o batom era tão vermelho e marcante que podia hipnotizar qualquer pessoa. Os cabelos castanhos e sedosos estavam soltos, caindo-lhe sobre os ombros.

– Meri tá chamando você, Annabeth!

– America? – perguntou ela. – Ainda faltam alguns minutos pra começar a aula. Você sabe o motivo que ela me chamou?

– Não – Natalia retrucou com sua voz doce e rouca.

– Ahm, tudo bem então – Annabeth seguiu a menina e virou o rosto para trás, movendo os lábios e dizendo sem produzir som algum ”Volto já!”.

Percy fez “legal” com o polegar e Annie seguiu Natalia, caminhando até o armário de America.

Natalie deu tchau à America e saiu de perto das duas.

– O que você queria me dizer que é tão importante assim? – Annabeth revirou os olhos, pondo as mãos na cintura e retirando-as logo em seguida.

Sua amiga suspirou, enfiando alguns livros dentro do armário e encarando Annabeth.

– Ahhhhh – America deu um gritinho agudo, e depois começou a rir feito uma louca.

Annie lançou seu olhar de “Não conheço essa maluca” para alguns alunos que passaram por perto.

– Ok. O que aconteceu com você, America Singer?

– Maxon!

– Eu já sei que vocês estão namorando – Annabeth revirou os olhos e saiu andando, mas America puxou seu braço.

– Não é isso – ela afirmou. – Maxon mora com os tios dele. Aí eles deram um pequeno apartamento pra ele.

– Ai minha nossa! – Annabeth comentou. – Não acredito que os tios dele deram um apartamento para o Maxon. Acho que nem minha mãe me daria isso.

– A questão não é essa.

– E qual é então?

– Eu provavelmente vou morar com ele! – America explicou. – Se minha mãe deixar

– Vish...

America perguntou se sua amiga tinha alguma novidade que quisesse falar, e Annie contou que talvez fosse morar num lugar mais distante de Nova York.

– Se minha mãe concordar você pode ficar alguns dias comigo, ou sei lá – propôs Meri.

– E depois? – murmurou. – Não tem como.

America aproximou-se, dando um forte abraço na garota. Lágrimas ameaçaram cair sobre o rosto de Annabeth. Ela foi mais forte e fechou os olhos, com a respiração acelerada.

– Não fica assim, por favor – pediu ela, sussurrando no ouvido de Annabeth. – Por favor. Por favor. Por favor.

A ruiva deu um passo para trás, segurando o rosto da amiga com as duas mãos.

– Você é inteligente. Vai arrumar uma maneira de ficar aqui.

Elas ficaram em silêncio por um tempo.

– Mudando de assunto... – começou Annabeth – Por que você mandou Natalia me chamar?

– Tem algum problema? Ela só estava aqui perto, indo na direção do jardim, e eu pedi.

– Sim, tem um problema – ela respondeu, tentando ficar séria. – Eu estava com Percy.

– Ah, qual é! – America encheu as bochechas de ar e bufou. – Assumam logo que estão namorando. Já tô ficando cheia disso.

– Não estamos!

– Assuma!

– Não quero ser mais que amiga dele. Eu não posso.

– Pode sim, Annabeth.

– Não quero discutir com você, America Singer. Ahm... te vejo na aula.

– Diga à Percy que eu mandei um “oi”.

Annabeth a ignorou.

AMERICA

As aulas foram um tédio. No intervalo America chamou Marlee para sentar-se à mesa junto com ela, Maxon, Annabeth e Percy. Eles ficaram conversando por um tempo.

Depois da aula de violino, Maxon foi de carro com America até seu novo apartamento. E quando chegaram lá, tiveram que ir subir as escadas, pois não tinha elevador e a residência ficava no terceiro andar.

Maxon precisava se arrumar para fazer um teste em uma livraria, pois precisava comprar suas próprias coisas com seu próprio dinheiro. America notou que na residência tinha algumas coisas velhas que já foram dos seus tios (sabia disso porque já havia ido na casa deles com Maxon). Estava tudo desarrumado, mas America propôs de ir sábado arrumar junto com ele; já que não teria aula.

Eles estavam na sala quando Maxon aproximou-se. America logo sentiu os lábios macios dele e retribuiu o beijo. Ela nunca imaginou que ficaria apaixonada por Maxon. Temia que se ele soubesse de uma coisa que ela guardava para si... Mas aquilo só aconteceu no começo da amizade deles. Maxon não precisava saber, e America não queria que ele soubesse.

– Eu te amo, minha querida!

– Eu não sou sua querida! – ela sorriu, fazendo o namorado sorrir também. – Hã, talvez eu seja sua querida.

Eles se beijaram novamente. America não sabia bem quando contar à sua família que eles estavam namorando. Seu último relacionamento havia durado pouco e ela meio que fugia para ver Aspen. Por isso seus pais não desconfiavam de nada, e ela preferiu não contar. Depois que o pai morreu foi mais fácil manter o relacionamento escondido. Mas desta vez seria diferente, e estava ansiosa para dizer que estava namorando. Pensou até na reação de May ao saber isso.

– Maxon, eu também te amo!

Ele sorriu, puxando-a para mais perto de si e alisando o cabelo ruivo de America com as mãos. Maxon era delicado, como se tivesse medo de machucá-la de alguma maneira.

Ela sorriu de lado, pegando a mochila jogada no sofá e colocando-a nas costas.

– Preciso ir. Boa sorte na entrevista.

– O que vai dizer pra sua família? – ele indagou.

– Não sei – admitiu. – Mas eles, com certeza, não vão deixar, principalmente minha mãe que é "a dona da casa". Só quando eu for maior de idade e blá-blá-blá. Então esqueça essa ideia!

– Tudo bem. Mas você precisa vir aqui sempre.

– É isso que eu vou fazer – concordou a garota. – Posso trazer algumas latas de tinta que sobraram da última vez que minha casa foi pintada? Podemos pintar esse apartamento no sábado.

– Aham – ele pegou uma caixa no canto da parede e abriu, tirando alguns fios e controles de lá. – Depois que arrumarmos aqui eu quero te desafiar para uma partida de Ace Combat.

– Não jogo videogame.

– Na verdade esse videogame se chama PlayStation – corrigiu ele.

– Eu não jogo isso aí.

– Podemos tentar.

– Eu já vou – America mudou de assunto, beijando Maxon e se dirigindo até a porta.

– Eu te amo, minha querida – ele disse novamente, abraçando-a.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que é esse segredo que a America guarda?? :3

Beijos ❤❤❤❤❤