Dar certo escrita por JennaPond


Capítulo 1
O amor verdadeiro não é errado


Notas iniciais do capítulo

Oi. Esta é a minha primeira fic e espero que gostem. JennaPond



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551855/chapter/1

Decidi ir a casa. Não me apetecia ver a Sue ou a minha mãe, o que eu queria era ver o jogo que ia dar numa televisão que prestasse. Era sexta por isso podia dormir em casa e voltar sábado para as raparigas da faculdade.

Entrei em casa e joguei-me no sofá com o meu pai lá sentado.

-Então Axl? Quem achas que vai ganhar hoje?

-Não sei pops. E os outros?-perguntei estranhando o silêncio da casa.

-A tua mãe e o Brick foram à mercearia. A Sue está fechada no quarto. Pelos vistos ela queria voltar para o Darrin mas ele tem namorada.

O QUÊ? Pensei ter dito à Sue para acabar com ele e nunca mais voltar! Não que os meus pais saibam, afinal eles até gostavam do Darrin. Mas se ela está fechada no seu quarto significa que está a chorar. Levantei-me com o intuito de ir á casa de banho. No entanto dei por mim a bater na porta do quarto dela.

-Sue?-chamei baixinho.

Não houve resposta então abri a porta devagar. Ela estava a chorar abraçada a um peluche que lhe ofereci quando eramos pequenos. Não gostei de vê-la assim. Ela é minha irmã e quero protegê-la acima de tudo. Mesmo quando gozo com ela constantemente. Deixei a porta fechar com um baque suficientemente alto para ela ouvir mas super baixo para o meu pai não se mexer. Ela voltou-se para mim assustada.

-Axl? O que fazes aqui?-ela perguntou enquanto limpava, ou tentava limpar, as lágrimas. O problema dela era limpar uma e sair três ou quatro. Não aguentei e abracei-a. Desabou, Sue que estava com a cabeça encostada no meu peito desabou. Só sentia a minha blusa molhada e uma dor insuportável no meu coração. Afastei-me um bocado e afaguei a sua face fazendo-a olhar para mim.

-Agora percebes o meu pedido para acabares com o Darrin. Ele não tem nada na cabeça. Não suporto ver-te assim.- sussurrei a última parte.

- A sério? Preocupas-te comigo?- assenti e ela olhou-me supresa. - E, também, não é como se tu tivesses algo na cabeça.- ela soltou uma risada fraca ao mesmo tempo que eu me ria.

Levei a mão à sua bochecha, outra vez, e as risadas morreram. Foi quando vi os seus olhos verdes escuros que eu percebi. Eu não gosto dela como uma irmã, eu não quero protegê-la como uma irmã e eu não a afastei do Darrin com medo de que ela saísse magoada. Eu amo-a. Amo-a como uma mulher, quero protegê-la como uma mulher e afastei-a do Derrin por ciúmes. Só de lembrar-me dela com os namorados fico com uma raiva. Ela é maravilhosa e amo-a à tanto tempo mas só agora é que aqueles olhos verde escuros me disseram isso. E antes que a razão, sim ainda tenho razão, pouca mas tenho, me dissesse que não, eu beijei-a. Não foi um beijo que envolvesse língua, só o contato dos meus lábios com os dela. Uns lábios tão suaves e doces que era capaz de ficar mergulhado neles o resto da noite, e da vida. Resistiu ao início, sim resistiu. Não resistiu muito tempo. Em questão de segundos ela retribui-a com tanta intensidade quanto a minha.

-Sue! Jantar!-gritou a minha mãe.

Separámo-nos ofegantes e fomos para a mesa. Sentei-me à frente dela e deixei de ouvir a minha mãe que divagava por estar tão feliz com a minha ida a casa. Naquele momento enquanto observava-a desde os cabelos castanhos claros, passando pelo aparelho, até às face coradas, ri-me interiormente sabendo que era por eu estar a olhá-la , embora ela fizesse a mesma coisa comigo e com a mesma intensidade, soube. Soube que a amava mais que tudo e que ela me amava. Soube que o que fizemos e o que iremos fazer era errado, mas eu adorava e não me importava. Afinal o que é o certo e o errado no que toca ao amor? Já não me interessa mais nenhuma rapariga a não ser Sue Heck. Soube que se dependesse de mim ninguém a magoaria e tocaria. Ela nunca iria sair do meu lado. Soube que enfrentaria o Inferno para vê-la feliz. Soube que na hora certa iriamos enfrentar os nossos pais juntos. Soube que existiria muitos obstáculos, mas que o amor verdadeiro tem obstáculos. Soube que nós iriamos triunfar. Iria fazer de tudo para dar certo. E sabia que ela sentia a mesma coisa.

“Eu amo-te”, disse mexendo os lábios sem som algum.

“Eu também te amo, Axl”, respondeu-me da mesma forma.

É tudo ia dar certo. Porque afinal o amor verdadeiro não é errado. E eu estava desejoso de pecar e mesmo assim estar no Paraíso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dar certo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.