Survival Game: O Começo escrita por Catelyn Everdeen Haddock


Capítulo 18
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Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo. Faltam cinco dias para o ENEM! Quando eu tiver tempo livre, postarei mais, okay?



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Antes de embarcarmos para a Floresta Negra, Martha aplicou uma espécie de tatuagem que somente poderá ser vista à base do laser. Enquanto ela aplicava em meu pulso direito, assim, aderindo a tira com o desenho da tatuagem na pele, pressionando, não com tanta força, quis saber pra que servia.

– É uma espécie de identificador embutido com o rastreador, que permite seguir os passos de cada participante. - Martha respondeu, retirando rapidamente a tira do meu pulso. Quase não doía.

– Interessante... - falei comigo mesmo.

– A tinta da tatuagem penetra na corrente sangüínea. - continuou.

– Mas isso não faz mal? - perguntei.

– Não há problema algum. - garantiu Martha.

Ela me desejou boa sorte, assim como fez com os outros. Margot pediu a mim, à Anne e ao Desmond que a seguíssemos para o elevador. A principio, eu até que desconfiei que estivéssemos voltando para o quarto, mas na verdade, estamos indo para o andar mais alto do prédio, para pegarmos o helicóptero para partirmos. Comecei a cobrar Margot pelos uniformes.

– Vocês vão recebê-los quando chegarem lá. - ela respondeu.

Foi então que eu pude ver que o prédio, além de ser um hotel para os participantes, é uma espécie de heliporto no seu topo. Ao chegarmos lá, o barulho das hélices em rotação era um pouco ensurdecedor, que quase não dava para ouvir quem falava, a não ser comunicar por meio de códigos.

Depois que entramos, o helicóptero começou a decolar do heliporto do prédio. O movimento e o balanço do helicóptero quase me deu enjôo, que eu tive que segurar a mão para não vomitar.

– Você está se sentindo bem, Heinrich? - Anne perguntou, preocupada comigo.

– Eu estou bem, obrigado. - tive que mentir, pois não quero causar uma polêmica, logo antes de entrar no reality.

Assim que nos afastamos do prédio, ainda dava para ver umas "formigas humanas" correndo em nossa direção, mas como o helicóptero era rápido, era muito fácil despistá-las, com a probabilidade de chegar antes da hora na Floresta Negra era razoavelmente maior.

***

Chegamos à Floresta Negra às 10 horas da manhã. As aulas e os trabalhos eram suspensos no período do Survival Game. Sei disso porque vivenciei o momento da falta às aulas. O programa era diariamente exibido pelas emissoras, na tv, ao vivo nos telões de praças, em arenas da Copa Mundial e nas salas de cinemas. Basta ir ao cinema para ver qual filme irá assistir, que não vai ter outra opção, a não ser o programa, exibido em todas as salas, todas em 3D.

Mal descemos do helicóptero no gramado, vieram funcionários nos conduzir para um compartimento. Afinal, o que eles querem nos mostrar? Será que são os nosso uniformes? Disso, eu não posso ter um só resquício de dúvida.

Eu acertei! Os caras trouxeram umas roupas cuidadosamente dobradas, que nada mais eram que os nossos uniformes. Nos conduziram para um corredor, onde no final, há três portas, mais três compartimento para nos trocar.

O uniforme consistia em uma camiseta preta, uma calça de náilon parda, mas não tão justa. Um tênis All Star preta e um casaco pardo, com a Estrela de Davi dourada no canto esquerdo. Além de uma boina parda. Imagino a cara de Hitler II quando nos vir entrando no programa, que ele vai querer um banho de sangue. Mas eu quero o dobro para ele.

Assim que saí do compartimento, me dei de cara com Anne, que também estava vestida, mas com o cabelo preso em um rabo-de-cavalo baixo jogado para a direita, com duas tranças embutidas lateralmente. Ela estava tão bonita! Fiz esse elogio.

– O quê, essa velharia? - ela questionou, num tom de brincadeira.

– Do mesmo jeito. - falei, por fim. Ela sorriu com os lábios cerrados.

Desmond já estava nos esperando no hangar (mas era um hangar para a abertura do reality), conversando com Margot, mas não percebeu a gente entrar. Enquanto os funcionários distribuíram mochilas e armas como fuzis e pistolas para nós três, ela os dispensou, já que haviam concluído o trabalho. Margot me pegou pelo cotovelo, pedindo que eu a acompanhasse. Ela queria me mostrar uma coisa.

– Achou que ia entrar no programa sem a Cruz do Sol? - ela perguntou, retirando o colar do bolso do casaco 7/8.

Ela sabia disso? Que eu usava o colar com a Cruz do Sol debaixo da roupa o tempo todo?

– Como é que você sabia? - perguntei, desconfiado.

– Você esqueceu no banheiro. - disse, colocando o colar no meu pescoço e o escondendo debaixo da camiseta. - Isso lhe daria sorte?

Sacudi a cabeça.

– Pois lhe desejo toda sorte neste mundo, - falou e em seguida, virou o rosto para Anne e Desmond. - assim como para vocês, também.

Nós três retribuímos com um sorriso. Na hora em que eu ia para a posição, ao lado de Anne, nós três lado a lado, Margot me chamou. Virei o rosto.

– Tome muito cuidado. - precaveu Margot. - Corra direto para a floresta.

– Entendido. - falei.

Nós quatro acenamos um para o outro, enquanto ela voltou para o corredor. A porta automática se fechou depois que passou. E nós três viramos para o portão automático, situado à nossa frente. Lá vamos nós.

Uma voz eletrônica vinda de cima soou em nossos ouvidos.

Preparar para a contagem regressiva para o Survival Game: 10, 9, 8, 7, 6...

A minha respiração acelerava a cada regressão, o batimento cardíaco palpitava a cada fração de segundo, que eu seria capaz de desmaiar, mas tive que me manter de pé. Inspirei e expirei intensamente até manter a calma e o nervosismo se dispersar. Deduzo que Anne esteja fazendo a mesma coisa que eu, enquanto Desmond, eu nem vou falar. Seu semblante está tranquilo, o que não é tão, digamos, banal.

... 5, 4, 3, 2, 1... AGORA!!

E nós começamos a correr, até o portão automático se abrir, onde dava para a floresta, em que começaria uma série de matanças. Sangue jorrando por tudo quanto é lado, tiros de fuzis, armas, metralhadoras, tudo que poderia dizimar os participantes em questão de segundos. Quando o portão se fechou atrás de mim, olhei desesperado para trás, onde o portão se camuflou em rochas e musgos, automaticamente. Ah, meu Deus, preciso manter a calma, nada de ficar nervoso, Heinrich, digo a mim mesmo, nada de ficar nervoso!


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Notas finais do capítulo

O penteado de Anne é um pouco parecido com o de Katniss, só que é um rabo-de-cavalo.