O seu apoio. escrita por ayaba
- Você vai assustar os novatos, Kido. – Brincou o menino depois de terminarem a reunião de sempre.
- Assustar? – Bateu imediatamente em Kano após ouvir seu comentário.
- É amanhã, não é? – Perguntou a garota olhando para o chão e tentando disfarçar sua tristeza.
- Sim. – Respondeu ele, indiferente.
- Já se faz muito tempo... A morte de Ayano. – Abaixou seu capuz, escondendo sua face.
- Verdade. Vamos visitar o túmulo dela amanhã? – Perguntou o loiro.
- Sim, devemos ir. – Respondeu a garota, recompondo-se.
- Devemos chamar o Seto para ir conosco também. – Disseram os dois enquanto voltaram para sua base.
Ambos foram dormir e no dia seguinte acordaram cedo e foram visitar sua irmã, dessa vez Seto não foi com eles. Chegando ao seu destino, prestaram seu respeito e conversaram um pouco com Ayano.
- Eu sinto saudade de você... Mas, estamos fazendo o nosso melhor para ajudar outras pessoas como nós. Conhecemos novas pessoas também, Momo, Shintaro, Hibiya, Ene, entre outros e agora temos muitos novos amigos... Tudo graças a você.
Kano pediu para que a menina o deixasse sozinho e ela atendeu ao seu pedido.
- Como Kido disse, estamos ajudando outras pessoas e agora o grupo está bem maior... Você provavelmente iria adorar as novas pessoas. Sabe, provavelmente, você não imaginaria isso, mas estou apaixonado por Kido. É, seu irmãozinho cresceu e foi gostar logo dela! Pretendo me declarar, mas antes queria dizer para ti.
Voltaram para sua casa logo em seguida e encontraram todos por lá, estavam fazendo uma festa, de inicio, não queriam participar, mas acabaram deixando-se levar com a animação de todos os seus amigos, exceto Shintaro.
- Kido! – Gritou Momo, um pouco de longe.
- Oh, Kisaragi. Diga? – Respondeu ela, indo para mais perto de sua amiga.
- Ah! Que susto. – Pulou para trás com o susto que tomou.
- Me desculpe. – Respondeu Kido enquanto ajeitava seu capuz.
- Tudo bem, tudo bem. Amanhã vamos ao parque de diversões, o que você acha? – Perguntou Momo com um grande sorriso no rosto – Todos querem ir, principalmente Mary!
- Por mim tudo bem. Kano, você vai?
- Claro! Você vai comigo na casa mal-assombrada, não é, Kido? – Falou com o seu tom irônico de costume.
- Sim. – Respondeu a menina com um sorriso gentil.
- O que? Você está bem? – Saiu da sua pose de defesa, pois já estava esperando o soco que deveria levar.
- Claro. – Continuou a menina, dessa vez com o rosto mais sério.
No dia seguinte, todos foram para o parque. Estavam todos animados, ou quase todos. No meio do grande tumulto, acabaram se separando. Hibiya, Momo, Kido e Kano acabaram juntos enquanto os outros foram visitar outras atrações do parque.
- Não posso me separar de você, Kido. – Disse momo enquanto abraçava a menina.
- Não precisa ficar tão colada, se quiser. Eu continuarei usando meus poderes para te anular... Pode se divertir, contanto que não vá para tão longe de mim. – Respondeu a garota, acariciando a cabeça de Momo.
- Certo. Vamos, Hibiya! – A loira saiu correndo segurando a mão do pequeno menino.
E então os dois ficaram sozinhos. Era a hora perfeita para Kano se declarar.
- Ei, Kido. Não vamos para a casa mal-assombrada. – Disse ele.
- Sério? – Respondeu a menina, surpresa com a mudança de ideia do rapaz.
- Sim. Vamos dar uma volta por aqui mesmo.
- Tudo bem, mas não posso ir para muito longe. Kisaragi estaria em apuros.
E assim eles caminharam bastante e conversaram como de costume, e os hematomas em Kano só aumentavam.
- Kido, pare aqui. Já está bom. – Parou o menino e logo em seguida, segurou a mão da garota.
- Aqui? Bom? O que? – Ela estava confusa.
O menino abraçou a garota imediatamente e ficou em silêncio.
- O que é isso? – Perguntou, tentando se soltar.
- Você disse que sente saudade de Ayano, certo? – Respondeu, seriamente.
- Sim, eu disse. Não quero ver o mundo sem ela. Eu não entendo... Eu fui uma má irmã? Ela nos deixou... Irmã... – Chorou a menina, escondendo seu rosto.
- Não diga isso. Nosso dever, o seu dever, é continuar ajudando e encorajando as pessoas.
- Encorajando? – Olhou para o garoto, ainda confusa.
- Eles estavam sozinhos e confusos, assim como nós, mas fomos salvos por ela. E juntos, vamos salvar todos os outros. – Continuou o menino, abraçando-a mais forte.
Depois de um bom tempo daquele jeito, ela se recompôs.
- Eu entendi, Kano. Obrigada. – Sorriu a garota.
- Quando não quiser ver o mundo sem ela, eu estarei aqui para tampar os seus olhos e fazer o possível para que você possa imaginar, mais uma vez, o mundo em que vivíamos.
- Você poderia fazer isso agora? – perguntou a garota, um pouco cabisbaixa.
As mãos do menino foram até os olhos da garota e com uma voz gentil ele disse: - Você pode voltar ao passado por alguns segundos, Kido.
- Irmã, Mamãe, Papai, Kano, Seto... – Chamava a garota, enquanto deixava suas lágrimas escaparem, molhando as mãos do garoto.
Eles ficaram daquele jeito por alguns segundos, e logo em seguida, Kano tirou sua mão dos olhos dela.
- Kido... Você apoia a todos, sabia? É tão confiável... Tornou-se uma menina tão boa. Você sabe que todos confiam em você e que todos vão chamar-la quando precisarem de apoio, pois você é a salvadora. E você? Quem chamará? Você pode chamar-los também, é claro, mas eu quero que você me chame. Quero ser o seu apoio.
- Kano...?
- Eu te amo. – Tirou o capuz de Kido e olhou nos olhos da garota. – Você aceita sair comigo?
- S-Sim, aceito. – Abaixou a cabeça, pois estava com muita vergonha.
Kano levantou a cabeça da garota aos poucos e a beijou. Embora, no fim, ela tenha ficado com tanta vergonha que acabou batendo mais uma vez no garoto.
- Eu também te amo, Kano. – Disse, sussurrando.
- Eu sei, Kido. – Riu para ela.
- Oh, no dia em que visitamos a irmã...
- Sim, eu contei para ela. – Puxou a menina para mais perto.
- Que bom. Ela com certeza tem de ser a primeira a saber sobre isso.
E os dias foram se passando, e o que Kano desejava se tornou realidade, ele era o apoio dela e vice-versa.
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